segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Preso motorista de caminhão que provocou acidente na BR-101

Edivaldo Odilon José, de 34 anos, foi atuado em flagrante depois de ter alta de uma unidade de saúde onde foi socorrido com ferimentos leves

Por: Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

Acidente aconteceu por voltas 15h30 na BR-101. Foto: Wagner Oliveira/ Redação OP9

O motorista de um caminhão tanque que perdeu o controle, quebrou uma mureta de proteção e bateu em três carros que trafegavam na via em sendo oposto da BR-101, nas proximidades da Avenida Caxangá, causando a morte de uma mulher, foi preso em flagrante pouco depois do acidente. De acordo com o delegado Paulo Clemente, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Edivaldo Odilon José, de 34 anos, foi autuado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

A prisão ocorreu depois que o motorista teve alta da UPA da Caxangá, para onde foi levado com ferimentos leves. Ele deve ser submetido a uma audiência de custódia neste domingo, quando deve se decidir se ele segue preso ou se vai responder ao inquérito policial em liberdade. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor alegou ter perdido o controle da direção ao fazer uma manobra com a intenção de livrar uma moto que, segundo ele, teria se atravessado na frente do caminhão.

Imagens mostram momento do acidente

Gabrielle, que era professora, viajava em um veículo dirigido por motorista de aplicativo e morreu na hora. Foto: Facebook/Reprodução

Imagens de circuitos de segurança de estabelecimentos da área e câmeras de fiscalização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) registraram as colisões. Nos vídeos, o caminhão sai da faixa em que estava, ultrapassa a mureta e invade a pista contrária. Além da vítima morta, identificada como Gabrielle Gadelha da Silva Pontes, 32 anos, que viajava como passageira de um veículo dirigido por um motorista de aplicativo, outras sete pessoas ficaram feridas. Além delas três ocupantes dos veículos atingidos não precisaram de atendimento médico.

Informações coletadas no local pela PRF são conta de que o caminhão vinha de Paulista com destino ao Cabo de Santo Agostinho, onde seria abastecido com uma carga de combustível. Além de Gabrielle, que estava no banco de trás do Siena atingido, outros três passageiros estavam no veículo, o mais afetado pela colisão, e precisaram ser socorridos para unidades de saúde. O motorista do carro teve ferimentos leves e foi atendido pelos bombeiros no local, sendo liberado em seguida.

O corpo de Gabrielle, que era professora, foi levado ao Instituto de Medicinal Legal (IML) do Recife, onde deve ser necropsiado. A liberação e o sepultamento devem ocorrer neste domingo (18).

Dia do Ciclista estimula uso de bicicletas e pede mais segurança no trânsito



Por Cacau Menezes

Dia Nacional do Ciclista é celebrado em 19 de agosto (Foto: Tiago Ghizoni / BD)

A data entrou no calendário oficial do Brasil em homenagem ao biólogo brasiliense Pedro Davison, de 25 anos, que morreu atropelado em 2006, em Brasília, enquanto pedalava numa via expressa da capital federal. O propósito é estimular o uso da bicicleta, a cidadania e a mobilidade sustentável e plural, além de aprimorar e criar novas oportunidades para promover a educação para a paz no trânsito.

Com infraestrutura precária, bicicletas seguem à margem da mobilidade urbana no Brasil

Os números de feridos em acidentes com bikes são assustadores. Só no ano passado, 11.741 brasileiros foram internados, o que gerou um custo de mais de R$ 14 milhões ao Sistema Único de Saúde. Os dados são da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.


Amo andar de bicicleta, funciona como uma terapia, é sentir aquele vento no rosto e pensar na vida, mas confesso que desde a morte do jornalista Roger Bittencourt, em 2015, atropelado por um motorista bêbado, nunca mais me arrisquei em pegar a magrela e pedalar na SC 401. Agora é só no bairro mesmo. 

Bom dia!

Bom dia!
Segunda-feira, 19 de agosto de 2019. Hoje é Dia de São João Eudes, do Artista de Teatro, Nacional do Ciclista e Mundial da Fotografia. Vivemos o Inverno brasileiro.
Na história:
Em 1961, o presidente Jânio Quadros condecorava Che Guevara, que visitava o Brasil, e em protesto vários militares devolviam suas condecorações.
Em 1976, uma bomba explodia na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, e a Aliança Anticomunista Brasileira assumia o atentado.
Em 1992, ato pelo impeachment de Collor reunia 20 mil pessoas em Salvador, Bahia.
Em 2004, iniciava-se massacre a moradores de rua, em São Paulo. Quinze pessoas foram atacadas a pauladas enquanto dormiam e seis delas morreram.

sábado, 17 de agosto de 2019

Bom dia...

