quarta-feira, 18 de junho de 2025

MOSCHE DAYAN ASSUME ADAGRO VISANDO MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA

Moshe Dayan assume Adagro prometendo moderniza-la e proteger a agropecuária
O novo presidente da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), o médico veterinário Moshe Dayan, tomou posse nesta quarta-feira (18), em cerimônia realizada no auditório José Antônio Correia de Paula, da Sociedade Nordestina dos Criadores, no Recife. A solenidade foi conduzida pela vice-governadora Priscila Krause (PSD) e marcou um novo momento para a entidade, que terá sua gestão voltada à modernização e ao fortalecimento das ações de defesa agropecuária no estado. A nomeação de Dayan foi feita pela governadora Raquel Lyra (PSD), após um processo político que evidenciou o embate entre governo e oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), retardando a sabatina e aprovação do novo gestor.

Antes de assumir o comando da Adagro, Moshe atuava como assessor parlamentar da deputada estadual Débora Almeida (PSDB) e é reconhecido por sua trajetória técnica ligada ao setor agropecuário. A escolha foi referendada após entidades como a Associação Avícola de Pernambuco (Avipe) pressionarem publicamente pela nomeação. Só então a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Alepe marcou a sabatina, culminando na aprovação do nome do veterinário pelo plenário. O atraso, embora resolvido, escancarou a complexidade das disputas políticas que muitas vezes impactam decisões técnicas e estratégicas da administração pública.

Em seu discurso de posse, Moshe Dayan enfatizou o compromisso com o fortalecimento do setor produtivo e a integração entre o poder público e os produtores. Afirmou que sua gestão será marcada por presença efetiva no interior do estado, onde estão concentradas as cadeias produtivas que mais dependem da vigilância e da atuação da Adagro. Como medida imediata, ele pretende reforçar as estruturas regionais com aquisição de equipamentos e reorganização das barreiras sanitárias, além de capacitar as equipes para atuação preventiva, sobretudo diante do risco crescente da gripe aviária, que vem mobilizando as autoridades agropecuárias em todo o país.

Moshe também apontou que uma das prioridades será a digitalização completa dos serviços, com destaque para a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento essencial para o deslocamento de rebanhos. Ele quer que os produtores tenham acesso a esse e outros serviços de forma totalmente digital, utilizando dispositivos móveis. Para alcançar esse objetivo, buscará apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia e da secretaria executiva de transformação digital do Governo do Estado. A proposta é levar agilidade, praticidade e segurança aos processos regulatórios, aproximando o produtor da agência por meio de uma plataforma simples e eficiente.

Durante o evento, a vice-governadora Priscila Krause destacou a relevância da missão atribuída a Moshe Dayan e a confiança depositada pela governadora Raquel Lyra em sua condução técnica. Segundo Priscila, o novo presidente da Adagro representa o modelo de gestão que o governo quer implantar: com base no diálogo, na escuta e na valorização de parcerias institucionais. Ela ressaltou que as ações da agência impactam diretamente o desenvolvimento econômico do estado, uma vez que a agropecuária pernambucana depende fortemente da sanidade animal, da certificação sanitária e da confiança do consumidor nos produtos locais.

Com o comando da Adagro agora sob a liderança de um técnico com trânsito político e experiência no setor, o governo Raquel Lyra reforça a estratégia de alinhar competência técnica com articulação institucional. A expectativa, tanto do setor produtivo quanto do meio político, é de que a agência viva um ciclo de inovação e protagonismo, diante dos crescentes desafios impostos à agropecuária em tempos de mudanças climáticas, novas doenças emergentes e exigências sanitárias cada vez mais rigorosas no mercado nacional e internacional.

