Diante de uma plateia formada por lideranças regionais, aliados e moradores da cidade, Porto fez um discurso contundente, no qual não poupou críticas à atuação da governadora. O parlamentar, que esteve ao lado de Raquel tanto no primeiro quanto no segundo turno da disputa estadual, reconheceu que teria feito outra escolha se pudesse voltar no tempo.
“Infelizmente, apoiei a governadora que venceu, mas me arrependo. Poderia ter tomado outro caminho. Ter ido apoiar Miguel Coelho ou Marília Arraes, mas me enganei. A gente tem o direito de errar, mas não de permanecer no erro”, declarou, provocando forte reação entre os presentes.
O deputado ressaltou que percorreu todo o estado em 2022 pedindo votos para Raquel Lyra, mas garantiu que fará o mesmo trajeto agora em defesa do projeto político de João Campos. Segundo ele, Pernambuco precisa de “liderança, competência e entrega”, atributos que, na avaliação do parlamentar, não estão presentes no atual governo estadual.
“Da mesma forma que andei os quatro cantos de Pernambuco pedindo votos para Raquel, vou andar novamente, desta vez pedindo votos para João Campos”, afirmou.
Em seu discurso, Porto ainda acusou a governadora de comandar uma gestão “arrogante” e “incapaz de apresentar resultados concretos” para o estado. As críticas ampliam a tensão entre o presidente da Alepe e o Palácio do Campo das Princesas, num momento em que a relação entre Legislativo e Executivo já vinha marcada por ruídos e cobranças públicas.
A fala de Álvaro Porto ecoou entre os aliados presentes em Cupira e consolidou a mudança de alinhamento político do deputado, que agora se coloca como um dos principais articuladores da campanha estadual de João Campos, emergindo como voz ativa da oposição ao governo Raquel Lyra.
A declaração deste domingo reforça a movimentação intensa do xadrez político pernambucano, que ganha contornos cada vez mais claros à medida que 2026 se aproxima — e promete redefinir alianças, estratégias e lideranças no estado.
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