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terça-feira, 25 de novembro de 2025

ANDERSON TORRES É PRESO PELA PF EM MEIO A AÇÃO QUE ATINGE TODO O NÚCLEO DURO DA TENTATIVA DE GOLPE

A tarde desta terça-feira (25) marcou um dos episódios mais contundentes desde que o Supremo Tribunal Federal concluiu o processo que investigou a tentativa de golpe de Estado no país. Condenado a 24 anos de prisão, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi localizado e preso pela Polícia Federal após horas de buscas em Brasília.

Pela manhã, equipes da PF estiveram na residência do ex-ministro, no Jardim Botânico, área nobre da capital, mas não o encontraram. A movimentação gerou expectativa e especulações sobre seu paradeiro. Minutos depois, a corporação confirmou que Torres havia se apresentado no escritório de seu advogado, Eumar Novacki, no Lago Sul, onde recebeu voz de prisão.

Ex-delegado da própria Polícia Federal, Anderson Torres cumprirá pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, estrutura conhecida como “Papudinha”, tradicionalmente destinada a custodiar autoridades — um símbolo da queda abrupta de uma das figuras mais influentes da segurança pública durante o governo Bolsonaro.

A prisão ocorre logo após o STF declarar o trânsito em julgado para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e para outros integrantes do chamado núcleo 1 da trama golpista. A decisão encerra qualquer possibilidade de novos recursos e abre caminho para que as penas sejam executadas imediatamente.

Além de Torres, a ofensiva desta terça-feira atingiu nomes de alta patente. Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram alvo de mandados de prisão, e o Exército já preparou celas no Comando Militar do Planalto (CMP) para recebê-los. Também foi detido o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, em Brasília.

O conjunto de prisões representa um capítulo decisivo no processo que investiga a articulação de autoridades civis e militares para tentar reverter o resultado das urnas. A ação de hoje reforça a disposição das instituições de levar às últimas consequências a responsabilização pelos atos que atentaram contra a democracia brasileira — e marca o início de uma nova fase, agora de execução rigorosa das penas impostas pelo Supremo.

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