terça-feira, 13 de agosto de 2019

Miguel Arraes também tem aniversário de morte hoje

MIGUEL ARRAES DE ALENCAR (1916 – 2005)




 Fofo: divulgação

Miguel Arraes de Alencar (1916 – 2005) foi um dos maiores líderes políticos da história do Brasil, secretário de estado, deputado estadual, deputado federal e governador do estado de Pernambuco em três ocasiões. Arraes foi também líder partidário de destaque, tendo presidido o Partido Socialista Brasileiro entre 1999 e 2005.

Nascido em15 de dezembro de 1916, em Araripe, Ceará, Miguel Arraes era filho de José Almino Alencar e Silva e Maria Benigna Arraes de Alencar. Entre os primeiros anos de escola e a conclusão do secundário no Colégio Diocesano, na vizinha cidade do Crato, em 1932, foi testemunha fortemente impactada da grande seca que flagelou milhões de pessoas. Hordas de famintos pediam comida na porta do adolescente Arraes e chegaram a ficar confinadas em campos de concentração na entrada de Fortaleza.

Em 1933 frequenta o curso de Direito na Faculdade Nacional no Rio de Janeiro, hóspede de um tio. Em seguida mudou-se para a capital pernambucana e matricula-se na Faculdade de Direito do Recife, onde se forma em 1937.

Aprovado num concurso público para o hoje extinto IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), foi promovido a assistente do diretor de fiscalização em 1938, cargo no qual permaneceu até 1941, quando passou a ser chefe de Secretaria.              

Em 1943, ascendeu à delegado regional.

Foi no IAA que Arraes conheceu o jornalista Barbosa Lima Sobrinho, então presidente daquela instituição, que o levou para a vida pública. Em 1947, já governador de Pernambuco, Barbosa Lima Sobrinho, convida Arraes para ocupar o cargo de secretário estadual da Fazenda.

Em 1950, disputou sua primeira eleição para deputado estadual e ficou na suplência, vindo depois a ocupar a cadeira.

Em 1954 disputa, mais uma vez, vaga no parlamento estadual e é eleito. Foi líder da oposição ao governo Cordeiro de Farias.

No governo de Cid Sampaio, em 1959, voltou à Secretaria da Fazenda.

Em 1960 elegeu-se prefeito do Recife, apoiado pela Frente Popular. Em sua passagem pela Prefeitura investe na cultura e na educação em massa criando o Movimento de Cultura Popular - MCP que mobiliza artistas e setores médios da sociedade numa grande cruzada pela educação e melhoria dos serviços públicos básicos. Em apenas um ano de trabalho inaugura escolas oferecendo vagas para 10 mil crianças numa cidade onde o déficit de vagas chegava a 100 mil.

Em 1961, um ano antes de se tornar governador pela primeira vez, Miguel Arraes ficou viúvo de Célia de Souza Leão, sua primeira mulher, com quem teve oito filhos.

Em 1962, depois de uma administração aprovada pela população da capital, Miguel Arraes foi eleito pela primeira vez para governar Pernambuco.

No mesmo ano, casou-se com Maria Madalena Fiúza, com quem teve mais dois filhos.

No seu governo (que não chegou a concluir), Miguel Arraes implantou programas de destaque na área de educação e no setor rural. O Acordo do Campo, assinado em seu gabinete, teve como princípio a implantação de relações trabalhistas mais justas dos canavieiros com os donos de usinas.

Em 1963, foi lançado pré-candidato à presidência da República por lideranças de vários estados do Brasil. No contexto de radicalização direita x esquerda, potencializado pela Guerra Fria, propunha pacificação nacional e um entendimento em torno de programa nacionalista e de políticas de correção da desigualdades sociais e regionais.

No dia 1º de abril de 1964, Arraes foi deposto pelo Golpe que instituiu a ditadura militar no Brasil. Depois de ficar preso em quartéis do Recife, é levado para a Ilha de Fernando de Noronha, de onde retorna em março de 1965.

Seguiu em seguida para o Rio de Janeiro onde pediu asilo na Embaixada da Argélia. Ao lado da família, passou 14 anos exilado na capital argelina.

Durante o exílio, foi condenado à revelia, no dia 2 de março de 1967, pelo Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar, a 23 anos de prisão pelo crime de "subversão".

