segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Criança morre após ser atingida por um raio em Nazaré da Mata

A criança ainda foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos

A criança não resistiu e morreu neste último domingo(18), no Hospital da Restauração - Foto: Reprodução/TV Jornal

Uma criança de apenas 5 anos de idade morreu neste último domingo(18), no Hospital da Restauração, vítima de uma descarga elétrica.  O acidente ocorreu nesta quinta-feira (15), no quintal da residência do garoto, no Loteamento Edite de Moraes Coutinho, em Nazaré da mata, Zona da Mata do Estado. A criança foi levada para o Hospital Regional Ermírio Coutinho (HEC) e depois encaminhada para o HR.  Segundo informações, a criança brincava no quintal e o choque teria acontecido no momento em que ela usou um facão para cortar um fio energizado.

Sepultamento

O sepultamento ocorrerá nesta segunda-feira(19),às 16h, no Cemitério São Sebastião, em Nazaré da Mata.

Diretores da PF também avaliam entregar cargos



Alguns diretores da Polícia Federal também avaliaram pedir demissão caso a tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro no posto de superintendente da corporação no Rio de Janeiro não fosse freada.


Esse teria sido outro fator para o chefe do Executivo recuar na escolha do nome do novo chefe da PF no estado.


No último sábado (17), o blog do Matheus Leitão informou que ao menos três superintendentes da Polícia Federal ameaçaram entregar os cargos.


Além do diretor-geral, Maurício Valeixo, e a Corregedoria-Geral de Polícia Federal (COGER), sob o comando de Omar Gabriel Haj Mussi, há outros sete diretores na corporação:


Disney Rosseti, diretor-executivo;


Igor Romário de Paula, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado;


Delano Cerqueira Bunn, diretor de Gestão de Pessoal;


Claudio Ferreira Gomes, diretor de Inteligência Policial;


Fábio Augusto da Silva Salvador, diretor técnico-científico;


Roberval Ré Vicalvi, diretor de Administração e Logística Policial;


William Marcel Murad, diretor de Tecnologia da Informação e Inovação.


Historicamente, a direção-geral sempre teve liberdade para realizar as nomeações de diretores e superintendentes.


Na última quinta-feira (15), contudo, Bolsonaro anunciou a saída do delegado Ricardo Saadi da chefia da superintendência no Rio. Em seguida, na sexta (16), o presidente ainda contestou a escolha do substituto, dando como certa a nomeação de Alexandre Silva Saraiva, delegado com quem teria mais proximidade.


A PF, por sua vez, anunciou o nome de Carlos Henrique Oliveira, atual superintendente em Pernambuco. Quando soube da crise instalada na corporação, com ameaças de demissão de superintendentes e diretores de divisão, Bolsonaro cedeu e aceitou o nome de Carlos Henrique Oliveira.


Dentro da Polícia Federal, a tentativa de intervenção presidencial reacendeu a ideia de se discutir a necessidade de um mandato para o cargo de diretor-geral.


Bebê de 7 meses morre com suspeita de sarampo em Taquaritinga do Norte

Caso está sendo investigado e amostras laboratoriais da criança foram encaminhadas para análise

NE10 INTERIOR


Casos de sarampo já foram confirmados em Caruaru, Recife e Taquaritinga (Fotos Públicas)

Um menino de sete meses de Taquaritinga do Norte, no agreste, morreu com suspeita de sarampo nesse sábado (17). O caso foi divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, que foi notificada pela prefeitura do município. A situação está sendo investigada e as amostras laboratoriais da criança foram encaminhadas para análise para que seja confirmada ou descartada a hipótese da doença.


A Secretaria Estadual informou também que, até a manhã desta segunda-feira (19), recebeu da Fiocruz Rio de Janeiro cinco resultados laboratoriais positivos para sarampo em Pernambuco. Desses, quatro casos estão relacionados a pacientes que participaram de uma excursão para Porto Seguro, entre o final de junho e início de julho. O quinto caso é de um adolescente de 18 anos de Taquaritinga do Norte, que foi notificado no dia 30 de julho. Até o momento, foram confirmados dois casos no Recife, dois em Caruaru e um em Taquaritinga do Norte.