Bom dia!

Sábado, 17 de agosto de 2019. Hoje é Dia de São Roque, do Patrimônio Histórico Nacional e Nacional da Construção Social. Vivemos o Inverno brasileiro.

Na história:

Em 1962, era realizado o 4º Congresso Sindical Nacional do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).

Em 1992, casos de AIDS no Brasil chegavam a 30 mil, com mil óbitos, segundo o Ministério da Saúde.

Em 1999, um terremoto na Turquia matava 14 mil pessoas.

Em 2017, morria no Rio de Janeiro, aos 78 anos, o ator Paulo Silvino, vítima de câncer.

Em 2017, atentado terrorista na Espanha deixava 16 mortos e mais de 100 feridos. Uma van atropelou os pedestres em uma área turística.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Arnaldo Antunes é atração no Macuca das Artes




Arnaldo Antunes é a primeira atração confirmada na programação do Macuca das Artes 2019, que será realizado nos dias 25 e 26 de outubro no Sítio da Macuca, em Correntes, agreste pernambucano. Em contato direto com a natureza, o festival contemplará diversas linguagens artísticas. Os ingressos custam a partir de R$ 70 e estão à venda no site da Sympla. 

 Conhecido por misturar carnaval com forró, o Boi da Macuca desfila nas ladeiras de Olinda durante as festas de Momo e agita a fazenda durante o São João, evento que acontece há 30 anos. Em 2015, o local recebeu a festival Jazz e Improviso, com shows de Ave Sangria e Duofel, além de intervenções artísticas.

Do Diário de Pernambuco

Homem é esfaqueado e tem pênis cortado por esposa após descoberta de traição na PB, diz PM

Segundo a Polícia Militar, o pênis da vítima também foi atingido por um ácido.

Por Redação Portal T5

  

Crime ocorreu na noite dessa quinta-feira (15), no Agreste paraibano.Foto: Divulgação/Polícia Militar da Paraíba

Uma mulher foi detida suspeita de assassinar o marido na noite dessa quinta-feira (15), no município de Areial, no Agreste paraibano. De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi morta com golpes de faca e teve os órgãos genitais atingidos com ácido muriático antes de serem retirados do corpo.

Segundo a polícia, Ricardo André dos Santos foi morto por ciúmes após uma discussão na residência da mulher, na Rua Balbino do Carmo, por volta de 21h. A esposa esfaqueou o companheiro em várias parte do corpo e, após retirar os genitais da vítima, os jogou na residência da vizinha, de quem suspeitava de uma traição.

Apesar de manterem relação, as investigações apontaram que a vítima residia no sítio Lagoinha das Pedras, na zona rural da cidade de Esperança, na mesma região.

Homem foi encontrado sem vida dentro da residência da suspeita, em Areial, na Paraíba.Foto: Divulgação/Polícia Militar da Paraíba

A polícia ainda informou que o casal não possuía registros de problemas mentais nem mesmo histórico de alguma passagem por crimes em delegacias.

A mulher de 38 anos foi socorrida após ingerir diversos tipos de medicamento, segundo o filho da suspeita. Ela foi levada sob custódia pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital de Trauma de Campina Grande. O estado de saúde da paciente não havia sido informado até a publicação desta matéria.

Os filhos da mulher, um bebê de 11 meses e um menino 8 anos, foram encaminhados ao Conselho Tutelar da cidade.

O drama de Michelle: avó traficante e mãe acusada de falsificação



Parece pouco-caso, mas não é. Há anos, a primeira-dama se afastou das familiares com passagem pela polícia

Por Hugo Marques e Nonato Viegas



Michelle Bolsonaro: o tio predileto foi preso sob suspeita de integrar milícia (Isac Nóbrega/PR)

