Vídeos que rapidamente se espalharam pelas redes sociais mostram cenas de extrema tensão. Nas imagens, dois homens aparecem sendo cercados e agredidos por barraqueiros enquanto tentam deixar a praia em um veículo utilizado pela equipe de salva-vidas. Em meio a gritos, empurrões e agressões físicas, o clima é descrito por testemunhas como de verdadeiro pânico, com banhistas observando a cena sem conseguir intervir.
As vítimas foram identificadas como o casal Johnny Andrade Barbosa e Cleiton Zanatta, turistas do Mato Grosso que estavam em Pernambuco para passar alguns dias de férias. Segundo o relato de Johnny, o conflito começou após um desacordo sobre o valor cobrado pelo aluguel de cadeiras e guarda-sol. De acordo com ele, um preço havia sido previamente combinado, mas, no momento do pagamento, o valor exigido foi quase o dobro do acertado inicialmente.
Ao questionar a cobrança, o casal afirma ter sido hostilizado e, em seguida, atacado por vários barraqueiros. “Escolhemos Porto de Galinhas para descansar, para viver momentos de alegria, e nos deparamos com essa atrocidade”, disse Johnny em um vídeo publicado em suas redes sociais, onde classificou a agressão como um “massacre” e relatou o medo vivido durante a tentativa de deixar o local em segurança.
A gravidade do caso ganhou ainda mais repercussão pela forma como os turistas precisaram ser retirados da praia. As imagens mostram que eles só conseguiram sair com o apoio de salva-vidas, utilizando um veículo de apoio, enquanto eram seguidos e atacados. O episódio levanta questionamentos sobre a atuação dos órgãos responsáveis pela ordem pública e pela organização do comércio ambulante nas praias de Ipojuca, especialmente em períodos de alta movimentação turística.
Porto de Galinhas, que costuma figurar entre os destinos mais procurados do país, sobretudo em feriados e férias, agora enfrenta um desgaste significativo em sua imagem. Nas redes sociais, internautas cobram providências imediatas do poder público, punição aos agressores e medidas rigorosas para evitar que situações semelhantes se repitam. Muitos usuários relatam experiências anteriores de cobranças abusivas e conflitos envolvendo barraqueiros, o que reforça a necessidade de fiscalização mais efetiva.
Até o momento, não há informações detalhadas sobre prisões ou medidas adotadas contra os envolvidos na agressão. O caso, no entanto, deve ser investigado pelas autoridades policiais, enquanto cresce a pressão para que a Prefeitura de Ipojuca e o Governo de Pernambuco se posicionem oficialmente.
O episódio evidencia que, além das belezas naturais, a experiência turística depende diretamente de segurança, organização e respeito. Quando esses pilares falham, o que deveria ser sinônimo de lazer se transforma em medo, violência e repercussão negativa para um destino que vive, em grande parte, do turismo.
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