quinta-feira, 30 de junho de 2011

OXI, COCAINA E ARMAS EM PETROLINA

Operação da PM apreende oxi, cocaína e armas em Petolina
A Polícia Militar anunciou hoje a primeira apreensão da droga conhecida como oxi em Pernambuco. O entorpecente, que seria uma variação da cocaína, foi encontrado durante a operação Polígono de Pedro Baiano, realizada pelo 5o Batalhão, na cidade de Petrolina.
Na casa de Ronaldo de Souza Santos, o Kojac, de 28 anos e da esposa Mariele Mendes Lima, 22, foram encontrados 3,240 kg de cocaína, uma pedra de oxi de cerca de 40 g e três armas: um revólver calibre 38, um rifle 22 e uma pistola 380. De lá, Ronaldo, que era monitorado por envolvimento com tráfico de drogas e assalto à banco, levou os policiais ao encontro de três comparsas: José Carlos Dantas, 24, José Luiz da Silva Júnior, 19 e Manoel de Sales Coutinho, 31 e esposa dele, de 17 anos, que foi apreendida.
A polícia ainda prendeu o pedreiro não identificado, que teria feito um buraco embaixo da pia da cozinha de Ronaldo, onde foram encontrados mais 7 kg de cocaína. Na casa do pedreiro, os policiais apreenderam uma espingarda e um revólver 38. A PM está à procura de um outro suspeito: Antônio Neto. Na casa dele foi encontrado um revólver 38 coma numeração raspada.
Oxi - No início deste mês, a Polícia Federal divulgou uma nota oficial esclarecendo os padrões que a corporação está adotando em todo o território nacional na classificação do entorpecente oxi. De acordo com a PF, ela não será considerada uma nova droga e sim uma diferente forma de apresentação da cocaína. A medida toma como base um estudo comparativo realizado entre amostras apreendidas nas ruas em condições de consumo pela Polícia Civil do estado do Acre e amostras apreendidas em condições de tráfico internacional ou interestadual pela Polícia Federal no Acre
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RELEMBRE OS CASOS DE FALSAS MORTES DE CELEBRIDADES COMO A QUE ACONTECEU ESTA SEMANA

Relembre outros casos de falsas mortes


Felipe Dylon - Em 2004, circulou na internet que o cantor Felipe Dylon tinha sido vítima de um acidente automobilístico na cidade de Campos, no norte fluminense. A mãe do cantor, Maria Lúcia Vasconcelos, disse que Felipe estava vivo e de férias na Indonésia na época.


Sérgio Mallandro - O humorista Sérgio Mallandro entrou para os Trending Topics do Twitter após internautas anunciarem a falsa morte do apresentador. "Exclusivo!!! Fotos do Sérgio Mallandro morto. Deem RT pra divulgar...", dizia a mensagem. Ao notar que seu nome era um dos assuntos mais comentados, o humorista comemorou. "Ráááá Yeah Yeah! Obrigado Twitteiros Glu Glu's e Yeah Yeah's!"


Paul McCartney - Talvez o boato de morte mais estranho e o que mais resiste até hoje seja o relacionado ao ex-beatle Paul McCartney. Muitos beatlemaníacos garantem que o verdadeiro Paul morreu em um acidente de trânsito em novembro de 1966 e que, logo em seguida, foi substituído por um sósia - cujo nome "verdadeiro" seria Billy Shears ou George Campbell - para que a banda continuasse a fazer sucesso.


Belo - Em outubro de 2008, rolou um boato de que o cantor Belo tinha morrido. Primeiro, foi divulgado que ele havia sofrido um acidente de carro na Linha Amarela, via expressa do Rio de Janeiro, e depois, que ele tinha sido assassinado. A assessora dele na época desmentiu tudo.


Dinho Ouro Preto - Em 2009, surgiu um boato de que o vocalista do Capital Inicial havia morrido em decorrência de uma queda de uma altura de três metros em um show em Minas Gerais (o acidente sim foi verdade). Na ocasião, um boletim do hospital Sírio-Libanês e o diretor de web da banda, Cristian Rôças, deram conta de desmentir a história.


