quinta-feira, 29 de maio de 2025

LULA INDICA NOVO DIRETOR DA ANAC

Em um movimento estratégico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Antonio Mathias Nogueira Moreira para o cargo de diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A indicação, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (28), segue agora para aprovação do Senado Federal, marcando um momento crucial para o futuro da regulação e gestão do setor aéreo brasileiro.

Moreira, economista formado pela UEFS e funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, traz consigo uma vasta experiência em governança e gestão de riscos.

Atualmente, ele ocupa o cargo de Diretor de Governança, Integridade e Riscos na Caixa, além de presidir o Conselho de Administração da Infra SA e integrar o Conselho de Administração da BRF. Sua nomeação é vista como um reforço técnico e estratégico para a ANAC, especialmente em um período de grandes desafios e transformações no setor.

Natural de Feira de Santana, Bahia, Moreira construiu uma sólida carreira no setor público, transitando por diversas áreas da administração e demonstrando capacidade de liderança e visão estratégica.

Sua experiência na Caixa Econômica Federal, onde atuou em áreas de governança e riscos, é considerada um diferencial para a gestão da ANAC, que enfrenta um cenário complexo e dinâmico.

Caso seja aprovado pelo Senado, Moreira ocupará a vaga deixada por Ricardo Bisinotto Catanant, com um mandato de cinco anos.

A indicação de Antonio Mathias Nogueira Moreira representa uma aposta do governo Lula em um nome técnico e experiente para a ANAC, em um momento em que o setor aéreo brasileiro enfrenta desafios como a retomada do crescimento pós-pandemia.

O setor ainda passa pela necessidade de investimentos em infraestrutura e a crescente demanda por voos mais eficientes e sustentáveis.

MARINA SILVA E OS SENADORES QUE ENVERGONHAM O BRASIL

Na última terça-feira, o Brasil presenciou um episódio que escancara o machismo, o autoritarismo e a brutalidade ainda presentes nos espaços mais altos da política nacional. A cena se desenrolou no Senado da República, durante uma audiência em que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de ataques grosseiros e misóginos por parte de dois parlamentares: Marcos Rogério (PL-RR) e Marcos Pontes (PL-SP). E, de forma ainda mais vergonhosa, por parte do senador Marcos Valério, do PSDB do Amazonas, que protagonizou uma das falas mais desrespeitosas já registradas contra uma mulher no plenário.

Ao se dirigir a Marina, Marcos Valério afirmou: “Desejo separar a mulher da ministra, porque a mulher merece respeito, a ministra não”. A frase, que deveria ter causado indignação imediata de seus pares, escancarou a tentativa de desumanizar e reduzir a figura de Marina Silva a uma função, como se o exercício de cargo público por uma mulher a desautorizasse a ser tratada com dignidade. Mas Valério foi além. É o mesmo parlamentar que, dias antes, dissera ser “difícil ouvir Marina durante seis horas sem querer enforcá-la”. As palavras, além de inaceitáveis, são violentas, carregadas de ódio, e beiram uma incitação simbólica à agressão.

Como se não bastasse, o senador Marcos Rogério engrossou o coro de desrespeito, mandando a ministra “se pôr no seu lugar”. Uma ministra de Estado, eleita deputada federal por três vezes, ex-senadora, ex-candidata à Presidência da República por três vezes, reconhecida internacionalmente como uma das maiores líderes ambientais do mundo, foi tratada como se fosse um estorvo por ousar apresentar argumentos e defender a floresta. O gesto de Rogério não foi técnico, não foi político: foi um ato violento de silenciamento, de misoginia, de tentativa de rebaixar uma mulher negra, do Norte, ex-seringueira, ex-doméstica, que ousa ter voz própria em um espaço dominado por homens brancos, ricos e com histórico de blindagem mútua.

Mais grave do que o comportamento grotesco desses senadores é a reação de parte da população que, por má-fé ideológica, ignorância ou crueldade, aplaude esse tipo de atitude. Em nome de uma guerra política que despreza a ética e a empatia, há quem veja em Marina Silva uma inimiga, quando ela é, na verdade, uma das poucas vozes que ainda sustenta alguma dignidade no serviço público brasileiro.

