quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

De olho em 2014, Eduardo Campos entra na negociação do PT com Kassab


Uma operação política em curso nos bastidores da sucessão da Prefeitura de São Paulo pode provocar uma reviravolta no jogo eleitoral e arrefecer a resistência do PT a uma composição com o prefeito Gilberto Kassab, criador e presidente do PSD. A ideia, já debatida entre três grandes articuladores políticos – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, e Kassab – é atrelar o PSB paulistano à candidatura do ex-ministro Fernando Haddad, com a indicação de um vice do partido que tenha a concordância e aval de Kassab. 

Oficialmente, nenhum dos lados admite abertamente a negociação. Dirigentes do PSB nacional afirmam que a costura de alianças na capital ainda está em processo e que passa por conversas com o presidente estadual da sigla, Márcio França – secretário estadual de Turismo do governo do tucano Geraldo Alckmin. No PT o assunto já circula entre a cúpula. No PSD, Kassab, por ora, insistirá na indicação de um vice numa aliança com o PT.

A saída política geraria dividendos políticos a todos os lados. Kassab conseguiria fechar a aliança com o PT sem exposição direta do PSD e sem ouvir os gritos da militância petista. Mas, em troca, teria de assegurar uma vaga na chapa petista por um cargo majoritário em 2014 – ou vice-governador de São Paulo ou senador –, isso sem contar a possibilidade de uma vaga futura no ministério da presidente Dilma Rousseff para ele próprio ou um expoente do PSD.

Para Eduardo Campos, a saída política na capital abriria portas ao projeto nacional do governador, que quer se aproximar cada vez mais do PT e se cacifar como uma possibilidade para vice de Dilma Rousseff em 2014 ou para tentar um voo solo em 2018. Segundo petistas envolvidos nas discussões, “vale lembrar que o PMDB de Michel Temer vai lançar candidatura própria na capital paulista com Gabriel Chalita (ex-tucano) e, num eventual segundo turno, o partido pode cair no colo de Geraldo Alckmin”.

Começou nesta terça campanha de combate a Aids no Carnaval


Começa nesta terça-feira em TV aberta a campanha contra a Aids no Carnaval. O vídeo é apresentado por dois jovens - um homem e uma mulher - que falam sobre a doença e apresentam dados. Não há um casal homossexual, como o vídeo postado no site do Ministério da Saúde e retirado em seguida.
Na última semana, a pasta tirou do site do Departamento de DST (doenças sexualmente transmissíveis), Aids e Hepatites Virais o vídeo com um casal gay trocando carícias em uma boate. O ministério alegou que a peça faz parte da campanha, mas para ser veiculada somente em ambientes fechados e frequentados pelo público-alvo da edição deste ano, os jovens gays de 15 a 24 anos. Foi um erro, segundo a pasta, ter disponibilizado o vídeo no site. A retirada gerou críticas de entidades da sociedade civil de combate à aids e é vista como um recuo do governo.
No vídeo para a rede nacional de TV, o rapaz e a garota falam sobre a incidência da Aids, o aumento de 10% de casos da doença entre os jovens gays e o uso regular de preservativos por apenas 43% dos jovens.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a mensagem dá prioridade aos dados epidemiológicos e busca sensibilizar a juventude para o fato de que a aids não tem cura. A ideia, segundo ele, é usar estratégias de comunicação diferentes para a população em geral e o público gay.
"O conteúdo que queremos passar na TV aberta para o conjunto da sociedade não era possível fazer naquela estratégia de vídeos para o público específico", disse.
Segundo Padilha, o vídeo colocado no site do ministério com o casal gay, retirado em seguida, nunca foi cogitado para transmissão na rede nacional de televisão. O ministério chegou a informar em sua página que os filmes para TV e internet iriam apresentar homens gays e um casal heterossexual prestes a ter relação sexual sem camisinha. Então, personagens - uma fadinha e um siri - surgiriam trazendo o preservativo. As informações não constam mais do portal.
"Foi um erro, tanto que determinei a retirada imediata. Aquele vídeo nunca foi pensado para ser colocado na TV aberta", explicou.
O filme removido mostra um casal homossexual trocando carícias em uma boate e quando decide ter uma relação sexual, uma fadinha aparece com o preservativo. O conceito da campanha é "Na empolgação, pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua".
Para o presidente do Fórum de Organizações Não Governamentais Aids de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, o vídeo para a televisão aberta é burocrático e não cativa o público-alvo. Ele discorda da decisão do governo de produzir material diferenciado para a TV aberta e os ambientes segmentados, além de defender a veiculação do filme com o casal gay na rede nacional de televisão.
"Não faz o menor sentido. Vão interromper uma festa [na boate] para colocar o vídeo", disse. "É totalmente fora de foco. É falta de encarar o problema de frente".
A organização pretende ingressar com uma denúncia no Ministério Público Federal contra o ministério, alegando desperdício de dinheiro público, e recorrer também a organismos internacionais de direitos humanos.
* Com informações da Agência Brasil. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Identificado e preso agressor de idosa por causa de dívida do neto


