O desempenho consolida uma tendência que vem sendo construída ao longo dos últimos anos. As investidas contra carros-fortes permanecem inexistentes há quatro anos consecutivos, enquanto os furtos a caixas eletrônicos seguem em trajetória de queda, com média anual de apenas três casos. Já os crimes direcionados às agências bancárias apontam para que 2025 seja finalizado como um dos anos com menor número de ocorrências desde o início dos registros oficiais. Para efeito de comparação, entre 2013 e 2017, Pernambuco chegou a encerrar anos com 52 ataques desse tipo.
Para o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, os números refletem a eficiência de um trabalho estratégico, baseado em inteligência, integração e repressão qualificada. Segundo ele, as forças de segurança conseguiram reduzir drasticamente delitos que historicamente eram marcados por ações ousadas e violentas de quadrilhas especializadas. A atuação preventiva e o enfrentamento direto aos grupos criminosos têm sido decisivos para inibir esse tipo de crime e devolver à população a sensação de segurança.
Um dos pilares dessa mudança foi a criação da Força-Tarefa Crimes Patrimoniais, iniciativa que reforçou a atuação integrada no combate aos crimes contra o patrimônio. A FT atua com base em análise de dados, mapeamento de manchas criminais, definição de estratégias preventivas e ações repressivas, reunindo diferentes órgãos de segurança em um modelo coordenado e eficiente. O grupo também abre espaço para a participação de representantes de instituições públicas e privadas, fortalecendo o diálogo e permitindo a construção de estratégias inovadoras.
De acordo com o gerente-geral do Centro Integrado de Operações de Defesa Social, coronel Alexandre Tavares, esse modelo de cooperação amplia a capacidade de resposta do Estado. As reuniões periódicas permitem avaliar o cenário em tempo real e ajustar o policiamento conforme as necessidades, garantindo maior eficácia no enfrentamento aos crimes patrimoniais.
A Força-Tarefa é composta por especialistas da Secretaria de Defesa Social e reúne profissionais das polícias Militar, Civil e Científica, além do Corpo de Bombeiros, sob a coordenação da secretária-executiva da SDS, Mariana Cavalcanti. A integração entre as instituições tem sido apontada como um diferencial decisivo para os resultados alcançados.
No campo operacional, a Polícia Militar de Pernambuco mantém estratégias consolidadas e reconhecidas pela eficiência. Na Região Metropolitana do Recife, a Operação Pentágono intensifica o policiamento em áreas estratégicas, enquanto no Interior do Estado a Operação Madrugada Segura reforça a presença policial durante o período noturno em agências e terminais de autoatendimento. O trabalho é complementado pela escolta de numerários em rotas previamente mapeadas, reduzindo riscos e inibindo a ação criminosa.
Já a Polícia Civil atua de forma incisiva por meio da Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos e Furtos. O foco tem sido a investigação qualificada, o uso intensivo de inteligência policial e a desarticulação de quadrilhas especializadas, inclusive com atuação interestadual. O mapeamento de rotas criminosas, o rastreamento financeiro e a rápida resposta às ocorrências têm permitido atingir o núcleo das organizações criminosas.
Segundo o delegado titular da DPRF, João Leonardo Cavalcanti, o objetivo vai além da elucidação dos crimes. A estratégia busca impedir a reincidência, enfraquecer financeiramente as quadrilhas e garantir proteção permanente ao sistema bancário e à população pernambucana.
Com resultados concretos e números históricos, Pernambuco encerra 2025 mostrando que planejamento, integração e inteligência são capazes de transformar o cenário da segurança pública e provar que, quando o Estado atua de forma coordenada, o crime perde espaço.
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