Arcoverde

Arcoverde -

Arcoverde -

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

CÂMARA DE AMARAJI APLICA DERROTA POLÍTICA A ALINE GOUVEIA E REPROVA CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2021

A manhã desta terça-feira (10) marcou um dos capítulos mais determinantes da vida pública de Amaraji, quando o plenário da Câmara Municipal confirmou, com 6 votos a 3, a reprovação das contas da ex-prefeita Aline Gouveia referentes ao exercício financeiro de 2021. A decisão, embora esperada por parte da classe política, ganhou contornos mais densos ao acompanhar integralmente o parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, órgão que apontou falhas na condução orçamentária, lacunas de execução e elementos considerados incompatíveis com os princípios da responsabilidade fiscal.

A sessão, híbrida e acompanhada por moradores tanto no prédio legislativo quanto de forma virtual, expôs não apenas a avaliação numérica de receitas e despesas, mas a tensão política acumulada ao longo dos últimos meses. Vereadores que defenderam o voto contrário às contas alegaram que não se tratava de perseguição, mas de rigor institucional, ressaltando que “o interesse público exige postura, e não concessões”. Já os votos pela aprovação se ampararam no argumento de que eventuais inconsistências poderiam ter sido sanadas sem desembocar na penalidade máxima, apontando a decisão como “mais política do que técnica”.

Com a reprovação sacramentada, Aline Gouveia se vê agora diante de um cenário que pode afetar diretamente seu futuro eleitoral. A eventual inelegibilidade passa a integrar o horizonte imediato, embora ainda dependa de novas avaliações jurídicas e das instâncias que reexaminarão o processo. Para os setores da sociedade civil organizada, o episódio reforça a necessidade de vigilância contínua sobre os destinos da máquina pública e de participação ativa no acompanhamento das contas municipais.

Em Amaraji, a votação desta terça-feira ultrapassou o campo do balanço contábil: tornou-se um alerta público, político e simbólico sobre os limites da gestão e a responsabilidade diante do orçamento coletivo, consolidando um recado que ecoa pelos corredores do poder — em tempos de cobrança social elevada, o peso da assinatura no diário oficial pode definir não apenas um mandato, mas uma trajetória inteira.

Nenhum comentário: