segunda-feira, 22 de maio de 2017

Armando cobra esclarecimento do governador sobre JBS

Magno Martins


Há muito tempo, o PSB de Pernambuco está sob o foco das investigações da Polícia Federal e outros órgãos investigativos. A sociedade vem acompanhando os acontecimentos com muito constrangimento. Ao longo do processo, esperamos esclarecimentos cabais. Mas essas explicações nunca ocorreram de forma a afastar as fortes suspeitas que recaem sobre este partido, pelas posturas e condutas adotadas por seus agentes políticos. 


Nunca fiz julgamentos antecipados, visto que essas denúncias envolvem, inclusive, figuras públicas que já não mais estão presentes para se defender.  No entanto, considerando agora que as novas denúncias trazidas na delação da JBS atingem frontalmente o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, não poderia deixar de, ao lado da sociedade pernambucana, exigir um esclarecimento definitivo sobre essa questão.


Com relação ao governador, o delator fala de propina de R$ 1 milhão. E relaciona ainda visitas e gestões promovidas à época pelo atual governador e o atual prefeito do Recife relacionadas a um grande montante de recursos que não estão declarados na prestação de contas da campanha de Paulo Câmara. Se comprovadas as denúncias, resta comprometida a legitimidade do mandato do governador, bem como sua autoridade ética, moral e política. 


Desde o início da Operação Lava Jato, o PSB de Pernambuco tem revelado um condenável protagonismo. Cabe lembrar que, em outubro de 2014, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, já apontava em sua delação a participação de expoentes do partido. Tanto Costa quanto o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, confirmaram repasse de propina de R$ 20 milhões para a campanha do PSB em 2010. Um dos operadores citados é o ex-presidente da Copergás, Aldo Guedes.


O PSB é o centro da Fair Play, operação paralela à Lava Jato que investiga desde agosto de 2015 uma série de irregularidades na Arena Pernambuco: superfaturamento, restrição à competitividade na licitação do projeto, pagamento de propina via doações oficiais e até eventuais crimes contra o sistema financeiro. Os principais investigados são o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara. Eles foram, respectivamente, presidente e vice-presidente do Comitê de Gestão Público Privada do Governo de Pernambuco, responsável pela viabilização da obra.


Ainda em 2015, várias operações da Polícia Federal tiveram o PSB como alvo. Em julho, a Operação Politeia apreendeu bens dos socialistas adquiridos com supostas práticas criminosas. Em dezembro, a Operação Catilinárias evitou a destruição de provas de integrantes do partido, citados em esquemas de corrupção na Lava Jato. No mesmo mês, o PSB foi um dos principais investigados na Operação Vidas Secas, que apura desvio de R$ 200 milhões na obra da transposição do rio São Francisco.


O PSB é o protagonista da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016, que investiga uma organização criminosa, formada por 30 pessoas de várias empresas, suspeita de ter movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010. Outra operação é a Vórtex, que está apurando crimes de corrupção, direcionamento de licitação e lavagem de dinheiro.


Em 2017, a delação do ex-executivo da Odebrecht João Pacífico revelou que o PSB cobrava 3% dos valores dos contratos que a empreiteira firmou em Pernambuco, a exemplo da Adutora do Pirapama, da refinaria Abreu e Lima e do Complexo Prisional de Itaquitinga.


Sobre essas graves questões, não cabe agora hesitação, que tem sido a marca do governador. Pernambuco exige resposta.


 


Senador Armando Monteiro (PTB-PE)


Carretas com torres eólicas são presas em São Caetano

Uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizada no último sábado (20) apreendeu cinco carretas irregulares que transportavam torres e pás eólicas, na BR 232, em São Caetano, no Agreste de Pernambuco. Dois veículos que prestavam serviço de escolta também foram retidos e um condutor foi notificado, pela falta de licença para realizar este tipo de trabalho.

Ao todo, foram emitidas 32 autuações por diversas irregularidades, como Autorização Especial de Trânsito (AET) em desacordo com a legislação, placas de advertência e sinalização inadequadas, além da licença para realização de escolta vencida. Um caminhão que transportava um guindaste também foi autuado no local. As carretas e os veículos foram retidos e só poderão seguir viagem com a devida regularização.

