No painel eletrônico, apenas 15 parlamentares registraram presença, mas menos de dez chegaram a se sentar no plenário. A reunião foi aberta pelo deputado Diogo Moraes (PSDB), que logo percebeu a impossibilidade de avançar. O único a discursar foi o deputado João Paulo (PT), que lamentou o cenário de paralisia e cobrou diálogo para destravar as votações.
Pela manhã, um encontro entre os deputados e a Procuradoria da Alepe parecia apontar para uma saída. O acerto previa o fatiamento da PEC 30, permitindo que apenas parte dos artigos fosse votada de imediato, deixando os pontos mais polêmicos para discussão futura. A estratégia, entretanto, não incluía a análise simultânea do pedido de empréstimo enviado pela governadora Raquel Lyra — condição considerada indispensável pela bancada governista.
Sem o atendimento dessa exigência, o Governo recuou e decidiu não aderir ao acordo. Como consequência, os deputados aliados esvaziaram o plenário, inviabilizando o quórum para votação. A oposição classificou a atitude como uma manobra para pressionar a Casa, enquanto governistas sustentam que não aceitarão avançar na PEC sem a garantia de apreciação do crédito solicitado pelo Executivo.
O impasse mantém a Alepe praticamente paralisada há dias e reforça a disputa política em torno da PEC 30 e do empréstimo. Enquanto isso, projetos aguardam análise e a tensão interna só cresce, sem previsão para solução.
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