Policiais da 72ª DP (São Gonçalo) prenderam, na segunda-feira, Davison Rodrigues Cardoso, 20 anos, suspeito de ser o agressor da idosa Lyriasiria dos Santos, 79 anos. A vítima foi espancada dentro de casa e perdeu a visão do olho esquerdo, em São Gonçalo. Davison foi cobrar uma dívida de R$ 100 do neto da idosa, que está preso em Água Santa.
Davison é usuário de drogas e está preso por roubo. Em janeiro, a Polícia Civil e o Disque-Denúncia divulgaram o cartaz com o retrato-falado do agressor. O caso aconteceu em 28 de dezembro 2011, na Rua Boqueirão Pequeno, no bairro do Galo Branco.
A polícia concluiu que o agressor era amigo do neto da idosa, Flávio, que tinha pego o dinheiro emprestado para comprar drogas. Davison mostra sinais de desequilíbrio e morava a menos de 500 metros da casa da idosa espancada.
"Ele chegou me agredindo e eu disse ‘o que é que é isso rapaz? Você voltou outra vez?’ Ele disse ‘voltei’. Aí me agrediu. E eu lutando com ele, gritando para minha filha pois ela tinha ido na padaria. E ele me dava soco na cara. E eu disse ‘rapaz, vai embora, me deixa em paz, ele não está aqui", contou a idosa

Polícia do DF investiga morte de filho de presidente da Embratur


A morte de Marcelo Dino Fonseca de Castro e Costa, filho do presidente da Embratur, vai ser investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal. O jovem de 13 anos morreu às 6h da manhã desta terça-feira no Hospital Santa Lúcia, em Brasília.
Amigos da família de Flávio Dino, pai do adolescente, registraram uma ocorrência também nesta manhã pedindo a investigação sobre a morte de Marcelo. Iformações são do delgado Anderson Espíndola, da 1ª DP. Eles afirmam que houve demora na medicação do garoto que passou mal por volta das 5h na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e veio a falecer uma hora depois da crise.
De acordo com a assessoria do hospital, uma nota oficial será divulgada mais tarde para maiores informações.
Marcelo Dino foi internado na última segunda-feira com sintomas de crise asmática. Após ser examinado pelo Instituto Médico Legal (IML), um exame irá provar se houve ou não demora na aplicação do medicamento.

SUS terá que distribuir remédio que trata AVC


Uma liminar da Justiça Federal em São Paulo determinou que o Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país passe a distribuir gratuitamente, em 30 dias, o remédio para o tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico.

O SUS tem prazo de 30 dias para iniciar o fornecimento gratuito, em toda a rede pública de saúde, do medicamento trombolítico Alteplase, a única droga aprovada no Brasil para o tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico.

A decisão, assinada pela juíza federal Tânia Regina Marangoni, tem abrangência nacional, e foi concedida com base na "exaustiva comprovação de que o medicamento pode beneficiar o tratamento do AVC, salvando milhares de vidas".

A ação civil pública com pedido de liminar foi protocolada na Justiça Federal em agosto do ano passado pelo Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias. Ele baseou-se em dados fornecidos pela ONG Associação Rede Brasil AVC, que mostram que o AVC é a maior causadora de mortes no país e a principal causa de incapacidade em todo o mundo.

