sexta-feira, 11 de julho de 2025

TRUMP TAXA O BRASIL, DESORGANIZA A DIREITA E RECOLOCA A ESQUERDA NO JOGO POLÍTICO

Trump impõe tarifa contra o Brasil e desorganiza estratégia da direita: bolsonarismo se vê encurralado e esquerda tenta ocupar espaço perdido

A base política do ex-presidente Jair Bolsonaro foi surpreendida nesta semana por um movimento que deveria representar uma vitória simbólica, mas terminou por desorganizar toda a estratégia da direita brasileira. A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros atingiu em cheio os interesses econômicos do país e causou desgaste político imediato entre os aliados de Bolsonaro. O anúncio, que vinha sendo precedido por discursos inflamados de Eduardo Bolsonaro — atualmente autoexilado na Flórida — e apelidados de “tarifas Moraes” por ele próprio, deixou perplexos até os apoiadores mais fiéis do ex-presidente. A intenção era punir o ministro Alexandre de Moraes, mas o efeito colateral atingiu em cheio a própria base bolsonarista.

O reflexo foi imediato. Um dos principais nomes do bolsonarismo no Sudeste, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chegou a elogiar a postura de Trump de maneira cautelosa, mas recuou publicamente em menos de 24 horas, depois da péssima repercussão entre empresários paulistas, principais afetados pela nova taxação. Tentando conter os danos, Tarcísio viajou a Brasília para se reunir com Bolsonaro e avaliar como administrar a crise, que ameaça minar a narrativa construída pela direita sobre o alinhamento automático com os Estados Unidos. A situação colocou os bolsonaristas na defensiva, oferecendo à esquerda uma oportunidade inédita de reação no campo simbólico e midiático.

A oposição progressista, que vinha acuada nas redes sociais e ausente das ruas desde a vitória apertada de Lula em 2022, enxergou no erro estratégico uma chance de reorganização política. A tentativa do deputado federal Guilherme Boulos de realizar uma manifestação em São Paulo nesta semana, ainda que com público modesto, gerou repercussão inesperada quando foi interrompido por um cidadão comum ao microfone — um episódio que viralizou nas redes. Mas a surpresa maior veio com o desdobramento posterior: as críticas à postura de Bolsonaro e seu filho Eduardo se espalharam até entre setores antes silenciosos, e a indignação popular com o tarifaço abriu caminho para que a esquerda resgatasse discursos sociais mais contundentes.

O próprio deputado estadual Coronel Alberto Feitosa, um dos mais leais defensores do bolsonarismo em Pernambuco, admitiu publicamente que a medida de Trump foi um erro. Para ele, o ideal seria que as sanções se limitassem a membros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes. Mas, apesar do revés, Feitosa manteve o tom combativo e indicou que a direita ainda espera por movimentos mais firmes do Senado ou mesmo do STF, alertando que “vem mais coisa por aí” caso não haja recuo. A fala revela que, mesmo diante do impacto negativo, parte da base de Bolsonaro ainda tenta sustentar a narrativa de confronto institucional.

A nova estratégia agora seria convencer Donald Trump a rever a decisão, sob o argumento de que o tiro atingiu os aliados e não os alvos imaginados. Bolsonaro já articula mensagens indiretas ao republicano norte-americano, temendo que a continuidade da medida comprometa não apenas sua imagem no Brasil, mas também a viabilidade de seu sucessor nas eleições presidenciais de 2026. Enquanto isso, o presidente Lula, que vinha apanhando nas redes sociais e enfrentando dificuldades para reagir politicamente, recebeu de presente um discurso pronto. O impacto da medida nos setores produtivos, especialmente em São Paulo, pode ser o argumento que faltava para recolocar o governo federal no centro do embate político.