TRE--PE PROMOVE AÇÃO DO PROJETO ELEIÇÕES ACESSÍVEIS EM GARANHUNS

TRE-PE promove ação do projeto Eleições Acessíveis em Garanhuns
Iniciativa será realizada nos dias 26 e 27 de junho e oferece atendimento especializado a eleitores com deficiência
 
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), por meio da Comissão Multidisciplinar de Acessibilidade (CMA), realiza, nos dias 26 e 27 de junho, uma ação do projeto Eleições Acessíveis. A iniciativa incentiva o cadastramento biométrico e oferece atendimento a eleitores com deficiência. Garanhuns será uma das cidades a receber o projeto que está percorrendo diversos municípios do Estado, nos meses de junho e julho.
 
O projeto possibilitará aos eleitores garanhuenses tirar o primeiro título, transferir o título para uma seção acessível e atualizar o cadastro eleitoral, informando a condição de pessoa com deficiência. Os serviços estarão disponíveis das 10h às 12h, no Fórum Eleitoral de Garanhuns, localizado na Avenida Barão de Nazaré, s/n, bairro Magano. Para participar, é preciso agendar o atendimento por meio do link: https://docs.google.com/forms/d/1A1Nrp3Nv78m-pCeKyypSKkf6FhJtk3bc5RdFrSx4hqg/edit No dia agendado, o eleitor deve apresentar um documento oficial com foto e um comprovante de residência.

Sobre o projeto - Criado em 2020, o Eleições Acessíveis é uma iniciativa do TRE-PE que busca tornar o processo eleitoral mais inclusivo, oferecendo atendimento personalizado ao eleitor com deficiência. O projeto também prevê, no dia da eleição, transporte gratuito para eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida até os locais de votação, além de contar com uma Central de Atendimento em Libras para esclarecer dúvidas de eleitores surdos ou com deficiência auditiva.
 
Imagem: Divulgação/TRE-PE

AUDITORIA DO TCE APONTA SUPERFATURAMENTO EM KITS DE ROBÓTICA PELA PREFEITURA DE SÃO BENTO DO UNA

Auditoria do TCE aponta superfaturamento em kits de robótica pela Prefeitura de São Bento do Una

Do Diario de Pernambuco
Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) identificou superfaturamento de mais de R$ 400 mil na aquisição de kits de robóticas e itens escolares em São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco. O caso ainda não foi julgado e a prefeitura ainda apresentará defesa.

Segundo auditor do TCE-PE, a Prefeitura contratou itens dos kits de robótica pelo valor total de R$ 424 mil, enquanto a pesquisa de preços, realizada em sites especializados, concluiu que os mesmos itens poderiam ter sido adquiridos por R$ 18.589,00.

“Foi identificado um superfaturamento de R$ 405.411,00 nos itens dos kits de robótica, o que representa um ágio de 2180,92%”, afirma o auditor Ricardo Palmeira Tenório, no relatório.

A auditoria especial, relativa ao exercício de 2024, investigou um pregão eletrônico “de registro de preços para contratação de empresa especializada na prestação de serviço de implantação por materiais e equipamentos e acompanhamento por softwares de projeto de ensino de aprendizagem criativa”.

Única concorrente, a empresa Xptec Ltda ofereceu proposta de R$ 2.741.909,36 e foi vencedora. Uma medida cautelar do TCE-PE, no entanto, determinou a suspensão do contrato e a abertura da auditoria em novembro de 2024.

Na mesma data do deferimento da cautelar, o prefeito Alexandre Batité (MDB) publicou a rescisão do contrato, sob o argumento de que estava oneroso para o município de São Bento do Una. A prefeitura já havia desembolsado R$ 556.477,34.

Auditoria

A auditoria foi concluída no último dia 27 de maio. No relatório, Tenório responsabiliza a secretária municipal de Educação, Gisângella Cavalcante de Morais – “ao não realizar o Estudo Técnico Preliminar de forma correta, ocorreu uma licitação direcionada, com sobrepreço e superfaturamento”, segundo o texto.

“Verificou-se a ausência de explicação da necessidade de todos os itens licitados e a disponibilidade destes no mercado, tais como os elementos que compõem o kit de robótica e a sala maker, a impressora 3D, a máquina de corte a laser, a lousa interativa, etc”, acrescenta o auditor.

