A inclusão do nome do ministro havia provocado ruídos públicos e apreensão nos corredores do governo Lula e do Judiciário. Para aliados do Planalto, tratava-se de um gesto inusitado — e interpretado como pressão direta — vindo de um país que costuma se posicionar com cautela quando o assunto envolve instituições democráticas de outra nação. Por isso mesmo, a exclusão repentina reacende debates sobre os critérios da política externa americana e as mensagens enviadas ao Brasil.
A Lei Magnitsky, criada para punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos ou corrupção, permite desde bloqueio de bens até restrições de viagem. Na prática, a retirada dos nomes significa que nenhuma medida desse tipo tem mais efeito sobre Moraes e sua família — um recuo que surpreende pela velocidade e pela ausência de explicações formais.
Até agora, os EUA não detalharam o que motivou a revisão da decisão. A diplomacia brasileira, que tratou o caso com pinças, sempre reforçou que assuntos internos do Judiciário não devem ser atravessados por pressões de governos estrangeiros. Nos bastidores, porém, o episódio já é classificado como um dos mais delicados entre os dois países desde o início da gestão Lula.
O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, permanece em silêncio. A expectativa é que uma manifestação oficial seja divulgada apenas após avaliação interna do impacto político e institucional dessa reviravolta.
O caso segue em atualização.
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