O transporte de cargas indivisíveis deve obedecer a uma série de exigências devido à sua complexidade, peso e dimensões, sendo necessária uma autorização especial para trafegar nas rodovias. Além da exigência de escolta para se evitar acidentes, os motoristas devem passar por uma formação específica para prestar esse serviço. (Assessoria de Imprensa da PRF).

Site do TSE mostra que Bolsonaro recebeu doação da JBS



Deputado federal do PP afirma ter devolvido a quantia para seu partido que, mais tarde, transferiu a mesma quantia para sua campanha




DA REDAÇÃO


O nome do deputado federal Jair Bolsonaro (PP) também pode estar ligado ao escândalo da Lava Jato. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em “Consulta aos Doadores e Fornecedores de Campanha de Candidatos”, consta que ele recebeu o valor de R$ 200 mil da JBS, durante sua campanha em 2014.

Naquele ano, Bolsonaro foi reeleito deputado federal com o maior número de votos no Rio de Janeiro – recebeu mais de 460 mil votos. Uma reportagem do site Vice trouxe a questão à tona.

O político postou um vídeo em seu canal do YouTube, onde explica que os R$ 200 mil, metade do valor gasto em sua campanha, foram devolvidos como “doação ao partido”. No entanto, na planilha do TSE, os mesmos R$ 200 mil voltam à conta de Bolsonaro, agora numa doação feita pelo fundo partidário.

Em 2014, a JBS doou mais de R$ 360 milhões a políticos. Ao lado da Ambev e da Construtora OAS, a empresa foi a que mais doou — sendo R$ 5 milhões destinados à campanha de Dilma Rousseff (PT), outros R$ 5 milhões à campanha de Aécio Neves (PMDB) e R$ 1 milhão à campanha de Eduardo Campos (PSB). Segundo Joesley Batista, dono da JBS, todas as doações da empresa eram contrapartida a propina.


sábado, 20 de maio de 2017

Após vídeo da JBS, Antônio Campos cobra explicações até a Renata Campos

Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem


Depois da oposição cobrar explicações ao PSB, o irmão do governador Eduardo Campos, Antônio Campos, também reagiu ao vídeo de delação premiada da JBS, que cita suposta ajuda em recursos financeiros do grupo para os caciques locais do PSB.

“É preciso explicar isto, basta”, escreve o escritor e advogado, que disputou a prefeitura de Olinda, no ano passado.

“Acho que a viúva e filho de Eduardo devem explicar isso, como herdeiros de Eduardo. Também o governador e o prefeito”, afirmou Antonio campos ao Blog.

Os vídeos foram divulgados hoje pelo MPF, na esteira da aprovação da delação do empresário Joesley Bastista, do grupo JBS.

OPOSIÇÃO FAZ COBRANÇA A PAULO CÂMARA

Na oposição, o deputado Alvaro Porto, do PSD, também gravou uma mensagem nas redes sociais cobrando que o governador Paulo Câmara desse explicações aos pernambucanos. O parlamentar, que está na base de sustentação de Paulo Câmara na Alepe, disse que Paulo Câmara chegou a cobrar uma explicação de Temer, na véspera, comentando os escândalos do cenário nacional.

“Seu aliado e prefeito do Recife, Geraldo Júlio, em entrevista pela manhã pediu a renuncia de Michel Temer. Mas em delação premiada, o diretor da JBS, Ricardo Saud, afirma ter pago também 15 milhões em propina para Eduardo Campos, Paulo e Geraldo. E agora governador? Chegou sua vez de dar explicações ao povo pernambucano. Faça melhor, siga o conselho do seu colega de partido e renuncie!”, declara o parlamentar.

