quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Contas de energia terão bandeira vermelha em todo o país no mês de Agosto



 Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última sexta-feira, 26, que as contas de luz em todo o país terão a bandeira tarifária vermelha patamar 1 em agosto, o que representa um custo adicional de 4,00 reais para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Segundo a agência, ocorrerá aumento da geração de energia termelétrica, porque o mês deve ser de seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Em julho, a bandeira foi amarela.

De acordo com a Aneel, a previsão hidrológica para agosto sinaliza vazões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios. “Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica, o que influenciou o aumento do preço da energia e dos custos relacionados ao risco hidrológico em patamares condizentes com o da Bandeira Vermelha 1”, informou a agência, em comunicado. A bandeira vermelha não era registrada desde outubro de 2018, mas naquele mês o patamar foi 2, com um custo adicional ainda superior. 

Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o controle do uso da energia elétrica. As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte forma: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração. Assim, a bandeira vermelha 2 é a que possui o custo mais alto.

Em reunião realizada em 21 de maio, a Aneel reajustou o sistema de bandeiras tarifárias, que é atualizado uma vez por ano. A bandeira verde continua sem cobrança de taxa extra. Na bandeira amarela, a taxa extra passou para 1,50 real a cada 100 kWh consumidos. No primeiro nível da bandeira vermelha, o adicional agora é de 4,00 reais a cada 100 kWh. E, no segundo nível da bandeira vermelha, a cobrança passou a ser 6,00 reais a cada 100 kWh.

Ex-policial militar chefiava milícia privada envolvida com homicídios em Caruaru





Foto: Edvaldo Magalhães/Rádio Liberdade


A Polícia Civil realizou na manhã desta quinta-feira (01), em Caruaru, a “Operação Casuar”, com o objetivo de prender integrantes de uma milícia privada envolvida com homicídios. Foram cumpridos um mandado de prisão e seis mandados de busca e apreensão domiciliar.

De acordo com as investigações, coordenadas pela 3ª Divisão de Homicídios do Agreste e Dinter 1, um ex-policial militar chefiava um dos grupos de segurança privada da cidade.

Na reportagem de Edvaldo Magalhães – Rádio Liberdade – o delegado de homicídios, Márcio George, detalhou as investigações.

Suspeitos de envolvimento em morte de vereador na Paraíba são presos

Dois homens foram presos na manhã desta quinta-feira (1) suspeitos de envolvimento na morte de um vereador em maio deste ano quando ele saía da Câmara Municipal da cidade de Natuba, no Agreste paraibano.


Foto: Reprodução

O vereador Antônio Sobrinho (PDT), de 55 anos, foi morto a tiros por dois homens em uma moto.

Ele foi socorrido por moradores da cidade para o hospital do município, mas não resistiu e morreu.

*Informações do G1 Paraíba

Carta de familiares de mortos e desaparecidos políticos: Falta a Bolsonaro decoro, ética, dignidade e idealismo


Prezado Senhor, quem escreve é Cristina Capistrano, filha de David Capistrano, desaparecido politico em 1974. Envio a Nota dos Familiares visando a leitura na mesa no Evento da ABI, hoje, 30/07/2019.

Ao povo brasileiro

Nós, familiares dos mortos e desaparecidos durante o período ditatorial, repudiamos a fala e os atos do Presidente Jair Bolsonaro sobre Fernando Santa Cruz.

Falta ao Presidente Jair Bolsonaro o decoro, a ética, a dignidade e o idealismo daqueles homens e mulheres que lutaram por um país justo e democrático.

De maneira irresponsável e mentirosa o Sr. Bolsonaro pretende zombar do que foi uma página triste e vergonhosa da nossa história recente.
Fazemos nossa as palavras:

“A natureza, como a história,
Segrega memórias e vidas
E cedo ou tarde desova
A verdade sobre a aurora.

Não há cova funda
Que sepulte
A rasa covardia

Não há túmulo que oculte
os frutos da rebeldia.

Cai um dia em desgraça
A mais torpe ditadura
Quando os vivos saem à praça
E os mortos, da sepultura.”

