Segundo o professor Estevão Palitot, idealizador e coordenador de pesquisa do projeto, foram três anos de trabalho para reunir o conteúdo e formatar o portal, que conta com a colaboração de antropólogos, historiadores e designers na sua construção. A ideia é que ele seja alimentado continuamente com novas informações.
"Inicialmente tem 20 publicações, tem 20 postagens dentro do atlas, todas elas com mapas. E com referências, com imagens , com textos. E a gente pretende que ele tenha continuidade, que ele vá reunindo mais publicações ali. Cada mapa que tem no atlas, ele é clicável, ele é interativo, as pessoas podem clicar nos ícones e vão ter acesso à informações (...) eu acho que é muito importante que ele aborda tanto informações históricas, quanto informações contemporâneas, atuais sobre Pernambuco - iInclusive a extensão das terras indígenas, as violências pelos quais os povos indígenas passaram".
A professora Kelly Oliveira, coordenadora do Laboratório de Antropologia, Política e Comunicação da Universidade Federal da Paraíba - um dos grupos de pesquisa que deu suporte acadêmico na criação do Atlas - fala da importância do trabalho.
"Com isso, você tem o atlas com uma contribuição enorme para os povos indígenas. Tanto na apreensão, pelos povos, do conhecimento para sua história, quanto na apreensão, para o público em geral, sobre os povos que transitaram por Pernambuco e por regiões que hoje não são mais Pernambuco , mas que já foram, né, como Alagoas e Paraíba. Outra questão importante são os textos mais direcionados a compreensão dos processos de regularização fundiária, dos processos e dos tipos de terras indígenas no Brasil (...) com estes elementos você tem um instrumento fundamental paa se compreender melhor a realidade dos povos indígenas".
O conteúdo do Atlas Indígena trata dos povos indígenas desde o período colonial até a sua contemporaneidade. O endereço é atlasindigena.org.
