sexta-feira, 11 de julho de 2025

FERNANDO MONTEIRO, DO REPUBLICANOS, REFORÇA ALIANÇA COM RAQUEL LYRA MESMO EM PARTIDO ALIADO DE JOÃO CAMPOS

No cenário político pernambucano, as relações de aliança e oposição muitas vezes desafiam a lógica dos partidos. Um exemplo recente foi dado pelo deputado federal Fernando Monteiro, filiado ao Republicanos, partido que integra a base do prefeito João Campos (PSB) e que oficialmente se posiciona em oposição à governadora Raquel Lyra (PSD). Mesmo assim, Monteiro fez questão de declarar sua aliança clara e efetiva com a chefe do Executivo estadual durante a cerimônia de filiação do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, ao PSD.

Ao destacar sua atuação parlamentar, Fernando Monteiro não economizou nas declarações para evidenciar seu compromisso com Pernambuco, independentemente das divergências partidárias. “Eu sou de outro partido, mas sou aliado da governadora Raquel Lyra e não sou aliado de discurso. Eu sou o deputado federal que mais colocou emenda de bancada para o estado de Pernambuco”, afirmou, reforçando que seu trabalho é concreto, com investimentos já direcionados a obras estruturantes como a BR-232 e a restauração de vias importantes para o estado.

Essa fala sinaliza que, apesar das aparências e dos posicionamentos oficiais do Republicanos, a política no estado não é feita apenas de oposição rígida. Monteiro se coloca como um articulador que prefere a prática do que o discurso, declarando que estará sempre à disposição para apoiar financeiramente projetos de Raquel Lyra, a governadora que hoje lidera o Executivo estadual com popularidade crescente. “Quantas vezes ela precisar, vai ter recurso meu, porque recurso em Pernambuco é bem aplicado”, enfatizou o deputado.

O Republicanos, partido ao qual Monteiro é filiado, tem como principal liderança estadual o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que vem trabalhando intensamente para construir sua candidatura ao Senado, compondo chapa com João Campos, que será candidato ao Governo do Estado. Esse cenário cria um paradoxo na política local: um deputado federal que, mesmo filiado a um partido que caminha com João Campos, posiciona-se como aliado direto da governadora Raquel Lyra, sua adversária política.

Esse movimento político de Monteiro pode indicar um alinhamento estratégico para 2026, quando as eleições estaduais prometem ser altamente competitivas. O apoio cruzado evidencia que as alianças não são necessariamente estanques, e que a busca por recursos e melhorias para Pernambuco pode superar rivalidades partidárias.

Além disso, a presença do deputado federal na filiação de Rodrigo Pinheiro ao PSD reforça a aproximação do Republicanos com forças que tendem a fortalecer o projeto de Raquel Lyra, mostrando que o campo político é mais fluido do que parece à primeira vista. O gesto público de Monteiro ganha importância justamente por desafiar a expectativa de que seu partido estaria inteiramente alinhado com João Campos.

Com isso, a figura de Fernando Monteiro ganha ainda mais relevância no tabuleiro político estadual. Ele se apresenta como um político pragmático, disposto a transitar entre as forças políticas para garantir investimentos e projetos para Pernambuco, independentemente de liturgias partidárias. Esse tipo de posicionamento pode ser um indicativo de que a política estadual terá dinâmicas menos previsíveis e mais focadas em resultados práticos.

Em resumo, a fala e a postura de Fernando Monteiro durante o evento político vão além de simples gestos de cortesia. Tratam-se de declarações carregadas de significado, que podem influenciar os rumos da política pernambucana, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando e o jogo de alianças se intensificando.

A trajetória do Republicanos em Pernambuco, com seu presidente estadual Silvio Costa Filho mirando uma candidatura ao Senado pela chapa de João Campos, ganha um novo capítulo com essa aparente dissidência interna, evidenciada pelo apoio de Monteiro a Raquel Lyra. O tempo dirá se essa postura será mantida, mas o fato é que o deputado já demonstrou que sua prioridade é o desenvolvimento de Pernambuco, independente de alinhamentos partidários rígidos.