"As equipes da vigilância epidemiológica das Geres e do nível central estão empenhadas nas investigações dos casos suspeitos e nas atividades de prevenção e controle. Nós continuamos reforçando a importância da população estar devidamente imunizada contra o sarampo. A vacina é gratuita e a medida mais eficaz para evitar que haja a reintrodução do vírus da doença em nosso Estado", alerta o secretário estadual de Saúde, André Longo.


As pessoas que já tomaram as duas doses da vacina, pelo menos uma vez na vida, estão imunes e não precisam tomá-la novamente. O alvo do reforço da vacina devem ser crianças menores de cinco anos, principalmente as de um ano (1ª dose) e de um ano e três meses (2ª dose). Para adultos com até 29 anos, é necessário apresentar duas doses da vacina tríplice viral. Já em adultos com até 49 anos, é preciso apresentar ao menos uma dose da vacina tríplice viral. A vacina é contraindicada para gestantes e imunodeprimidos.


As vacinas são aplicadas em unidades básicas de saúde. É importante levar um documento de identidade, cartão de vacina , cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e comprovante de residência.


Todo paciente que apresentar febre e exantema (manchas vermelhas) acompanhados de um ou mais dos sintomas de tosse, coriza e conjuntivite é caracterizado como caso suspeito de sarampo e precisa procurar uma unidade de saúde para avaliação


Sobre a doença


O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral e grave. É muito contagiosa e pode ser transmitida pela fala, tosse e espirro. Pessoas de qualquer idade podem contrair a doença. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, principalmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

Governo quer concluir transferência do Coaf para o Banco Central nesta semana




O ministro Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o presidente do Coaf, Roberto Leonel Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Por Gustavo Paul, Jailton de Carvalho e Natália Portinari do O Globo

BRASÍLIA - O governo quer encerrar nesta semana a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Banco Central (BC) , o que resultará na saída imediata do atual presidente do órgão,Roberto Leonel . Ele foi indicado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro , e, nas últimas semanas, tornou-se alvo da insatisfação do presidente Jair Bolsonaro.

A medida provisória (MP) que promove essa mudança foi assinada na última sexta-feira pelo ministro da Economia, Paulo Guedes , e enviada à Secretaria-Geral da Presidência. O texto está sob análise técnica e a expectativa dentro do ministério da Economia é que ela seja publicada a partir de amanhã.

O Coaf atua na prevenção e combate à lavagem de dinheiro. O órgão identifica suspeitas de atividades ilícitas e comunica às autoridades competentes. Padrinho de Leonel, Moro conseguiu, no início do governo, colocar o Coaf, antes vinculado ao antigo Ministério da Fazenda, sob sua alçada, com o objetivo de fortalecer o combate à corrupção. No final do primeiro semestre, porém, o Congresso aprovou o retorno do órgão para o Ministério da Economia.

Com a edição da MP, caberá ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto , definir o novo presidente e os membros da diretoria do Coaf, que passará a ser chamado de Unidade de Inteligência Estratégica . O regimento interno do Banco Central impede a presença de funcionários de outros órgãos públicos em suas atividades, salvo na diretoria colegiada. Ao estar formalmente vinculado ao BC, toda a direção do “novo Coaf” terá de ser escolhida entre os quadros da autoridade monetária.

O nome mais cotado para assumir a presidência da Unidade de Inteligência Estratégica é o do economista e servidor do BC, Ricardo Liáo, atual diretor de Supervisão do Coaf. Com larga experiência na área de combate à lavagem de dinheiro, Liáo foi representante do BC no conselho entre 1998 e 2013 e depois também ocupou a secretaria-executiva do órgão. Por ser o único servidor de carreira do BC na direção do Coaf — os demais, inclusive Roberto Leonel, são da Receita Federal — a escolha de Liáo representaria, segundo fontes do Ministério da Economia, uma solução natural e indicaria continuidade nos trabalhos do órgão de controle.