Marina é tudo o que esses homens não suportam. Ela é mulher. É negra. É do Acre. É evangélica. Tem 66 anos. Foi alfabetizada aos 16, formou-se professora aos 26. Lutou contra hepatite, malária, contaminação por mercúrio, miséria e preconceito. Foi seringueira, empregada doméstica, senadora, ministra de Lula e de Dilma. Ganhou prêmios internacionais e é respeitada por ambientalistas, líderes políticos e cientistas em todos os continentes. Marina não precisa gritar para ser ouvida, e talvez seja justamente isso que a torna tão insuportável para homens que só sabem bater na mesa para serem notados.

Naquela sessão do Senado, não foi apenas uma ministra do Meio Ambiente que foi agredida: foi uma mulher. Uma cidadã. Uma mãe. Uma avó. Uma senhora que carrega no corpo as cicatrizes de uma vida difícil, e que, ainda assim, se coloca com firmeza, com serenidade e com fé onde muitos só sabem se impor com arrogância.

Os senadores que a interromperam, a insultaram e a mandaram calar são os mesmos que empobrecem o debate público todos os dias. São os rostos de uma política que não suporta o contraditório, que não aceita mulheres pensantes, que teme tudo aquilo que não pode controlar ou corromper. Esses homens, travestidos de parlamentares, tremem diante de quem não bate em nada, mas tem a floresta inteira no peito.

Marina não responde com insulto. Responde com a sua história. Com a força de quem sobreviveu a tudo e segue firme. E é justamente por isso que ela cresce diante dos ataques: porque sabe que o tempo — esse juiz silencioso e implacável — é o melhor dos julgadores. Quando um senador diz que respeita a mulher, mas não a ministra, ele está dizendo que não suporta que uma mulher tenha poder. Quando outro diz que ela atrapalha o Brasil com “essa conversa de governança, nhén-nhén-nhén”, ele apenas escancara sua própria mediocridade.

O Brasil deve mais do que um pedido formal de desculpas a Marina Silva. O Brasil deve respeito. Escuta. Proteção. O país falhou com ela muitas vezes. Subestimou-a. Ignorou sua trajetória. Criticou-a por ser discreta, por não se vender, por não ceder às chantagens do poder. Mas a história ainda vai pôr cada um no seu lugar. E o nome de Marina será lembrado com reverência, enquanto os que a insultaram se tornarão notas de rodapé — quando muito.

Marina não é só uma ministra. Marina é patrimônio moral da República. É um exemplo vivo de integridade. É a prova de que ainda é possível fazer política com dignidade. Por isso, incomoda tanto. Porque não se dobra. Porque não se vende. Porque acredita em um país justo, com floresta em pé, com crianças alimentadas, com mulheres respeitadas. E, por tudo isso, Marina é — e continuará sendo — muito maior do que os homens que tentam calá-la.

PSB NÃO QUER FEDERAÇÃO COM PT

A construção de uma federação partidária entre o PT e o PSB, que chegou a ser cogitada para as eleições gerais de 2026, enfrenta entraves relevantes e, segundo lideranças do PSB, é vista como improvável no atual cenário político. Apesar da pressão de setores do Partido dos Trabalhadores para intensificar o diálogo com siglas do campo progressista — como o próprio PSB e o PDT —, a cúpula socialista nacional resiste à ideia de submeter sua autonomia a um projeto político conjunto e vinculativo por quatro anos. Um dos maiores pontos de impasse, mais uma vez, está concentrado em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, onde integrantes do PSB defendem a consolidação da legenda como uma alternativa moderada à esquerda tradicional. A memória das tensões de 2022, quando as negociações federativas também fracassaram, segue viva dentro da estrutura partidária.

O ex-governador paulista Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República e filiado ao PSB, é um dos principais nomes associados ao esforço de costura entre as legendas, mas mesmo sua presença de prestígio não tem sido suficiente para dissolver os obstáculos internos. O temor de que uma aliança com o PT comprometa a identidade do partido e sujeite sua estratégia a decisões majoritárias de um grupo mais numeroso e ideologicamente mais definido pesa no cálculo dos socialistas. Parte do PSB avalia que, ao invés de se fundir politicamente ao PT, seria mais estratégico se posicionar como uma esquerda democrática e reformista, com capacidade de diálogo amplo e projeto próprio. Nesse sentido, alianças pontuais, especialmente em torno da candidatura presidencial, são vistas com mais simpatia do que uma federação permanente.

No campo do PDT, as dificuldades se revelam em outro eixo: o Ceará. A sigla, historicamente liderada por Ciro Gomes, resiste à ideia de unidade com o PT em razão de conflitos regionais e divergências estratégicas. Ciro, que não esconde o desejo de tentar novamente a Presidência da República, é crítico do lulismo e da hegemonia petista na esquerda brasileira. O PDT pretende lançar, em 2026, candidaturas que representem uma oposição explícita ao governador cearense Elmano de Freitas, do PT, e não cogita abrir mão desse espaço político em nome de uma federação. Mesmo com o enfraquecimento eleitoral de Ciro em 2022, o partido segue ancorado em sua liderança, especialmente no Nordeste, onde disputas com o PT se intensificaram nos últimos anos.

Atualmente, o PT já integra uma federação partidária com o PCdoB e o PV, mecanismo que obriga os partidos a manterem alianças e apoios unificados em todas as eleições durante um ciclo de quatro anos. A experiência tem gerado aprendizados, mas também limitações para o partido, que busca ampliar sua base aliada sem engessar demais a composição. Com PSB e PDT sinalizando resistência, o PT deve concentrar esforços em articulações eleitorais mais flexíveis e regionais, ao passo que os potenciais aliados tentam preservar seus próprios espaços e identidades programáticas. O cenário nacional caminha, assim, para uma eleição fragmentada no campo da esquerda, com acordos pontuais ganhando mais espaço do que arranjos estruturais permanentes.

PREFEITO FREDSON BRITO PARTICIPOU DE EVENTO COM O PRESIDENTE LULA

O prefeito de São José do Egito, Fredson Brito, participou nesta terça-feira (28), na cidade de Salgueiro, do lançamento do projeto Caminho das Águas, uma importante iniciativa do Governo Federal voltada para a ampliação do acesso à água no semiárido nordestino. O evento teve como destaque a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que oficializou o anúncio da duplicação da vazão do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco, considerada uma das mais relevantes intervenções hídricas do país. Acompanhado da primeira-dama do município, a médica Dra. Lúcia Brito, e do chefe de gabinete da Prefeitura de São José do Egito, Flávio Menezes, o gestor municipal fez questão de destacar a dimensão estratégica da obra para o futuro da região. Para Fredson, o Caminho das Águas representa não apenas uma intervenção de engenharia, mas uma ação concreta de transformação social, especialmente para os sertanejos que convivem historicamente com a escassez hídrica. Em sua avaliação, duplicar a vazão do Eixo Norte é uma medida que irá reforçar o abastecimento não só de grandes cidades, mas também de municípios de pequeno e médio porte, como os do Sertão do Pajeú, assegurando mais regularidade no fornecimento de água para consumo humano, agricultura e pecuária. A cerimônia reuniu ministros de Estado, governadores, parlamentares, prefeitos de diversas regiões do Nordeste, além de representantes de movimentos sociais e técnicos do setor hídrico. Fredson ressaltou que, ao participar do evento, reafirma o compromisso de São José do Egito com políticas públicas voltadas para a convivência com a seca, além de manter o município alinhado com os grandes projetos estruturantes do país. A presença do presidente Lula e de diversas lideranças políticas reforçou o simbolismo do momento, que representa a retomada de investimentos federais em infraestrutura hídrica. A obra de duplicação deverá potencializar a chegada das águas do Velho Chico aos reservatórios estratégicos da região, beneficiando diretamente milhares de famílias. Fredson também pontuou que a iniciativa vem ao encontro dos esforços municipais para garantir segurança hídrica de forma sustentável, reduzindo a dependência de carros-pipa e soluções emergenciais. A expectativa é de que, com a conclusão das obras, municípios como São José do Egito possam contar com maior previsibilidade no abastecimento, o que influencia diretamente na qualidade de vida da população e nas possibilidades de desenvolvimento local. O prefeito destacou ainda que o projeto Caminho das Águas tem o mérito de reforçar o pacto federativo, unindo diferentes esferas de governo em torno de um objetivo comum: assegurar água como direito básico e vetor de cidadania no Sertão nordestino.