PREFEITO E VICE DE ITAMARACÁ DECLARAM APOIO À PRÉ-CANDIDATURA DE BRUNO MARQUES

A cena foi cuidadosamente planejada e teve forte carga simbólica: em uma articulação que repercute além dos limites municipais, o prefeito de Itamaracá, Paulo Galvão, e o vice-prefeito Ailton Aguiar selaram publicamente, ao lado do prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), o apoio à pré-candidatura de Bruno Marques à Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2026. O gesto, realizado em encontro reservado, mas com ampla repercussão política, indica o avanço de um novo polo de força na disputa estadual e evidencia a movimentação estratégica de lideranças locais que miram maior representatividade em 2026. Bruno Marques, filho do prefeito Fabiano, surge como uma das promessas da nova geração política pernambucana, com discurso voltado à renovação e forte identidade municipalista.

A declaração de apoio contraria diretamente uma publicação recente do deputado estadual Claudiano Martins (PP), que havia citado publicamente o prefeito Paulo Galvão como parte de sua base de apoio à reeleição. Com o movimento em favor de Bruno, a afirmação do deputado perde respaldo e o tabuleiro político em Itamaracá é redesenhado. O gesto de Galvão e Aguiar foi descrito por interlocutores como “firme” e “alinhado a uma construção coletiva”, revelando a costura de uma nova aliança regional entre o Litoral Norte e o Sertão do São Francisco. Durante a reunião, Fabiano destacou que a parceria entre os gestores é sólida e parte de um projeto maior, que pretende unir municípios distintos em torno de pautas comuns e representação ativa no legislativo estadual.

O prefeito de Itamaracá foi além do apoio protocolar e se comprometeu a organizar, nos próximos dias, um evento público para apresentar oficialmente Bruno Marques ao seu grupo político e à população da ilha. “Vamos fazer uma grande mobilização, reunir vereadores, lideranças e o povo para mostrar quem é Bruno e o que ele representa”, afirmou Galvão, que sinalizou entusiasmo com o reforço ao seu campo político. O vice-prefeito Ailton Aguiar, por sua vez, reforçou que o encontro representa mais do que uma aliança: é uma declaração de compromisso com o futuro da cidade e do estado. Ele enfatizou a importância de Itamaracá participar de um projeto político com bases sólidas e representatividade verdadeira.

Bruno Marques, apesar de ainda não estar oficialmente em campanha, já tem marcado presença em articulações importantes e vem ampliando seu raio de influência. O apoio em Itamaracá soma-se a outras adesões já costuradas por seu pai em diferentes regiões de Pernambuco. Fabiano Marques tem assumido papel central na condução da pré-campanha do filho, usando sua experiência administrativa e rede de contatos para consolidar alianças. A aposta em Bruno carrega também um discurso de modernização e diálogo com os municípios, que buscam representação mais próxima de suas realidades. Ao atrair o apoio de líderes do litoral, como Galvão e Ailton, o projeto de Bruno ganha contornos de abrangência estadual, mostrando que a disputa de 2026 já começou entre bastidores e gestos públicos.

SILVIO COSTA FILHO CRITICA EDUARDO BOLSONARO E ALERTA SOBRE IMPACTOS DA TARIFA AMERICANA DE 50% NA ECONOMIA BRASILEIRA

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco, posicionou-se com firmeza após a divulgação de um vídeo do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo. No vídeo, Eduardo Bolsonaro critica duramente a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, anunciada pelo então presidente Donald Trump, e se refere a ela de forma irônica como “tarifa Moraes”. Além disso, o deputado aborda a questão da regulação das redes sociais no Brasil e o papel do bloco econômico BRICS, defendendo mudanças legislativas para garantir o que chama de liberdade de expressão online. Em sua manifestação, Silvio Costa Filho classificou como “loucura” o posicionamento do deputado e chamou a atenção para o impacto negativo que essa tarifa teria sobre a economia brasileira, especialmente no que diz respeito à geração de empregos.

