A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada neste sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, gerou reações imediatas em todo o país — e em Pernambuco não foi diferente. Um dos primeiros a se manifestar foi o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa, que classificou o episódio como “um jogo que já estava jogado”, insinuando que a decisão do Supremo já estaria definida muito antes de sua execução.
Feitosa relatou ter recebido um telefonema às 6h30 da manhã informando que a Polícia Federal havia cumprido a ordem judicial. Minutos depois, o parlamentar utilizou suas redes sociais para criticar duramente a prisão, lembrando inclusive que esteve com Bolsonaro dias antes da determinação da prisão domiciliar decretada em agosto pelo próprio Moraes.
Segundo o deputado, a ação que levou Bolsonaro à prisão não pode ser considerada legítima. Ele afirmou, de forma contundente, que o ato seria “um sequestro”, sustentando que o ex-presidente “não roubou e não cometeu qualquer crime”. Feitosa ainda chamou atenção para o simbolismo numérico envolvendo o dia 22, a multa de R$ 22 milhões e o número 22 do partido do ex-presidente, sugerindo que haveria uma “orquestração” por trás da medida.
Durante seu pronunciamento, o parlamentar subiu ainda mais o tom ao acusar Moraes de agir com “pitadas de sadismo e psicopatia”, afirmando que tudo seria parte de um plano articulado para desestabilizar a oposição e comprometer a democracia. Para Feitosa, a decisão não apenas “destrói a justiça”, como também evidencia uma perseguição direcionada a Bolsonaro e aos seus aliados.
Enquanto o país segue dividido diante dos desdobramentos da prisão, o posicionamento do deputado pernambucano reforça o clima de radicalização política que se intensificou nas últimas semanas. Feitosa promete continuar denunciando o que considera abusos do Judiciário, e anunciou que seguirá mobilizando sua base para contestar a decisão nos próximos dias.
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