 

 

 

Professora morre após se assustar com bomba junina jogada por aluno



O artefato teria sido lançado por um jovem de 16 anos no pátio da escola onde ela estava, em Carpina. A mulher foi socorrida e morreu no HR, no Recife


JC Online


Com informações da Rádio Jornal



Irmã afirmou que professora teve um aneurisma cerebral. Ela morreu na manhã da quinta (18)
Foto: Reprodução/Facebook

Morreu nessa quinta-feira (18), uma professora que estava internada no Hospital da Restauração, na área central do Recife, desde a terça-feira (16), após se assustar com a explosão de uma bomba de São João. O incidente aconteceu na Escola Municipal São Joaquim, na comunidade de Caraúba Torta, em Carpina, na Zona da Mata Norte do Estado. O artefato teria sido lançado por um adolescente de 16 anos, no momento em que o ônibus que ele estava passou na frente do colégio.


O jovem jogou a bomba em direção aos alunos que estavam no pátio da escola. A professora Josefa Jaqueline Silva, 40, tentou proteger uma aluna de 5. Com o impacto da explosão, ela passou mal e foi levada em estado grave para a Unidade Mista de Saúde de Carpina. Na noite da terça (16), a mulher foi transferida para o Hospital da Restauração, na área central do Recife, onde morreu na manhã da quinta-feira (18).

Aneurisma

De acordo com a irmã de Josefa, a professora sofreu uma alteração da pressão arterial e em consequência teve um aneurisma cerebral.

Secretaria de Educação lamenta morte

A Secretaria Municipal de Educação de Carpina divulgou nota lamentando a morte da professora da Educação Infantil Pré II.  “Sua competência e amor pela profissão serão exemplo para todos nós. Jaqueline estará sempre em nossas lembranças, guardada com carinho em nossos corações”, declarou a Secretaria Municipal de Educação.

O velório da professora acontece na casa da mãe dela e o sepultamento será no Cemitério de São Sebastião, em Carpina, nesta sexta- feira (19). A ocorrência foi registrada no Conselho Tutelar e na Delegacia de Carpina

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Delator da JBS diz que pagou propina para Paulo Câmara, Geraldo Julio e FBC



Após a morte de Eduardo Campos, Geraldo Julio teria procurado diretor da JBS para cobrar propina a campanha de Paulo Câmara


Paulo Veras





Delator da JBS diz que negociou pagamento de propina em dinheiro vivo para campanha de Paulo Câmara em 2014
Foto: JC Imagem

Diretor da JBS, o delator Ricardo Saud afirmou, em delação a força-tarefa da Lava Jato, que negociou o pagamento de propina na campanha de 2014 com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e com o prefeito do Recife, Geraldo Julio; ambos do PSB. Tudo começou com um acerto para pagar R$ 15 milhões para a campanha presidencial do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014. A delação envolve também o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).


"Exatamente no dia que ele faleceu, eu estava com o Henrique que era a pessoa dele que ele mandava... Ou o Henrique, ou o Paulo Câmara ou o Geraldo Julio para ir lá tratar da propina", afirma Saud.

Após a morte de Eduardo, Saud conta que foi procurado por Geraldo Julio pedindo para que fosse honrado o pagamento do que havia sido negociado com Eduardo. O objetivo era vencer a eleição pelo governo de Pernambuco.

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No início, a JBS queria pagar apenas o que foi combinado com o ex-governador. "Nós chegamos ao meio termo que íamos pagar para não atrapalhar a campanha do Paulo Câmara. E ainda darmos uma propina para o Paulo Câmara em dinheiro vivo lá em Pernambuco", afirma.

FBC

Segundo o delator da JBS, o senador Fernando Bezerra Coelho também se favoreceu do acordo. Ele indicou uma empresa teria pago R$ 1 milhão em 02 de setembro de 2014. "O Fernando Bezerra foi beneficiado. Essa nota fiscal aqui de R$ 1 milhão foi para ele", afirma Saud.

As informações vieram a tona com a divulgação pela Justiça dos vídeos das delações; que atingiram fortemente o presidente Michel Temer (PMDB).