Vivendo em Argel, Arraes se torna referência não apenas para os perseguidos pelo regime militar brasileiro, mas para progressistas de todo o mundo. Com suas credibilidade e competência de articulador político, ajuda os movimentos independentistas das colônias portuguesas da África (Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde), assim como apoia a estruturação das jovens repúblicas fundadas após as lutas de libertação.

Em 30 de março de 1974 comparece ao Tribunal Bertrand Russell II, em Roma, e denuncia ao mundo o regime militar, responsabilizando-o não apenas pela prisão, tortura e morte dos opositores, mas, principalmente, por tornar ainda mais miseráveis as condições de vida da população.

Retornou ao Brasil em 1979, quando foi decretada a anistia pelos militares, pressionados por vários setores da população brasileira. De volta ao Recife, Arraes retomou sua trajetória política, se filiando ao PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro).

Foi eleito deputado federal em 1982 com a maior votação do estado - 191.471 - obtendo quase 20 mil votos a mais que o segundo colocado, Jarbas Vasconcelos.

Em 1986, ainda pelo PMDB, Miguel Arraes foi eleito pela segunda vez para governar Pernambuco. Focou seu mandato na implantação de políticas públicas capazes de corrigir as desigualdades sociais que se agravaram nos anos de regime militar. Iniciou o mais ambicioso programa de eletrificação rural jamais concebido. Fez do microcrédito um instrumento importante de melhoria da qualidade de vida do povo. Fez o estado financiar motobombas para pequena irrigação, vacas leiteiras e máquinas de costura. Dizia: "Nas regiões miseráveis do interior e da periferia do Recife, modernidade é um bico de luz aceso e uma torneira pingando água".

Paralelamente, criou a segunda secretaria de Ciência e Tecnologia do País, bem como a segunda Fundação de Amparo à Pesquisa (Facepe). Comandou campanha de mobilização em favor da implantação de uma refinaria de petróleo em Pernambuco e, em 1996, foi pioneiro ao promover negociações com o governo da Venezuela para formatação de parceria binacional capaz de viabilizar a planta de refino petrolífero no estado. Este plano seria retomado pelo ex-presidente Lula, em 2003.

Em 1990, já filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), do qual foi presidente nacional por três mandatos de dois anos, Arraes foi eleito, novamente, deputado federal. Com 339.158 votos, obteve a maior votação proporcional do país.

Em 1994, foi eleito pela terceira vez governador de Pernambuco. Ampliou o programa de eletrificação rural impondo a meta de 150 mil domicílios rurais ligados à rede de eletricidade.

Quatro anos depois de perder a reeleição para o quarto mandato de governador, Arraes elegeu-se mais uma vez para a Câmara dos Deputados.

Morreu aos 88 anos, no dia 13 de agosto de 2005, no exercício do mandato de deputado, depois de passar quase dois meses internado no Hospital Esperança, no bairro da Ilha do leite, na área central do Recife.

Veículo capota e deixa quatro vítimas presas às ferragens no Trevo da Morte na BR-101


Devido ao acidente, houve derramamento de combustível na pista; Corpo de Bombeiros foi acionado

Fonte: Gazeta Web

Um carro capotou, na manhã desta terça-feira (13), nas proximidades do "Trevo da Morte", localizado na BR-101, no KM 1, no município do Pilar. Duas vítimas ficaram presas às ferragens do veículo. Militares do Corpo de Bombeiros foram acionados à ocorrência.

Segundo a assessoria do CBM, no local, o veículo saiu da pista e caiu em um barranco. Com o impacto, também houve derramamento de combustível. Motoristas que passam pela localidade devem redobrar a atenção.

O Corpo de Bombeiros Militar deslocou-se com o Trem de Socorro do Grupamento de Incêndio e duas viaturas, totalizando 13 militares para realizar o socorro às vítimas. A aeronave também foi deslocada para atendimento da ocorrência. Ao todo, foram atendidas quatro pessoas, sendo três adultas e uma criança de 4 anos. 


Governo Bolsonaro barra liberação de R$ 130 milhões para obras na Paraíba

Barragem para a Grande João Pessoa e dragagem do Porto de Cabedelo estão sendo prejudicadas

Redação Paraíba Já

 (Foto: Montagem/Paraíba Já)


Após os recentes episódios com tons de animosidade entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o governador da Paraíba João Azevêdo (PSB), o clima parece que não amenizou. O Governo Federal vem barrando a liberação de cerca de R$ 130 milhões para obras no estado, como uma barragem na Grande João Pessoa e a dragagem do Porto de Cabedelo.