‘Solução institucional’

Dessa forma, Paulo Guedes concluirá o que chamou de “solução institucional” para o órgão. Formalmente, Leonel sairá da presidência do Coaf por uma contingência técnica, e não por pressão política. Funcionário de carreira da Receita Federal, ele retorna ao órgão de origem.

Guedes estava sendo pressionado a demitir Leonel desde o início do mês, devido a críticas públicas feitas por ele à liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), suspendendo o uso, em investigações, de dados fornecidos por órgãos de controle, como o Coaf e a Receita Federal, sem autorização judicial prévia.

Em dezembro passado, um relatório do Coaf apontou movimentação financeira atípica de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O Ministério Público do estado investiga suposto desvio de dinheiro público por Flávio em seu antigo gabinete na Alerj por meio da prática de “rachadinha” — apropriação de parte do salário de assessores.

O governo alega que o objetivo da transferência do Coaf para o BC é evitar pressões políticas em torno de suas decisões. Críticos afirmam, no entanto, que a mudança é uma maneira de limitar a atuação do órgão, restringindo-a a questões técnicas.

— O Banco Central é um órgão técnico, que não tem vocação para essa vigilância necessária em relação a desvios e irregularidades de atos de corrupção e lavagem de dinheiro. O lugar adequado para o Coaf é o Ministério da Justiça — afirmou o senador Álvaro Dias (PODE-PR).

Baixando a fervura

Acumulando uma série de desgastes nos últimos meses, Moro terá na manhã de hoje uma reunião no Palácio da Alvorada com Bolsonaro. O objetivo é tentar baixar a fervura da crise desencadeada pelo presidente ao tentar impor um nome para comandar a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. Na última sexta-feira, conforme revelou o GLOBO, o diretor da PF, Maurício Valeixo, ameaçou deixar o cargo, se Bolsonaro insistisse na indicação do delegado Alexandre Silva Saraiva para chefiar a PF no Rio. O presidente acabou voltando atrás. Na conversa de hoje, a expectativa é que Bolsonaro reafirme o recuo.

A insatisfação entre delegados foi tão forte que outros diretores e superintendentes da PF também avisaram que deixariam os cargos se o presidente não retirasse a indicação de Saraiva. Para a cúpula da polícia, não existe espaço para interferências políticas em questões internas da instituição. Pelo entendimento destes dirigentes, Bolsonaro pode escolher o diretor-geral. Mas não pode indicar nomes para outros cargos de chefia dentro da instituição. Isso poderia ser interpretado como interesse direto no resultado de determinadas investigações criminais.

O episódio deixou Moro em situação delicada. Se aceitasse a interferência do presidente, corria o risco de se enfraquecer diante da própria Polícia Federal.

Gilson Machado deve ser candidato de Bolsonaro ao governo de Pernambuco. Antes, quer ganhar no Recife

Foto; Valter Campanato/Agência Brasil


Já foi batido o martelo com o presidente Bolsonaro. O empresário Gilson Machado e “a verdadeira direita de Pernambuco” terão candidatos a prefeito e vereadores em Recife e em várias cidades de Pernambuco, nas eleições do próximo ano.

Neste projeto político, já haveria dois nomes escolhidos em Recife que estão sendo avaliados pelo grupo político de Gilson Machado. Os nomes dos escolhidos são mantidos em sigilo.

“Pelo nível de amizade e confiança que Bolsonaro tem em Gilson Machado o candidato dele (Gilson Machado) também será o do presidente Bolsonaro”, comentam os aliados.

“Além do Recife, Machado vai apoiar em mais 60 cidades. Pra ganhar. Vai fazer chapa forte de federal e estadual. Quer acabar com a oligarquia e coronelismo em Pernambuco. Colocar patriotas honestos, inovadores e com excelentes serviços prestados ao Brasil, Pernambuco e seus municípios”

No caso, o grupo está neste momento realizando uma pesquisa, com uma nova metodologia que usaria inteligência artificial cognitiva que faz previsões com base nos dados.

O projeto do grupo político é fazer oito federais e 15 estaduais no mínimo.