ÁGUAS DE PERNAMBUCO - GOVERNO DO ESTADO AMPLIOU INVESTIMENTOS E PRIORIZOU OBRAS DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Águas de Pernambuco: Governo do Estado ampliou investimentos e priorizou obras de adaptação às mudanças climáticas
Desde o início da atual gestão, obras de barragens deixadas inacabadas foram retomadas e projetos para a construção de novos reservatórios foram iniciados
Neste 28 de maio de 2025, três anos depois do evento climático severo em que 133 pessoas perderam a vida - a maioria delas, em deslizamentos de barreiras, a Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco faz um balanço das ações que vêm sendo empreendidas, na atual gestão, que visam tornar nossas cidades mais resilientes a invernos extremos, com grande volume de precipitações. Investimentos na construção de barragens de contenção de enchentes, melhor aparelhamento da Apac – Agência Pernambucana de Águas e Clima e o desenvolvimento de uma de rede de articulação entre as forças do Estado, que integra a Defesa Civil, secretarias estaduais, municípios e órgãos nacionais de prevenção de desastres naturais estão entre as iniciativas em curso hoje, em Pernambuco.   

“No que diz respeito a obras, nós retomamos as obras das barragens de contenção de enchentes da Mata Sul, que ficaram paralisadas por cerca de uma década. Estamos já com a terceira obra sendo iniciada e com a primeira delas pronta para ser entregue em breve. E vamos seguir trabalhando, tanto para concluir as barragens que pegamos incompletas, quanto para iniciar um novo plano de construção de outros reservatórios. Estão em fase de elaboração de projetos um conjunto de cinco novas barragens, localizadas nas regiões da Mata Norte, Agreste Meridional e RMR”, informou o secretário de recursos hídricos e saneamento do estado, Almir Cirilo. 

Ainda de acordo com o gestor, avanços importantes, ao longo dos anos, melhoraram o processo de previsão meteorológica e de preparação da população e das cidades para os eventos climáticos, visando evitar os danos e principalmente a perda de vidas. “Ao longo desses anos, a Apac se aparelhou. Hoje, nós temos uma rede, espalhada ao longo dos rios, das barragens, nas cidades, medindo volume de chuvas, o nível dos rios e das barragens. Então, nós conseguimos já monitorar o evento à medida em que ele acontece. Vimos isso recentemente, nas chuvas das últimas semanas, que, com bastante antecedência, foi possível emitir os alertas, criar salas de monitoramento e planejar as ações de mitigação dos possíveis impactos”, avaliou Cirilo. 

Retomada de Obras de Barragens – As obras de finalização das barragens que estavam paralisadas e estão sendo retomadas demandam investimentos da ordem de R$ 600 milhões - montante já alocado pela atual gestão estadual e que vem sendo empregado na finalização das barragens Panelas II, em Cupira; Gatos, em Lagoa dos Gatos; Igarapeba, em São Benedito do Sul; Barra de Guabiraba, em Barra de Guabiraba e Engenho Pereira, em Moreno. Aconclusão destas barragens deverá beneficiar aproximadamente 1 milhão habitantes nos municípios de Água Preta, Barra de Guabiraba, Barreiros, Catende, Cortês, Cupira, Gameleira, Jaboatão dos Guararapes, Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial, Moreno, Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Sirinhaém.

A barragem Panelas II está em fase final de construção, com entrega prevista para o próximo mês de julho. A barragem Gatos está com obras em execução e estará concluída em 2026. As barragens Igarapeba e Engenho Pereira estão com ordem de serviço prevista para o segundo semestre de 2025. Quanto à Barragem Barra de Guabiraba, a mesma tem previsão de retomada de obras em 2026. Atualmente, está na fase de atualização de projetos. 

Construção de Novas Barragens – Além destas barragens inacabadas a serem retomadas e entregues, há ainda as barragens de Correntes, Canhotinho e Ipanema II, que são novos empreendimentos, localizados nas bacias hidrográficas dos rios Mundaú e Ipanema. As novas barragens já foram contempladas com R$ 40 milhões, junto ao Ministério das Cidades, por meio do Novo PAC Seleções. Estes recursos foram destinados à elaboração de estudos e projetos, estimando-se que outros R$ 800 milhões serão necessários para obras, desapropriações e ações ambientais. Cerca de 521 mil habitantes serão beneficiados, sendo 143 mil nos municípios de Águas Belas, Angelim, Canhotinho, Correntes, Iati e Itaíba.

“Este conjunto de ações fazem parte do Programa Águas de Pernambuco, que reúne uma cartela de R$ 6,1 bilhões em investimentos que visam não só a ampliação do abastecimento no meio rural e urbano e dos serviços de tratamento de esgoto. Mas, o programa representa o maior investimento já realizado em ações que buscam garantir a segurança hídrica da população e o desenvolvimento das nossas cidades de forma sustentável”, finalizou Almir Cirilo.