Temer recebeu propina de R$ 15 milhões da JBS





Do UOL

O presidente Michel Temer (PMDB) teria recebido valores próximos a R$ 15 milhões em pagamentos de vantagens indevidas em 2014, segundo delação de Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais da JBS. A quantia teria como contrapartida atuação favorável aos interesses do grupo J&F, controlador do frigorífico JBS. O STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou o sigilo das delações do grupo nesta sexta­feira (19).

Os depoimentos, que também foram feitos por um dos donos da JBS, o empresário Joesley Batista, apontam "solicitação de vantagem indevida por parte do atual presidente da República, bem como do deputado federal Rodrigo da Rocha Loures (PMDB­PR), no montante de 5% do lucro obtido com o afastamento do monopólio da Petrobras no fornecimento de gás a uma das empresas do grupo".


"Além disso, haveria solicitação de outros valores relacionados à atuação em benefício do grupo empresarial J&F no tocante ao destravamento das compensações de créditos de PIS/COFINS com débitos do INSS", aponta a delação.


O pagamento teria relação com o apoio do PMDB à reeleição de Dilma. "Eu trouxe o PMDB inteiro, como é que não tem nada para mim?", teria dito Temer segundo relato de Saud.


Saud reclamou para o tesoureiro da campanha da petista, o ex­ministro Edinho Silva, da cobrança de Temer por verba para campanha. "O homem quer R$ 15 milhões e você tá deixando R$ 5 milhões aqui", relembra o diretor.


Após analisar a situação, Edinho teria autorizado o repasse a Temer. "Aí veio a ordem para dar os R$ 15 milhões do Temer. Do PT para o PMDB para a campanha do Temer". Saud foi, então, comunicar o então vice­presidente do acerto em reunião no palácio do Jaburu, residência oficial do vice­presidente. "E ele falou: 'você me dá uma semana que nós vamos mostrar como a gente vai fazer com esse dinheiro'".


Segundo o delator, com os R$ 15 milhões, ele ajudou os ex­deputados federais Eduardo Cunha (PMDB­RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB­RN) e colocou parte da quantia no PMDB Nacional.


Joesley e Saud ainda apontam pagamentos de forma corrente em favor de Roberta Funaro, como suporte financeiro em razão da prisão de seu irmão, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, tido como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.


O empresário e Rocha Loures voltaram a se encontrar em outras duas oportunidades após a reunião entre Temer e Joesley, que prometeu "lançar mais crédito na planilha" à medida em que ações políticas que favorecessem o grupo J&F fossem bem­sucedidas.


Joesley citou, por exemplo, que seria benéfico a ele se o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) concedesse uma liminar que afastasse o monopólio da Petrobras no fornecimento de gás para uma termelétrica do grupo, de acordo com a delação do empresário.


O dono da JBS acreditava que obteria lucro caso isso acontecesse e prometeu "abrir planilha" e repassar 5% desse valor a Temer. O representante do presidente, Rocha Loures, aceitou o acordo. Após a divulgação da delação, o Cade negou ter adotado qualquer tipo de  favorecimento ao grupo J&F.


Ministros ioiô

Política em dia de ioiô


Três ministros pernambucanos ao longo do dia sinalizaram que deixaram os cargos. Ao final da tarde, apenas Roberto Freire saiu do Governo

Por: Márcio Didier 

Roberto Freire, Raul Jungmann e Bruno AraujoFoto: Folha de Pernambuco


As denúncias que atingiram o presidente Michel Temer provocaram um fenômeno, no mínimo, curioso ao longo desta quinta-feira (18): o efeito ioiô em alguns ministros que ensaiaram a saída do Governo e... ficaram.

Primeiro lance. Na noite da quarta-feira (17), horas depois da divulgação de trechos da delação premiada dos donos da JBS, começou a correr a informação de que o ministro das Cidades, Bruno Araújo, defendia no partido o desembarque do Governo Temer e a entrega dos quatro ministérios do PSDB na gestão do peemedebista, inclusive o seu. Só que não.

Segundo lance. No meio da tarde desta quinta-feira (18), uma hora antes de o presidente Temer fazer o seu pronunciamento do “fico”, os meios de comunicação começaram a informar que o PPS havia decidido que, caso o peemedebista não renunciasse, seus dois ministros – Raul Jungmann (Defesa) e Roberto Freire (Cultura), deixariam os cargos. Só que não.