O relatório aponta ainda que houve agrupamento injustificado de itens licitados, procedimento que não seria vantajoso. Segundo o auditor, o parcelamento de licitações permitiria que “empresas menores participem das licitações, e aumenta a competitividade”.

“Não é eficiente agrupar itens de papelaria com fornecimento de mobiliários e impressoras 3D. Mais grave ainda é tais itens estarem agrupados com kits de robótica e software de acompanhamento de desempenho escolar dos alunos”.

No termo de referência, a justificativa para o agrupamento de itens em lotes foi baseada na dificuldade de gerenciar vários contratos. No entanto, a auditoria considerou o argumento inválido.

Textos iguais

Outra característica que chamou a atenção do auditor foi a existência de quatro termos de referências das prefeituras de Sanharó, Custódia, Águas Belas e Lagoa Nova-PB, com diversos trechos idênticos ao de São Bento do Una.

“Foi apontado que aqueles contêm termos em comum tais como kits de oficinas, manuais, cursos de formação, locação de laboratórios equipados. Além disso, utilizam expressões idênticas na justificativa e em outros trechos”, informa o documento.

Todos possuem cláusulas restritivas com relação ao software de gerenciamento de desempenho escolar, chamado de PostgreSQL. “Existem diversos outros Sistemas Gerenciadores de Banco Dados, como MySql, Sql Server, Interbase”, rebate o auditor, que não identificou justificativa para a licitação.

“Não há razão para somente ser utilizado o framework Django, já que existem outros frameworks disponíveis, tais como: FastAPI, Pyramid, Tornado, etc. Também não se justifica a restrição de utilização de uma linguagem de programação específica, quando existem diversas outras no mercado, como java, php, etc”, acrescenta, sobre outras exigências.

O documento também apresentava o mesmo erro na redação de uma frase, que suprime a mesma palavra. “Há diversos outros trechos estranhamente idênticos, com parágrafos inteiros iguais, tanto na justificativa, quanto nas especificações técnicas, além do próprio conjunto em si dos itens serem muito semelhantes”, continua o relatório. “A consequência foi que durante o pregão somente a empresa Xptec foi a única participante do lote em questão”.

Kits sem uso

Por fim, o auditor também destaca que os itens escolares não estavam sendo utilizados pelos alunos. A falta de uso dos kits de robótica e a sala maker, pagos em agosto de 2024, foi constatada após visita técnica à Prefeitura, em 21 de fevereiro deste ano.

A auditoria sugere a imputação de débito de R$ 405.411,00 à empresa Xptec Ltda por superfaturamento, a ser dividido com a secretária de Educação Gisângella Cavalcante de Morais, por causa da inclusão de cláusulas restritivas e agrupamentos de itens.

O auditor também recomenda que a Xptec Ltda e a secretária paguem débito de R$ 96.589,00, por falta de comprovação de itens pagos e por autorizar pagamento sem a devida conferência dos itens, respectivamente.

A auditoria sugere ainda a aplicação de multa a Gisângella Cavalcante de Morais, por atos ilegais e antieconômicos, como “ter atestado o recebimento dos itens e serviços sem a devida conferência” e “não ter posto em utilização pelos alunos os kits e a sala maker pagos”.

A reportagem procurou na terça-feira (18) a defesa da Prefeitura de São Bento do Una e o prefeito Alexandre Batité (MDB), que não responderam até a publicação da matéria.

ÚLTIMO GRUPO DE POLÍTICOS BRASILEIROS QUE ESTAVA EM ISRAEL DEIXOU PAÍS VIA JORDÂNIA

Itamaraty confirma que último grupo de políticos que estava em Israel deixou o país pela Jordânia
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou, há pouco, que o último grupo de autoridades e políticos brasileiros que estava em Israel conseguiu deixar o país pela fronteira terrestre com a Jordânia, nesta manhã.

Segundo a pasta, o grupo é formado por 27 cidadãos. Eles receberam autorização das Forças de Defesa de Israel para ir até a fronteira terrestre com o território jordaniano, de onde vão embarcar em voos comerciais para o Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores mantém, desde outubro de 2023 quando se intensificaram os conflitos entre Israel e o Hamas, um alerta consular que desaconselha toda viagem não essencial ao país.

