De acordo com o delegado, Nádya afirmou que Alan se aproximou da área onde ela reside, descumprindo uma medida protetiva de urgência concedida pela Justiça. A situação teria desencadeado a discussão captada por câmeras momentos antes do crime. Segundo Scaramello, a médica possuía duas medidas protetivas contra Alan e outra contra um primo dele, o que reforça um histórico de conflitos e tensões entre as partes. Ele acrescentou ainda que a arma utilizada nos disparos estava “debaixo do chaleco” da suspeita no momento em que ela se dirigiu ao veículo onde Alan estava.
Outro ponto revelado pelo delegado é a existência de um processo por estupro de vulnerável, envolvendo uma filha do casal. Scaramello esclareceu que a DHPP não analisa o mérito desse crime, mas destacou que, caso tanto o abuso quanto a legítima defesa sejam comprovados, a prisão poderá ser relaxada e o flagrante considerado ilegal. Além disso, a comprovação moral das circunstâncias poderia reduzir eventual pena de um sexto a um terço.
Nádya foi presa na tarde de domingo (16), na região de Atalaia, logo após atirar contra Alan, que estava dentro de um carro estacionado em frente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Depois de prestar depoimento, ela será encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito e, em seguida, apresentada à audiência de custódia.
A Polícia Civil informou que uma testemunha que presenciou a cena será intimada para relatar a conversa travada entre os dois instantes antes do disparo. A oitiva deve ajudar a esclarecer o que motivou a médica a reagir e quais circunstâncias levaram ao desfecho trágico que agora abre espaço para novas interpretações dentro da investigação.
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