A esquerda, ciente do novo momento, organiza para este final de semana uma manifestação em São Paulo com foco na desigualdade social, na defesa do interesse nacional e em ataques coordenados ao que chamam de “aliança dos ricos”, simbolizada por Trump e Bolsonaro. No centro das críticas estarão os prejuízos econômicos provocados pela tarifa e a tentativa fracassada da direita de transformar a crise institucional em um episódio de vingança. O que era para ser uma vitória simbólica para o bolsonarismo virou um problema de grandes proporções e, no tabuleiro político, a esquerda volta a ter chances reais de recuperar o protagonismo perdido.

DIOGO MORAES DESTACA IMPORTANCIA DA PE-145

Após cobrar e garantir projeto executivo desde 2022, Diogo Moraes destacar importância da licitação da PE-145
Foi publicado nesta quarta-feira (10), no Diário Oficial do Estado, o aviso de abertura do processo licitatório para a restauração da rodovia PE-145, no trecho que liga Brejo da Madre de Deus a Jataúba, no Agreste de Pernambuco. A obra é uma demanda histórica da população local e representa um importante passo para o desenvolvimento da região. Representante do Polo de Confecções na Alepe, o deputado estadual Diogo Moraes (PSB), que acompanha de perto a pauta da PE-145 há vários anos, reconheceu a importância da abertura do processo licitatório, mas fez questão de lembrar que o projeto executivo da obra já estava pronto desde 2022, ainda durante a gestão anterior, resultado de articulação do seu mandato junto ao Governo do Estado à época.

“Lutamos muito para garantir essa obra. Desde o governo passado, articulamos e conseguimos viabilizar o projeto executivo, que é uma etapa fundamental. Sem projeto, não há requalificação possível. Entregamos esse projeto pronto ainda em 2022, o que permitia que a atual gestão desse início ao processo desde o primeiro ano. Só agora, faltando um ano para as eleições, decidiram avançar”, criticou o parlamentar.

A PE-145 é uma das principais vias da região, com papel estratégico no escoamento da produção, na mobilidade da população e na integração econômica do Agreste. A situação precária da estrada tem sido motivo constante de reivindicação por parte da população e lideranças políticas locais.

Apesar das críticas quanto ao atraso, Diogo Moraes reforçou a importância da obra e torce para que a execução aconteça com celeridade e responsabilidade. "Mais do que um anúncio, a população quer ver máquinas na pista e a estrada sendo requalificada de fato. Seguiremos vigilantes para que essa obra saia do papel e traga melhorias reais para quem depende da PE-145 diariamente”, concluiu.


Comunicação - Deputado Diogo Moraes

DEPUTADO ESTADUAL PASTOR JUNIOR TÉRCIO DECLARA APOIO A EDUARDO DA FONTE PARA O SENADO

Deputado Pastor Júnior Tércio declara apoio a Eduardo da Fonte para o Senado
O deputado estadual Pastor Júnior Tércio (PP), o mais votado de Pernambuco em 2022, anunciou apoio ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP) em sua caminhada rumo ao Senado. O parlamentar destacou a atuação conjunta dos dois na área da saúde e a força da articulação política de Eduardo em favor dos hospitais e unidades de saúde do estado.

“São muitos investimentos e equipamentos de alta tecnologia chegando em todo o estado. Eduardo tem a capacidade de unir os deputados em bancada para ampliar os recursos destinados à saúde. Política não se faz sozinho, e Eduardo entende isso”, afirmou Júnior Tércio.

Pastor evangélico, Júnior Tércio iniciou sua vida pública como vereador do Recife, sendo eleito com forte atuação nas comunidades e defesa de pautas sociais e cristãs. Na Assembleia Legislativa, tem se destacado por projetos voltados à assistência social, defesa da família e do atendimento digno à população mais vulnerável. Em 2022, foi eleito deputado estadual com a maior votação de Pernambuco. 

“Pernambuco precisa de alguém que tenha articulação, trânsito político e compromisso com as pessoas. Eduardo reúne tudo isso e está preparado para representar o nosso estado no Senado”, completou Tércio.