Os ataques recentes entre os dois países coincidiram com a viagem das duas comitivas de autoridades brasileiras a Israel. Na segunda-feira (16), o primeiro grupo formado por prefeitos e outros gestores municipais fez o mesmo trajeto e deixou Tel Aviv. Eles passaram pela Jordânia e seguiram rumo à Arábia Saudita, de onde voltaram para o Brasil.

PRINCIPAIS PAUTAS DA ALEPE VÃO MESMO FICAR PARA O SEGUNDO SEMESTRE

Na véspera do recesso parlamentar, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) viveu um dia de votações intensas que destravaram a pauta e garantiram a aprovação de projetos importantes para o Executivo estadual. Com o plenário cheio e clima de acordo entre as bancadas, foi aprovado o Projeto de Lei nº 2994/2025, que autoriza a abertura de crédito suplementar superior a R\$ 100,5 milhões. O montante tem como principal finalidade o financiamento das festividades juninas em cem municípios pernambucanos, além do reforço orçamentário para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE). Do total liberado, R\$ 50 milhões serão destinados à Empetur, que é responsável pela execução de políticas públicas voltadas ao turismo; R\$ 30 milhões irão para a Fundarpe, que organiza e apoia eventos culturais; e os R\$ 20,5 milhões restantes beneficiarão diretamente as atividades do TCE. A liberação do crédito, aprovada sem grandes resistências, foi interpretada como um gesto de alívio institucional antes do recesso, garantindo o suporte financeiro às festas de São João, especialmente importantes para o interior do estado.

Ainda na mesma sessão, a Alepe aprovou outro projeto estratégico do governo: a criação de cinco novos batalhões da Polícia Militar. A proposta passou pelas comissões de Justiça, Administração Pública e Segurança Pública na manhã da terça-feira e foi levada ao plenário no turno da tarde, onde também recebeu sinal verde. O projeto prevê a instalação do 27º BPM em Goiana, na Mata Norte; do 28º BPM em Bezerros, no Agreste Central; e do 29º BPM em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Além disso, serão implantados o 3º Biesp em Arcoverde, no Sertão do Moxotó, e o 4º Biesp em Barreiros, na Mata Sul, fortalecendo o aparato de segurança pública em regiões estratégicas do estado. A medida é parte do esforço do governo para descentralizar e modernizar o policiamento, oferecendo uma resposta mais ágil aos crescentes desafios da segurança nas regiões contempladas.

Apesar das aprovações, o clima na Casa não é de plena satisfação. O deputado estadual Antonio Moraes (PSDB) avaliou que o semestre legislativo foi aquém do esperado e alertou para o risco de um segundo semestre ainda mais conflituoso, devido ao acirramento político. Segundo ele, é fundamental que os deputados coloquem os interesses do estado acima das disputas eleitorais e trabalhem para garantir avanços concretos. Moraes fez um apelo por mais diálogo e menos polarização, pedindo que os “palanques sejam desarmados” em nome da governabilidade. Já o líder da oposição, deputado Diogo Moraes (PSB), reconheceu que os debates tendem a se intensificar, mas negou que o fator eleitoral seja o principal causador das tensões. Para ele, as divergências em torno de temas como o empréstimo solicitado pelo Executivo, a suplementação orçamentária e a nomeação de novo gestor para Fernando de Noronha são naturais e refletem questões puramente administrativas. Ele pontuou que o calendário eleitoral influencia o clima político, mas não deve ser usado como desculpa para falta de planejamento por parte do governo estadual. A última reunião plenária do semestre deve ocorrer nesta quarta-feira, já que na próxima semana o feriado de São João antecipa o início do recesso oficial da Alepe, previsto para começar no dia 30.