Affonso Romano de Sant’Anna, em Os Desaparecidos.

Assinam esta Nota os familiares de
Fernando Santa Cruz
David Capistrano
Elson Costa
Hiram Pereira
Jaime Miranda
João Massena
Joel Vasconcelos
Luiz Maranhão
Orlando Bomfim Junior

Quadrilha ligada a facção da PB é desarticulada após onda de violência no interior de PE

Quadrilha ligada a facção da Paraíba é desarticulada após onda de violência no interior de Pernambuco

Fonte: Diário de Pernambuco

Uma organização criminosa com ligação a facção conhecida como "Okaida", que age no estado da Paraíba, foi desarticulada pela Polícia Civil, após aterrorizar a população do município de Camutanga, na Zona da Mata de Pernambuco.

O grupo cometia assaltos, tráfico de drogas e planejava cometer homicídios na região. Cinco pessoas foram presas e um adolescente foi apreendido durante a Operação Repescagem, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, no último dia 31 de julho.

Segundo as investigações, o grupo agia com violência durante os assaltos. Uma das vítimas sofreu ferimentos na cabeça após receber uma coronhada de um dos suspeitos. A onda de violência assustava os moradores da cidade. Frequentes assaltos com armas de fogo a estabelecimentos, tráfico de drogas e até mesmo tentativas de homicídios e latrocínio foram atribuídos à organização criminosa.

As investigações começaram em abril deste ano, após uma tentativa de homicídio ocorrida na Zona Rural de Camutanga. "Essa organização tem origem na Paraíba e se ramifica para outros lugares. Acredito que tenha chegado aqui através da divisa entre os estados. Todos os suspeitos que estavam investigados foram presos", afirmou a delegada de Camutanga, Keila Oliveira.

Foram presos José Roberto Gomes, Luciano Cardoso da Silva, Luciano Reginaldo da Silva, Roberto Cardoso da Silva, José Carlos Cardoso da Silva e um adolescente foi apreendido. Além das prisões, ainda foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e sete mandados de busca domiciliar. Foram apreendidos uma arma, seis munições, R$ 190, um celular e drogas.

Justiça liberta vereador de Carpina, preso há 8 meses

Justiça revoga prisão do vereador Tota Barreto

O vereador carpinense, Antônio Carlos Guerra Barreto (PSB), conhecido popularmente Tota Barreto teve sua prisão revogada nesta quinta-feira (1), pelo juiz de Carpina, Dr. Rildo Vieira Silva após oito meses de prisão no  Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

O juiz concedeu a liberdade e argumentou como base o final da instrução processual, já que foi apresentada alegações finais no processo pela defesa. Alguma medidas cautelares foi imposta pelo magistradao: Comparecimento mensal na secretaria da Vara Criminal para justificar atividades, proibição de frequentar repartições públicas municipais, proibição de ausentar-se da Comarca de Carpina por mais de 30 dias sem autorização judicial.

Bolsonaro e Damares mudam comissão de mortos e desaparecidos



Quatro dos sete membros forma trocados uma semana após comissão reconhecer que morte de Fernando Santa Cruz foi causada pelo Estado

Por FOLHAPRESS




Bolsonaro disse a jornalistas hoje que a mudança ocorreu porque presidente agora é 'de direita'.



O presidente Jair Bolsonaro e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, trocaram quatro dos sete integrantes da CEMDP (Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos). A mudança foi publicada na edição de hoje do "Diário Oficial da União".

A troca ocorre uma semana depois que a comissão, vinculada ao governo, emitir documento reconhecendo que a morte de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), ocorreu “em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro”.

Na última segunda-feira, Bolsonaro disse que poderia explicar a Felipe Santa Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar. A declaração foi repudiada por entidades e a a comissão alvo das mudanças de hoje tinha pedido explicações ao presidente.

A então presidente da comissão, Eugênia Augusta Gonzaga, que foi substituída hoje, criticou a fala de Bolsonaro. “É muito grave essa declaração. Ele [Bolsonaro] está transformando um dever oficial, que é dar informações aos familiares, que ele já deveria ter cumprido, em uso político contra um crítico do seu governo”, disse Gonzaga.