Ao compartilhar o vídeo nas suas redes sociais, o ministro destacou que a taxação americana sobre as importações brasileiras em 50% não é apenas um dado político, mas uma ameaça concreta à economia nacional. Ele alertou para os riscos diretos que essa tarifa pode representar para diversos setores produtivos do país, ressaltando a possibilidade de aumento do desemprego e redução da competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional. Para Silvio Costa Filho, a postura adotada por Eduardo Bolsonaro demonstra uma irresponsabilidade grave, pois ignora as consequências reais que essas medidas externas podem provocar no tecido econômico do Brasil, impactando diretamente a vida dos trabalhadores e das famílias brasileiras.

Além disso, Silvio ressaltou a importância da soberania nacional, destacando que a defesa da economia e dos interesses do país transcende as divisões ideológicas tradicionais, como direita, esquerda ou centro. Segundo ele, a preservação da economia brasileira e da sua autonomia deve ser prioridade para todos os setores políticos e sociais, independentemente das linhas partidárias. Ao enfatizar que essa pauta é uma questão de Brasil e não de espectro político, o ministro procurou unificar o discurso em torno da proteção dos interesses nacionais diante de desafios externos que podem comprometer o desenvolvimento econômico e social.

O ministro aproveitou a ocasião para criticar também a proposta mencionada por Eduardo Bolsonaro, de uma “anistia ampla e irrestrita” para questões relacionadas à regulação das redes sociais, destacando que a liberdade de expressão deve ser debatida com responsabilidade e dentro dos limites da legislação vigente, que visa assegurar o equilíbrio entre direitos e deveres no ambiente digital. A questão da regulação das redes sociais tem sido um tema sensível no cenário político brasileiro, e o posicionamento do ministro reflete a preocupação com um debate mais equilibrado e responsável sobre o assunto.

Silvio Costa Filho usou sua plataforma para reforçar a necessidade de ações concretas que fortaleçam a economia nacional e defendam a integridade dos mercados internos e externos, especialmente em um momento em que o Brasil enfrenta desafios importantes no comércio internacional. A imposição de tarifas elevadas, como a anunciada pelos Estados Unidos, pode causar retração nas exportações brasileiras, afetando a balança comercial e a geração de renda em diversos setores, como o agrícola, industrial e de serviços.

Em sua publicação, o ministro mostrou-se preocupado com o impacto social da medida, lembrando que, por trás dos números e índices econômicos, estão as famílias brasileiras que dependem dos empregos gerados pela produção e exportação de bens. A redução da competitividade provocada pela tarifa americana poderia, na visão do ministro, gerar desemprego em massa, com consequências negativas para a economia interna e para a estabilidade social.

O episódio revela também as tensões e divergências dentro do próprio espectro político brasileiro, com figuras importantes manifestando opiniões divergentes sobre como enfrentar as dificuldades externas e quais estratégias adotar para proteger os interesses nacionais. A crítica pública feita por Silvio Costa Filho ao deputado Eduardo Bolsonaro evidencia um debate interno acirrado sobre política econômica, comércio exterior e regulação digital, temas que ganharam relevância no cenário atual do Brasil.

Por fim, o posicionamento do ministro também serve como um alerta para a necessidade de maior unidade e diálogo entre os diferentes atores políticos e econômicos do país, a fim de encontrar soluções eficazes para os problemas que o Brasil enfrenta na esfera internacional, especialmente em relação a tarifas e barreiras comerciais impostas por grandes potências. A defesa da soberania econômica brasileira e a proteção dos empregos são, para Silvio Costa Filho, questões que devem estar acima de interesses partidários e pessoais, exigindo responsabilidade e compromisso por parte de todos os envolvidos.

