sexta-feira, 19 de maio de 2017

Temer será investigado por corrupção e obstrução da Lava Jato

Informação está no pedido de abertura de inquérito que Rodrigo Janot encaminhou ao STF

Por Luiza Calegari



Michel Temer (Nacho Doce/Reuters)

São Paulo – A Procuradoria Geral da República pediu a abertura de inquérito contra Michel Temer pela possível prática de corrupção passiva, constituição e participação em organização criminosa e obstrução à investigação de organização criminosa.

O pedido de abertura de inquérito também se refere ao senador cassado Aécio Neves e ao deputado paranaense Rodrigo Rocha Loures.

Segundo Janot, os possíveis crimes foram cometidos ainda no exercício do mandato, com conversas entre Temer e Joesley Batista que datam de março deste ano.

No texto do pedido de abertura de inquérito, Janot diz que foi possível verificar, com base na delação de Joesley Batista, que Aécio Neves, em artiulação com Michel Temer, tem tentado impedir o avanço das investigações da Lava Jato, crime de obstrução à Justiça

Temer tenta ganhar tempo



Postado por Magno Martins


    Temer ganha tempo e agrava crise


O presidente Temer não jogou a toalha, ontem, no pronunciamento à Nação, porque, como jurista e conhecedor da lei e do tempo político, sabe que esta decisão terá que ser amadurecida para ser tomada em outro tempo, que não deve demorar. Os áudios liberados, ontem, pelo Supremo, comprovam o envolvimento do presidente da República em atos de obstrução da Justiça com o objetivo de afastar qualquer investigação e de eliminar a sua ligação com Eduardo Cunha.


Cada dia, entretanto, que Temer permanecer à frente do País aprofundará a crise econômica e a instabilidade política. Ao se agarrar ao poder, o presidente tem dois objetivos: primeiro, se proteger das consequências criminais que pesarão contra ele quando deixar a Presidência e, segundo, ganhar tempo para conduzir o Congresso a uma eleição indireta em que ele eleja o próximo presidente.


A não renúncia tem o sentido da preservação desse guarda-chuva protetor do foro privilegiado. É ruim para o País, agrava a crise. São inevitáveis dois processos. O processo penal no Supremo e o processo de impeachment no Congresso. A nação continuará sangrando com a sua decisão. Alguns poderão dizer que faltou grandeza ao presidente Michel Temer de renunciar e refazer o pacto na condução da crise econômica, mas o que ele fez foi se preservar.


Renunciando de imediato, Temer poderia até ser preso de imediato, caindo nas garras do juiz Sérgio Moro. Temer vai passar uns dias em agonia e vai colocar o povo em agonia. Perdeu a oportunidade de fazer um discurso com menos retórica e mais gesto. O depoimento de Temer, na fala à Nação, trouxe a enorme gravidade, porque, em primeiro lugar, disse que se encontrou com o empresário em agenda que não havia sido divulgada pela Presidência da República.


O presidente decidiu desafiar a crise. Politicamente, ele já foi julgado. Não tem mais condições de governabilidade. Neste momento grave de crise, ele optou muito mais pela imunidade institucional do que pela realidade que passa o País, com mais de 14 milhões de desempregados. O gesto que se esperava era a renúncia, para dar mais celeridade a uma solução para a crise. No momento em que ele resolve desafiar a crise, não existe outro instrumento que não seja trabalhar o processo de afastamento do presidente pelo Congresso, o que fez a oposição, ontem, protocolando o pedido do processo de impeachment


quinta-feira, 18 de maio de 2017

PSB pressiona Fernando Filho para deixar o Ministério de Minas e Energia



Como já se esperava, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, começou a pressionar o deputado federal Fernando Filho (PSB-PE) para pedir exoneração do cargo de ministro de Minas e Energia.


“Fernandinho” foi indicado para o ministério pela bancada federal do partido à revelia do governador Paulo Câmara e do próprio Carlos Siqueira.

Para Carlos Siqueira, não tem mais sentido “Fernandinho” permanecer no ministério porque o governo do presidente Michel Temer “acabou” na quarta-feira (17) após a divulgação pelo jornal “O Globo” do diálogo travado por com o empresário Joesley Batista, que foi o pivô dessa crise política.

