A Coluna NA LUPA mostra hoje uma importante colocação sobre um evento que chega a sua edição 30 Anos. Não se pode falar em Festival sem falar também e muito principalmente no nome do então prefeito Bartolomeu Quidute, o dinamizador e homem responsável pelo perfil estrutural e profissional que a gestão 1993-1996 deixou como legado para o mesmo. O médico Bartolomeu Quidute é merecedor de todas as homenagens, sobretudo quando o evento chegou a sua trigésima edição. São três décadas. Trinta anos depois. Bartolomeu é merecedor do reconhecimento público por tudo aquilo que ele deixou de legado para o FIG. Vamos lá:
IMPORTANTE- Antes de mais nada, para que não venham com interpretações erradas quero deixar claro que reconhecemos o papel fundamental de Ivo Amaral, na fundação e criação do evento. Tenho profundo respeito pelo ex-deputado Ivo Amaral. Porém quero colocar aqui algumas coisas de extrema importância sobre o FIG. Vamos lá:
BARTOLOMEU QUIDUTE FOI QUEM DEU AO FIG A CARA QUE O EVENTO POSSUI HOJE
INEGÁVEL- É inegável que a contribuição de Bartolomeu Quidute para que o Festival de Inverno de Garanhuns, o FIG fosse profissionalizado e tenha tomado a dimensão que tem hoje. E por uma questão de justiça seria adequado que o Governo do Estado e o Governo Municipal nessa trigésima edição homenageasse o homem que deu impulso, cartaz e fama ao FIG a nível nacional. Ele tem nome, sobrenome e muita história, chama-se Bartolomeu Magno Souto Quidute, que ao lado de Fernando Luna, que foi o primeiro secretário de turismo da gestão 1993-1996 e Marcílio Reinaux o segundo a assumir a pasta do turismo e que mais tempo passou a frente do evento ao lado de Bartolomeu Quidute. Eles fizeram do Festival o que ele é e representa hoje para Garanhuns e para o estado a nível de Brasil. Na política de nossa cidade um vai acabando o que o outro fez mais atrás. Se Dr. Bartolomeu Quidute quisesse teria dado por encerrado o FIG logo ao assumir, mas ele pensou e enxergou longe, assim como foi toda a sua gestão à frente da Prefeitura de Garanhuns. A expansão do Festival a cargo do então prefeito de nossa cidade foi delegada a um conjunto de serviços que houve a cada secretário fazer a sua parte na busca da consolidação do evento. Muitos eventos em Garanhuns se acabaram a exemplo da Garanheta, Festival do Jazz, October Fest, Jovem Guarda entre outros.
PENSOU GRANDE - Porém, Bartolomeu Quidute bateu na mesa e disse: nosso Festival de inverno vai para frente e será melhor e profissional, será uma indústria de geração de emprego e renda e entretenimento no Estado de Pernambuco. Foi Quidute que deu status que temos hoje no nosso FIG. Naquele momento ele contribuiu de modo decisivo para o sucesso desse patrimônio imaterial de nossa cidade.
EVOLUÇÃO- Nós sabemos que tudo na vida passa por evolução , faz parte da lei natural do homem na terra, porém existem coisas que precisam de homens de visão e de coragem. É muito fácil iniciar algo e quando esse algo chega em um ponto a gente deixa fluir e as vezes esse algo evapora. Porém na glória dos grandes feitos sempre há os que levam adiante a jornada. Foi o que fez Bartolomeu Quidute ao lançar uma nova estrutura física e conceitual sobre o evento. Foram muitas mudanças positivas que só fizeram Garanhuns seguir e avançar e ter de fato um equipamento turístico compatível com a sua vocação.
FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS O FIG SE DIVIDE EM ANTES DE BARTOLOMEU E APÓS A GESTÃO DE BARTOLOMEU
INFRAESTRUTURA- Sem economizar na infraestrutura física e geral do FIG, o prefeito Bartolomeu Quidute fez história e está registrado como um gestor que transformou um evento que poderia ter acabado a partir da sua posse como prefeito de Garanhuns, como tantos eventos que só duram até o mandato daqueles que iniciam. Os exemplos são muitos e vários por aí afora e até aqui na cidade mesmo. Porém, a sorte de Garanhuns foi que estávamos diante de um visionário e ousado jovem prefeito determinado e aguerrido a colocar o Turismo de Garanhuns em destaque no Brasil por inteiro. Essa foi a sorte de Garanhuns ao eleger o médico para governar o município, descartando duas candidaturas de políticos tradicionais na época e apostar na cara nova da política que muito faria pela nossa cidade e isso seria de domínio público alguns anos depois.