Em entrevista ao UOL, João comentou que o Governo do Estado não tem, com o atual governo, nenhum convênio novo. “O que existe são alguns convênios fechados em governos anteriores que estão em andamento. Com esse atual, não há absolutamente nada até agora”, explicou inicialmente.

Especificamente sobre as obras e a liberação dos recursos, que à priori estariam à disposição dos paraibanos, o governador afirmou que recebeu negativas de dois ministérios: Infraestrutura e Desenvolvimento Regional.

“Na verdade, nós estivemos em janeiro no Ministério da Infraestrutura. Havia um recurso destinado para a dragagem do porto de Cabedelo, e o ministro [Tarcísio de Freitas] confirmou a disponibilidade de R$ 50 milhões. Na última reunião que tive com o ministro, ele disse que os recursos não estão mais disponíveis. Começamos também uma grande obra de uma barragem para garantir água para pelo menos os próximos 30 anos na região metropolitana de João Pessoa. Chegaram a ser liberados recursos no ano passado para o projeto, mas neste ano fomos notificados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional de que o recurso de R$ 80 milhões também não estaria disponível”, afirmou João ao UOL.

O que dizem os ministérios

O Ministério da Infraestrutura afirmou que não houve tratativas no sentido de liberação imediata de recursos para a dragagem do porto de Cabedelo, uma vez que o empreendimento ainda não passou por processo licitatório. “A obra tem valor estimado de R$ 100 milhões e, uma vez licitada, pode ser executada em cerca de seis meses. O ministério já determinou ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) que atualize o projeto, possibilitando a licitação futura”, explicou.

Já o Ministério do Desenvolvimento Regional confirmou a falta de recursos para a barragem e explicou que, “tendo em vista a necessidade de redução de limites para empenho e pagamento no âmbito de todo o governo federal, o MDR tem priorizado, neste momento, a liberação de recursos para as obras que já estão em andamento”.

“A pasta está atuando, junto à Casa Civil e ao Ministério da Economia, para viabilizar a ampliação do limite orçamentário e financeiro e garantir a continuidade e execução das obras em curso”, finalizou.

Acidente na BR-232, em São Caetano, deixa cavalo morto em pista

Animal morreu na hora e veículo que se envolveu no acidente ficou seriamente danificado

Por: Redação OP9

O veículo, ocupado por três pessoas, ficou totalmente destruído. Foto: Cortesia

O veículo, ocupado por três pessoas, ficou totalmente destruído. Foto: Cortesia

O veículo, ocupado por três pessoas, ficou totalmente destruído. Foto: Cortesia

O veículo, ocupado por três pessoas, ficou totalmente destruído. Foto: Cortesia

O veículo, ocupado por três pessoas, ficou totalmente destruído. Foto: Cortesia

Um acidente envolvendo uma caminhonete onde viajavam três pessoas na BR-232, em São Caetano, no Agreste do estado, deixou um cavalo morto e o veículo foi seriamente danificado. A colisão aconteceu na madrugada desta terça-feira (13), por volta das 1h40, no km 157 da via. O animal morreu na hora, com o impacto da colisão. Nenhum dos ocupantes do veículo ficou ferido.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o proprietário do animal não foi localizado. A via já foi completamente liberada.

Por unanimidade, PSL expulsa deputado Alexandre Frota nesta terça


Por: Danielle Santana - Diario de Pernambuco

Antonio Cruz/Agência Brasil

O Partido Social Liberal decidiu nesta terça-feira expulsar o deputado federal Alexandre Frota (SP). O parlamentar recentemente fez críticas ao partido e ao governo de Jair Bolsonaro, também do PSL. Segundo informações da Folha de S. Paulo, a votação foi unânime na executiva da sigla. 

A questão tem ligações com o veto do Planalto a indicações do deputado para cargos na Ancine, Agência Nacional de Cinema, além da perda de poder do diretório municipal de Cotia, região metropolitana de São Paulo. 