PM É PUNIDA POR APRESENTAR RIFA COM A FARDA DA POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO

Uma soldado da Polícia Militar de Pernambuco foi punida com 21 dias de detenção por divulgar uma rifa nas redes sociais usando a farda da Corporação. A decisão, publicada nesta quarta-feira (28), é do subcomandante geral, coronel Cláudio Ricardo Lopes. 

No procedimento administrativo disciplinar, a soldado reconheceu erro, mas disse que passava por dificuldades financeiras e que não agiu de má-fé. Além disso, segundo ela, ao ser alertada por um amigo de que a imagem poderia prejudicá-la, o conteúdo foi retirado das redes. 

"O uso da farda institucional em contexto não autorizado e com vinculação a interesse privado, em meio digital, configura transgressão disciplinar, especialmente diante da amplitude do meio de divulgação (a internet), da associação imprópria da imagem da PMPE a causa pessoal, e da capacidade de viralização do conteúdo", pontuou o subcomandante geral. 

Em sua defesa, a soldado afirmou que nunca sofreu punição administrativa desde o ingresso na corporação, em 2020, e que possuía três "elogios" registrados.

No entanto, o subcomandante apontou duas infrações ocorridas em 2024. Uma com base no artigo 96, da Lei nº 11.817/2000, por "não ter os devidos cuidados com arma, que estiver sob sua responsabilidade, deixando que terceiros possam utilizá-la", e outra com base no artigo 84, da mesma lei, "por faltar a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte".

Em ambos os casos, ela recebeu advertência. Mas, desta vez, o subcomandante decidiu pela detenção.

"Não é razoável nem se recomenda a aplicação do instituto da advertência à militar, sob pena de esvaziamento do caráter educativo e corretivo da disciplina castrense [militar], assim como a penalidade é proporcional à infração cometida e necessária à preservação dos pilares da hierarquia, da disciplina, do respeito à imagem da Corporação e às normas internas", afirmou. 

A soldado ainda pode apresentar recurso disciplinar contra a punição. 

(Imagem: Miva Filho/Secom)


LULA DIZ QUE NÃO SE PODE VOTAR EM QUALQUER TRANQUEIRA EM 2026

Lula diz que não se pode "votar em qualquer tranqueira" em 2026
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, em tom de campanha, disse que os eleitores não podem votar em “qualquer tranqueira” para governar o país. As declarações foram dadas durante evento para a assinatura das obras da transposição do Rio São Francisco.

“A gente não pode votar em qualquer tranqueira para governar esse país. É preciso votar em gente que tenha compromisso. É preciso votar em gente que tenha dignidade. É preciso votar em gente que tenha o direito de olhar para vocês olhando nos olhos de vocês”, disse.
Ao falar sobre Bolsonaro, Lula disse que o governo de seu antecessor foi marcado por mentiras, fake news e ódio, além de afirmar que o governo bolsnarista não se importava com melhorar a vida da população.

“A diferença entre nós e eles é que nós queremos apresentar obras, apresentar melhorias na vida de cada companheiro desse país”, emendou.

COLUNA POLÍTICA | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

BARTOLOMEU BUENO: DO TRIBUNAL À TRIBUNA. EX-DESEMBARGADOR DO TJPE INICIA NOVO CICLO E MIRA CÂMARA FEDERAL EM 2026
A política pernambucana ganha um novo protagonista. Após quatro décadas de dedicação ao Judiciário, o desembargador aposentado Bartolomeu Bueno de Freitas, aos 71 anos, decide trocar a toga pelo palanque. Com uma trajetória irrepreensível no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), ele agora se prepara para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026 pelo PSDB, partido ao qual se filiou recentemente, sob o convite direto do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto. Vamos dar uma analisada NA LUPA desta quinta-feira. 

RAÍZES NO SERTÃO E ORGULHO FAMILIAR
Natural de Ingazeira, sertão pernambucano, Bartolomeu é filho de Maria Freitas Pedrosa e José Pereira de Morais. Nascido em 5 de janeiro de 1954, carrega no sangue o compromisso com o serviço público e a ética. Sua biografia é marcada por dedicação, equilíbrio e um olhar sempre atento às causas sociais, especialmente à proteção da infância e juventude.