PSOL APOSTA EM IVAN MORAES PARA 2026 E DEIXA DANI PORTELA EM SEGUNDO PLANO

O anúncio do nome do ex-vereador Ivan Moraes como principal aposta do PSOL para a disputa ao Governo de Pernambuco em 2026 mexeu com os bastidores da política estadual e causou uma reconfiguração silenciosa nas fileiras internas da legenda. A escolha surpreende não apenas pela figura de Ivan, que embora conhecido por sua atuação no Recife e forte presença em pautas progressistas, não vinha sendo cotado como cabeça de chapa para uma eleição majoritária estadual. Mas, sobretudo, pela mudança de foco da sigla em relação à deputada estadual Dani Portela, que desde 2018 vinha sendo o rosto mais visível do PSOL em Pernambuco, acumulando capital político, protagonismo e respeitabilidade tanto no campo institucional quanto nos movimentos sociais.

Dani construiu sua trajetória com firmeza na oposição a gestões do PSB e, mais recentemente, ao governo de Raquel Lyra, tornando-se uma das vozes mais reconhecidas da esquerda no estado. Sua postura combativa e seu compromisso com pautas populares fizeram dela uma figura agregadora, o que a tornou referência natural em qualquer debate sobre futuro político do PSOL. No entanto, o esvaziamento de seu nome na disputa de 2026 não parece ser mero acaso ou questão de preferência pontual. Internamente, o partido tem passado por movimentações que indicam uma tentativa de reposicionamento estratégico. Parte da equipe política que atuava com Dani migrou recentemente para o PT, o que alimentou rumores sobre uma possível mudança de legenda por parte da deputada.

A tensão se intensificou após o tesoureiro nacional do PSOL, Tiago Paraíba, cobrar publicamente uma manifestação de Dani sobre a indicação de Ivan. A cobrança foi interpretada como sinal de que há pressa na consolidação de um novo projeto de poder dentro do partido, deixando para trás estruturas que antes eram vistas como centrais. Vale lembrar que em 2023 Dani já havia enfrentado resistência interna dentro da federação PSOL-Rede, quando o deputado federal Túlio Gadelha também manifestou desejo de disputar a Prefeitura do Recife, desafiando o protagonismo da parlamentar.

Em nota divulgada após o anúncio do nome de Ivan, Dani quebrou o silêncio. E, de maneira diplomática, elogiou o ex-vereador, reafirmou seu compromisso com a esquerda e a defesa do Governo Lula, mas destacou que o foco de seu mandato no momento é o trabalho legislativo e que o debate estadual deve ser travado no tempo certo. A fala foi vista como uma forma de preservar sua coerência política sem alimentar conflitos públicos, embora tenha soado como uma despedida de quem percebe que o partido pode estar tomando outro rumo. O fortalecimento do nome de Ivan Moraes, com apoio silencioso de setores influentes do PSOL nacional, é o indicativo mais claro de que o partido resolveu abrir alas para uma nova aposta, enquanto Dani, mesmo sem ter perdido capital político, parece ter sido colocada no banco de reservas da legenda.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

ROSSINE, MARCELO GOUVEIA E FABRIZIO FERRAZ SE REÚNEM COM LIDERANÇAS INDÍGENAS NA ALDEIA MÃE MARIA EM PESQUEIRA

Na tarde desta quinta-feira (11), o pré-candidato a prefeito de Pesqueira, Delegado Rossine, esteve presente em uma importante reunião política promovida pelo vereador e cacique Biá, líder da Aldeia Mãe Maria, uma das comunidades indígenas mais tradicionais do município. O encontro, realizado na própria aldeia, contou com a participação de duas figuras de destaque no cenário político estadual: o ex-prefeito de Paudalho e atual presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Marcelo Gouveia, e o deputado estadual Coronel Fabrizio Ferraz. A reunião teve como foco o fortalecimento de alianças políticas e a escuta das demandas da população indígena, que historicamente tem sido negligenciada pelas gestões locais.
Marcelo Gouveia, que já anunciou sua pré-candidatura a deputado federal em 2026, tem ampliado sua atuação para além da região da Mata Norte, levando uma agenda municipalista para todo o estado. Em sua fala, ele destacou a importância de dar visibilidade às comunidades tradicionais e assumiu o compromisso de levar as pautas dos povos indígenas ao Congresso Nacional, com atenção especial à infraestrutura, saúde e educação nas aldeias. Já o deputado Coronel Fabrizio Ferraz, que vem ampliando sua presença no Agreste, reforçou a necessidade de garantir a dignidade das populações indígenas com políticas públicas estruturantes e respeito às lideranças locais.
O vereador Biá, anfitrião da reunião e voz ativa na Câmara Municipal, reafirmou o apoio ao projeto político de Rossine e ressaltou que a Aldeia Mãe Maria está atenta ao cenário político de Pesqueira. O cacique enfatizou que a comunidade não pode continuar sendo lembrada apenas em época de eleição, mas precisa estar inserida de forma permanente nas decisões que impactam o desenvolvimento do município.