O pedido foi feito pela deputada Carla Zambelli (SP) e subscrito pelos deputados  Caroline di Toni (SC), Bia Kicis (DF) e por Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP). O senador Major Olímpio apoiou o pedido do afastamento definitivo de Frota

Mais de 500 mil cigarros ilegais são apreendidos em Caruaru

Segundo a Polícia Federal, galpões onde material foi encontrado já haviam sido alvo de outras operações que também resultaram na apreensão de mercadorias ilegais

Por: Redação OP9

Os pacotes estavam armazenados em estavam armazenados em 53 caixas. Foto: Divulgação/PF

Os galpões onde o material foi apreendido já haviam sido alvo de outras ações policiais que também resultaram na apreensão de cigarros contrabandeados. Foto: Divulgação/PF

Os galpões onde o material foi apreendido já haviam sido alvo de outras ações policiais que também resultaram na apreensão de cigarros contrabandeados. Foto: Divulgação/PF

Os galpões onde o material foi apreendido já haviam sido alvo de outras ações policiais que também resultaram na apreensão de cigarros contrabandeados. Foto: Divulgação/PF

Os pacotes estavam armazenados em estavam armazenados em 53 caixas. Foto: Divulgação/PF

Os pacotes estavam armazenados em estavam armazenados em 53 caixas. Foto: Divulgação/PF

Os galpões onde o material foi apreendido já haviam sido alvo de outras ações policiais que também resultaram na apreensão de cigarros contrabandeados. Foto: Divulgação/PF

Os galpões onde o material foi apreendido já haviam sido alvo de outras ações policiais que também resultaram na apreensão de cigarros contrabandeados. Foto: Divulgação/PF

Os galpões onde o material foi apreendido já haviam sido alvo de outras ações policiais que também resultaram na apreensão de cigarros contrabandeados. Foto: Divulgação/PF

Os pacotes estavam armazenados em estavam armazenados em 53 caixas. Foto: Divulgação/PF

Os pacotes estavam armazenados em estavam armazenados em 53 caixas. Foto: Divulgação/PF

Mais de 500 mil cigarros de marcas internacionais vendidos de forma ilegal foram apreendidos com dois homens em um galpão no Parque 18 de maio em Caruaru, no Agreste do estado. Ikaro Victor de Souza, 28 anos, e Geison Gesuíno da Silva, 20 anos, foram presos durante uma operação integrada das polícias Militar e Federal. Os suspeitos foram autuados em flagrante e liberados depois da audiência de custódia após o pagamento de uma fiança no valor de R$ 10 mil cada.

Embora as prisões tenham ocorrido na quinta-feira (8), os detalhes do caso só foram divulgados na manhã desta terça-feira (13). Os galpões onde o material foi apreendido já haviam sido alvo de outras ações policiais que resultaram na apreensão de cigarros contrabandeados. A abordagem ocorreu após o recebimento de uma denúncia anônima.

No local, os policiais flagraram o momento em que um veículo descarregava o material dentro do imóvel.  Além dos cigarros, também foram apreendidos com Ikaro e Geison três celulares R$ 6.108,00, que, de acordo com a Polícia Federal (PF), foram arrecadados com a venda dos cigarros contrabandeados.

Foram apreendidos com Ikaro e Geison três celulares e a importância de R$ 6.108,00, que os suspeitos informaram ser fruto de venda dos cigarros. Foto: Divulgação/PF

Os suspeitos foram liberados após pagarem fiança no valor de R$ 10 mil cada. Foto: Divulgação/PF

Geison Gesuino da Silva, 20 anos. Foto: Divulgação/PF

Ikaro Victor de Souza, 28 anos. Foto: Divulgação/PF

Foram apreendidos com Ikaro e Geison três celulares e a importância de R$ 6.108,00, que os suspeitos informaram ser fruto de venda dos cigarros. Foto: Divulgação/PF

Os suspeitos foram liberados após pagarem fiança no valor de R$ 10 mil cada. Foto: Divulgação/PF

Geison Gesuino da Silva, 20 anos. Foto: Divulgação/PF

Ikaro Victor de Souza, 28 anos. Foto: Divulgação/PF

Foram apreendidos com Ikaro e Geison três celulares e a importância de R$ 6.108,00, que os suspeitos informaram ser fruto de venda dos cigarros. Foto: Divulgação/PF

Os suspeitos também estavam com as chaves de mais dois depósitos, onde foram encontrados mais uma grande quantidade de cigarros  comprados e revendidos de forma ilegal pela dupla. Nos três galpões, foram encontrados 530 mil cigarros das marcas Gold Seal, Gold Land, American Blend, Nise Baisha Full, Eight King Size, Pine Blue, Ruby Crush, Eight King Size Boxland e Gold Personal Reserve, armazenados em 53 caixas.