COLUNA POLÍTICA | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

EM SETEMBRO DE 1996, BARTOLOMEU QUIDUTE CRAVAVA 91% DE APROVAÇÃO: UM RECORDE DOS ANOS 90

Por Edney Souto 
Setembro de 1996 marcou um feito histórico para a cidade de Garanhuns, no Agreste pernambucano. Naquele mês, uma pesquisa de opinião pública registrava uma das maiores taxas de aprovação administrativa de que se teve notícia na política local — 91% de aprovação popular. O protagonista dessa façanha foi Bartolomeu Quidute, médico jovem e idealista que, ao assumir a Prefeitura de Garanhuns no início da década de 1990, deu início a uma verdadeira transformação na cidade. Vamos dar uma analisada NA LUPA desta quinta-feira. Vamos dar uma analisada NA LUPA desta sexta-feira.

O MÉDICO QUE MUDOU A POLÍTICA LOCAL

De origem tradicional do sertão pernambucano, mas radicado em Garanhuns há muitos anos, sempre foi um profissional da medicina que se apresentou de forma carismática e simples, e com uma trajetória marcada pela dedicação à medicina popular, Bartolomeu chegou à prefeitura pelas mãos do povo, não das elites tradicionais. Sua eleição foi uma surpresa para os bastidores políticos da época, dominados por oligarquias e estruturas familiares que comandavam o município há décadas. Com uma campanha austera e de corpo a corpo, ele virou o jogo e deu um grito de liberdade aos bairros mais esquecidos de Garanhuns.

UMA GESTÃO POPULAR, FIRME E TRANSFORMADORA
A administração Quidute foi marcada por políticas públicas voltadas à inclusão social, melhoria da infraestrutura urbana e valorização das periferias. Obras estruturantes chegaram onde antes só havia promessas. A cidade cresceu com planejamento, os serviços públicos foram qualificados e, sobretudo, o povo foi ouvido. Ao lado da primeira-dama Rosa Quidute, que comandava com maestria a área de Assistência Social, e com a articulação política do advogado Alexandre Marinho, seu governo ganhou força, legitimidade e protagonismo.

O FIM DO MANDATO E A SURPREENDENTE ESCOLHA
Na época, a legislação não permitia a reeleição de prefeitos. Com índices altíssimos de aprovação, Bartolomeu poderia facilmente eleger um sucessor de seu grupo político. No entanto, fez um movimento inesperado: escolheu o então vereador Silvino Duarte, líder da oposição na Câmara, como seu candidato à sucessão. A decisão surpreendeu aliados e desestabilizou momentaneamente sua base. Até hoje, muitos tentam decifrar os motivos reais daquela escolha. Uma aposta ousada, com consequências relevantes.

SILVINO, O ROMPIMENTO E A MUDANÇA DE RUMOS
Silvino venceu a eleição carregado pelo prestígio de Bartolomeu. No entanto, rompeu rapidamente com o seu mentor político, num gesto considerado traição por parte significativa da população e dos bastidores da política na época. Ainda assim, usou os projetos e recursos conquistados no governo anterior para dar continuidade a obras e ações, o que lhe garantiu uma reeleição. Mais tarde, apoiaria Luiz Carlos de Oliveira, que também ficaria oito anos à frente da prefeitura.

LEGADO DE UM LÍDER VERDADEIRO
O governo de Bartolomeu Quidute deixou marcas profundas em Garanhuns. Com um olhar voltado aos que mais precisavam, ele governou com o coração e com os pés no chão. Sua relação com o povo era direta, franca e afetuosa. Ele não governou de gabinete, mas nas ruas, nos bairros, nos postos de saúde e hospitais. Seu compromisso com a justiça social foi traduzido em ações concretas e eficazes, que até hoje são lembradas com saudade por muitos garanhuenses. Em tempos de Festival de Inverno nunca é tarde para relembrar que foi no governo Quidute o evento foi profissionalizado e recebeu as feições e infraestrutura que o acompanha até hoje. Uma visão futura que deu gigantismo ao FIG, criado por seu antecessor Ivo Amaral. 