Rossine, que disputou a última eleição municipal e perdeu por uma pequena diferença de votos, volta ao debate político com um discurso renovado e o apoio de figuras estratégicas. Durante sua fala, criticou a estagnação política de Pesqueira, afirmando que o município parece ter ficado no tempo, abandonado por lideranças que não corresponderam à confiança do povo. Ele disse que, mesmo sem cargo eletivo, tem atuado como porta-voz de quase metade da população que o escolheu nas urnas, cobrando soluções e propondo alternativas.

O pré-candidato afirmou que sua nova caminhada será marcada por inclusão, escuta e presença em todas as comunidades, especialmente as mais esquecidas. Destacou ainda que sua parceria com Marcelo Gouveia e Coronel Ferraz não é apenas política, mas baseada em afinidade de ideias e compromisso com um novo modelo de gestão. A reunião reforçou a imagem de Rossine como uma liderança em crescimento, com capacidade de articulação e sensibilidade para as causas sociais.

A presença do ex-prefeito Marcelo Gouveia e do deputado Ferraz na Aldeia Mãe Maria simbolizou o rompimento com práticas políticas antigas e uma aposta clara em um projeto de reconstrução para Pesqueira. O encontro foi marcado por falas firmes, mas respeitosas, onde cada liderança reafirmou o desejo de contribuir para um município mais justo, diverso e representativo. Em uma cidade marcada por promessas não cumpridas, o gesto de ouvir os povos originários e caminhar ao lado deles sinaliza uma mudança concreta que começa a ganhar forma nas bases.

EM CARUARU, RAQUEL ASSINA ORDENS DE SERVIÇO PARA CONSTRUÇÃO DE CENTRO ESPECIALIZADO DE REABILITAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DE RUAS

Em Caruaru, governadora Raquel Lyra assina ordens de serviço para construção de Centro Especializado de Reabilitação e pavimentação de ruas
O Governo de Pernambuco deu mais um importante passo no desenvolvimento de obras estruturantes no Agreste. Nesta quinta-feira (10), em Caruaru, a governadora Raquel Lyra assinou a ordem de serviço para a construção de um Centro Especializado em Reabilitação (CER) e outras duas ordens de serviço para a pavimentação de ruas da cidade. Também foi autorizada a abertura de duas licitações para obras na via de acesso ao abatedouro municipal e quatro ruas em Murici, na zona rural. A vice-governadora Priscila Krause participou das agendas.
"É uma alegria estar aqui para poder anunciar novas obras para Caruaru. Depois de entregarmos o Hospital da Mulher, que em breve completa mil partos feitos, estamos anunciando a ordem de serviço para início das obras de um centro de reabilitação que vai funcionar pertinho do complexo hospitalar do Governo de Pernambuco, além de pavimentações de ruas que vão melhorar o acesso da população aos locais. Tudo o que vem pela frente é muito melhor do que aquilo que a gente já construiu até agora", afirmou a governadora Raquel Lyra. 
O CER tem como objetivo ampliar o acesso à atenção especializada para pessoas com deficiência física, auditiva, visual, intelectual e com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de outras neurodiversidades. Entre os serviços, estarão fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia. Localizado no bairro Santa Rosa, próximo ao Hospital da Mulher do Agreste (HMG), a unidade também atenderá a municípios como Garanhuns, Pesqueira, Gravatá, Santa Cruz do Capibaribe, entre outros, reduzindo a necessidade de ida a unidades na Região Metropolitana do Recife.
A ordem de serviço para execução das obras para construção da nova unidade, além de sua equipagem, contará com investimentos na ordem de R$ 11 milhões, recursos do governo federal e contrapartida do governo estadual. “É uma gama de trabalhos que vão ser oferecidos a toda a população do Agreste. Todos os municípios próximos vão poder contar com mais de 6 mil atendimentos por mês”, explicou a secretária de Saúde, Zilda Cavalcanti. 
No Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (10), também foi aberta a licitação para a construção de um CER no município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú. "Reforçando a infraestrutura do interior, você se aproxima das pessoas que precisam e desafoga a infraestrutura da Região Metropolitana do Recife. Essa interiorização vem sendo feita com muita força. Esperamos com isso atender melhor o cidadão que tanto precisa”, registrou o secretário de Projetos Estratégicos, Rodrigo Ribeiro.
"São investimentos na área de infraestrutura, mobilidade, saúde. O CER é um equipamento importantíssimo de reabilitação que será construído, além de várias ruas que foram anunciadas. Isso se incorpora às diversas outras ações que fizemos e vamos fazer em conjunto com o Governo do Estado”, acrescentou o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro. 
OBRAS VIÁRIAS - Os investimentos para as obras viárias em Caruaru vão somar quase R$ 10 milhões. As ordens de serviço são destinadas a 10 ruas em áreas da zona rural do município, com o objetivo de promover o desenvolvimento urbano. 