Horas depois de dar a declaração, Bolsonaro disse que não foram militares que mataram Santa Cruz. O presidente insinuou que ele teria sido assassinato por companheiros, argumentando que havia “justiçamento” dentro da própria esquerda, durante o período militar.

'Mudou governo'

Questionado por jornalistas sobre as mudanças, na manhã desta quinta-feira (1º), Bolsonaro disse que elas ocorreram porque mudou o presidente, que agora é "de direita".

"O motivo [é] que mudou o presidente, agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá, ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também", afirmou Bolsonaro na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada.

As substituições

De acordo com o decreto publicado hoje, as mudanças feitas na composição da comissão são as seguintes:

- Marcos Vinicius Pereira de Carvalho assume a presidência no lugar de Eugênia Augusta Gonzaga Fávero

- Weslei Antônio Maretti substitui Rosa Maria Cardoso da Cunha

- Vital Lima Santos substitui João Batista da Silva Fagundes

- Filipe Barros de Toledo Ribeiro substitui Paulo Roberto Severo Pimenta

Quebra de decoro

Na quarta-feira (31), Bolsonaro disse que não quebrou o decoro ao dizer que poderia explicar ao presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985). 

A declaração de dois dias atrás provocou uma série de repercussões de políticos e entidades.

"Não tem quebra de decoro. Quem age desta maneira, perde o argumento", disse Bolsonaro, ao deixar o Palácio da Alvorada no começo da manhã.

"Muita coisa aconteceu, lamentamos muita coisa. Mas não pode valer um lado só da história. E como eu sempre disse: Alguém acredita que o PT está preocupado com a verdade? Tá de brincadeira."

"Quando aquelas caras criaram a Comissão da Verdade, eles deram gargalhadas. Vocês da imprensa sabem o que é informação, contrainformação e contra contrainformação. É muito simples", afirmou o presidente.

Histórico

Criada em 2011 e instalada em 2012, durante o governo Dilma, a Comissão Nacional da Verdade teve por finalidade apurar graves violações contra os direitos humanos de setembro de 1946 a outubro de 1988. Ela foi concluída em dezembro de 2014.

Seus integrantes foram advogados, especialistas em direitos humanos, um ex-procurador geral da República e um ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Foram ouvidos vários militares que atuaram na repressão às organizações de esquerda durante a ditadura militar (1964-1985).

A CNV trabalhou com diversas bases documentais, mas o grosso dos papéis, agora questionados pelo presidente Bolsonaro, veio das próprias Forças Armadas.

Como no caso dos documentos questionados por Bolsonaro, setores da inteligência militar produziram informações que, a partir dos anos 1990, foram entregues ao Arquivo Nacional, um dos principais colaboradores dos trabalhos da CNV.

A CNV não se confunde com outra comissão no âmbito do governo, existente desde 1995 ao longo de todos os governos desde então, a Comissão Especial para Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), formada por sete conselheiros, incluindo membros do Ministério Público e do Congresso.

Foi essa comissão, e não a CNV, que emitiu um atestado de óbito no último dia 24 que reconhece que Fernando Santa Cruz morreu em 1974 de forma "violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985".

Corregedoria da SDS passa investigar delegada Patrícia Domingos


PRESSÃO

A delegada Patrícia Domingos está sendo investigada pela Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS). De acordo com a Portaria 359/2019, publicada no Boletim Geral da SDS desta terça-feira (30), uma sindicância interna apontou supostas irregularidades administrativas no âmbito da extinta Delegacia de Polícia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), da qual Patrícia foi titular.

A Portaria foi assinada pela corregedora-geral da SDS, Carla Patrícia Cintra Barros da Cunha, no dia 24 de julho, mas só foi publicada nesta terça. Segundo a SDS, o processo é baseado em um relatório do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Os promotores apontaram “ausência de gestão de autos e de controle de tramitação” de inquéritos sob responsabilidade da Decasp.

Ao Blog de Jamildo, a delegada Patrícia Domingos afirmou que ainda não sabe o teor do processo. Ela também disse que acionou seus advogados.