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terça-feira, 2 de dezembro de 2025

ENTREGA DA BARRAGEM PANELAS II EM CUPIRA MARCA VIRADA HISTÓRICA PARA O AGRESTE E EMOCIONA DEPUTADA DÉBORA ALMEIDA

A tarde desta terça-feira, em Cupira, no Agreste pernambucano, ficará registrada como um divisor de águas — literalmente e simbolicamente — na história da região. Sob forte presença popular, a inauguração da Barragem Panelas II e o anúncio da retomada das obras da Barragem de Igarapeba reacenderam a esperança de milhares de moradores que convivem, há décadas, com o medo das enchentes e a insegurança hídrica que compromete o desenvolvimento local.

Visivelmente emocionada, a deputada estadual Débora Almeida (PSDB) transformou o palanque em um espaço de memória e celebração. Ao lado do presidente Lula (PT) e da governadora Raquel Lyra (PSD), ela relembrou a longa espera que começou ainda quando era prefeita da região, mais de dez anos atrás, e viu a promessa inicial se perder em adiamentos, burocracias e gestões que empurraram o problema com a barriga. Para a parlamentar, o dia representa o resgate de uma dívida histórica com o povo do Vale do Una, que sofreu com tragédias, prejuízos e perdas irreparáveis em enchentes sucessivas.

Débora enfatizou que somente agora, com “uma mulher de fibra” à frente do Governo de Pernambuco e com um presidente pernambucano comprometido com a pauta hídrica, o projeto saiu finalmente do papel. Ela destacou que a obra não apenas reforça a segurança hídrica, mas salva vidas, amplia a capacidade de reserva de água e cria um novo horizonte econômico para cidades como Cupira, Lagoa dos Gatos, Catende e toda a zona de influência da bacia.

A parlamentar também classificou o momento como um marco de dignidade e futuro, simbolizando uma nova forma de governar, baseada em cooperação e responsabilidade. “Quando trabalhamos juntos, Pernambuco avança”, disse, reforçando o espírito de unidade demonstrado no evento. Para os moradores, a entrega da barragem representa o fim de um ciclo de promessas vazias que alimentavam esperança, mas deixavam apenas um rastro de destruição no Rio Una.

A sensação geral era de dever cumprido — e, sobretudo, de tempo recuperado. A paisagem, antes marcada pelo descaso, agora se transforma em sinônimo de proteção e desenvolvimento para as próximas gerações. Cupira viu nascer hoje, nas palavras e na obra, uma nova história.

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