Em abril passado, VEJA publicou uma reportagem que começava assim: “Maria Aparecida Firmo Ferreira tem 79 anos, é cardíaca, sofre de Parkinson, locomove-se com dificuldade e mora num casebre que fica na parte mais miserável de Brasília — a favela Sol Nascente, conhecida pela violência, dominada pelo tráfico de drogas e conflagrada por facções que usam métodos similares aos das milícias cariocas. Sem se preocupar com tudo isso, dona Aparecida, como é conhecida, enfrenta uma odisseia diária. Aposentada, ela divide seu tempo entre cuidar de um filho deficiente auditivo, ir ao posto de saúde buscar remédios e bater papo com os vizinhos. (…) Ninguém, ou quase ninguém da vizinhança, sabe que ela é avó da primeira-dama Michelle Bolsonaro. A neta agora famosa, o presidente da República e a pobreza são assuntos que parecem despertar sentimentos conflitantes em dona Aparecida. Faz mais de seis anos que ela não vê a neta que ajudou a criar. A avó não foi convidada para a posse, nem ela nem sua filha, mãe de Michelle, Maria das Graças. Passados três meses de governo, ela não recebeu convite para uma visita ao Palácio da Alvorada, a residência oficial, que fica a apenas 40 quilômetros da favela. Por quê? Ela diz que não sabe responder”. Na última semana, o jornal Folha de S.Paulo publicou uma nova reportagem mostrando que Maria Aparecida, a avó, estava internada fazia dois dias no corredor de um hospital público de Brasília, aguardando vaga para realizar uma cirurgia ortopédica. Sem nenhuma assistência da neta, ela sofria sozinha a dor pela fratura da bacia.

Pois o que parecia um desprezo profundo da primeira-dama com a família de origem humilde esconde, na verdade, problemas bem mais complexos. Dona Aparecida, a avó, nem sempre foi a pessoa de saúde frágil e indefesa que hoje cobra um pouco de atenção da neta. Antes de se aposentar, ela tentou ganhar a vida traficando drogas. VEJA localizou nos arquivos da 1ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais do Distrito Federal o processo que detalha o dia em que Maria Aparecida Firmo Ferreira, então com 55 anos, foi presa em flagrante. Em 1997, a avó da primeira-­dama era conhecida nas ruas como “Tia” e, segundo a polícia, sua principal atividade era vender drogas no centro de Brasília. Em julho daquele ano, ela foi surpreendida com 169 “cabecinhas de merla”, um subproduto da cocaína. No auto de prisão, ao qual VEJA teve acesso, os policiais contaram ter recebido uma denúncia anônima de tráfico numa região que fica a apenas 3 quilômetros do Palácio do Planalto. Ao chegarem ao local indicado, eles encontraram Aparecida. Dentro de uma sacola que ela carregava, além da “merla”, estavam dois relógios e dezesseis vales-transporte. Na delegacia, ela confessou o crime.

 TRÁFICO – Maria Aparecida Firmo Ferreira, avó da primeira-dama: em julho de 1997, ela foi presa em flagrante vendendo drogas no centro de Brasília. Condenada a três anos de prisão, cumpriu pena em um presídio feminino

TRÁFICO – Maria Aparecida Firmo Ferreira, avó da primeira-dama: em julho de 1997, ela foi presa em flagrante vendendo drogas no centro de Brasília. Condenada a três anos de prisão, cumpriu pena em um presídio feminino (Cristiano Mariz/.)

No depoimento que prestou, a avó da primeira-dama contou que cada pacotinho da droga era vendido a 5 reais. Na Justiça, ela mudou a versão. Alegou que a sacola apreendida não era sua e que teria confessado o crime por pressão dos policiais. Havia, porém, testemunhos de clientes. Aparecida acabou condenada a três anos de reclusão, em regime fechado. A defesa ainda recorreu, sem sucesso. Uma das desembargadoras que votaram contra a libertação foi Sandra de Santis, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello. No processo, ao qual VEJA também teve acesso, a avó da primeira-dama, depois de condenada, escreveu uma carta ao juiz confessando o crime e pedindo clemência: “É certo que transgredi a lei, mas o preço altíssimo que pago por meu delito transformou-se completamente. Sou uma senhora de princípios renovados”, dizia.

Na penitenciária feminina do Gama, onde foi cumprir a pena, Maria Aparecida mostrou que os seus princípios não estavam tão renovados assim. Em maio de 1999, quando já estava presa havia um ano e oito meses, tentou subornar um agente, oferecendo-­lhe dinheiro para que a levasse até sua casa. O plano era o seguinte: ela fingiria que estava doente, a direção do presídio autorizaria sua ida a um hospital e, no caminho, a guarda desviaria a rota, permitindo que Maria Aparecida fizesse uma visita à família. Por causa dessa infração, ela ficou na solitária e teve os benefícios de progressão de pena suspensos — e só deixou a penitenciária, em liberdade condicional, em agosto de 1999, depois de cumprir dois anos e dois meses de cadeia. Sua punição foi oficialmente considerada extinta em 2000.