Já as licitações vão contratar uma empresa de engenharia para a obra na via de acesso ao abatedouro municipal, que possui uma extensão total de 3.990 metros. Outra licitação é para intervenções em Murici, que somam uma área de pavimentação de 1.810,97 metros quadrados. A contratação tem como meta principal oferecer melhorias nas vias que beneficiarão diretamente as comunidades atendidas, por meio da execução de serviços de terraplenagem, drenagem, pavimentação asfáltica, sinalização, entre outros.

“São muitos investimentos da gestão estadual chegando a Caruaru. O CER, que vai desafogar e atender pessoas que hoje precisam se locomover para a Região Metropolitana, e a pavimentação nas zonas rural e urbana”, destacou a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes. “As ações divulgadas pela governadora Raquel Lyra fazem a diferença para a população, que por muito tempo aguardou por essas ruas. Também estamos garantindo que quem é da região possa ser atendido mais perto de casa com o Centro Especializado de Reabilitação", complementou o diretor presidente da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Paulo Lira.
Também estiveram presentes no evento o deputado federal Fernando Monteiro, o deputado estadual Joaquim Lira; os secretários de Mobilidade e Infraestrutura, André Teixeira Filho; de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas, Carlos Braga; de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência, Joanna Figueirêdo; o diretor-presidente da Pernambuco Participações (Perpart), Francisco Amaral.

Fotos: Hesíodo Góes/Secom

ENCONTRO ENTRE SILVIO COSTA FILHO E HUMBERTO COSTA REFORÇA BASTIDORES DA CHAPA DE JOÃO CAMPOS PARA 2026

Em Brasília, uma reunião entre o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o senador Humberto Costa movimentou os bastidores da política pernambucana e acendeu os sinais para 2026. Oficialmente, foi um encontro para tratar de investimentos em infraestrutura e discutir a conjuntura do estado. Mas, nos bastidores, o que realmente está em jogo é o futuro da chapa majoritária que deve ser encabeçada por João Campos, prefeito do Recife e principal nome cotado para disputar o Governo de Pernambuco. Silvio Costa Filho, que vem sendo uma ponte sólida entre João e o Republicanos, fortalece cada vez mais sua presença como nome cotado ao Senado. Ao mesmo tempo, Humberto Costa, um dos quadros mais experientes do PT, busca manter sua cadeira e não esconde o desejo de seguir representando o partido na alta cúpula da política nacional. A imagem do encontro, embora protocolar, foi cuidadosamente registrada e divulgada, revelando uma tentativa de alinhamento entre dois possíveis concorrentes ao mesmo cargo. A sinalização vai além do estado: o gesto também fala com o presidente Lula, que demonstra simpatia pela candidatura de João Campos e deseja um palanque robusto para impulsionar o PT em Pernambuco. A presença de Humberto na chapa, portanto, seria a garantia da representatividade petista nesse projeto. Já Silvio, pela atuação no governo federal e fidelidade ao Republicanos, surge como nome de consenso entre os aliados do campo governista. O encontro ainda mostra que há diálogo entre os dois e, principalmente, disposição para construir uma aliança. Se estarão juntos na mesma chapa ou disputarão o mesmo espaço ainda é incerto, mas o recado está dado. A movimentação confirma que, em política, nenhum gesto é por acaso e que as articulações para 2026 já ganharam corpo, com Brasília sendo o cenário onde as peças começam a se encaixar.