Em uma aparente provocação aos governadores de oposição no Nordeste, fala-se na criação de uma “Frente de Libertação do Nordeste”, em uma “articulação com outros estados com pessoas que pensam igual e tem admiração de Bolsonaro e equipe”.

Augusto Coutinho coloca stents coronários

Magno Martins


O deputado federal pernambucano Augusto Coutinho, líder do Solidariedade na Câmara Federal, passou por um procedimento para colocação de dois stents coronários e está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, segundo a assessoria do político. A colocação dos stents aconteceu ontem.


Augusto Coutinho passava por exames de rotina, quando foi constatado o problema coronário, apontou a nota divulgada pela assessoria hoje. O deputado integra as comissões de Parcerias Público-Privadas, Relações Exteriores e de Defesa Nacional, entre outras, na Câmara.


Em postagem nas redes sociais, Augusto Coutinho afirmou que deve ficar afastado das atividades como deputado ao longo desta semana, seguindo orientação médica.


Carta do PCC sobre PT é falsa, diz Estadão

Foto: reprodução Estadão

Uma carta apócrifa atribuída a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi publicada nas redes sociais para atacar o Partido dos Trabalhadores (PT). A mensagem é uma “nota de repúdio” à divulgação de áudio interceptado em que um membro da facção dizia ter um “diálogo cabuloso” com o partido.

Estadão Verifica consultou a veracidade da mensagem com o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga o PCC desde 2005 e é considerado um dos principais especialistas no combate ao grupo criminoso. Gakiya foi o responsável pelo pedido de remoção de Marcola para um presídio federal, no fim do ano passado.

A reportagem também entrevistou a socióloga Camila Nunes Dias, professora da Universidade Federal do ABC e autora do livro “A Guerra: a ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil”.

Segundo Gakiya, a carta “tem todo indicativo de ser falsa”. “Não tem nenhum setor específico que faria esse tipo de coisa no PCC, temos várias investigações em andamento e a gente não apurou nada que pudesse concluir que eles mandassem fazer essa resposta”, afirmou.

O promotor explica que esse tipo de mensagem, se fosse real, possivelmente apareceria em comunicação entre presos, o que não foi detectado pelos investigadores. “É muito pouco provável que isso possa circular na mídia e em redes sociais e não nos meios dos criminosos.”

A carta apócrifa cita ainda o “Estatuto do PCC”, o “conjunto de regras” da organização criminosa. O texto afirma que a facção “rouba dos ricos”, mas não busca ferir “o trabalhador que pega ônibus e trens lotados”. No ano passado, o PCC foi o responsável por ordenar a queima de ônibus em Minas Gerais e no Rio Grande do Norte.

Gakiya explica que o uso do “Estatuto” se dá pelo fato de ele ser “praticamente de conhecimento público”, visto que foi divulgado por veículos de comunicação e denúncias do Ministério Público. “Não se trata de um estatuto de uma organização regular ou pública, é uma organização criminosa.”

Em 14 anos de investigação contra o PCC, Gakiya afirma que já se deparou com diversos “salves”, os comunicados internos da facção. “O PCC é uma organização criminosa que age na clandestinidade, e não costuma anunciar previamente o que vai fazer ou vir à opinião pública para esclarecer uma situação”, afirmou.

Linguagem e assinatura. De acordo com a socióloga Camila Nunes Dias, que pesquisa sobre violência e facções criminosas, a “nota de repúdio” tem indícios de ter sido feita por uma pessoa que “não sabe absolutamente nada” a respeito do PCC.

“Primeiro, não é uma linguagem que é utilizada pelos integrantes da facção”, afirmou. “Não dá pra ver nenhuma gíria e nada do que é utilizado ali tem qualquer embasamento em documentos que circulam [sobre o PCC] ou na maneira que eles [integrantes do PCC]se expressam. Segundo, é assinado supostamente com o nome do Marcola. Eles não se comunicam com as assinaturas pessoais e de pessoas específicas, e sim com assinaturas e documentos que remetem ao setor do PCC que emitiu aquele comunicado.”