.


 IDENTIDADE – Maria das Graças Firmo, a mãe de Michelle: a polícia descobriu que ela tinha dois registros civis — um deles, falso

IDENTIDADE – Maria das Graças Firmo, a mãe de Michelle: a polícia descobriu que ela tinha dois registros civis — um deles, falso (./.)

Na reportagem publicada em abril, Maria Aparecida contou ter ajudado a criar Michelle, reclamou da ausência da neta e lamentava não ter sido sequer convidada para a cerimônia de posse do presidente Bolsonaro — nem ela nem a filha, Maria das Graças, a mãe de Michelle. O passado, confidencia um familiar da primeira-dama, também deixou marcas na relação entre mãe e filha. Maria das Graças igualmente esteve na mira da Justiça. Em 1988, quando Michele tinha 6 anos, a polícia descobriu que sua mãe possuía dois registros civis — um verdadeiro e o outro falso. De acordo com o primeiro, o verdadeiro, Maria das Graças Firmo Ferreira nasceu no dia 11 de junho de 1959, tinha 1,60 metro e era filha de Ibraim Firmo Ferreira. No outro, o falso, não havia o nome do pai, o da mãe fora alterado (de Maria Aparecida Mendes para Maria Aparecida Firmo Ferreira), ela ficara nove anos mais nova (o ano de nascimento passou para 1968) e sua altura tinha aumentado em 13 centímetros (1,73 metro). Tratava-se, portanto, de outra pessoa.

A então Delegacia de Falsificações e Defraudações de Brasília instaurou inquérito policial para investigar Maria das Graças. Os agentes apuraram que a mãe da primeira-dama havia solicitado a segunda identidade oito anos depois de obter a primeira. Para isso, usou uma certidão de nascimento adulterada expedida no município de Planaltina de Goiás, distante 440 quilômetros do local onde ela realmente nasceu e foi registrada (Presidente Olegário, em Minas Gerais). A fraude foi constatada quando a polícia comparou as impressões digitais dos dois prontuários de identificação arquivados na Secretaria de Segurança e descobriu tratar-se da mesma pessoa. Intimada a depor, Maria das Graças contou que perdera a carteira de identidade e a certidão de nascimento. Ao fazer um novo registro civil, decidiu excluir o nome do pai, porque ele “abandonou a família”, e, “aconselhada por duas amigas”, também alterou a data do seu nascimento — mas nada disso tinha nenhuma “intenção criminosa”, segundo ela.

 AMEAÇAS – Favela Sol Nascente: acusado de pertencer à milícia local, tio da primeira-dama continua preso preventivamente

AMEAÇAS – Favela Sol Nascente: acusado de pertencer à milícia local, tio da primeira-dama continua preso preventivamente (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Maria das Graças usou a certidão de nascimento adulterada para emitir um novo CPF. Não há no inquérito informações sobre eventuais negócios ilícitos realizados por ela com os documentos falsos. Em 1989, o Ministério Público remeteu o inquérito para a Justiça. Maria das Graças foi indiciada por falsidade ideológica, que prevê pena de até cinco anos de prisão em regime fechado, porém, em 1994, depois de ficar mais de cinco anos parado na Vara Criminal, o processo foi arquivado. O juiz responsável pelo caso justificou a decisão argumentando que o crime estava prescrito. Procurada por VEJA, a mãe de Michelle apresentou uma nova versão para a história: “Isso aí foi um negócio que meu pai tinha arrumado para mim. Não quero mexer com isso, não quero falar sobre isso”. Ibraim Firmo, o pai, foi assassinado em 2015.

VEJA apurou com familiares da primeira-dama que o distanciamento entre ela, a mãe e a avó se deu justamente por causa desses problemas do passado. Um parente que pediu anonimato contou que, pouco depois de Jair Bolsonaro decidir concorrer à Presidência, Michelle procurou a mãe para que ela resolvesse pendências que ainda existiam sobre sua documentação. Ofereceu ajuda, mas Maria das Graças recusou, e as duas se afastaram. A mãe nega qualquer entrevero com a filha. “Eu não vou lá (no Palácio da Alvorada) porque não gosto de palácios e, para a Michelle vir aqui, é muita gente para vir junto e fica tudo muito difícil”, diz. “Estamos ótimas, é tudo mentira, fofoca.”

