A viagem, que gerou repercussão nas redes sociais e entre segmentos da imprensa, começou na quinta-feira pré-carnaval, 25 de fevereiro, e se estendeu até o dia 12 de março, coincidindo com o aniversário do Recife. O período abrangeu praticamente duas semanas de ausência do parlamentar, incluindo o ponto facultativo do Carnaval e o feriado da Data Magna de Pernambuco, comemorado em 6 de março.
Enquanto a população pernambucana aproveitou a semana de feriado, muitos questionam a necessidade de uma viagem internacional de alto custo bancada pelo dinheiro público, especialmente em um contexto de demandas urgentes na saúde, educação e infraestrutura do Estado.
O valor pago a Farias, quase 40 mil reais, equivale a uma quantia significativa que poderia ser revertida para projetos sociais ou investimentos em políticas públicas locais. Além disso, o período de viagem, que incluiu datas históricas e simbólicas para Pernambuco, reforça a percepção de que houve prioridade ao lazer internacional em detrimento das funções parlamentares.
Especialistas em administração pública apontam que a concessão de diárias para viagens internacionais de parlamentares deveria ter critérios mais rígidos e transparência plena, evitando o que muitos chamam de “mamata de Momo”, um gasto considerado desproporcional em plena época de Carnaval.
Durante o período, Rodrigo Farias participou de eventos oficiais e reuniões em Portugal, segundo registros da Alepe, mas detalhes sobre a agenda concreta não foram divulgados, o que aumenta as críticas quanto à efetividade da viagem.
Cidadãos e lideranças políticas vêm cobrando da Alepe uma justificação detalhada sobre a necessidade e os resultados obtidos com a viagem. Organizações de controle social sugerem que seja revista a política de concessão de diárias para evitar gastos considerados excessivos e sem retorno direto para a população.
Enquanto isso, a repercussão nas redes sociais reflete indignação: usuários criticam a viagem prolongada, os altos valores pagos e a coincidência com feriados locais, sugerindo que o parlamentar deveria ter priorizado o trabalho em Pernambuco, em vez de aproveitar os cofres públicos para lazer internacional.
A viagem do vice-presidente da Alepe a Lisboa serve como mais um exemplo de polêmica envolvendo gastos públicos de parlamentares, reforçando a necessidade de debates sobre transparência, fiscalização e ética no uso do dinheiro público, especialmente em tempos de dificuldades econômicas para grande parte da população.
O caso evidencia um conflito entre responsabilidade política e privilégios institucionais, levantando questionamentos sobre como representantes eleitos equilibram suas agendas internacionais com as demandas locais.
Enquanto a Alepe ainda não detalhou os custos específicos da estadia, alimentação e transporte do deputado, a sociedade pernambucana observa atenta, exigindo prestação de contas e explicações claras, para que episódios como este não se repitam, transformando feriados prolongados em oportunidades de gastos considerados desnecessários e polêmicos.
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