LULA ACUSA BOLSONARO POR TARIFAS DOS EUA E PROMETE RETALIAÇÃO COM LEI DA RECIPROCIDADE


Em declarações contundentes dadas nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom ao comentar as novas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo o petista, a medida tem motivações políticas e está diretamente ligada à atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Lula acusou Eduardo de ter intermediado articulações com o ex-presidente norte-americano Donald Trump para influenciar uma retaliação contra o Brasil como resposta ao avanço das investigações judiciais envolvendo o ex-chefe do Executivo.

De acordo com Lula, o gesto do governo norte-americano é uma interferência inaceitável na soberania do país e fere os princípios históricos da relação diplomática entre as duas nações. Ele afirmou que a ação se baseia em um conteúdo “desrespeitoso” enviado a Trump e revelou que a carta — publicada no site do ex-presidente americano — parece ter sido escrita com viés eleitoral, na tentativa de explorar politicamente a aliança entre Trump e Bolsonaro às vésperas de eleições importantes nos dois países.

Para o presidente brasileiro, há uma tentativa explícita de transformar a diplomacia em espetáculo, substituindo canais oficiais por mensagens divulgadas em redes sociais. Em suas palavras, “não é aceitável fazer diplomacia por vídeo, nem por site pessoal”. O presidente também ironizou o conteúdo da carta, dizendo ter pensado inicialmente que se tratava de um material apócrifo, devido ao formato da publicação.

Lula afirmou ainda que está em curso uma reação institucional à altura do ataque. O Itamaraty já iniciou tratativas diplomáticas com os Estados Unidos e, segundo o presidente, eventuais sanções ou medidas comerciais serão avaliadas com base na Lei da Reciprocidade, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional. A legislação autoriza o Brasil a adotar sanções equivalentes às que forem impostas por outros países, e está sendo considerada como principal ferramenta de resposta.

O chefe do Executivo informou que criará um comitê com representantes do setor produtivo e da indústria para avaliar os próximos passos e repensar a política comercial com os Estados Unidos. Ele também destacou que o governo brasileiro poderá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para questionar a legalidade da medida e denunciar o caráter político da retaliação tarifária. Segundo Lula, o Brasil buscará negociar, mas, caso os canais diplomáticos não surtam efeito, o governo não hesitará em retaliar os norte-americanos de forma proporcional.

Na entrevista à TV Record, o presidente reforçou que o país tem mecanismos institucionais para se proteger de ataques e pressões internacionais e afirmou que “quem tem que gostar e respeitar o Brasil são os brasileiros”. Ele deixou claro que o governo não permitirá que disputas judiciais internas sejam transformadas em armas diplomáticas, tampouco aceitará que interesses eleitorais interfiram nas relações exteriores do país.

Ao responsabilizar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo pelo início do conflito, Lula indicou que o episódio marca mais um capítulo da polarização entre os dois campos políticos que continuam disputando espaço dentro e fora do país. Para o petista, a conduta de Eduardo Bolsonaro — ao supostamente incitar Trump contra o Brasil — mostra não apenas deslealdade com a pátria, mas também uma tentativa de sabotar o governo por meio de pressões internacionais.