POLÍCIA CIVIL DEFLAGRA OPERAÇÃO “OBSCURUS” CONTRA O TRÁFICO DE DROGAS E LAVAGEM DE DINHEIRO EM PERNAMBUCO

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (18), a 33ª Operação de Repressão Qualificada do ano de 2025, batizada de “Obscurus”. A ofensiva policial tem como principal objetivo desarticular uma organização criminosa de grande porte, envolvida com o tráfico interestadual de drogas e com a lavagem de dinheiro em larga escala. Segundo as autoridades, a quadrilha vinha expandindo suas operações por diversos estados brasileiros, incluindo Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Mato Grosso do Sul, tornando-se um alvo prioritário das forças de segurança pública.
A investigação teve início em maio de 2023 e foi conduzida pela 7ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico, que integra o Departamento de Repressão ao Narcotráfico (DENARC). Sob a coordenação do delegado José Eymard Coutinho, a apuração revelou uma estrutura criminosa altamente organizada, com ramificações em diferentes estados e uma rede complexa de lavagem de capitais ilícitos. A Justiça autorizou a execução de 33 mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão domiciliar, além do bloqueio judicial de ativos financeiros ligados aos investigados, medidas determinadas pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Caruaru.
Cerca de 150 policiais civis foram mobilizados para cumprir as determinações judiciais. A operação envolveu delegados, agentes e escrivães, além da participação de unidades especializadas da Polícia Civil de Pernambuco, como o Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE) e a Diretoria de Inteligência (DINTEL). O Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro teve papel fundamental na identificação de movimentações financeiras suspeitas, contribuindo para o rastreamento de recursos desviados e ocultados por meio de laranjas e empresas de fachada.
Também foi destacado o envolvimento da Gerência de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, uma vez que parte dos comandos da organização criminosa era articulada de dentro do sistema prisional. A operação contou ainda com o apoio aéreo do Grupamento Tático Aéreo (GTA/SDS-PE), ampliando a capacidade de resposta tática em áreas de difícil acesso.

Outro diferencial da operação foi a cooperação interestadual. As Polícias Civis dos estados do Rio Grande do Norte, da Bahia e do Mato Grosso do Sul participaram diretamente das diligências em seus respectivos territórios, demonstrando a articulação nacional do grupo criminoso e a necessidade de ações coordenadas em múltiplas frentes. Já a Polícia Militar de Pernambuco atuou como reforço no apoio operacional terrestre, garantindo a segurança durante os cumprimentos dos mandados.

A escolha do nome “Obscurus” remete à atuação dissimulada do grupo investigado, que utilizava estratégias sofisticadas para ocultar o patrimônio oriundo do tráfico de entorpecentes. Foram identificados veículos de luxo, imóveis de alto padrão e contas bancárias em nome de terceiros usados para mascarar os lucros ilícitos. As investigações apontam que o esquema movimentava valores expressivos e operava com logística própria de distribuição de drogas, utilizando rotas terrestres e suporte de contatos locais para evitar o rastreamento pelas autoridades.

Com a deflagração da operação, as autoridades esperam causar um golpe significativo na estrutura financeira e logística da organização, além de enfraquecer a capacidade de articulação entre seus líderes. A ação representa uma resposta contundente ao avanço das redes criminosas que tentam se infiltrar e se consolidar em Pernambuco e em outras regiões do país, utilizando mecanismos financeiros cada vez mais sofisticados. A Operação “Obscurus” reforça o compromisso das forças de segurança com o combate sistemático ao crime organizado por meio da repressão qualificada e do trabalho conjunto entre instituições.

ITERPE PARTICIPA DE CERIMÔNIA DE POSSE DO NOVO PRESIDENTE DA ADAGRO

Iterpe participa de cerimônia de posse do novo presidente da ADAGRO
Tomou posse como novo Diretor Presidente da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) o senhor: Moshe Dayan Fernandes de Carvalho. Ele foi aprovado pela Comissão de Justiça da Alepe e tomou posse pelas mãos da vice-governadora, Priscila Krause, na manhã desta quarta-feira (18), no auditório da Sociedade Nordestina de Criadores (SNC) no Recife. 