FESTIVAL EM VÁRIOS PALCOS E ABRANGENDO DIVERSAS ÁREAS DA CULTURA
DESCENTRALIZAÇÃO- Na gestão do então prefeito Bartolomeu Quidute o FIG ganhou palcos que se espalharam pela cidade ampliando a opção de consumo cultural por parte dos turistas e visitantes de nossa cidade. Uma decisão ousada para os padrões da década de 90, mas que foi determinante pra a grande expansão que tomou o Festival se equiparando desde logo aos festivais importantes do Brasil como Campos do Jordão em São Paulo e Gramado, no Rio Grande do Sul, só pra citar alguns deles.
CAMAROTES- A montagem de uma mega-estrutura de camarotes foi outra inovação desenhada pela equipe de Dr. Bartolomeu Quidute para que o evento pudesse ter também essa geração de renda e empregos temporários a partir do uso de um equipamento que praticamente era desconhecido por parte da população garanhuense. Os camarotes cumpriram uma função social muito além de disponibilizar um espaço exclusivo. O foco central de sua instalação no Festival de Inverno de Garanhuns a partir da gestão de Quidute foi gerar renda temporária para dezenas de pessoas em troca de uma prestação de serviço diferenciada. Diversos profissionais como seguranças, auxiliares de serviços gerais, garçons, copeiras, pessoal de gráfica, bares e comércio de bebidas, foram beneficiários diretos dessa inovação.
TAXISTAS - Outra categoria que também foi beneficiada pela expansão do Festival de Inverno foram os taxistas que passaram a deslocar os turistas entre um polo e outro, fazendo circular divisas e aumentar a renda tanto dos profissionais de transportes como dos empresários que tiveram aumentos expressivos na venda de combustível e insumos nos postos de gasolina da cidade.
SETOR HOTELEIRO- O setor de hotelaria, refeições e todo uma cadeia produtiva foi pra cima aquecendo praticamente a totalidade do comércio, incluindo aí farmácia, bares, restaurantes, mercadinhos de bairros, grandes supermercados, feira livre, sem falar no setor lojista através do aumento de vendas de vestuários e calçados , perfumes e outros que se formos enumerar não daria em uma simples coluna.
É IMPORTANTE QUE SE ANALISE O CONTEXTO DA ÉPOCA EM QUE BARTOLOMEU QUIDUTE DEU UM NOVO PATAMAR AO FESTIVAL
OS ANOS 90- Os anos 90 iniciaram com o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria, sendo esses seguidos pela consolidação da democracia, globalização e capitalismo global. Fatos marcantes para a década foram a Guerra do Golfo e a popularização do computador pessoal e da Internet. A economia brasileira nos anos 90 teve seu marco inicial ao final do ano de 1989. Alguns anos antes, em 85, a política do País tinha passado por um processo de redemocratização, que foi consolidado em 89 com as primeiras eleições diretas para a Presidência da República em mais de três décadas. Narramos aqui um pouco dos fatos históricos para que você caro leitor possa ter uma real dimensão de como era o ambiente mundial enquanto o jovem prefeito Bartolomeu Quidute empreendia nossa cidade uma revolução cultural.
A CULTURA DA ÉPOCA- Nos anos 90 o entretenimento televisivo rendeu séries que garantiam para as emissoras algo muito valioso na época: a audiência. Acredite, criar conteúdo televisivo e não ter audiência era tão decepcionante quanto criar um canal de Youtube e contar com pouquíssimas visualizações, curtidas e comentários. Um Festival de Inverno como foi formatado e executado pelo médico Bartolomeu Quidute nesse contexto trouxe os nomes da música nacional pra Garanhuns deslocando do eixo Rio-São Paulo nomes que só se via na televisão e somente se ouvia no rádio. Era a época de ouro da MPB (Música Popular Brasileira) e um Festival em praça pública que ofertava ao público ouvir e ver esses talentos, muitos elevados à categoria de mitos foi sem dúvida uma vitória da grandeza de um prefeito ousado que teve coragem e espírito público de criar a famosa “indústria sem chaminé” em nossa cidade, porém na prática.
AS REDES SOCIAIS ANOS 90- Não haviam as opções tal qual conhecemos hoje em dia para os jovens da época. Mandar depoimento, chamar atenção, usar gifs e o clássico: ficar saindo e entrando para os seus amigos notarem você online não existia eram apenas algumas possibilidades mínimas disponíveis a nível de computação. Nessa época não havia nada do que entendemos hoje por Instagram, Facebook, Twitter e os smartphones tal como temos hoje não existiam. É num contexto que precisa ser analisado a luz dessa época que tivemos a expansão e o profissionalismo do evento chamado de FIG (Festival de Inverno de Garanhuns) com a coordenação e direção geral do prefeito Bartolomeu Quidute.