Ainda de acordo com a PF, Ikaro e Geison não apresentaram resistência e confessaram o crime no ato da prisão. Os suspeitos afirmaram que são os responsáveis pela mercadoria contrabandeada, pelo veículo usado para o transporte do produto e pelos galpões. “Eles disseram que vão todos os dias de Cupira para Caruaru para vender cigarro, mas não informaram onde adquiriram o produto”, explica o chefe de comunicação da PF Giovani Santoro.

Os suspeitos foram autuados em flagrante pelo crime de descaminho (adquirir mercadoria de origem estrangeira, desacompanhada de documentação legal) e, caso venham a ser condenados, poderão pegar penas que variam de 2 a 4 anos de reclusão. Ambos vão responder ao processo em liberdade.

“Cada mercadoria que entra no país sem recolher o devido imposto representa um produto a mais no mercado formal que deixou de ser vendido. Assim, deixa-se de arrecadar recursos que poderiam ser investidos em benefício público”, explicou Giovani. 

Alexandre Frota deve ser expulso hoje do PSL




O presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), adentrou no movimento já em curso dentro de seu partido para expulsar o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP). A articulação é justificada pelas críticas do deputado a Jair Bolsonaro e seu governo, sendo a expulsão um sinal para o Planalto de que o partido estabelece limites na expressão dos parlamentares. Caso será analisado hoje pelo Conselho de Ética da sigla.


Integrantes da sigla ouvidos pelo Painel, da Folha, alegam que a expulsão seria vantajosa para o deputado, pois Frota não poderia ser acusado de infidelidade partidária. Apesar de ter votado a favor da reforma da Previdência no primeiro turno, o deputado se absteve no segundo, contrariando a orientação do partido. Ainda, ele criticou a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada nos EUA e disse que o Brasil fica “mais tranquilo” com Bolsonaro calado.


A aposta dos parlamentares do PSL é de que Frota migrará para o PSDB, como já havia sugerido a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que também faz parte do movimento pela expulsão de Frota. “Tem muita gente no PSL que é na verdade PSDB. Que mudem logo de partido”, disse. O DEM também já mostrou interesse no deputado.


