sexta-feira, 10 de outubro de 2025

RUI COSTA ANUNCIA CANDIDATURA AO SENADO E MOVIMENTA TABULEIRO POLÍTICO DE 2026

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou nesta quarta-feira (9) que deixará o cargo em abril de 2026 para disputar uma das duas vagas ao Senado Federal. A decisão do braço direito do presidente Lula promete agitar o cenário político baiano e nacional, já que o atual senador Jaques Wagner, também do PT, pretende concorrer à reeleição.

Com essa configuração, o Partido dos Trabalhadores avalia lançar duas candidaturas próprias, o que significaria abrir mão de alianças para a chapa majoritária no Estado. A estratégia, segundo fontes próximas ao Planalto, busca fortalecer o protagonismo petista e consolidar a base lulista no Nordeste, região decisiva para as eleições presidenciais.

Rui Costa, considerado um dos ministros mais influentes do governo, tem papel central na articulação política entre o Palácio do Planalto e os governadores. Sua gestão na Casa Civil foi marcada por negociações de obras estruturantes e programas federais em parceria com estados e municípios.

Na Bahia, Rui mantém forte capital político, herança de sua trajetória como governador por dois mandatos consecutivos. Sua base eleitoral sólida e seu perfil de gestor técnico o colocam como nome competitivo para o Senado, com respaldo direto do presidente Lula.

A movimentação, contudo, impõe um dilema ao PT: manter duas candidaturas próprias ou abrir espaço para aliados. Lula, que tem defendido a construção de frentes amplas, estaria inclinado a apoiar um nome de outro partido para a segunda vaga, com o objetivo de ampliar a coalizão em torno de sua candidatura à reeleição.

Além disso, a decisão de Rui Costa repercute em Pernambuco, onde a governadora Raquel Lyra (PSDB) vê no ministro um aliado estratégico dentro do Planalto. O bom trânsito entre ambos tem garantido avanços em projetos federais no Estado, sobretudo nas áreas de infraestrutura e educação.

Com a confirmação de sua candidatura, Rui Costa entra oficialmente no tabuleiro de 2026 como uma das figuras mais fortes do PT. Sua saída do governo abrirá espaço para uma reestruturação na Casa Civil e, ao mesmo tempo, testará o poder de articulação do presidente Lula diante de uma eleição que promete redefinir o mapa político do país.

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