FORMAÇÃO JURÍDICA SÓLIDA
Graduado pela renomada Faculdade de Direito do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1978, iniciou a carreira como advogado. Em 1982, aprovado em concurso público na 15ª colocação, ingressou na magistratura como juiz da Comarca de Exu, no sertão.

ASCENSÃO PELA MAGISTRATURA
Na primeira entrância, também atuou em Palmeirina e Lagoa dos Gatos. Promovido em 1985, passou por Olinda, Garanhuns e Petrolina. Em 1987, retornou a Olinda, onde ficou até 1991. No mesmo ano, assumiu a 3ª entrância, com destacada atuação na 1ª Vara da Infância e Juventude do Recife durante dez anos.

ATUAÇÃO ELEITORAL E ADMINISTRATIVA
Na Justiça Eleitoral, foi protagonista: atuou em oito comarcas diferentes, presidindo eleições municipais e gerais e coordenando campanhas eleitorais e pesquisas. Foi ainda juiz coordenador da propaganda eleitoral em 2000 e 2006.

FUNÇÕES ESTRATÉGICAS NO TJPE
Assumiu cargos estratégicos como Diretor do Foro da Capital (1997-1999), Corregedor Auxiliar e Juiz Assessor da Corregedoria. Em 2001, chegou ao cargo de desembargador pelo critério de merecimento. No TJPE, foi relator do projeto do COJE e liderou comissões de regimentos internos. Sempre foi uma voz ativa no plenário do TJPE. Presidiu o 1º Grupo de Câmaras Cíveis, a 3ª Câmara Cível e a Sessão Cível. Como desembargador eleitoral, teve dois mandatos consecutivos, de 2002 a 2006, reforçando sua familiaridade com o processo democrático.

MUDANÇA DE RUMO, MAS NÃO DE PRINCÍPIOS
Agora aposentado, Bartolomeu dá um passo que, segundo amigos próximos, vinha sendo planejado há anos. Seu sonho de ser deputado federal remonta à juventude. A mudança de toga para tribuna não surpreende quem acompanha sua trajetória: o senso de justiça e o serviço público continuam no centro de suas motivações. O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Bartolomeu Bueno formalizou, sua associação ao escritório Frutuoso Advocacia, durante cerimônia realizada recentemente na sede da instituição, no Recife. Agora está exercendo a advocacia.

UM NOVO NOME NA POLÍTICA
Apesar da idade, Bartolomeu Bueno se apresenta como um “nome novo” na política. Novo porque sua imagem ainda não foi exposta ao desgaste do cotidiano político-partidário. Limpo, com reputação ilibada e currículo respeitável, entra no jogo com potencial de atrair o eleitorado mais exigente. Tem como aliado de primeira ordem o irmão, o advogado Roberto Moraes, conhecido por sua atuação em diversos municípios pernambucanos. A presença de Roberto ao seu lado promete reforçar o elo com bases eleitorais no interior, sobretudo no Sertão.

APOSTA NO PSDB E NA RENOVAÇÃO
A escolha pelo PSDB também é estratégica. O partido, que busca renovar sua imagem e retomar protagonismo nacional, vê em Bartolomeu uma figura capaz de agregar valor ético e técnico à legenda. Sua candidatura pode ser um sopro de credibilidade num cenário de desconfiança. Bartolomeu Bueno traz novas perspectivas para as eleições 2026. A eleição de 2026 será marcada por disputas acirradas e um eleitor mais vigilante. Em meio à polarização e ao descrédito institucional, o perfil de Bartolomeu se destaca. Um jurista experiente, com histórico de isenção, que promete defender o pacto federativo, a Justiça e os direitos sociais no Congresso.

UM CANDIDATO COM HISTÓRIA E SERVIÇOS PRESTADOS
Ao contrário de muitos que entram na política pelo apelo midiático ou por vaidade, Bartolomeu chega com um legado. Suas sentenças, decisões e gestões foram pautadas por equilíbrio e técnica. Seu histórico como juiz da infância e juventude, em especial, pode render bandeiras sociais relevantes em sua campanha. Bartolomeu Bueno encerra um capítulo brilhante no Judiciário para começar outro, agora no Legislativo. Sua história é um lembrete de que há espaço para biografias limpas na política brasileira. E, para Pernambuco, pode significar a ascensão de um nome que alia tradição, competência e renovação. É isso aí.