SACRIFÍCIOS E HONESTIDADE COMO MARCA
Bartolomeu Quidute deixou a prefeitura com menos patrimônio do que quando entrou, algo raro – quase utópico – na política brasileira. Sua vida pública foi pautada por princípios éticos, simplicidade e um senso de dever que transcendia os interesses pessoais. Sua gestão é reconhecida não apenas pelo que fez, mas por como fez: com dignidade, decência e coragem.

O MAIOR PREFEITO DE SUA ÉPOCA
A história de Bartolomeu Quidute já foi contada por diversas vozes, como a do Blog do Edney, que narrou parte do seu legado. Mas sempre vale ser recontada, pois ele está inscrito nas páginas da história como o maior e melhor prefeito de sua geração em Garanhuns. Um gestor que rompeu barreiras, desafiou o sistema, liderou com humildade e provou que é possível fazer diferente — e melhor.

UM EXEMPLO QUE PERMANECE
Passadas quase três décadas, a memória de Bartolomeu continua viva no imaginário coletivo da cidade. Em tempos de desilusão com a política, seu exemplo serve como farol para novas lideranças. Setembro de 1996 não foi apenas um recorde de aprovação. Foi a confirmação de que a política, quando feita com o coração e a razão, pode ser instrumento de verdadeira transformação social. É isso aí.

FERNANDO MONTEIRO, DO REPUBLICANOS, REFORÇA ALIANÇA COM RAQUEL LYRA MESMO EM PARTIDO ALIADO DE JOÃO CAMPOS

No cenário político pernambucano, as relações de aliança e oposição muitas vezes desafiam a lógica dos partidos. Um exemplo recente foi dado pelo deputado federal Fernando Monteiro, filiado ao Republicanos, partido que integra a base do prefeito João Campos (PSB) e que oficialmente se posiciona em oposição à governadora Raquel Lyra (PSD). Mesmo assim, Monteiro fez questão de declarar sua aliança clara e efetiva com a chefe do Executivo estadual durante a cerimônia de filiação do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, ao PSD.

Ao destacar sua atuação parlamentar, Fernando Monteiro não economizou nas declarações para evidenciar seu compromisso com Pernambuco, independentemente das divergências partidárias. “Eu sou de outro partido, mas sou aliado da governadora Raquel Lyra e não sou aliado de discurso. Eu sou o deputado federal que mais colocou emenda de bancada para o estado de Pernambuco”, afirmou, reforçando que seu trabalho é concreto, com investimentos já direcionados a obras estruturantes como a BR-232 e a restauração de vias importantes para o estado.

Essa fala sinaliza que, apesar das aparências e dos posicionamentos oficiais do Republicanos, a política no estado não é feita apenas de oposição rígida. Monteiro se coloca como um articulador que prefere a prática do que o discurso, declarando que estará sempre à disposição para apoiar financeiramente projetos de Raquel Lyra, a governadora que hoje lidera o Executivo estadual com popularidade crescente. “Quantas vezes ela precisar, vai ter recurso meu, porque recurso em Pernambuco é bem aplicado”, enfatizou o deputado.

O Republicanos, partido ao qual Monteiro é filiado, tem como principal liderança estadual o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que vem trabalhando intensamente para construir sua candidatura ao Senado, compondo chapa com João Campos, que será candidato ao Governo do Estado. Esse cenário cria um paradoxo na política local: um deputado federal que, mesmo filiado a um partido que caminha com João Campos, posiciona-se como aliado direto da governadora Raquel Lyra, sua adversária política.

Esse movimento político de Monteiro pode indicar um alinhamento estratégico para 2026, quando as eleições estaduais prometem ser altamente competitivas. O apoio cruzado evidencia que as alianças não são necessariamente estanques, e que a busca por recursos e melhorias para Pernambuco pode superar rivalidades partidárias.