Amin Khader - Nesta terça, o promoter David Brazil lamentou no Twitter a morte de seu amigo e repórter da Record Amin Khader. A assessoria de imprensa da Record primeiro confirmou a morte de Amin e depois desmentiu, dizendo que tudo não passara de uma brincadeira de mau gosto. Em seguida, ele foi entrevistado ao vivo pela emissora. "Eu não sei como o boato começou. Só sei que eu estou vivo", afirmou.

RONALDO FENOMENO ALEM DE SENADOR PODE VIRAR EMPRESARIO DE LUAN SANTANA

Ronaldo Fenômeno pode virar empresário de Luan Santana


O ex-jogador Ronaldo Nazário negocia com Luan Santana para se tornar agente do cantor sertanejo, maior fenômeno da música brasileira atualmente _é o artista que mais faz shows e um dos nomes mais ouvidos nas rádios do país.
Se a negociação vingar, Luan Santana será o primeiro músico do portfólio da 9ine, a empresa criada por Ronaldo, em parceria com o grupo WPP, depois que ele deixou de jogar futebol, em janeiro deste ano. Até agora, a 9ine só fechou negócios com atletas, como Neymar, Kaká e Anderson Silva.
A negociação entre o Fenômeno e Luan Santana foi intermediada pelo apresentador Fausto Silva. Ainda não está definido o que exatamante Ronaldo irá cuidar, se de toda a carreira do cantor, se apenas de sua agenda de shows ou se somente de campanhas publicitárias.
Um dos aspectos que preocupam os amigos de Luan Santana tem sido o excesso de shows do cantor, cerca de 300 no ano passado. Isso pode levar a um rápido desgaste de sua imagem.

PRECONCEITO DE BOLSONARO ACABA EM PIZZA

Racismo e Homofobia: Processo contra senador Jair Bolsonaro termina em "pizza"


O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara rejeitou, por 10 votos a 7, a abertura de processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O processo foi instaurado há duas semanas. O colegiado derrubou hoje o parecer preliminar de Sérgio Brito (PSC-BA) que defendia a abertura de investigação.

A decisão dos conselheiros foi de que não se poderia aceitar a representação feita pelo PSOL. O partido pediu a abertura de um processo contra Bolsonaro por ele ter discutido com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e por ter classificado de "promiscuidade" a possibilidade de um filho seu ter relacionamento com uma mulher negra, em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirantes.

Em seu relatório, Sérgio Brito defendia a abertura de processo para que se investigasse se Bolsonaro cometeu "abuso de prerrogativa parlamentar". Os deputados do Conselho, no entanto, entenderam que não se pode punir um parlamentar com base em suas opiniões.

Bolsonaro participou da reunião. Ele classificou como "lixo" a acusação contra ele. "É revoltante e me dá asco ser representado por questões como essa." O deputado voltou a fazer ataques contra o kit anti-homofobia, que foi preparado pelo Ministério da Educação porém nem chegou a ser distribuído. O parlamentar concluiu sua exposição fazendo novo ataque a homossexuais. "Sou parlamentar com pê maiúsculo e não com agá minúsculo de homossexual."

RAIO CAI EM ESCOLA MATANDO PROFESSORA E 18 ALUNOS

FATALIDADE: raio cai em escola, mata professora e 18 alunos


Um raio caiu sobre a escola primária de Runyanya, na área de Masindi, em Uganda, e deixou 18 crianças e uma professora mortas nesta terça-feira (28), segundo informou a polícia local.

Entre os alunos mortos, estariam 15 meninas e três meninos. Mais de 30 crianças foram levadas ao hospital de Kiryandongo, a 210 quilômetros da capital do país, Kampala.

Uganda tem um dos maiores índices de mortes causadas por raios no mundo, e a capital Kampala registra mais ocorrências de raios por ano que qualquer outra cidade, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.


