segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

LULA EXONERA CHEFE DE REDES SOCIAIS DO PLANALTO, ALIADA DE JANJA, ESTRATEGISTA DE JOÃO CAMPOS ASSUME O CARGO

Governo Lula exonera chefe de redes sociais do Planalto, aliada de Janja; estrategista de João Campos assume o cargo
Após uma semana de crise com a polêmica do PIX, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou a troca de comando da Secretaria de Estratégia e Redes da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), nessa sexta-feira (17).

Brunna Rosa Alfaia, nome ligado à primeira-dama Janja da Silva, foi exonerada, e Mariah Queiroz da Costa Silva, que era responsável pelas redes sociais do prefeito do Recife (PE), João Campos (PSB), assumirá o cargo. As informações são do colunista do g1, Valdo Cruz.

A alteração na chefia da área ocorre na esteira de outras mudanças na Secom da Presidência. Nesta semana, o presidente Lula deu posse ao novo ministro da pasta, Sidônio Palmeira. Ele assume a vaga do deputado federal Paulo Pimenta (PT), que esteve no cargo nos últimos dois anos.

Especialmente nos últimos meses, a esquerda e o governo têm sido cobrados para demonstrar uma presença digital melhor. O próprio presidente admitiu que há falhas de comunicação no governo como um todo.

Há menos de uma semana no cargo, Sidônio já começou a fazer mudanças na equipe da secretaria, que tem status de ministério. Além da mudança na área de redes sociais, o novo ministro também trocou o comando da Secretaria de Imprensa

PREFEITURA DE GARANHUNS - NOTA A IMPRENSA

Nota à Imprensa
A Secretaria de Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente, Abastecimento e Defesa Animal informa que, em razão das obras de requalificação e ampliação da pista de cooper do Parque Euclides Dourado, será necessária a retirada de algumas árvores da espécie eucalipto.

Essas árvores são classificadas como espécies exóticas e não pertencem ao bioma local. Assim, não há fundamentação legal, nas esferas federal, estadual ou municipal, que impeça sua remoção ou exija reposição ou compensação obrigatória.

No entanto, a secretaria, reafirmando seu compromisso com o meio ambiente, realizará o replantio de árvores nativas da nossa região no próprio parque, até a conclusão das obras, para promover a compensação ambiental.

COMO O RECIFE ABRIU MÃO DA MAIOR POLÍTICA DE PARTICIPAÇÃO POPULAR DE SUA HISTÓRIA

Como o Recife abriu mão da maior política de participação popular de sua história
Os prefeitos João Campos (2021-2028) e Geraldo Júlio (2013-2020) colocaram fim no programa municipal Orçamento Participativo (2001-2012) 


Ao longo de 12 anos foram mais de 900 mil recifenses participando do Orçamento Participativo
A defesa da democracia tem sido um dos pilares do discurso do campo progressista nos últimos anos. Na verdade é um debate antigo, mas desde o golpe contra Dilma e a ascensão da extrema direita tem tomado lugar central nos programas e falas das principais lideranças populares do país. Porém, os progressistas em geral vêm se contentando cada vez mais com uma ideia mínima de “democracia”, sem pôr no centro do debate valores fundamentais, como a igualdade e a participação popular. 

No Recife, onde a população historicamente teve que resistir à exploração e exclusão total, esse debate foi feito ainda no século 20 por importantes figuras da nossa história, mas foi no início do século 21 que ele se materializou de forma avançada, a partir de lideranças advindas do seio das próprias classes trabalhadoras, com a chegada do PT à prefeitura da capital.

Foi a partir daí que o povo da cidade pôde, pela primeira vez, escrever ele mesmo sua história, a história dos Silva, dos Santos, dos alagados e marés. Foi então que a máxima de Paulo Freire, das pessoas que se apropriam coletivamente da própria trajetória e tornam-se sujeitos no mundo, pôde ser em alguma medida experimentada pelos moradores da periferia do Recife.

Assim, entre 2001 e 2012, a participação popular passou a ser um dos principais instrumentos de democratização da cidade, na medida em que não só garantia uma cidadania ativa, mas também ajudava a melhor distribuir o orçamento para regiões mais carentes.

O motor propulsor dessa força democrática foi o famoso - e agora, infelizmente, “saudoso” - Orçamento Participativo. Remodelado nas gestões do PT, o “OP” organizava plenárias nos bairros, onde a população discutia e decidia de forma direta como deveria ser gasto parte do orçamento.

Havia, como gostam de definir os estudiosos do tema, um “ciclo do OP”, que começava na construção da metodologia do programa junto às comunidades, avançava para a etapa das assembleias populares regionais, a deliberação sobre obras e prioridades, a eleição de delegados e chegava até a execução e monitoramento das obras.

Tudo isso era construído nos bairros, com a participação direta dos moradores, muitos dos quais eram ouvidos e instados a agir coletivamente pela primeira vez, libertando-se das amarras de relações clientelistas com agentes políticos.

Somadas às participações em todas as modalidades de plenárias do OP e das pessoas que usaram as ferramentas digitais do programa no último governo petista na cidade, foram mais de 900 mil pessoas participando do Orçamento Participativo no período.

Daí decorreram milhares de obras nas periferias e centenas de milhões de reais investidos em saneamento de bairros inteiros, caso do bairro da Mangueira, ou nas emblemáticas obras de contenção de deslizamento em áreas de morro, que fizeram o Recife praticamente não ter mortes durante o inverno na periferia, entre tantos outros exemplos.

O OP proporcionou, na prática, a alocação de importantes recursos em áreas periféricas da cidade, democratizando não só a participação política, mas o acesso das populações de diferentes territórios ao orçamento municipal. Aliás, um ponto importante é que o valor a ser destinado a cada região levava em conta a carência do IDH (Indice de Desenvolvimento Humano). Havia explícito fortalecimento da relação entre participação e distribuição de recursos.

Sempre que há avanço econômico separado do controle social graves distorções podem ocorrer. A chegada da Refinaria Abreu e Lima (ao sul do Recife) e da fábrica da Jeep (ao norte), por exemplo, tende a isolar da rota mais atrativa da cidade a zona Oeste, empobrecendo-a.

Mecanismos como o OP são muito importantes para fazer chegar ao conjunto da cidade e ao seu orçamento a voz e as demandas desses territórios. Além disso, é apontado por ampla literatura da ciência política o efeito benéfico da participação social sobre a qualidade das decisões de políticas públicas, sobretudo em âmbito municipal.

A partir de 2013, porém, com a chegada do PSB à Prefeitura do Recife, o Orçamento Participativo foi sendo desconstruído. Ainda naquele ano a nova gestão anunciou um programa que viria substituir o OP, denominado “Recife Participa”. Esse programa buscou repetir o modelo de plenárias regionais, eleição de delegados e outros aspectos semelhantes ao OP, mas promovendo mudanças - como tornar a participação meramente consultiva, sem poder de decisão - que na prática anulam o poder transformador da experiência. Além disso, os temas eram pré-definidos e as comunidades tinham pouca ingerência sobre eventuais mudanças de rota em relação ao que seria discutido.

Vários filtros foram sendo criados, boa parte deles bem vistos por vereadores e outros agentes políticos atuantes nas regiões, desejosos por retomar maior poder de influência em certos territórios. Cambaleante, sem jamais ter conseguido formatar solidamente um modelo próprio e verdadeiramente participativo, o “Recife Participa” foi ficando apagado até ser substituído, a partir de João Campos, pelo “Todos por Recife”.

Com o “Todos por Recife”, a transição iniciada no “Recife Participa” se completa e a participação popular aos moldes do Orçamento Participativo acaba definitivamente na cidade. O novo programa limita a participação a duas únicas modalidades: uma consulta individual e solitária, por meio da internet, e a participação em votações esporádicas em totens eletrônicos espalhados ocasionalmente pela prefeitura, com temas predefinidos, que facilitariam a escolha das “entregas” certas a serem feitas à população. Ambas são apenas consultivas e excluem a participação coletiva e organizada das camadas populares.

Trata-se de um pálido método de participação social, mais próximo de uma visão individualista, tecnocrática e mercadológica que de um projeto verdadeiramente democrático de cidade.

A própria ideia de “entrega”, muito enfatizada pelo atual prefeito para falar de suas realizações, é uma expressão completamente emprestada do mercado, como se o poder público fosse um mero prestador de serviço a “clientes” dispersos e passivos. Perde-se a dimensão coletiva e democrática sem a qual a cidadania não existe.

Para esse tipo de visão basta que essas consultas se somem a um prefeito que circula e filma suas vistorias nas comunidades, ouvindo, aqui e ali, pedidos soltos de moradores, garantindo-lhes retorno. Isso, convertido em método participativo de gestão, é para lá de antigo, mesmo sendo mediado pelas modernas redes sociais.

Diferente, historicamente inovador e democrático é fortalecer, como método, a participação direta, coletiva, não tutelada e protagonista da população, sobretudo a mais pobre. Novidade seria a superação da relação de tutela a partir da qual as famílias com sobrenomes tradicionais sempre organizaram, de cima para baixo, suas relações com as classes trabalhadoras, percebidas como incapazes ou acusadas de imperícia.

Na última década, o Recife abriu mão do Orçamento Participativo, programa que foi a culminância de um processo de fortalecimento dos movimentos sociais, da emergência de lideranças de origem de classe e de intelectuais e quadros técnicos com profunda identificação com o projeto popular.

Ocupou seu lugar um modelo de consultas desarticuladas, culminância, por sua vez, de um outro processo, o de fortalecimento dos grupos políticos mais influentes da cidade, mediados por lideranças sem origem ou lastro popular e operacionalizado por uma geração de quadros estritamente técnicos, formados na burocracia contábil do Estado e na cartilha liberal da lógica empresarial.

A desarticulação do Orçamento Participativo talvez não seja uma mera decisão sobre o fim de um programa, mas a representação máxima de uma profunda mudança de projeto de cidade. Mudança, aliás, sentida nas camadas mais pobres, já que os índices de miséria e pobreza aumentaram no Recife na última década, mas isso é assunto para outro momento.

Espanta e constrange o fato de debates como esse sequer serem colocados na arena pública. Movimentos sociais, partidos, intelectuais e organizações não têm cumprido o papel de fazer um mínimo contraponto, um mínimo comentário crítico, e os debates em torno da cidade, com raríssimas exceções, têm se mantido silenciados. 

Num tempo de tanta “defesa da democracia” cabe recuperarmos, em nossa cidade, os sentidos desse movimento e voltarmos a afirmar a importância da participação popular, ampliada e com novas ferramentas, para um projeto verdadeiramente democrático de igualdade e universalização da cidadania. 

Em nome de um ambiente democrático, façamos, ao menos, o debate.

Via Brasil de Fato

DONO DE PARQUE DE DIVERSÕES É ASSASSINADO EM CABO DE SANTO AGOSTINHO

Um empresário morreu após ser baleado na noite deste sábado (18), no bairro de Gaibu, em Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife.

Jefferson Almeida Mendes da Silva, de 43 anos, estava em sua casa quando um homem desconhecido chegou e abriu fogo contra a vítima. 

O empresário, ainda chegou a ser socorrido para a UPA, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Jefferson, era dono do Parque Liderança e até o momento não há informações sobre o que teria motivado o crime.

Após os procedimentos necessários, o corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) da Capital.

A polícia já deu início as investigações.

PREFEITO SERGIO COLIN DEFENDE EDILSON TAVARES COMO CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL DO POLO DE CONFECÇÕES

O prefeito de Toritama, Sérgio Colin (MDB), consolidou sua posição ao declarar apoio ao nome de Edilson Tavares (MDB) como representante do Polo de Confecções em Brasília. A afirmação foi feita em um momento estratégico para o cenário político regional, em que alianças e projetos começam a ser traçados para o próximo ciclo eleitoral. Edilson Tavares, ex-gestor de Toritama, deixou o comando da prefeitura em 31 de dezembro, encerrando sua gestão com índices expressivos de aprovação que refletiram o reconhecimento popular por sua administração.

Desde que deixou o governo municipal, Edilson Tavares tem direcionado esforços para a construção de um projeto político que o leve à esfera federal, contando com o respaldo de figuras influentes, como Sérgio Colin, que já iniciou diálogos com aliados em defesa da candidatura. Essa movimentação revela a intenção de fortalecer a representatividade do Polo de Confecções, setor vital para a economia do Agreste pernambucano e que precisa de uma voz atuante no Congresso Nacional para impulsionar políticas públicas que favoreçam sua expansão e sustentabilidade.

O apoio declarado por Sérgio Colin destaca a confiança no legado de Edilson Tavares, que acumulou conquistas significativas em Toritama durante sua gestão. O cenário aponta para uma articulação que busca mobilizar forças regionais em torno de um nome que carrega não apenas experiência administrativa, mas também um compromisso com o desenvolvimento econômico e social da região. O desafio agora será consolidar essa candidatura em um ambiente político competitivo, no qual o histórico de gestão e a capacidade de diálogo poderão ser diferenciais decisivos.

BRASIL INVESTE R$ 79 BILHÕES EM MODERNIZAÇÃO PORTUÁRIA E HIDROVIÁRIA

O Ministério de Portos e Aeroportos divulgou, na última quinta-feira (16), o balanço das principais ações realizadas em 2024 e anunciou as metas para o setor em 2025. Uma das principais iniciativas do Ministério é o Navegue Simples, que busca simplificar os processos de concessão e modernizar as normativas portuárias em todas as modalidades. Qualificado no Novo PAC, o programa conta com um investimento de R$ 79 bilhões, destinado ao desenvolvimento do setor portuário.

Segundo o Ministério, as riquezas do Brasil transitam pelos portos e hidrovias, que desempenham papel “fundamental” na movimentação de produtos para alimentar o mundo e impulsionar as cadeias produtivas globais. Com foco em modernizar a infraestrutura e promover eficiência logística, a Pasta também destacou outras iniciativas que visam aumentar a competitividade e sustentabilidade do setor.

O Tecon Santos 10, ou STS10, é um novo super terminal de contêineres que será construído no Porto de Santos, em São Paulo. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que o governo pretende iniciar o processo licitatório em 2025. “Estamos estruturando o Porto de Santos, que representa um pouco mais de 30% da movimentação da corrente de importação/exportação do país. Pelo Porto de Santos, nós esperamos que com o Tecon Santos 10, vamos dobrar a capacidade de contêineres”, explicou.

Concessões
O Ministério de Portos e Aeroportos encaminhou o edital do projeto de concessão do canal de acesso portuário do Porto de Paranaguá, no Paraná, ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Este é o primeiro modelo desenvolvido para este setor de transporte e a concessão do canal deverá atrair mais investimentos para o estado, promovendo o desenvolvimento da região, gerando empregos e melhorando a infraestrutura, com a ampliação da capacidade do canal, destaca o Ministério. O Governo Federal planeja concluir a concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá no primeiro semestre de 2025.

Além disso, a Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, em colaboração com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e alinhada com o Plano Geral de Outorgas, criou, em 2024, uma carteira para a concessão de seis hidrovias: nos rios Paraguai, Madeira, Tapajós, Tocantins, Lagoa Mirim e Barra Norte. 

Também foi aberta uma Consulta Pública para permitir a participação da sociedade no processo de concessão da hidrovia do Rio Paraguai, além da realização de uma Tomada de Subsídios, para contribuições ao projeto de concessão da hidrovia do Rio Madeira. Essas concessões são essenciais para o escoamento da produção agrícola e mineral do país, impulsionando a logística e a economia nacional.

Leilões
Em 2024, o Brasil avançou no fortalecimento do comércio exterior ao investir nos portos públicos, ampliando a capacidade operacional. Oito leilões de áreas portuárias garantiram R$ 3,74 bilhões em investimentos. Esses terminais vão movimentar granéis sólidos vegetais e minerais, granéis líquidos, contêineres e carga geral, com destaque para áreas do Porto de Maceió (AL), Santana (AP), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Rio Grande (RS).

Silvio Costa Filho destacou que, entre 2013 e 2022, foram realizados 43 leilões no Brasil, totalizando R$ 6 bilhões em investimentos. Já na gestão atual, o objetivo é realizar 60 leilões em quatro anos. “A gente está trabalhando com a marca para, em quatro anos do governo do presidente Lula, termos mais de R$ 50 bilhões de investimentos no setor privado. Em quatro anos, nós vamos fazer mais do que o dobro de quase 10 anos”, explicou.  

Um dos projetos do Ministério é o túnel submerso entre Santos e Guarujá, em São Paulo, que prevê 870 metros de comprimento e 21 metros de profundidade. Esse será o primeiro túnel submerso da América Latina e a expectativa é de que ele beneficiará cerca de 2 milhões de pessoas e facilitará o escoamento do Porto de Santos. Costa Filho explicou que o processo licitatório será apresentado ao Tribunal de Contas da União (TCU) em janeiro. 

PREFEITURA DO RECIFE BENEFECIOU MAIS DE 9000 MIL FAMÍLIAS COM O PROGRAMA PARCERIA

O sábado trouxe um cenário de transformação e alívio para os moradores da Rua Padre Cícero, no Alto do Maracanã, em Dois Unidos, Recife. A entrega da intervenção realizada pelo Programa Parceria foi acompanhada de perto pelo prefeito em exercício, Victor Marques, que percorreu o local, ouviu relatos emocionados e celebrou mais uma obra concluída. Desde 2021, quase 3.900 intervenções já foram entregues na cidade, beneficiando mais de 9 mil famílias, números que traduzem o impacto de uma iniciativa que une Prefeitura e população em torno de um objetivo comum: garantir mais segurança e qualidade de vida.

A alvenaria armada foi a solução adotada para os 28 metros quadrados da intervenção na Rua Padre Cícero, um esforço que diretamente modificou a realidade de duas famílias. Para Gilvânia Oliveira dos Santos, de 55 anos, o trabalho significou mais que uma reforma: foi um divisor de águas em sua vida. Antes, pensava em vender a casa e mudar-se dali, tamanha era a insegurança. Hoje, com a obra concluída, descreve o resultado como um presente. Do outro lado, Odézio de Paula, aos 67 anos, relembra os anos de precariedade no local, agora substituídos por uma sensação de conforto e segurança que ele não experimentava há quase quatro décadas vivendo ali.

O reconhecimento internacional também acompanha o Programa Parceria, que já ultrapassou metas anuais e alcançou a premiação máxima da ONU-Habitat para iniciativas dessa natureza. Em sua essência, o programa oferece mais do que materiais e orientação técnica: ele devolve às comunidades a confiança e a dignidade de participar ativamente na construção de um futuro mais seguro. A união entre as mãos da comunidade e os recursos da Prefeitura cria não apenas estruturas físicas, mas laços de cuidado e pertencimento que se refletem na maneira como cada espaço é tratado.

As ruas de Recife são testemunhas desse modelo, que vai além do concreto e das pedras. Em cada encosta tratada, em cada acesso melhorado e em cada casa requalificada, fica uma marca invisível de transformação social. E mesmo com quase 3.900 obras entregues, outras 249 seguem em andamento, reiterando o compromisso de levar melhorias a quem mais precisa.

PERNAMBUCO ABRAÇA A JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL NO ANO LETIVO DE 2025

O início do ano letivo de 2025 em Pernambuco traz um compromisso renovado com a educação e a transformação social. A rede estadual abraça como tema central “Vidas, Escolas e Comunidade: educar para a promoção da justiça socioambiental”. A escolha reflete a urgência de ampliar o olhar sobre questões que atravessam as esferas ambiental e social, dando protagonismo a populações historicamente invisibilizadas, como as comunidades negras, indígenas, ribeirinhas, quilombolas, ciganas, agricultores familiares, pescadores e moradores de áreas urbanas em situação de vulnerabilidade.

Em Garanhuns, no Agreste, um seminário reuniu as 16 Gerências Regionais de Educação do estado para alinhar estratégias pedagógicas com foco na justiça socioambiental. Sob a orientação da Secretaria de Educação e Esportes, o evento lançou as bases para um trabalho que transcende o currículo tradicional. Educadores, gestores e especialistas discutiram caminhos para transformar as escolas em espaços de reflexão, ação e pertencimento, estreitando laços com as comunidades ao redor.

Tarcia Silva, secretária executiva de Desenvolvimento da Educação, enfatizou a necessidade de capacitar os estudantes para reconhecerem as desigualdades socioambientais e atuarem como agentes transformadores. A proposta desafia a comunidade escolar a adotar práticas educativas que conectem teoria e prática, inspirando ações comunitárias e projetos voltados para mudanças concretas. Mais do que preparar os jovens para o mercado de trabalho, a proposta visa formar cidadãos conscientes e comprometidos com o bem-estar coletivo.

O seminário trouxe debates, dinâmicas e palestras que buscaram equipar professores e gestores para integrar o tema no dia a dia das escolas. O resgate dos saberes locais e das práticas culturais ocupou lugar de destaque, reforçando a importância de valorizar as experiências das comunidades como parte essencial do processo educativo. A justiça ambiental, nesse contexto, é apresentada como um caminho para enfrentar as desigualdades estruturais, conectando as escolas à luta por uma sociedade mais justa e sustentável.

A temática de 2025 pretende mobilizar a rede estadual para promover discussões que ultrapassem os muros escolares, estimulando o engajamento dos estudantes na construção de soluções coletivas. A educação se apresenta, assim, como ferramenta para transformar realidades e enfrentar os desafios de um mundo em constante mudança.