"Cerca de 70% dos pacientes não retornam ao trabalho, mais de 50% ficam com sequelas graves e dependentes de outras pessoas para as atividades básicas da vida diária", informa a organização.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 100 mil pessoas morrem anualmente no Brasil vítimas de AVC. Desse total, 43 mil ocorrem na região sudeste, sendo cerca de 21 mil mortes anuais apenas no Estado de São Paulo.
Fonte: Agência Estado

'CASO ELOÁ' - 'Lindemberg é monstro, louco e agressivo', diz irmão de Eloá


O policial militar Ronickson Pimentel dos Santos, irmão de Eloá Pimentel, morta após ficar sob o domínio do ex-namorado, Lindemberg Alves Fernandes, respondeu as perguntas da juíza Milena Dias, da promotoria e da advogada de defesa de réu. Ele classificou Lindemberg como "monstro, louco e agressivo".
Ronickson disse que Lindemberg era muito ciumento e não concordava com o namoro com a irmã. "A minha irmã nunca viveu a vida dela. Estava sempre com ele. Nunca vi ela sair com amigos, ir a um shopping. Não sei se era ele que não deixava ou ela não ia para não magoar ele", disse. "Minha irmã vivia chorando pelos cantos e eu não concordava com algumas amizades que ele tinha".
O julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a ex-namorada, Eloá Pimentel, em 2008, entra no segundo dia nesta terça-feira e o acusado pode falar sobre o crime pela primeira vez na Justiça. Cinco testemunhas de acusação, o irmão mais velho da vítima, Ronickson Pimentel dos Santos e as dez testemunhas da defesa serão ouvidas nesse segundo dia.

Codecir ordena desocupação imediata do Edifício Olinda


"Em defesa civil, há o risco de um a quatro. A gente nunca manda desocupar quando o risco é até dois", resumiu o diretor de engenharia da Codecir, Ronaldo Santos

A Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir) ordenou, há pouco, a desocupação do Edifício Olinda, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Na segunda vistoria no prédio de 17 andares, técnicos constataram problemas na estrutura das vigas e pilares dos últimos três pavimentos.
“Em defesa civil, há o risco de um a quatro. A gente nunca manda desocupar quando o risco é até dois”, resumiu o diretor de engenharia da Codecir, Ronaldo Santos





Segundo ele, o condomínio terá que contratar uma empresa especializada em recuperação de estruturas. “A primeira providência será escorar a laje do último pavimento. A gente já mandou esvaziar a caixa d’água, mas foi insuficiente”, contou.

Durante o fim de semana, alguns moradores já deixaram o prédio. A Codecir não estipulou um prazo para a desocupação, mas infomou que a medida tem que ser tomada o mais rápido possível.

Julgamento do Ficha Limpa recomeça nesta quarta-feira

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira o julgamento que definirá a validade da Lei da Ficha Limpa a partir das eleições deste ano. A última tentativa de tomar a decisão foi interrompida em dezembro do ano passado por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Até agora, dois dos 11 ministros votaram: Joaquim Barbosa e Luiz Fux, ambos a favor da aplicação da norma. A lei impede a candidatura de políticos condenados por um colegiado ou que tenham renunciado a mandato eletivo para escapar de processo de cassação.

A principal expectativa é em relação ao voto da ministra Rosa Weber, a novata da Corte. Em tentativas passadas de votar o assunto, quando havia apenas dez integrantes no tribunal, houve empate. Na sessão desta quarta-feira, Toffoli será o primeiro a votar e, em seguida, será conhecida a posição de Rosa Weber, que nunca se manifestou publicamente sobre a lei. O voto dela poderá ser decisivo.

Um dos pontos mais polêmicos da norma é o que torna inelegível uma pessoa condenada que ainda pode recorrer da decisão. Quem é contrário à lei argumenta que a norma fere o princípio constitucional da inocência. No entanto, para Fux e Barbosa, o princípio não se aplica à legislação eleitoral. Segundo eles, inelegibilidade não é punição, só condição a ser observada no momento do registro da candidatura.

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