A fala, segundo ele, não é uma opinião isolada: “Isso já está decidido no PL nacional e local. O que menos precisamos é de briga neste momento, como aconteceu no Ceará. Precisamos de trabalho e de voto”, afirmou o deputado, em defesa de uma candidatura única que evite desgaste dentro da legenda.
A declaração caiu como uma bomba no núcleo político de Gilson Machado, que soube do posicionamento de Feitosa por meio deste blog e reagiu imediatamente. Sem meias palavras, o ex-ministro rebateu: “Lamento ele ter feito isso, mas eu continuo no PL, não pretendo sair e serei candidato ao Senado. São duas vagas. O povo decide o vencedor. Sou e serei o candidato de Bolsonaro, como ele declarou várias vezes”.
A divergência expõe a disputa silenciosa — agora não tão silenciosa — entre dois importantes nomes do bolsonarismo em Pernambuco. De um lado, Anderson Ferreira, ex-candidato ao Governo do Estado em 2022, com trânsito direto no comando nacional do partido. Do outro, Gilson Machado, figura de absoluta confiança de Jair Bolsonaro e presença constante nas mobilizações da direita no Nordeste.
Feitosa afirmou que passou dois dias em Brasília e saiu convencido de que a prioridade do PL, neste momento, é blindar Bolsonaro, evitar conflitos regionais e concentrar forças na formação de bancadas robustas. “Pelo que tem passado Bolsonaro, o melhor que o PL precisa fazer é esfriar a cabeça, não brigar, lutar pelos seus candidatos majoritários e para eleger grandes bancadas de deputado federal e estadual”, declarou.
O parlamentar também revelou que seu próprio futuro político dependerá diretamente do cenário nacional: “Se Bolsonaro for candidato, disputarei mandato de federal. Se não, vou disputar mandato de estadual. Já comuniquei meu posicionamento aos deputados federais e estaduais do PL no Estado e ao próprio Gilson”.
Sobre Anderson Ferreira, Feitosa foi enfático ao justificar sua posição: “Anderson foi nosso candidato a governador, é um bom quadro, está preparado e deseja disputar o Senado. Cabe a nós apoiá-lo”. Mais do que isso: o deputado afirma ter sido informado na capital federal de que a escolha por Anderson, com aval do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, já foi comunicada ao próprio Bolsonaro.
Com dois projetos postos na mesa e discursos públicos cada vez mais firmes, o PL pernambucano entra em um capítulo decisivo. Resta saber se a convergência virá — ou se o partido marchará para 2026 com duas fortes candidaturas disputando a bênção do mesmo líder político.
Nenhum comentário:
Postar um comentário