“A direção do partido não o indicou, mas o fato de ele ser filiado à legenda já suficiente para pedir essa demanda”, disse Carlos Siqueira à Agência Estado.

Fernando Filho é um dos quatro deputados federais pernambucanos no ministério de Michel Temer. Os outros são Mendonça Filho (DEM), Bruno Araújo (PSDB) e Raul Jungmann (PPS), que não falam em entregar seus cargos

Pelos cargos, ministros alagoanos silenciam sobre acusações a Temer

Os ministros alagoanos Maurício Quintella e Marx Beltrão seguem nos postos que ocupam. Pelas redes sociais, ignoraram JBS, gravações, Michel Temer. É como se…


Os ministros alagoanos Maurício Quintella e Marx Beltrão seguem nos postos que ocupam.


Pelas redes sociais, ignoraram JBS, gravações, Michel Temer.

É como se um país vivesse mais um dia qualquer.

Nem defendem. Nem atacam.

Ficarão nos cargos pelo bem deles mesmos

Ministros do PSDB vão aguardar mais um pouco para largar o osso

Ministros do PSDB ficam no governo Temer



Os ministros do PSDB se reuniram no final da tarde desta quinta-feira (18) com o presidente Michel Temer e informaram que não deixarão o governo peemedebista neste momento.


A sigla ocupa quatro ministérios: Secretaria de Governo, Relações Exteriores, Cidades e Direitos Humanos


Ministro do Trabalho diz que também não vai largar o osso

Ministro do Trabalho diz que permanece no governo

O ministro Ronaldo Nogueira, do Trabalho, permanecerá no cargo.

Nogueira, que pertence ao PTB, diz que fica porque tem "compromisso com o Brasil" e o "dever de concluir a modernização trabalhista para geração de emprego".

Na tarde desta quinta-feira (18), o presidente Michel Temer afirmou que não renunciará em razão da delação do empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS

Operação da Lava Jato apreendeu 2 milhões em dinheiro

PF apreende R$ 2 milhões em nova fase da Lava Jato




Do G1


Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quinta-feira (18) cerca de R$ 2 milhões na nova fase da Operação Jato que teve o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como um dos alvos.


A operação, batizada de Patmos, foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado expediu 41 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva, informou a Procuradoria Geral da República (PGR), autora dos pedidos.


Entre as medidas autorizadas, estão buscas em endereços residenciais e funcionais de Aécio Neves e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), cujos gabinetes no Congresso Nacional foram ocupados na manhã desta quinta por agentes da Polícia Federal.


Além de dinheiro, foram apreendidos documentos, livros contábeis e fiscais, arquivos eletrônicos, aparelhos de telefone e objetos, que poderão servir como provas em novas investigações.


As diligências foram executadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Paraná e no Distrito Federal e estão ligadas à delação dos donos do grupo J&S, Joesley e Wesley Batista.


Fachin também mandou afastar Aécio e Rocha Loures das atividades parlamentares. O magistrado ainda determinou a apreensão do passaporte do senador do PSDB, que está proibido de ter contato com outros investigados


Raul Jungmann não larga o osso e permanece Ministro

Raul Jungmann permanece no Ministério da Defesa


Postado por Magno Martins


Ao contrário do que foi especulado pela imprensa, o ministro Raul Jungmann (PPS) divulgou uma nota, na tarde desta quinta-feira (18), comunicando sua permanência na pasta da Defesa. A decisão foi anunciada após reunião com os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.


O pernambucano Roberto Freire (PPS), ministro da Cultura, declarou nesta quinta-feira (18), que está deixando o Governo Temer. Confira a nota na íntegra:


“Face às notícias divulgadas pela imprensa, o Ministro de Estado da Defesa, Raul Jungmann, comunica que permanece no cargo, no pleno exercício da direção superior das Forças Armadas, em cumprimento das funções para as quais foi nomeado pelo Senhor Presidente da República”.


*Ministério da Defesa