Outro trecho claramente falso no documento, segundo a socióloga, é a citação ao Cartel de Cali e aos princípios do PCC de “roubar dos ricos”. “Não tem nada a ver. O PCC não tem qualquer relação com carteis colombianos no sentido de adotar a mesma cartilha, não existe isso.”

Assim como Gakiya, Dias afirma que é incomum o PCC fazer comunicados públicos. A exceção mais recente ocorreu em 2006, quando a facção sequestrou um repórter da TV Globo e exigiu, em contrapartida, a veiculação de uma mensagem do grupo na emissora. O caso, no entanto, é visto como um ponto fora da curva na atuação da organização.

Diálogo ‘cabuloso’. Na opinião do promotor Lincoln Gakiya é “pouco provável” a existência de um vínculo entre o PT e o PCC. Na última sexta, 9, áudios interceptados pela Polícia Federal na Operação Cravada e obtidos pelo ‘Estado’ registraram um integrante da facção afirmando ter “um diálogo cabuloso” com o partido.

“O que eu poderia dizer é que não tem nem lógica: o governo do Estado de São Paulo é do PSDB”, afirmou o promotor. “No governo federal, os últimos dois anos era o governo Temer. Em que ajudaria o contato do PCC com o PT? Aqui em São Paulo nunca pegamos isso.”

Do Estadão

Fake: vídeo de caça às baleias que Bolsonaro postou não é da Noruega




Presidente postou vídeo em rede social para questionar a legitimidade da Noruega em questões ambientais. Mas as imagens do vídeo não foram gravadas no país


Por Da Redação Isto é


São Paulo – No domingo (18), o presidenteJair Bolsonaro postou nas redes sociais um vídeo que mostra um massacre de baleias por caçadores de uma ilha da Dinamarca. Mas o presidente atribui a cena à Noruega, numa tentativa de criticar o país que suspendeu doações ao Fundo Amazônia, na semana passada, após alta recente no desmatamento da floresta.


Imagens semelhantes às do vídeo compartilhado pelo presidente circulavam nas redes sociais na semana passada, com descrições atribuindo o conteúdo à Noruega. Na sexta (16), porém, o serviço de checagem de fatos da Agência Lupa desmentiu essa relação. As cenas que mostram caçadores encurralando baleias e atacando-as com arpões são originárias de uma prática tradicional das Ilhas Faroé, um arquipélago dependente da Dinamarca. 

Bolsonaro usa o vídeo para questionar a legitimidade da Noruega em questões ambientais, dizendo que o país patrocina a matança de baleias. “Em torno de 40% do Fundo Amazônico vai para as… ONGs, refúgio de muitos ambientalistas. Veja a matança das baleias patrocinada pela Noruega”, diz no post publicado no Twitter.

Fundo Amazônia

Na semana passada, a Noruega anunciou a suspensão de 300 milhões de coroas norueguesas (cerca de 130 milhões reais) em doações que seriam feitas até o final de 2019 para o Fundo Amazônia, mais importante programa de preservação da floresta.  O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, atribui a decisão à quebra de contrato do governo brasileiro. Desde a criação do Fundo Amazônia, há onze anos, os repasses das nações doadoras são atrelados aos bons resultados do Brasil na contenção do desmatamento na floresta. 


O país é de longe o principal doador do Fundo Amazônia, respondendo por 94% das doações, seguido da Alemanha (5%) e da Petrobras (1%). Desde 2008, o Fundo já recebeu mais de R$ 3,4 bilhões em doações e tornou-se o principal instrumento nacional para custeio de ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de promover a conservação e o uso sustentável do bioma amazônico. 

Seus recursos apoiam atualmente 103 projetos dos governos estaduais e da sociedade civil para proteger a floresta, entre eles o programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). Voltado à criação e gerenciamento de Unidades de Conservação (UCs), o Arpa possui 46 projetos só no estado do Amazonas.

A decisão norueguesa ocorre poucos dias após a Alemanha decidir suspender o apoio financeiro dado a projetos de conservação florestal e biodiversidade na Amazônia. O governo alemão reterá uma doação de 35 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 151 milhões para o fundo Amazônia. O país já repassou R$ 193 milhões para o programa.