Lance final. Das três promessas de debandada, Roberto Freire ficou só. Foi o único que levou adiante a sua ideia inicial e deixou a pasta. Seu companheiro de partido, Raul Jungmann, licenciado da sua vaga de suplente de deputado federal, disse ter recebido um apelo dos comandantes das Forças Armadas para continuar.

Bruno Araújo, como bom tucano, fez que ia e não foi. Anunciou, por meio da sua assessoria, “que permanece no Governo Federal a pedido do partido, o PSDB”. A sigla, por sua vez, aguarda a divulgação do conteúdo das gravações dos executivos da JBS para, só então, se pronunciar.

P. S. Outros dois ministros pernambucanos não se pronunciaram. Mendonça Filho (Educação) é do mesmo partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), primeiro na linha de sucessão de Michel Temer. Já Fernando Filho, das Minas e Energia, recebeu e ignorou a recomendação do presidente do PSB, Carlos Siqueira, para que deixasse o cargo. Assim como fez quando foi indicado à revelia do partido, permanece no ministério.

Temer: "Não caio de joelhos. Caio de pé"



Magno Martins


Nas conversas de ontem, em seu gabinete, no Palácio do Planalto, ele pediu “resistência” aos partidos da base aliada, do PSDB ao PP, e cobrou apoio à agenda das reformas. Temer chegou a ser aconselhado a renunciar por pelo menos dois assessores de sua extrema confiança e reagiu com nervosismo. “Não sou homem de cair de joelhos. Caio de pé”, afirmou.


“Michel, você está passando pelo que eu passei. A diferença é que eu era senador e podia responder e você é presidente e não pode falar tudo o que pensa”, disse-lhe mais tarde o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Presidente do PMDB, Jucá deixou o Ministério do Planejamento em maio do ano passado, após 12 dias no cargo, quando vieram à tona gravações em que ele dizia ser preciso impedir a “sangria” da Lava Jato.


A portas fechadas, Temer usou termos como “conspiração” e “ação orquestrada” para se referir ao vazamento das delações do empresário Joesley Batista e de ex-executivos da JBS. O governo responsabilizou a Procuradoria-Geral da República pela divulgação dos depoimentos. Irritado, Temer disse que toda vez que a economia dá sinais de recuperação, aparece delação.


Temer telefonou logo cedo para a presidente do STF, Cármen Lúcia, avisando-lhe de que pediria acesso aos áudios. A conversa entre os dois foi protocolar. Ao longo do dia, o presidente recebeu 14 dos 28 ministros e lamentou o destino do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). “Sem o PSDB, o governo acaba”, disse um ministro ao Estado.


Discurso. Foi a equipe de comunicação que estipulou 16 horas como horário-limite do pronunciamento, porque pipocavam notícias sobre uma possível renúncia e o mercado estava agitado. “Não poderíamos deixar essa onda crescer”, disse Jucá.


O discurso passou pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral, Moreira Franco, mas na última hora Temer fez retoques, reforçando o tom de indignação. Questionado se haveria clima para aprovar mudanças na Previdência e na lei trabalhista, Jucá disse que o governo votará as “reformas possíveis”. Apesar da tensão, um aliado não perdeu o bom humor e disse que era “mais fácil cair o Trump do que o Michel”


Henry defende renúncia de Temer




O vice­-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), defendeu a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) como melhor caminho para melhorar a grave crise política instalada no Brasil. "A iniciativa dele pela renúncia ajudaria a pacificar o país", disse o vice­governador durante entrevista na Rádio Jornal na manhã desta sexta.


Apesar de defender a renúncia de Temer, Raul Henry afirma que isso é uma decisão exclusiva do próprio presidente: "temos que respeitar a decisão de Temer", afirmou.


Contudo, o pemedebista acredita que se Temer prosseguir no cargo a crise política vai piorar e também atrapalhar a economia nacional: "O ambiente é muito ruim e está instalado em toda a sociedade", afirmou. 