Além disso, a presença do deputado federal na filiação de Rodrigo Pinheiro ao PSD reforça a aproximação do Republicanos com forças que tendem a fortalecer o projeto de Raquel Lyra, mostrando que o campo político é mais fluido do que parece à primeira vista. O gesto público de Monteiro ganha importância justamente por desafiar a expectativa de que seu partido estaria inteiramente alinhado com João Campos.

Com isso, a figura de Fernando Monteiro ganha ainda mais relevância no tabuleiro político estadual. Ele se apresenta como um político pragmático, disposto a transitar entre as forças políticas para garantir investimentos e projetos para Pernambuco, independentemente de liturgias partidárias. Esse tipo de posicionamento pode ser um indicativo de que a política estadual terá dinâmicas menos previsíveis e mais focadas em resultados práticos.

Em resumo, a fala e a postura de Fernando Monteiro durante o evento político vão além de simples gestos de cortesia. Tratam-se de declarações carregadas de significado, que podem influenciar os rumos da política pernambucana, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando e o jogo de alianças se intensificando.

A trajetória do Republicanos em Pernambuco, com seu presidente estadual Silvio Costa Filho mirando uma candidatura ao Senado pela chapa de João Campos, ganha um novo capítulo com essa aparente dissidência interna, evidenciada pelo apoio de Monteiro a Raquel Lyra. O tempo dirá se essa postura será mantida, mas o fato é que o deputado já demonstrou que sua prioridade é o desenvolvimento de Pernambuco, independente de alinhamentos partidários rígidos.

PREFEITO E VICE DE ITAMARACÁ DECLARAM APOIO À PRÉ-CANDIDATURA DE BRUNO MARQUES

A cena foi cuidadosamente planejada e teve forte carga simbólica: em uma articulação que repercute além dos limites municipais, o prefeito de Itamaracá, Paulo Galvão, e o vice-prefeito Ailton Aguiar selaram publicamente, ao lado do prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), o apoio à pré-candidatura de Bruno Marques à Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2026. O gesto, realizado em encontro reservado, mas com ampla repercussão política, indica o avanço de um novo polo de força na disputa estadual e evidencia a movimentação estratégica de lideranças locais que miram maior representatividade em 2026. Bruno Marques, filho do prefeito Fabiano, surge como uma das promessas da nova geração política pernambucana, com discurso voltado à renovação e forte identidade municipalista.

A declaração de apoio contraria diretamente uma publicação recente do deputado estadual Claudiano Martins (PP), que havia citado publicamente o prefeito Paulo Galvão como parte de sua base de apoio à reeleição. Com o movimento em favor de Bruno, a afirmação do deputado perde respaldo e o tabuleiro político em Itamaracá é redesenhado. O gesto de Galvão e Aguiar foi descrito por interlocutores como “firme” e “alinhado a uma construção coletiva”, revelando a costura de uma nova aliança regional entre o Litoral Norte e o Sertão do São Francisco. Durante a reunião, Fabiano destacou que a parceria entre os gestores é sólida e parte de um projeto maior, que pretende unir municípios distintos em torno de pautas comuns e representação ativa no legislativo estadual.

O prefeito de Itamaracá foi além do apoio protocolar e se comprometeu a organizar, nos próximos dias, um evento público para apresentar oficialmente Bruno Marques ao seu grupo político e à população da ilha. “Vamos fazer uma grande mobilização, reunir vereadores, lideranças e o povo para mostrar quem é Bruno e o que ele representa”, afirmou Galvão, que sinalizou entusiasmo com o reforço ao seu campo político. O vice-prefeito Ailton Aguiar, por sua vez, reforçou que o encontro representa mais do que uma aliança: é uma declaração de compromisso com o futuro da cidade e do estado. Ele enfatizou a importância de Itamaracá participar de um projeto político com bases sólidas e representatividade verdadeira.

