Com o controle político migrando para o lado progressista da aliança, Eduardo da Fonte assumiu imediatamente o papel de principal dirigente da União Progressista em Pernambuco. Essa mudança reorganizou completamente o jogo sucessório no Estado. A Federação já definiu que o candidato ao Senado será o próprio Eduardo da Fonte, deslocando Miguel Coelho e alterando a rota política prevista até poucas semanas atrás.
A decisão não se restringe à disputa pela vaga no Senado. Sob influência direta de Eduardo, a União Progressista tende a marchar com a governadora Raquel Lyra em 2026, fortalecendo uma aproximação construída nos bastidores nos últimos meses. Caso Miguel mantivesse o controle, o caminho seria oposto: a Federação apoiaria João Campos, hoje favorito dentro do União Brasil para a disputa ao governo estadual.
O movimento deixou Miguel Coelho isolado dentro da própria estrutura partidária que ajudou a consolidar. A perda do comando da nova federação significa também a perda de influência no processo eleitoral que se avizinha, enterrando — ao menos por agora — seu projeto majoritário. Para completar, pesquisas recentes apontam Eduardo da Fonte à frente de Miguel na corrida pelo Senado, mesmo sem o deputado jamais ter enfrentado uma disputa majoritária.
A União Progressista, ao nascer, não apenas redesenhou alianças: redefiniu rumos, enterrou uma candidatura e projetou um novo protagonista no tabuleiro político de Pernambuco.
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