Temer pediu para Aécio Neves retirar ação no TSE, diz tucano em gravação



Por iG São Paulo 


"Não estou nem aí", diz Aécio em conversa gravada com Joesley Batista sobre a possibilidade de retirar ação contra Dilma e Temer na Justiça Eleitoral

Valter Campanato/Agência Brasil

Em conversa gravada por Joesley Batista, Aécio Neves afirma que Michel Temer pediu retirada de ação contra ele e Dilma

O senador afastado Aécio Neves (PSDB) afirmou em conversa com o empresário Joesley Bastista que o presidente Michel Temer pediu para que ele retirasse a ação movida pelo PSDB contra a chapa Dilma-Temer na Justiça Eleitoral. A declaração foi gravada pelo dono da JBS e consta no inquérito que investiga Aécio, Temer e o deputado afastado Rocha Loures no Supremo Tribunal Federal (STF), divulgado nesta sexta-feira (19). 

De acordo com o documento entregue ao STF pela Procuradoria-Geral da República, Aécio Neves e Joesley se encontraram em março no Hotel Unique, em São Paulo. Na conversa, os dois discutem a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal naquele mês. Quando o julgamento da ação contra a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entra na pauta, Aécio relata o pedido que Temer teria feito.

"A Dilma caiu, a ação continuou e ele [Temer] quer que eu retire a ação. Cara, só que se eu retirar... E não estou nem aí, eu não vou perder nada, o Janot assume. O Ministério Público assume essa merda", diz Aécio.

As defesas de Aécio Neves e Michel Temer não se pronunciaram até o momento a respeito das novas acusações divulgadas


Amigo de Aécio Neves, Luciano Huck apaga todas as fotos com o politico



Tvfoco



A classe artística brasileira também está sendo afetada pela polêmica envolvendo o Senador Aécio Neves, que disputou a Presidência do Brasil com Dilma Rousseff em 2014.

Após vários famosos serem detonados nas redes sociais por apoiarem o político no passado, a nova vítima é ninguém menos que Luciano Huck.

O apresentador está recebendo vários xingamentos em seu perfil no Instagram. Alguns perguntam “por onde anda Aécio”, que teria pedido R$ 2 milhões em propina para pagar sua defesa na Operação Lava-Jato.

Alguns dos internautas, em forma de ironia, perguntaram o motivo de Aécio não estar na foto da família de Luciano, Angélica e seus três filhos.

Em quase todas as fotos antigas do apresentador, há comentários que se referem ao Senador. Em uma das fotos, de 2016, Huck afirma estar indignado com a situação política do Brasil, e um internauta perguntou: “E o amigo Aécio? Tá indignado com ele?”.

Vale lembrar que o marido de Angélica apagou todas as fotos com Aécio no passado.

Janot diz que Temer deu aval a propina e queria Cunha 'controlado'



LETICIA CASADO
CAMILA MATTOSO
BELA MEGALE
RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA

Pedro Ladeira/FolhapressO procurador-geral da República, Rodrigo Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que houve anuência do presidente Michel Temer a pagamentos mensais de propina para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso na operação Lava Jato.

Além disso, o chefe do Ministério Público afirma no pedido de abertura de inquérito contra Temer que o presidente queria Cunha 'controlado'.

O ex-deputado já fez várias ameaças de 'abalar a República' com revelações sobre supostos crimes cometidos pelo alto escalão do governo – da cadeia, mandou em duas oportunidades perguntas embaraçosas a Temer.

Janot disse que Aécio e Temer agem juntos para impedir o avanço da Lava Jato.

A Procuradoria cita uma conversa gravada por Joesley Batista, um dos donos da JBS, em que o empresário afirma procurar manter boa relação com Cunha e ouve como resposta do presidente: "é, tem que tomar cuidado. É complicado".

Para Janot, Temer confirma nesse encontro a necessidade de o executivo continuar com a "boa relação" ao dizer "tem que manter isso, viu".

O procurador-geral afirma que o material colhido mostra que a propina paga ao ex-deputado e a Lucio Funaro, apontado como operador do primeiro, servia para mantê-los em silêncio.