Bruno Marques, apesar de ainda não estar oficialmente em campanha, já tem marcado presença em articulações importantes e vem ampliando seu raio de influência. O apoio em Itamaracá soma-se a outras adesões já costuradas por seu pai em diferentes regiões de Pernambuco. Fabiano Marques tem assumido papel central na condução da pré-campanha do filho, usando sua experiência administrativa e rede de contatos para consolidar alianças. A aposta em Bruno carrega também um discurso de modernização e diálogo com os municípios, que buscam representação mais próxima de suas realidades. Ao atrair o apoio de líderes do litoral, como Galvão e Ailton, o projeto de Bruno ganha contornos de abrangência estadual, mostrando que a disputa de 2026 já começou entre bastidores e gestos públicos.

SILVIO COSTA FILHO CRITICA EDUARDO BOLSONARO E ALERTA SOBRE IMPACTOS DA TARIFA AMERICANA DE 50% NA ECONOMIA BRASILEIRA

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco, posicionou-se com firmeza após a divulgação de um vídeo do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo. No vídeo, Eduardo Bolsonaro critica duramente a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, anunciada pelo então presidente Donald Trump, e se refere a ela de forma irônica como “tarifa Moraes”. Além disso, o deputado aborda a questão da regulação das redes sociais no Brasil e o papel do bloco econômico BRICS, defendendo mudanças legislativas para garantir o que chama de liberdade de expressão online. Em sua manifestação, Silvio Costa Filho classificou como “loucura” o posicionamento do deputado e chamou a atenção para o impacto negativo que essa tarifa teria sobre a economia brasileira, especialmente no que diz respeito à geração de empregos.

Ao compartilhar o vídeo nas suas redes sociais, o ministro destacou que a taxação americana sobre as importações brasileiras em 50% não é apenas um dado político, mas uma ameaça concreta à economia nacional. Ele alertou para os riscos diretos que essa tarifa pode representar para diversos setores produtivos do país, ressaltando a possibilidade de aumento do desemprego e redução da competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional. Para Silvio Costa Filho, a postura adotada por Eduardo Bolsonaro demonstra uma irresponsabilidade grave, pois ignora as consequências reais que essas medidas externas podem provocar no tecido econômico do Brasil, impactando diretamente a vida dos trabalhadores e das famílias brasileiras.

Além disso, Silvio ressaltou a importância da soberania nacional, destacando que a defesa da economia e dos interesses do país transcende as divisões ideológicas tradicionais, como direita, esquerda ou centro. Segundo ele, a preservação da economia brasileira e da sua autonomia deve ser prioridade para todos os setores políticos e sociais, independentemente das linhas partidárias. Ao enfatizar que essa pauta é uma questão de Brasil e não de espectro político, o ministro procurou unificar o discurso em torno da proteção dos interesses nacionais diante de desafios externos que podem comprometer o desenvolvimento econômico e social.

O ministro aproveitou a ocasião para criticar também a proposta mencionada por Eduardo Bolsonaro, de uma “anistia ampla e irrestrita” para questões relacionadas à regulação das redes sociais, destacando que a liberdade de expressão deve ser debatida com responsabilidade e dentro dos limites da legislação vigente, que visa assegurar o equilíbrio entre direitos e deveres no ambiente digital. A questão da regulação das redes sociais tem sido um tema sensível no cenário político brasileiro, e o posicionamento do ministro reflete a preocupação com um debate mais equilibrado e responsável sobre o assunto.

Silvio Costa Filho usou sua plataforma para reforçar a necessidade de ações concretas que fortaleçam a economia nacional e defendam a integridade dos mercados internos e externos, especialmente em um momento em que o Brasil enfrenta desafios importantes no comércio internacional. A imposição de tarifas elevadas, como a anunciada pelos Estados Unidos, pode causar retração nas exportações brasileiras, afetando a balança comercial e a geração de renda em diversos setores, como o agrícola, industrial e de serviços.

Em sua publicação, o ministro mostrou-se preocupado com o impacto social da medida, lembrando que, por trás dos números e índices econômicos, estão as famílias brasileiras que dependem dos empregos gerados pela produção e exportação de bens. A redução da competitividade provocada pela tarifa americana poderia, na visão do ministro, gerar desemprego em massa, com consequências negativas para a economia interna e para a estabilidade social.