Rolos com a Justiça têm sido uma tradição familiar. João Batista Firmo Ferreira, sargento aposentado da Polícia Militar de Brasília, foi um dos poucos familiares de Michelle convidados para a cerimônia de posse do presidente Bolsonaro. É — ou era — o tio preferido da primeira-dama. Em maio passado, no entanto, ele foi preso, sob a acusação de fazer parte de uma milícia que age na Sol Nascente, onde mora com a mãe, Maria Aparecida, a avó de Michelle. De acordo com o Ministério Público, João Batista e mais sete PMs participariam de um esquema ilegal de venda de lotes na favela. Um delator contou que os policiais atuavam como o braço armado da quadrilha, dando suporte ao negócio irregular através de ameaças e até eliminação de desafetos. O sargento está preso na penitenciária da Papuda, em Brasília.

O processo que apura a ligação do ex-policial com a milícia da Sol Nascente tramita em segredo de Justiça. Os advogados do PM dizem que o envolvimento dele no caso é um grande mal-entendido. João Batista, de acordo com essa versão, teve a prisão decretada após uma improvável coincidência. Ele construiu uma casa e tentava vendê-la. Um policial amigo indicou um comprador. Esse amigo, porém, estava sendo monitorado pelo Ministério Público. As conversas entre os dois foram gravadas e, para os investigadores, elas comprovariam que João Batista e o colega estavam vendendo lotes irregulares e dividindo as comissões. Logo depois de fechado esse último negócio, inclusive, foi realizada uma transferência de dinheiro da conta de João Batista para a do policial. De acordo com os advogados, o depósito seria uma comissão pela corretagem. Essa versão, no entanto, não convenceu a Justiça.

No mês passado, a defesa de João Batista ingressou com um pedido de relaxamento da prisão preventiva, alegando que o sargento tem bons antecedentes e residência fixa. O juiz do caso, no entanto, ressaltou que a gravidade das condutas dos policiais apuradas pelos investigadores, entre elas participar de organização criminosa, justificava a manutenção da prisão — e negou o pedido. Pessoas próximas ao sargento contaram a VEJA que o fato de ser parente de Mi­chelle Bolsonaro não ajudou em nada a situação dele, muito pelo contrário. Na cadeia, detido há quase noventa dias numa área da penitenciária reservada a policiais, João Batista não recebeu a visita nem tipo algum de ajuda ou solidariedade de ninguém da família.

Procurada, a primeira-dama não quis se pronunciar sobre os familiares. No governo, Michelle vem desempenhando um bom papel, ocupando o cargo de presidente do conselho do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, órgão responsável por projetos na área social. Depois da publicação da reportagem da Folha sobre a avó, dona Maria Aparecida foi transferida para outro hospital e operada. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que não houve interferência alguma do Palácio do Planalto na mudança. Questionado sobre o caso e fiel ao seu estilo, o presidente Bolsonaro classificou o episódio todo como uma baixaria. De fato, é. Agora, entende-se a distância que a primeira-dama, tão ciosa de sua imagem e preocupada com causas sociais, impôs aos enrolados membros de sua família.

Publicado em VEJA de 21 de agosto de 2019, edição nº 2648

Souza Cruz transfere para Jaboatão a sua central de distribuição


Companhia de Cigarros ficará no bairro de Muribeca


A Companhia de Cigarros Souza Cruz anunciou nesta quinta-feira (15) a transferência de sua sede administrativa no Nordeste para o município do Jaboatão dos Guararapes. Ele ficará no bairro de Muribeca, onde se encontra o maior pólo logístico do Estado de Pernambuco. 

A transferência foi comunicada pelos dirigentes da empresa ao prefeito Anderson Ferreira (PL), que imediatamente mandou liberar o alvará de funcionamento. 
 
A previsão da prefeitura é que sejam gerados cerca de 100 empregos diretos e que haja um incremento de R$ 10 milhões por ano na cota do ICMS do município. A sede e o centro de distribuição da Souza Cruz funcionavam no Recife.

E empresa levou em consideração a proximidade com as rodovias BRs 101 e 232, o Aeroporto dos Guararapes e o Porto de Suape.

O grupo Souza Cruz não só distribui apenas cigarros. Entrega também bebidas como Red Bull e sucos de frutas, bombons, bobina de papel, pilhas, barbeador, isqueiros e filtros