Eduardo Campos: cinco anos de silêncio trágico e precoce


O ex-governador morreu no dia 13 de agosto de 2014, três dias após seu aniversário de 49 anos e do Dia dos Pais, deixando um forte legado político aos pernambucanos
 POR PEDRO BEZERRA SOUZA
O dia 10 de agosto de 2014 foi marcado por uma comemoração dupla para o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O socialista celebrava, simultaneamente, o Dia dos Pais e o seu aniversário de 49 anos. Em uma rotina atipicamente acelerada, pois ele naquele momento fazia campanha para sua eleição à Presidência da República, Campos não pôde estar com a família naquele domingo devido a compromissos oficiais.
O que ninguém podia prever é que três dias depois, na quarta-feira, dia 13 de agosto, o destino embaralharia todas as peças de um quebra-cabeça que tinha sua montagem de modo contínuo e organizado. No fatídico dia de sua morte, Campos entrou em um avião modelo Cessna 560XL com outros quatro assessores, além dos dois pilotos. O embarque foi no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e o destino final era o Guarujá, em São Paulo.
Porém, por volta das 10h, quando o avião se preparava para o pouso, problemas técnicos aconteceram e levaram à queda do meio de transporte. As sete pessoas que estavam a bordo morreram no acidente que comoveu o Brasil e influenciou nas eleições federais e estaduais que aconteciam naquele momento. Em um dos seus melhores momentos políticos, saindo do maior poder executivo pernambucano com ótimas avaliações, Eduardo Campos deixou o cenário de forma drástica no mesmo dia da morte do seu avô, Miguel Arraes, que faleceu no dia 13 de agosto de 2005.
A tragédia aconteceu menos de dois meses antes das eleições que aconteceram em outubro. Marina Silva (Rede), então candidata à vice-presidência na chapa de Campos, assumiu o posto de candidata oficial e trouxe Beto Albuquerque (PSB) para ocupar o lugar como seu vice. Entretanto, o nome de Eduardo Campos, que era um forte candidato e possivelmente daria dor de cabeça à reeleição da então presidente Dilma Rousseff (PT), não conseguiu transferir todas suas intenções de votos para Marina e a ambientalista viu sua popularidade cair com força na corrida presidencial, mesmo com toda comoção causada devido ao acidente.
“Muito se acreditou que Marina alavancaria na disputa pelo Planalto após a morte de Eduardo, mas as pesquisas não foram mostrando essa realidade. Isso aconteceu porque, na verdade, o candidato popular e que falava com o povo era Eduardo. Marina continuou tentando a presidência em 2018, mas o desempenho foi ainda menos favorável do que em 2014. O segundo turno daquelas eleições, entre Dilma e Aécio (Neves, pelo PSDB), foi potencializado após a morte do pernambucano. Muitos votos deles foram transferidos para a petista e, ainda assim, ela ganhou por pouca diferença. Essas perspectivas nos levam a crer que, se estivesse vivo, Eduardo faria acontecer um segundo turno diferente”, analisa a cientista política Sofia Trajano.
Eduardo Campos, que deixou cinco filhos - entre eles o atual deputado federal João Campos (PSB) - e a viúva Renata Campos, fez uma participação na noite anterior ao seu acidente no Jornal Nacional, da TV Globo. O noticiário fazia uma rodada de entrevistas com os candidatos à Presidência e a vez do pernambucano foi exatamente um dia antes de sua morte.
Esse fato isoladamente pode não significar muita coisa, mas o fato dele ter dado uma entrevista nacional ao telejornal de maior audiência no país horas antes de morrer causou uma repercussão considerável. Incrédula, a população não acreditava que aquele homem, que há pouco tempo estava ao vivo sendo entrevistado na televisão, estava, agora, morto após seu avião cair.
“É válido ressaltar que não foi só na eleição para presidente que Eduardo participava em 2014. Recém-saído do cargo de governador de Pernambuco para disputar o Planalto, Campos também trabalhava duramente, mesmo que de forma mais passiva, na campanha do seu sucessor, o atual governador Paulo Câmara (PSB). Naquela altura Campos tinha um árduo trabalho: transferir sua popularidade para um candidato que nunca havia ocupado cargo político e era pouco conhecido no estado”, detalha Trajano.
Diferentemente das eleições para Presidente, onde a morte de Eduardo mudou todo um cenário que vinha se desenhando. No âmbito estadual o acidente não trouxe grandes mudanças, só reforçou o nome do candidato socialista. Por ser o escolhido para suceder o neto de Arraes, Paulo Câmara já liderava as pesquisas de intenção de voto. A dúvida seria se ele já ganharia no primeiro turno ou se iria disputar o segundo com Armando Monteiro (PTB).
Após o falecimento de Eduardo, a vitória de Paulo Câmara praticamente se deu como certa. Ele crescia vertiginosamente nas pesquisas e o resultado não saiu do esperado: venceu no primeiro turno com 68% dos votos. A partir daí, assumiu o comando do executivo estadual com Raul Henry (MDB) como seu vice e, mesmo não sendo a ‘versão 2.0’ de Eduardo Campos, se reelegeu em 2018. Desta vez, com Luciana Santos (PCdoB) ocupando a posição de vice-governadora.
“Eduardo morreu de forma muito precoce. Ele tinha uma ambição do bem e se não ganhasse as eleições de 2014, certamente seria um dos principais nomes para 2018, principalmente porque provavelmente ele teria o apoio direto do ex-presidente Lula (PT). Mas não foi só a política que perdeu com sua partida, foi também toda uma legião de pernambucanos que acreditavam piamente em seu trabalho. Ele se despediu do governo de Pernambuco com um elevado índice de aprovação e satisfação. Ele era um bom articulador e sabia fazer bem o jogo da política”, comenta a cientista política Sofia Trajano.
Enterrado ao lado do seu avô no cemitério de Santo Amaro, no Recife, o corpo de Eduardo Campos arrastou milhares de pernambucanos até os últimos minutos de sua despedida. Entre choros de incertezas futuras e de gratidão pelo o que foi feito, o ex-governador de Pernambuco se despediu muito antes do esperado, mas deixou um legado vivo na memória de todos que o admiravam e seguiam seus passos.