O presidente do Iterpe, Cleodon Ricardo, esteve presente na solenidade e destacou a importância do pleno funcionamento da agência para o desenvolvimento de todo o time da Secretaria de  Desenvolvimento Agrário Agricultura , Pecuária e Pesca do Estado de Pernambuco - SDA. 
O secretário Cícero Moraes, parabenizou o Governo de Pernambuco pela indicação, de Moshe Dayan para o cargo e elencou algumas ações SDA no ano de 2025, como o crescimento do programa do leite e deu destaque ao protagonismo nacional do Crédito Fundiário do Iterpe, que liberou mais de 100 milhões de reais para aquisição de terras no ano de 2024, e já ultrapassou os 70 milhões em menos de seis meses do ano de 2025, além do trabalho incansável da regularização fundiária que o Iterpe vem desenvolvendo com o suporte do Governo do Estado e fortalecendo parcerias com as prefeituras de pernambuco.

BOLSONARO NÃO FOI INDICIADO NA ABIN PARALELA, CARLOS E RAMAGEM SIM

A Polícia Federal concluiu um dos inquéritos mais delicados da era pós-Bolsonaro ao finalizar a investigação sobre o esquema de espionagem ilegal que ficou conhecido como “Abin paralela”. A apuração revelou que, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência foi utilizada indevidamente para monitorar adversários políticos, ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares, jornalistas e outras autoridades, em uma engrenagem de vigilância que rompeu os limites institucionais e legais do serviço secreto brasileiro.

De acordo com o relatório da PF, Bolsonaro teve participação no esquema, embora não tenha sido indiciado neste inquérito específico. A justificativa é que o ex-presidente já responde por crime de organização criminosa no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. No entanto, o núcleo operacional do esquema foi atingido com indiciamentos que incluem figuras próximas a ele. Entre os principais nomes está Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, que comandava a estrutura paralela de espionagem. Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente, também foi formalmente indiciado, apontado como articulador político do uso indevido da agência.

A lista de alvos do monitoramento clandestino é extensa e revela a abrangência do plano. Ministros do Supremo como Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux foram espionados, segundo a PF, com uso de tecnologia de geolocalização e acompanhamento eletrônico. No Congresso Nacional, os investigados incluíam o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP), a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-deputado Jean Wyllys e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.

A PF identificou ainda que jornalistas, senadores, governadores e até servidores de órgãos estratégicos estavam na mira do sistema ilegal. No total, 37 pessoas foram indiciadas, incluindo o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa. A investigação aponta que a estrutura da agência foi usada com desvio de finalidade, operando como um braço clandestino do gabinete presidencial, em sintonia com a chamada “ala ideológica” do governo Bolsonaro.

O método utilizado pelos espiões incluía o uso da ferramenta FirstMile, um software capaz de rastrear a localização de dispositivos móveis sem autorização judicial. Essa tecnologia, que deveria servir à segurança do Estado em operações contra o crime organizado e o terrorismo, foi usada para fins políticos e pessoais, violando garantias constitucionais e colocando em xeque a integridade institucional da Abin. Os registros coletados revelam dezenas de milhares de acessos a dados de localização de alvos, sem qualquer respaldo legal, expondo a gravidade da operação paralela.

O inquérito descreve a atuação de um núcleo técnico e outro político, com funções bem delineadas. Enquanto agentes da Abin operavam o sistema e coletavam informações, figuras do entorno de Bolsonaro indicavam os alvos e orientavam o uso dos dados. As informações obtidas, segundo os investigadores, foram usadas para alimentar estratégias políticas, ataques nas redes sociais e ações de bastidores contra adversários do governo.

A Polícia Federal destacou que o caso representa um dos episódios mais graves de instrumentalização das instituições de Estado para fins pessoais e políticos desde a redemocratização do país. Ainda que Jair Bolsonaro não tenha sido formalmente indiciado neste momento, a citação de sua participação no relatório final representa um marco na responsabilização de ex-mandatários por condutas criminosas durante o exercício do cargo. O relatório final será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público Federal, que poderá oferecer denúncia nos próximos meses.