"Existem, ainda, elementos que apontam para diversos atos realizados com o intuito de impedir ou, de qualquer forma, embaraçar a investigação dos crimes praticados. Depreende-se do material colhido que o pagamento de propinas ao ex-deputado federal Eduardo Cunha e ao doleiro Lucio Funaro, mesmo depois dos mesmos estarem presos, tem, se não como motivação única, mas certamente principal, garantir o silêncio deles ou, ao menos, a combinação de versões".

Janot cita nominalmente Temer como interessado no silêncio dos dois presos.

"Depreende-se dos elementos colhidos o interesse de Temer em manter Cunha controlado".

Ainda no documento de pedido de abertura de investigação sobre o presidente, o procurador diz que Temer vem atuando com Aécio Neves e outros parlamentares no sentido de impedir o avanço da Lava Jato.

"Além disso, verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio do controle de indicação de delegados da polícia que conduzirão os inquéritos".

Diego Souza é novamente convocado para a seleção brasileira

Atleta voltará a vestir a camisa da seleção. Foto: Lucas Figueiredo/CBF


Thiago Vieira

Diego Souza, meia do Sport, recebeu mais uma oportunidade de atuar com a camisa da seleção brasileira nesta temporada. Em convocação nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, o técnico Tite deu mais uma oportunidade para o camisa 87 do Leão. Novamente, Diego foi chamado como atacante para os amistosos contra Argentina e Austrália, nos dias 9 e 13 de junho, em Melbourne.

Voltando à seleção brasileira depois de uma grande temporada no Leão, o atleta foi caindo cada vez mais nas graças do treinador, até receber uma nova oportunidade. Nesses dois jogos, os atletas da Europa estão de férias e, por isso, muitos não foram chamados, como o caso de Neymar e os laterais Daniel Alves e Marcelo.

Com isso, Diego deve ser desfalque no Sport em três jogos. Na quinta rodada, quando o Sport enfrenta o Flamengo na Ilha do Retiro, no jogo contra o Vasco, em São Januário, pela sexta rodada, e na sétima, na partida contra o São Paulo na Ilha do Retiro.

Lista completa:

Goleiros: Diego Alves (Valencia),  Wewerton (Atlético-PR) e Ederson (Benfica)

Defensores: David Luiz (Chelsea), Gil (Shandong Luneng), Jemerson (Monaco), Rodrigo Caio (São Paulo), Thiago Silva (PSG), Alexsandro (Juventus), Fágner (Corinthians), Filipe Luís (Atlético de Madrid) e Rafinha (Bayern de Munique).

Meio-campistas: Fernandinho (Manchester City), Giuliano (Zenit), Lucas Lima (Santos), Paulinho (Shangai), Philippe Coutinho (Liverpool), Renato Augusto (Beijing Guoan), Rodriguinho (Corinthians) e William (Chelsea).

Ataque: Diego Souza (Sport), Douglas Costa (Bayern de Munique), Gabriel Jesus (Manchester City) e Taison (Shaktar Donetsk).

Temer será investigado por corrupção e obstrução da Lava Jato

Informação está no pedido de abertura de inquérito que Rodrigo Janot encaminhou ao STF

Por Luiza Calegari



Michel Temer (Nacho Doce/Reuters)

São Paulo – A Procuradoria Geral da República pediu a abertura de inquérito contra Michel Temer pela possível prática de corrupção passiva, constituição e participação em organização criminosa e obstrução à investigação de organização criminosa.

O pedido de abertura de inquérito também se refere ao senador cassado Aécio Neves e ao deputado paranaense Rodrigo Rocha Loures.

Segundo Janot, os possíveis crimes foram cometidos ainda no exercício do mandato, com conversas entre Temer e Joesley Batista que datam de março deste ano.

No texto do pedido de abertura de inquérito, Janot diz que foi possível verificar, com base na delação de Joesley Batista, que Aécio Neves, em artiulação com Michel Temer, tem tentado impedir o avanço das investigações da Lava Jato, crime de obstrução à Justiça