Três pessoas são mortas a tiros em Surubim. Crime teria sido motivado por vingança
Três pessoas foram mortas a tiros em crime bárbaro ocorrido na noite de ontem (10) no bairro de Chã do Marinhero, em Surubim, Agreste do Estado.
As vítimas foram identificadas como, Edson Silva de Lima, de 24 anos, seu irmão, Adriano Silva de Lima, 22, e Severino João dos Santos, 42. De acordo com informações da polícia, o fato aconteceu por volta das 20h quando três homens desconhecidos chegaram ao local atirando. Os policiais acreditam que o crime teria sido motivado por vingança, já que Edson estaria envolvido em um outro homicídio.
Com a aviação civil comercial aquecida, a Icao aponta que, até 2030, serão necessários mais 517.413 pilotos no mundo - uma necessidade anual de 52.506 novos comandantes. Só no transporte de passageiros, a previsão é de que nos próximos 20 anos sejam necessárias mais 39.500 aeronaves circulando no planeta. Para isso, as companhias aéreas precisarão contratar mais 460 mil pilotos e 650 mil comissários e técnicos, segundo estudo da fabricante de aviões Boeing.
Em 2010, o número de pilotos contratados pelas companhias brasileiras aumentou 23% e o de passageiros transportados subiu 22%. “Algumas empresas já falam que, em três anos, haverá colapso de falta de pilotos, não só para linha áerea, mas também para táxi aéreo e aviação executiva”, diz Marcus Silva Reis, presidente do Conselho Nacional de Escolas de Aviação e coordenador do curso de ciências aeronáuticas da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.
“O problema é que a aviação está crescendo em ritmo acelerado e não estamos formando pilotos, comissários e pessoal na mesma velocidade. As empresas estão disputando piloto a tapa”, acrescenta Reis.
Segundo ele, o alto custo para a formação e a demora na liberação de licenças são entraves para o crescimento da oferta de pessoal. Todo piloto que quiser ser remunerado precisa da licença de piloto comercial (PC), para a qual a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) exige pelo menos 200 horas de voo (veja tabela abaixo).
Como em um curso o aluno paga entre R$ 220 a R$ 750 por hora voada, a licença de PC não sai por menos R$ 80 mil, segundo pilotos ouvidos pelo G1. Hoje, são mais de 14,3 mil pilotos comerciais no país.
Ao ingressarem no mercado, já com o brevê para operar comercialmente, esses profissionais passam por treinamentos na aeronave em que irão atuar. São contratados como copilotos, com salário mensal de R$ 6 mil a R$ 10 mil. Já a remuneração de um piloto, que é o comandante da aeronave, varia de R$ 12 mil a R$ 25 mil. Algumas empresas pagam mais, dependendo da aeronave e da especialização necessária.
“Tenho ciência de empresas aéreas que cancelaram voos em junho porque não tinha piloto. Outra empresa teve que esperar o copiloto desembarcar de uma ponte-aérea para assumir outro voo. Em abril, a Anac disse que a demanda cresceu 31% no país. O que vemos é que a aviação cresce em uma velocidade enorme e o governo não está conseguindo manter as condições de infraestrutura para isso”, afirma Reis.
Para o comandante Ronaldo Jenkins, ex-piloto comercial e da Força Aérea Brasileira e hoje diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), a alternativa seria o mercado absorver mais rapidamente os militares. “Na maioria dos países, as Forças Armadas liberam os pilotos para o mercado após 3,5 anos de formação. Isso acontece nos EUA, na Inglaterra. O custo de formação de um piloto é muito caro e muitas famílias não têm como pagar. Egressos da Aeronáutica podem absorver esta escassez”, acredita. No Brasil, a prática é o prosseguimento de um carreira militar mais longa, de até 3 décadas.
Fonte: G1