G1

ATOR MARCOS PAULO EM TRATAMENTO CONTRA CÂNCER É INTERNADO COM GRIPE


Diretor Marcos Paulo é internado para tratar de gripe

Antonia Fontenelle contou no Twitter que o marido já está melhor. Ele está em tratamento contra um tumor no esôfago.
Maíra Assmanndo EGO, em São Paulo
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Ampliar Foto.Ag News /-Ag news

Marcos Paulo e Antonia Fontenelle (arquivo)

A atriz Antonia Fontenelle, mulher do ator e diretor Marcos Paulo, confirmou ao EGOnesta quarta-feira, 29, que o marido está internado na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio, desde a manhã do domingo, 26.

“Voltamos do Chile no domingo, depois de uma semana filmando por lá. Fazia dois graus, ele não se alimentou direito, trabalhou bastante. Na volta se sentiu mal, fraco”, detalha.

Antonia continuou explicando os motivos que levaram o marido, que luta contra um tumor no esôfago descoberto em maio, ao hospital. “Foi internado, sim, com gripe, o que é normal nessa época do ano. Se até nós que não estamos doentes ficamos debilitados, imagina quem está fazendo quimioterapia...”, explicou. 

Ao lado de Marcos “full time”, como definiu, ela contou que o diretor está se sentindo melhor, apesar de não ter previsão de alta. “Ele está se recuperando, fazendo soro, sendo observado. As complicações estão todas controladas, ele vai ficar bem. Estou sempre muito confiante”, afirmou.

Segundo a atriz, Marcos precisa estar forte para cumprir maratona de pré-estreia do filme “Assalto ao Banco Central”, a partir do dia 11 de julho, começando em São Paulo. “Por isso o médico aconselhou a internação. Ele tem a pré-estreia como foco, e andava muito cansado das filmagens”.

Sem querer receber visitas, já que anda sonolento e precisando descansar, Marcos foi alvo de boatos, conforme avalia Antonia. “Fico muito chateada porque um ‘amigo’ – entre aspas mesmo -, levou a notícia transformada para o jornal”, desabafou. “Hoje quando finalmente estava conseguindo dormir num sofá cama de hospital meus telefones dispararam: provavelmente um "amigo" levou...”, explicou também no Twitter.

Na sua página no microblog ela ainda escreveu. “Acho um saco ter que ficar explicando o que está acontecendo, mas entendo que é necessário tranquilizar aqueles que realmente se preocupam conosco”, escreveu. “O Brasil divulgando ‘O Assalto’, e o diretor tem q estar ótimo certo? E ele estará. Vamos rezar, emanar energias positivas que tudo se resolverá”, completou.

HELOISA HELENA QUER AJUDAR MARINA SILVA

Heloísa Helena quer ajudar movimento político de Marina


A vereadora de Maceió Heloísa Helena (PSOL) se dispôs a ajudar a ex-senadora Marina Silva em seu novo projeto político fora do PV. Pela amizade de longa data, Heloísa Helena chegou a se indispor com o PSOL em 2010 por defender o apoio do partido à candidatura de Marina à sucessão presidencial. Embora não confirme a intenção de deixar o PSOL, a vereadora deixa claro que quer estar próxima da antiga companheira do PT. "Caso ela resolva criar um movimento nacional que possa ou não culminar com a construção de um novo partido - e se ela quiser ou precisar da minha ajuda ou mesmo de militantes de qualquer partido ou sem partidos -, entendo que é legítimo que possamos democraticamente ajudá-la", admitiu.

Em entrevista por mensagem de texto, Heloísa Helena diz que vem mantendo contato com Marina e que sua relação com a ex-colega de Senado é de afeto e respeito político. "É absolutamente normal que conversemos sobre todos os assuntos", afirmou. A vereadora disse que pode colaborar com a construção de um novo partido, independentemente de continuar ou não no PSOL. "Muitas pessoas nos ajudaram com suas assinaturas e seu trabalho para a construção do PSOL mesmo sem total identidade ideológica conosco e sem compromisso preliminar com filiação ou militância - apenas por respeito às nossas histórias de vida e por compromisso democrático."

Aliados próximos de Marina afirmam que a retomada do Movimento Brasil Sustentável vem sendo discutida apenas com os companheiros do PV insatisfeitos com a sigla e que não há conversas formais com Heloísa Helena. Deste movimento político deve surgir um partido em 2013, cujas bandeiras para 2014 serão o verde e a cidadania. "Certamente a Heloísa Helena poderia dar uma grande contribuição neste processo", comentou João Paulo Capobianco, que foi coordenador da campanha de Marina Silva.

De acordo com Capobianco, Marina está mais preocupada em esclarecer os grupos da sociedade civil que a apoiaram em 2010 sobre sua saída do PV do que arregimentar nomes para um futuro partido. "A Heloísa Helena sempre foi muito próxima de Marina", desconversou Luciano Zica, que também está de saída do PV.

Heloísa Helena vem de um processo de desgaste dentro do PSOL, partido formado por dissidentes do PT em 2004. No ano passado, como presidente nacional da legenda, Heloísa Helena defendeu abertamente o apoio da sigla a Marina. Sua manifestação causou constrangimento no partido, que acabou escolhendo como candidato à Presidência da República Plínio de Arruda Sampaio.

"Não vou negar a importância que Marina tem, não apenas pessoalmente, no meu coração, mas por ser a grande chance que o Brasil tem de promover um debate sério sobre o desenvolvimento econômico sustentável com responsabilidade social", defendeu Heloísa na época. Após o fracasso das negociações de apoio ao PV Plínio derrotou o pré-candidato de Heloísa Helena (Martiniano Cavalcante) nas prévias e sugeriu na ocasião que Heloísa Helena deixasse a direção da sigla, uma vez que ela não apoiava o candidato de seu próprio partido.

Passado o primeiro turno da eleição presidencial, a vereadora, que foi derrotada na disputa por uma vaga no Senado, comunicou seu afastamento da presidência do PSOL por "falta de identidade" com algumas posições da legenda, entre elas o apoio no segundo turno à presidente Dilma Rousseff.
Fonte: Agência Estado

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

GOVERNADOR PEGA AR COM REPORTER

Governador se estressa com repórter do JC ao falar de Noronha
           Ciara Carvalho
           Jornal do Commercio
Depois do silêncio do Palácio do Campo das Princesas diante das denúncias de irregularidades, desmandos e mazelas sociais reveladas no caderno especial sobre Fernando de Noronha, no JC do último domingo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se pronunciou sobre a reportagem.
Ele disse que tudo o que deveria ser dito oficialmente já foi feito pela administração, por meio de uma nota encaminhada ao jornal, na noite da última segunda-feira. A reportagem alegou que as denúncias feitas na matéria não foram desmentidas nem explicadas no comunicado.
O governador, no entanto, voltou a repetir 'que a matéria já foi respondida pela direção do arquipélago, ponto a ponto'. A nota em questão está publicada na íntegra na página ao lado. Eduardo Campos disse que, desde domingo, estão sendo feitas reuniões, sob a coordenação da Casa Civil, com as secretarias e o comando da ilha para verificar as providências que precisam ser tomadas.
'A nossa determinação para todas as áreas do governo que têm interface com a ilha foi para enfrentar um a um os problemas. Existem problemas e eles devem ser enfrentados com tranquilidade, como enfrentamos tantos outros'.
JORNAL DO COMMERCIO - O senhor tinha conhecimento dos desmandos que estão ocorrendo em Fernando de Noronha, por parte da administração da ilha?
EDUARDO CAMPOS - A direção do arquipélago já falou na própria matéria sobre o assunto. Ontem (segunda-feira, 27) se pronunciou mais uma vez. As questões que caberiam ao governo verificar estão sendo verificadas, providenciadas.
JC Mas o senhor tinha conhecimento das irregularidades praticadas no arquipélago?
EDUARDO - Eu não sei a que irregularidade você está se referindo.
JC - O senhor leu o caderno especial publicado no domingo. O senhor viu alguma irregularidade na denúncia feita pelo jornal?
EDUARDO - A matéria foi respondida pela direção do arquipélago, ponto a ponto.
JC - Mas a reportagem não foi em nenhum momento questionada, governador. A nota enviada ao jornal não questiona que os equipamentos do programa Ensino Integral ficaram encaixotados um ano, que faltam médicos na ilha, que existe uma empresa privada ocupando uma casa que deveria ser o espaço de uma biblioteca. Nada disso foi questionando e está fotografado e registrado no jornal.
EDUARDO - A direção do arquipélago respondeu todos esses pontos que você está me colocando numa nota enviada.
JC - O senhor leu a nota que foi encaminhada ao jornal?
EDUARDO - Li.
JC - E o senhor acha que essa nota responde todas as denúncias que foram feitas pela reportagem?
EDUARDO - Ela foi respondida ponto a ponto pela direção do arquipélago. Nós determinamos a todas as secretarias que apoiassem a direção do arquipélago em tudo o que fosse necessário para acelerar a implantação da biblioteca, que sairá da Escola Integral. Aliás, foi medido o rendimento da Escola Integral e houve 100% do batimento da meta.
JC - Mas governador, os alunos da escola chegaram a pedir para que o programa de Escola Integral fosse encerrado porque não havia escola integral na prática. Era apenas teoria e teoria.
EDUARDO - Nós temos um modelo de Escola Integral. Dois dias na semana, as unidades têm segundo turno, como tem nessa escola. A maioria das novas escolas do modelo integral migrou passando pelo estágio de semi-integral, enquanto fazia o condicionamento. As respostas administrativas pontuais no que diz respeito à responsabilidade do arquipélago foram dadas. A nossa determinação para todas as áreas do governo que têm interface com Noronha foi para enfrentar um a um os problemas. Existem problemas e eles devem ser enfrentados com tranquilidade, como enfrentamos tantos outros. Abastecimento d'água que não tinha na ilha, internet, especialista na área de saúde que não existia na ilha, toda uma sorte de licenciamentos para hotéis de luxo que foram dados ao arrepio da lei. Nós temos um diálogo. Dois terços de responsabilidade da ilha são da união, são parques nacionais. Nós não podemos nem atuar. Para fazer um calçamento numa rua é preciso pedir licença a um organismo que não é de responsabilidade do Estado. Existem, inclusive, áreas em que nós não podemos nem fazê-lo.
JC - Mas as ruas com lama, publicadas no jornal, ficam justamente na parte que compete ao governo do Estado.
EDUARDO - Tem áreas em que nós podemos (fazer calçamento) e tem área em que nós não podemos. Dois terços do território da ilha têm que passar por um controle do CMBio. Não é uma coisa simples. O calçamento está lá. A ilha está povoada há mais de 500 anos. Tem calçamento feito em uma área e não tem em outras. A questão de reconstrução do porto. O porto de Noronha é um limitador para operação de barcos e tem efeito sobre os preços das mercadorias. Nós catalogamos a população mais pobre da ilha para ter um programa social de suplementação alimentar para que os mais pobres não disputem naquele mercado onde a comida é mais cara por toda a logística e pelas características do turismo de lá que é um turismo de alta renda. Enfim, tem muitos problemas que precisam ser enfrentados com a ação conjunta do governo apoiando a administração da ilha. Estamos botando R$ 80 milhões no porto para melhorar a logística da ilha. São providências que nós estamos tomando com grande preocupação e interesse em zelar pelo patrimônio, que é um patrimônio da humanidade, de Pernambuco, e sobretudo cuidando das pessoas também.
JC - E o senhor acha que isto está sendo feito na ilha?
EDUARDO - Nesse caso, eu estou em causa, o governo está em causa. Não interessa o meu julgamento. O que interessa é o julgamento da sociedade. A mim interessa ter empenho em resolver. Eu não tenho empenho em que nada que esteja errado deve continuar errado. Deve ser corrigido. Tudo o que tem errado. E a democracia, a liberdade de expressão, a transparência nos ajudam a enfrentar essas questões com objetividade, é isso que eu vejo.
JC - Foi determinado que cada secretaria se preocupasse em responder às questões e denúncias de cada pasta?
EDUARDO - Na verdade, a responsabilidade da gestão na ilha, no território, é da direção do arquipélago. Agora, muita coisa ele precisa do apoio das setoriais para resolver. Desde domingo, já foram feitas pela Casa Civil reuniões com todas as setoriais (secretarias), para definir o que efetivamente é necessário para se enfrentar as questões.
JC - Governador, tinha professor morto em lista para receber gratificação.
EDUARDO - Já foi esclarecido na nota. O professor morreu, mas ele tinha dado aula, tem gratificações que são da sazonalidade. Bateu meta no ano passado, tem direito a essa gratificação.
JC - Mas ele trabalhou apenas um mês, segundo a própria administração, e constava numa lista para receber pelo ano inteiro, inclusive 13º salário (quando já tinha falecido).
EDUARDO - Eu não estou aqui querendo responder o detalhe. Mas eu estou lhe falando do princípio. O princípio é: se a pessoa trabalhou um ano, recebe por um ano. Se trabalhou um mês, recebe por um mês.
JC - O problema é que ele estava sendo listado para receber por um ano.
EDUARDO - Não houve recebimento. Houve uma solicitação. E o ordenador de despesas poderia ter pago. E estaria errado. O que caberia? Apurar responsabilidades de quem pagou um erro.
JC - Mas o erro está no envio da lista pela administração, governador.
EDUARDO - Quem mandou primeiro? A escola? Então tem que apurar. Mas o fato é que ele não recebeu. Não se consumou o erro. Há um erro da escola em mandar um nome de uma pessoa que morreu. Não vou dizer que não tem o erro. Mas há um erro na sua matéria por não dizer que a pessoa não recebeu.
JC - Em nenhum momento da reportagem foi dito que ela recebeu. Foi dito que a administração enviou uma lista com nomes-fantasmas.
EDUARDO - Faltou você dizer que a secretaria foi competente o suficiente para não pagar gratificação a uma pessoa que morreu.
JC - A secretaria não pagou, governador, porque o secretário de Educação foi alertado numa reunião com professores da ilha que os nomes estavam irregulares.
EDUARDO - Mas o fato é que não foi pago. Eu agradeço a sua preocupação, o seu espírito público em se preocupar de não se pagar alguém que morreu. Mas alguém que morreu não recebeu efetivamente. Não se consumou. Você está dando notícia de um negócio que não houve.
JC - Mas foi solicitado.
EDUARDO - Foi solicitado. Mas eu posso impedir que alguém de uma escola solicite uma coisa por mais absurda que seja?
JC - Mas é uma gestora pública, governador.
EDUARDO - É uma gestora pública que normalmente é escolhida pela comunidade escolar. Pode ter tido um erro material. Não quero aqui prejulgar ninguém. Mais do que isso eu estou preocupado com a quadra que não tinha na escola. Você viu lá uma quadra feita?
JC - E os livros da biblioteca que estão se estragando numa sala fechada há anos?
EDUARDO - A situação dos livros foi respondida na nota. Qual é o livro? Ele responde que os livros que estão lá são livros dos anos 80 que não se aplicam mais nas escolas. Que não têm mais como ser objeto de estudo dos alunos. A escola que não tinha quadra tem quadra. A escola que não tinha merenda tem merenda. E espero que a escola possa melhorar mais. Você sabe, até porque seu jornal publicou, em janeiro, março de 2007, nós tivemos que interditar 70 escolas que estavam caindo aos pedaços, caindo os telhados. Eram situações como essa. Um grande efetivo do nosso professorado sequer recebia um salário mínimo. Esta é uma realidade que nós estamos enfrentando. Na ilha e no continente.