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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A FORÇA E A GANA DE UMA MULHER GOVERNADORA: RAQUEL LYRA NÃO BAIXA A CABEÇA E SEGUE EM FRENTE


Em um dos eventos mais simbólicos de sua gestão — a inauguração da Barragem Panelas II, em Cupira, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva —, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), transformou vaias em discurso firme, posicionamento político e demonstração pública de resiliência. Diante de um público dividido, que ovacionou o prefeito do Recife, João Campos (PSB), no mesmo palanque, Raquel reagiu com a contundência de quem conhece o peso das adversidades e a responsabilidade de governar um estado inteiro.

Logo no início de sua fala, pontuada por manifestações contrárias, a governadora rebateu com clareza e coragem: “Não é fácil vir aqui. Se eu fosse homem, eu não estava sendo vaiada. Isso não me para. Isso me traz mais forças pra fazer mais.” A frase, dita de forma firme, sintetizou o tom do evento para Raquel: mostrar força, manter o foco e reafirmar que não recua diante de pressões.

A governadora ainda foi a única autoridade, além do presidente Lula, a iniciar o discurso ao lado do chefe do Executivo federal no púlpito, gesto que ajudou a reduzir as vaias naquele momento. Mas, mais do que posição física, o que se destacou foi a postura política adotada por Raquel Lyra.

Ela fez questão de frisar que não se deixará distrair por disputas eleitorais antecipadas, mesmo estando ao lado de um dos nomes mais comentados para a corrida ao Governo de Pernambuco em 2026: “Não estamos aqui tratando das próximas eleições. Nós estamos aqui cuidando das próximas gerações.” Em seguida, completou com firmeza: “Quando a gente perde o foco, perde o prumo. E eu não fui eleita para estar em cima do palanque, mas para governar.”

Em um discurso carregado de simbolismo, Raquel reforçou a importância da união e enviou uma mensagem clara para além das cores partidárias: “Eu não quero saber de vermelho, branco, roxo, amarelo. Eu quero saber de uma bandeira só.” O gesto de erguer a bandeira de Pernambuco em seguida foi recebido como um recado direto: o estado está acima das disputas políticas.

A governadora ainda aproveitou o palco para lembrar o histórico de promessas e interrupções envolvendo as barragens de contenção no estado — obras fundamentais para segurança hídrica e prevenção de enchentes. Ela recordou que, das cinco barragens planejadas pelo ex-governador Eduardo Campos, apenas uma havia sido entregue. Panelas II, inaugurada nesta terça-feira (2), é a segunda a sair do papel.

Com uma série de anúncios, Raquel quis mostrar que trabalha para virar a página da estagnação:
“A primeira estamos entregando hoje. A segunda, de Gatos, está em obras. A de Igarapeba, o dinheiro vai ser depositado na conta nesta semana. E a de Barra de Guabiraba vamos licitar em janeiro.”

Ao longo de toda a cerimônia, Raquel Lyra deixou evidente o recado que desejava transmitir: ela não se intimida com vaias, com comparações, nem com movimentos eleitorais antecipados. A governadora reforça diariamente sua presença no interior, ressalta que não governa “de costas para o estado”, e constrói uma narrativa de trabalho contínuo, proximidade com a população e enfrentamento firme às adversidades.

O evento em Cupira marcou, acima de tudo, a reafirmação pública de uma mulher que decidiu não baixar a cabeça — e que, com força, gana e determinação, segue seu caminho governando para todo Pernambuco.

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