terça-feira, 25 de novembro de 2025

BOLSONARO VIRA PERSONAGEM DE CINEMA EM SUPERPRODUÇÃO QUE PROMETE MEXER COM O DEBATE POLÍTICO EM 2026

A trajetória de Jair Bolsonaro, um dos personagens mais controversos e influentes da política brasileira recente, está prestes a ganhar uma adaptação cinematográfica que já nasce cercada de expectativa, estratégia e polêmica. O longa-metragem “Dark Horse” — traduzido livremente como “O Azarão” — promete transportar para as telas os bastidores da campanha presidencial de 2018, incluindo o atentado a faca que marcou a disputa e redefiniu os rumos da corrida ao Palácio do Planalto. A produção, conduzida sob sigilo, aposta numa narrativa inspirada na clássica jornada do herói, desenhando um Bolsonaro apresentado como candidato improvável que supera adversidades e chega ao topo do poder.

O protagonista será interpretado pelo norte-americano Jim Caviezel, conhecido por viver Jesus Cristo no blockbuster “A Paixão de Cristo” (2004). A escolha do ator, símbolo de papéis de forte apelo emocional e religioso, reforça a intenção de construir uma atmosfera épica ao redor do ex-presidente. O roteiro fica a cargo do deputado federal Mario Frias (PL-SP), aliado de longa data de Bolsonaro e ex-secretário de Cultura. Frias mergulhou em episódios íntimos e politicamente sensíveis da campanha, resgatando relações familiares, articulações partidárias e momentos de tensão que marcaram a trajetória do então presidenciável.

O elenco inclui ainda nomes internacionais e brasileiros para interpretar os filhos do ex-presidente: Marcos Ornellas viverá Flávio Bolsonaro; Sérgio Barreto dará vida a Carlos Bolsonaro; e o americano Eddie Finlay assumirá o papel de Eduardo Bolsonaro. As atrizes escolhidas para interpretar Michelle e Laura Bolsonaro seguem mantidas em sigilo.

A direção fica a cargo do cineasta Cyrus Nowrasteh, que já trabalhou na televisão norte-americana e colaborou com produções de impacto, incluindo participação no filme brasileiro “Jenipapo” (1995). Com lançamento previsto para 2026, ano em que o Brasil volta às urnas para escolher o próximo presidente, “Dark Horse” surge não apenas como obra cinematográfica, mas como peça que promete influenciar debates e percepções em um dos períodos mais sensíveis do calendário político nacional.

Nenhum comentário: