sexta-feira, 23 de maio de 2025

O TEMPO MOSTRA QUE HENRY PRIORIZOU PROJETO PESSOAL E NÃO LEALDADE A JARBAS COMO USA HOJE EM SEU DISCURSO TARDIO

Em meio ao conturbado cenário político de Pernambuco, a recente declaração de Raul Henry, afirmando ter recusado um convite do então governador Eduardo Campos para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) por lealdade a Jarbas Vasconcelos, contrasta com as movimentações que, de fato, moldaram os bastidores à época. A versão apresentada pelo ex-vice-governador parece buscar uma reconstrução simbólica de sua trajetória, enquanto os fatos sinalizam uma estratégia distinta. O convite para o TCE existiu, mas estava condicionado a variáveis que tornavam a proposta incerta: a aposentadoria futura de um conselheiro e o avanço do projeto político liderado por Eduardo Campos, então em fase de consolidação. Ciente do cenário, Raul Henry optou por outro caminho: aceitou ser o vice na chapa encabeçada por Paulo Câmara, candidato indicado por Eduardo à sucessão estadual. A escolha não foi apenas de conveniência, mas de cálculo político. Para viabilizar sua candidatura à vice-governadoria, era imprescindível afastar Jarbas Vasconcelos da cena principal, o que se deu com a retirada do ex-governador da disputa à reeleição para o Senado. Assim, a decisão de Raul se mostrou menos como um gesto de fidelidade e mais como um movimento voltado à sua própria ascensão. Em vez de se manter como coadjuvante em um futuro indefinido no TCE, ele preferiu protagonizar o novo arranjo de poder que surgia em Pernambuco com a bênção de Eduardo. Agora, ao se deparar com disputas internas pelo comando do MDB estadual, Raul busca recuperar o discurso da lealdade jarbista, evocando um vínculo que, no momento decisivo, foi subordinado a seus próprios interesses. As peças daquele tabuleiro de 2014, remontadas sob nova luz, revelam que a narrativa atual parece mais alinhada às necessidades presentes de Raul Henry do que à realidade dos fatos que marcaram sua escolha por um lugar de destaque no poder estadual.

APÓS 3 ANOS DA TRAGÉDIA DAS CHEIAS, CHEGAM RECURSOS A JABOATÃO

Três anos após a tragédia que atingiu Jaboatão dos Guararapes e vitimou 64 pessoas, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional, empenhou R$ 59 milhões para a reconstrução de unidades habitacionais destruídas pelas fortes chuvas.

O investimento visa substituir as moradias destruídas ou as que estão permanentemente interditadas. A prefeitura tem 190 dias para identificação do terreno, elaboração do projeto de execução e licitação.

Cerca de 393 famílias devem ser beneficiadas e, além da construção dos habitacionais, os recursos serão destinados para obras de infraestrutura, como pavimentação, drenagem e tratamento de efluentes.

O município fará um chamamento público para selecionar empresas da área de construção civil para a elaboração dos projetos.

Entre os dias 25 de maio e 7 de junho de 2022, Jaboatão foi marcado por um dos maiores desastres da sua história recente envolvendo as fortes chuvas. Além das 64 mortes por deslizamentos de barreiras, milhares de famílias ficaram desabrigadas.

Em abril deste ano, moradores de Jardim Monte Verde, zona limítrofe entre Jaboatão e Recife e comunidade mais afetada pela tragédia de 2022, realizaram um protesto para reivindicar ações de prevenção de deslizamentos e obras de urbanização das áreas afetadas pelas últimas enchentes.

“Nas enchentes, chega a dar dois metros de água em todas as casas, acaba tudo. A gente ficou vivendo de esmola”, lamentou Eliane Maria da Silva, presidente da Associação dos Moradores da Vila das Aeromoças, localizada na comunidade.

Jaboatão é a 4ª cidade do Brasil com mais pessoas vivendo em áreas de risco. De acordo com levantamento da Casa Civil e pelo Ministério das Cidades, 29,2% dos habitantes do município - mais de 188 mil pessoas - moram em locais suscetíveis ao risco.

CASOS DE PICADAS DE ESCORPIÃO DISPARAM NO BRASIL

A quantidade de pessoas picadas de escorpião disparou nos últimos anos no Brasil. De acordo com um levantamento publicado em uma revista científica focada em saúde pública, os casos aumentaram mais de 250% entre 2014 e 2023. Ao todo, foram notificados 1.171.846 ataques no período, e as projeções indicam aumento contínuo, com estimativa de pouco mais de 2 milhões e 95 mil até 2033.

Para os estudiosos, isso tem acontecido por causa da rápida proliferação desses aracnídeos nas cidades, impulsionada por urbanização desordenada e saneamento precário, além de mudanças climáticas. O escorpião-amarelo é considerado o mais perigoso. Ele vive principalmente na rede de esgoto, se reproduz de maneira fácil e se adapta rapidamente ao ambiente urbano, o que dificulta o controle. Além disso, o escorpião-amarelo é capaz de subir encanamentos e, por isso, consegue invadir praticamente qualquer tipo de residência, inclusive apartamentos altos.

O estudo também destaca desafios no tratamento. Embora o soro antiescorpiônico esteja disponível no SUS, ele é centralizado em algumas unidades, o que é uma desvantagem, já que já quanto antes o antidoto é aplicado, após a piada maior a eficácia. Vale lembrar que, de maneira geral, dá para se proteger de escorpiões mantendo ralos bem tampados e redes de proteção nas janelas e vedando frestas em paredes, portas e pisos. Quintais, jardins e áreas de entulho devem estrar sempre o mais limpo possível e, se souber que há escorpiões na região onde você moda, verifique sempre roupas, calçados, toalhas, lençóis e cobertores antes de usá-los.

Caso você seja picado, lave o local com água e sabão. Não faça torniquetes, cortes e nem tente sugar o veneno e procure imediatamente uma unidade de saúde. Se possível, leve o escorpião, mesmo que morto, para identificação das autoridades sanitárias

PARA MENDONÇA FIM DA REELEIÇÃO ENFRAQUECE A DEMOCRACIA


Mendonça Filho critica PEC do fim da reeleição: "enfraquece a democracia"
Deputado federal é autor da emenda Constitucional que instituiu a reeleição
O deputado federal Mendonça Filho (UB) se colocou de forma contrária à Proposta Emenda à Constituição (PEC) que põe fim à releição para presidente, governadores e prefeitos, unifica as eleições e aumenta o mandato dos deputados federais e senadores para cinco anos. Na avaliação do parlamentar, a forma que a proposta foi apresentada não melhora o sistema eleitoral e serve para manter os políticos atuai no poder.

“Você pode até discutir o fim da reeleição, mas o que está sendo proposto é um pacote que enfraquece a democracia. A unificação das eleições esvazia o debate  dos temas municipipais, fundamental para a vida das pessoas, que trata de problemas e dores do povo e transforma tudo em uma disputa nacional, centralizada, distante da realidade do cidadão”, afirmou.   

O deputado federal foi o autor da emenda constitucional que estabeleceu a reeleição em 1998, possibilitando que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pudesse ter um novo mandato. Após 28 anos da prática de reeleição no país, Mendonça Filho continua defendendo essa prática eleitoral.

“A experiência da reeleição no Brasil está madura, é democrática e respeita a soberania do voto. Já tivemos prefeitos, governadores e presidentes reeleitos e também derrotados. Isso é sinal de que a reeleição funciona, dá continuidade a projetos que têm aprovação popular”, defende.

Mendonça acredita que períodos de insatisfação com governos sempre fazem surgir a tese do fim da reeleição no Congresso. Segundo ele, acabar com isso é tirar do povo o direito de escolher de novo quem está fazendo um bom trabalho.

“FHC foi reeleito e depois criticou a reeleição.  Lula, Dilma e o PT sempre criticaram e sempre disputaram a reeleição. Bolsonaro se disse contra em algum momento e também tentou a reeleição. É a tese do "diga o que eu digo, mas não faça o que eu faço". O ideal seria que quem fosse contra a reeleição, abdicasse desse direito. Mas não vemos isso acontecer”, ironizou Mendonça.

Além de ser avesso ao fim da reeleição, o deputado é crítico ferrenho de mandatos mais longos, por considerar que isso afasta os representantes do povo e dificulta a renovação política. 

"A boa democracia se faz com renovação, controle social e alternância no poder. O mandato de cinco anos é longo demais e dificulta a fiscalização e o diálogo entre governo e povo”, completou.

Via Blog da Folha 

MINISTRO WOLNEY PASSA A PRESIDÊNCIA DO PDT-PE PARA ZÉ QUEIROZ

O ex-prefeito de Caruaru e ex-deputado estadual Zé Queiroz assume, a partir desta sexta-feira (23), a presidência estadual do PDT em Pernambuco, marcando um novo momento para a legenda no estado. A mudança ocorre após a saída de seu filho, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, que vinha acumulando a função de líder partidário com sua atuação no governo federal. Apesar de ter sinalizado no início do mês a intenção de seguir conciliando os dois papéis, Wolney reviu sua posição e optou por delegar a tarefa de conduzir o partido no cenário estadual a uma figura de sua confiança e com vasta experiência política. Zé Queiroz, que já comandou o Executivo de Caruaru por quatro mandatos e foi por diversos anos parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco, retorna ao centro das articulações partidárias com a missão de preparar o PDT para os desafios eleitorais de 2026.

O novo presidente estadual da legenda terá sob sua responsabilidade a reorganização dos diretórios municipais, a articulação com as bases e, principalmente, a construção de chapas competitivas tanto para a disputa proporcional quanto para a majoritária nas próximas eleições. Em um cenário de reorganização partidária no estado, com diversas siglas em processo de renovação de suas lideranças e estratégias, o PDT aposta na bagagem política e no perfil articulador de Zé Queiroz para retomar protagonismo no debate eleitoral pernambucano. O ex-prefeito assume a sigla em um momento em que o partido busca se fortalecer nos municípios e ampliar sua representação na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, segmentos onde a legenda enfrenta desafios de crescimento.

Com a saída de Wolney da presidência, mas mantendo-se como primeiro vice-presidente, a transição não representa um afastamento da família Queiroz das decisões estratégicas do PDT. Pelo contrário, sinaliza uma espécie de revezamento planejado, onde pai e filho compartilham o controle político da legenda com objetivos bem definidos. A permanência de Wolney como vice, mesmo estando em Brasília à frente de uma das pastas mais sensíveis do governo Lula, indica que ele seguirá acompanhando de perto os rumos do partido no estado, garantindo uma linha de continuidade nas decisões e estratégias eleitorais. Para muitos analistas, a escolha de Zé Queiroz representa uma aposta segura e pragmática: trata-se de um nome com reconhecimento público, trânsito político consolidado e histórico de fidelidade às pautas do campo progressista, o que pode atrair alianças e facilitar a recomposição de quadros internos.

O desafio imediato do novo presidente será reorganizar o PDT em regiões estratégicas do estado, como o Agreste, Sertão e Região Metropolitana do Recife, onde o partido perdeu espaço nos últimos pleitos. Além disso, terá que dialogar com outras forças do campo da esquerda e do centro para compor federações ou alianças, num cenário político que exige articulação precoce e definição de candidaturas com antecedência. A movimentação também ocorre num momento em que partidos tradicionais enfrentam o avanço de siglas menores e novas lideranças políticas ganham espaço, o que exigirá do PDT uma reavaliação de seu discurso e das suas prioridades eleitorais. Ao assumir essa responsabilidade, Zé Queiroz também terá que lidar com questões internas, como a renovação de lideranças e o engajamento da militância, temas que se tornam centrais quando se busca retomar protagonismo em um ambiente de alta competitividade partidária.

PRESIDENTE DA UVP, VEREADOR LÉO DO AR SE LANÇA CANDIDATO A UMA CADEIRA NA ALEPE

Em um movimento que sinaliza novas ambições políticas e articulação de peso no cenário estadual, o vereador Léo do Ar (União Brasil), presidente da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), oficializou em Brasília sua pré-candidatura a deputado estadual. O anúncio aconteceu na tarde da sexta-feira (23), em um ato político prestigiado por lideranças nacionais do partido, incluindo os deputados federais Lula da Fonte e Eduardo da Fonte. O evento, realizado na capital federal, simboliza não apenas a largada de Léo rumo à Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), mas também a consolidação de uma aliança estratégica para as eleições de 2026, marcada pela sinergia entre pré-candidaturas proporcionais e majoritárias.

Léo do Ar esteve em Brasília durante a semana para cumprir agendas administrativas e políticas, fortalecendo diálogos e buscando apoio para projetos institucionais da UVP, entidade que preside com protagonismo e atuação destacada em defesa dos interesses dos legisladores municipais. O gesto de lançar sua pré-candidatura na capital do país demonstra uma intenção clara de ampliar o alcance de sua atuação e marca o início de um projeto político estadual com raízes profundas no municipalismo. Com quatro mandatos como vereador em Gravatá, Léo construiu uma trajetória marcada pela expressiva votação e pela repetida consagração nas urnas, sendo por três vezes o mais votado do município, o que lhe conferiu liderança consolidada e amplo respaldo popular.

Reconhecido por sua capacidade de articulação política e por manter um diálogo fluente com diferentes esferas de governo, o parlamentar agora direciona sua experiência para um projeto mais abrangente, com o compromisso de representar todos os vereadores de Pernambuco na ALEPE. Ele tem se posicionado como um defensor do fortalecimento do legislativo municipal, prometendo transformar seu futuro gabinete em um espaço de escuta permanente e interlocução direta com as bases. Sua pré-candidatura, segundo interlocutores, é vista como altamente viável, sustentada por uma base leal em Gravatá e em diversos municípios, construída ao longo de mais de uma década de militância e presença constante nas pautas do interior pernambucano.

O apoio explícito de Lula da Fonte, que pretende renovar seu mandato na Câmara Federal, e de Eduardo da Fonte, que planeja disputar uma vaga no Senado, fortalece a rede de alianças de Léo e aponta para um arranjo eleitoral com potencial de impacto estadual. O trio projeta uma atuação conjunta que possa não apenas garantir votos, mas também traduzir essa força eleitoral em investimentos, obras e desenvolvimento para as regiões onde atuam. Léo do Ar, portanto, emerge neste cenário como um nome competitivo, com discurso afinado com as bases e trânsito político que transcende fronteiras locais. A movimentação em Brasília marca um passo decisivo de sua caminhada rumo à Assembleia Legislativa e reafirma seu papel como uma das principais apostas do União Brasil no tabuleiro eleitoral de 2026 em Pernambuco.

ANDERSON FERREIRA TEVE AGENDA COM GOVERNADOR DE SÃO PAULO TARCÍSIO DE FREITAS

O ex-prefeito do Jaboatão dos Guararapes e ex-candidato a governador de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), cumpriu uma agenda estratégica em São Paulo na última quinta-feira (23), marcada por encontros políticos de peso no cenário nacional da direita. Em sua passagem pela capital paulista, Anderson teve uma reunião reservada com o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), figura em ascensão no espectro conservador e possível protagonista das articulações eleitorais nacionais para 2026. O conteúdo do encontro não foi oficialmente divulgado, mas interlocutores próximos indicam que o diálogo girou em torno da conjuntura política nacional, das articulações entre partidos do campo da direita e do fortalecimento de alianças para os próximos desafios eleitorais.

A visita a São Paulo também incluiu uma passagem pela Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), onde Anderson foi recebido pelo presidente da Casa, André do Prado (PL), acompanhado pelo deputado estadual Marcelo Aguiar, também filiado ao Partido Liberal. A reunião entre os três teve clima amistoso e reforçou os laços entre Anderson e lideranças paulistas com influência direta nas decisões partidárias e nas movimentações de bastidores do partido de Jair Bolsonaro. Além disso, o encontro serviu para ampliar o diálogo entre as bancadas estaduais e explorar estratégias comuns que possam ser replicadas em outras regiões do país.

Anderson Ferreira tem se posicionado como uma das principais vozes da direita em Pernambuco, com um discurso alinhado às pautas conservadoras, evangélicas e de segurança pública, e sua movimentação fora do estado demonstra uma postura de articulação nacional cada vez mais presente. Em um momento em que o campo conservador busca se reorganizar após as eleições de 2022, Anderson vem investindo em diálogos com diferentes figuras do espectro direitista, tanto dentro do PL quanto com lideranças de partidos aliados, como o Republicanos, o Progressistas e o Novo. A reunião com Tarcísio de Freitas se encaixa nesse esforço de costurar alianças mais amplas e estratégicas, sinalizando que o pernambucano pretende manter-se no radar das grandes decisões nacionais do campo da direita.

REDE ESTADUAL DE SAÚDE EM PERNAMBUCO: SAIBA QUANDO PROCURAR CADA SERVIÇO DISPONIBILIZADO

Rede estadual de saúde em Pernambuco: saiba quando procurar cada serviço disponibilizado
“Eu sei que, quando temos pequenos incômodos, devemos procurar uma UBS, não é?” A dúvida do produtor cultural Alex Apolonio, natural de Garanhuns, é também a de muitas pessoas em Pernambuco: como funciona a rede de saúde no estado e a quem recorrer quando se precisa de atendimento?
A rede estadual de saúde vai da Atenção Primária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) à alta complexidade em hospitais e centros de referência, integrando esforços entre o Governo de Pernambuco, os municípios e o Governo Federal para garantir a prevenção e o cuidado integral à população. Mas será que todo caso precisa ser encaminhado para uma unidade de emergência ou hospital?

A diretora geral da Atenção Primária da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), Rafaela Niels, explica que nem todos os quadros exigem atendimento em unidades de urgência e emergência. O primeiro passo, para quem não apresenta um quadro agudo, deve ser buscar a atenção primária.

“A Atenção Primária é reconhecida internacionalmente como o espaço capaz de resolver até 85% dos problemas de saúde da população. Se um paciente tem, próximo de sua casa, uma unidade de saúde da família, ele deve ser acompanhado pela equipe desta unidade durante toda a vida, porque é nesse espaço que os profissionais devem monitorá-lo. À medida que tratamos esses pacientes na Atenção Primária, conseguimos reduzir as filas nos hospitais, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), diminuir os casos de agravamento e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida da população”, destacou a gestora.

Já quando o caso é de urgência e emergência de média complexidade, quem precisa de atendimento deve procurar uma das UPAs espalhadas pelo estado. Ou seja, são destinadas a situações que não podem esperar por um atendimento ambulatorial, que é aquele agendado com antecedência.

“É aquela situação de emergência, como quando você quebra uma perna, precisa fazer uma sutura, sofre um infarto. Esse é o tipo de atendimento imediato. Infelizmente, as pessoas, às vezes por dificuldade de acesso ou por falta de conhecimento, acabam procurando a UPA por motivos que não justificam esse tipo de atendimento. Isso acaba sobrecarregando o serviço e dificultando o fluxo de quem realmente precisa de urgência”, explica a diretora geral de Assistência Integral à Saúde, Adriana Bezerra.

Além das UPAs, o estado dispõe das Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs) e de uma Unidade Pernambucana de Atenção Especializada e Reabilitação (UPAE-R). A primeira funciona como centro de especialidades médicas, oferecendo consultas com especialistas, exames e procedimentos. Já a UPAE-R é voltada principalmente para a reabilitação de pacientes, com foco na pessoa idosa.

“A UPAE é aquela unidade onde você vai encontrar especialistas, garantindo toda a linha de cuidado. É um acesso regulado: o paciente passou por uma unidade de Atenção Primária do município, o médico solicitou o atendimento com um especialista e, a partir disso, é gerada uma senha junto à Central de Regulação do Estado, que agenda a consulta. Já a UPAE-R é voltada para reabilitação, especialmente do público idoso, oferecendo atendimento ambulatorial, com a diferença de que, nessa unidade, o paciente tem acesso à parte de reabilitação, com serviços como fisioterapia, hidroginástica, terapia ocupacional, entre outros”, explicou Adriana Bezerra.

HOSPITAIS – Além dos hospitais regionais espalhados pelo estado, Pernambuco conta com seis grandes emergências que são referências em atendimentos de alta complexidade. O Hospital da Restauração (HR), no Recife, é a maior emergência do Norte-Nordeste, especializado em trauma, neurocirurgia, neurologia, cirurgia geral, clínica médica e ortopedia. Também na capital, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) se destaca em cirurgia geral, cirurgia vascular, traumatologia, urologia, ortopedia, clínica médica e bucomaxilofacial. O Hospital Otávio de Freitas (HOF) atende em clínica médica, cirurgia geral, cardiologia, neurologia, urologia e pediatria.

No interior, o Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru, é referência para o Agreste e parte do Sertão, com foco em traumatologia, ortopedia e cirurgias geral e bucomaxilofacial. Já o Hospital Barão de Lucena (HBL), também no Recife, oferece atendimento em obstetrícia de alto risco, pediatria, oncologia (UNACON), clínica médica, cirurgias de alta complexidade e hemodiálise. Por fim, o Hospital Agamenon Magalhães (HAM), em Casa Amarela, é referência em clínica médica, cardiologia, otorrinolaringologia e maternidade de alto risco.

“Esses são hospitais que não têm a chamada ‘porta aberta’, ou seja, o paciente só deve chegar a essas unidades por meio da regulação. Por exemplo: o paciente vai à UPA e é identificada a necessidade de transferência pela gravidade do caso. Assim, é solicitado um leito de internação para tratamento de alta complexidade, e ele é encaminhado via Central de Regulação. Existem exceções, como a UTI Obstétrica, que é porta aberta. Fora isso, o paciente precisa ser regulado”, explicou Adriana Bezerra.

O mais novo equipamento de saúde do estado, o Hospital da Mulher do Agreste Luísa Cavalcanti Maciel, foi entregue em maio de 2025 e é a primeira das cinco maternidades que serão construídas pelo Governo de Pernambuco, com foco na ampliação da assistência materno-infantil no estado. Com investimento total de R$ 84,8 milhões, a unidade beneficiará mais de 50 municípios do Agreste, abrangendo as Regionais de Saúde IV e VI.

Com previsão de realizar mais de 700 partos por mês e cerca de 8 mil partos por ano, o hospital é referência em obstetrícia de alto risco e foi equipado com tecnologia de ponta, incluindo exames de ultrassonografia convencional e com doppler, tomografia computadorizada, mamografia, ecocardiograma, entre outros serviços.

CENTRAL DE REGULAÇÃO DE LEITOS -  É um órgão da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) responsável por coordenar o acesso a leitos hospitalares no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado. Sua principal função é avaliar as solicitações de internação e encaminhar os pacientes para as unidades de saúde mais adequadas ao seu perfil clínico e à complexidade do caso, garantindo um atendimento eficiente e equitativo.