O episódio revela também as tensões e divergências dentro do próprio espectro político brasileiro, com figuras importantes manifestando opiniões divergentes sobre como enfrentar as dificuldades externas e quais estratégias adotar para proteger os interesses nacionais. A crítica pública feita por Silvio Costa Filho ao deputado Eduardo Bolsonaro evidencia um debate interno acirrado sobre política econômica, comércio exterior e regulação digital, temas que ganharam relevância no cenário atual do Brasil.

Por fim, o posicionamento do ministro também serve como um alerta para a necessidade de maior unidade e diálogo entre os diferentes atores políticos e econômicos do país, a fim de encontrar soluções eficazes para os problemas que o Brasil enfrenta na esfera internacional, especialmente em relação a tarifas e barreiras comerciais impostas por grandes potências. A defesa da soberania econômica brasileira e a proteção dos empregos são, para Silvio Costa Filho, questões que devem estar acima de interesses partidários e pessoais, exigindo responsabilidade e compromisso por parte de todos os envolvidos.

PSOL APOSTA EM IVAN MORAES PARA 2026 E DEIXA DANI PORTELA EM SEGUNDO PLANO

O anúncio do nome do ex-vereador Ivan Moraes como principal aposta do PSOL para a disputa ao Governo de Pernambuco em 2026 mexeu com os bastidores da política estadual e causou uma reconfiguração silenciosa nas fileiras internas da legenda. A escolha surpreende não apenas pela figura de Ivan, que embora conhecido por sua atuação no Recife e forte presença em pautas progressistas, não vinha sendo cotado como cabeça de chapa para uma eleição majoritária estadual. Mas, sobretudo, pela mudança de foco da sigla em relação à deputada estadual Dani Portela, que desde 2018 vinha sendo o rosto mais visível do PSOL em Pernambuco, acumulando capital político, protagonismo e respeitabilidade tanto no campo institucional quanto nos movimentos sociais.

Dani construiu sua trajetória com firmeza na oposição a gestões do PSB e, mais recentemente, ao governo de Raquel Lyra, tornando-se uma das vozes mais reconhecidas da esquerda no estado. Sua postura combativa e seu compromisso com pautas populares fizeram dela uma figura agregadora, o que a tornou referência natural em qualquer debate sobre futuro político do PSOL. No entanto, o esvaziamento de seu nome na disputa de 2026 não parece ser mero acaso ou questão de preferência pontual. Internamente, o partido tem passado por movimentações que indicam uma tentativa de reposicionamento estratégico. Parte da equipe política que atuava com Dani migrou recentemente para o PT, o que alimentou rumores sobre uma possível mudança de legenda por parte da deputada.

A tensão se intensificou após o tesoureiro nacional do PSOL, Tiago Paraíba, cobrar publicamente uma manifestação de Dani sobre a indicação de Ivan. A cobrança foi interpretada como sinal de que há pressa na consolidação de um novo projeto de poder dentro do partido, deixando para trás estruturas que antes eram vistas como centrais. Vale lembrar que em 2023 Dani já havia enfrentado resistência interna dentro da federação PSOL-Rede, quando o deputado federal Túlio Gadelha também manifestou desejo de disputar a Prefeitura do Recife, desafiando o protagonismo da parlamentar.

Em nota divulgada após o anúncio do nome de Ivan, Dani quebrou o silêncio. E, de maneira diplomática, elogiou o ex-vereador, reafirmou seu compromisso com a esquerda e a defesa do Governo Lula, mas destacou que o foco de seu mandato no momento é o trabalho legislativo e que o debate estadual deve ser travado no tempo certo. A fala foi vista como uma forma de preservar sua coerência política sem alimentar conflitos públicos, embora tenha soado como uma despedida de quem percebe que o partido pode estar tomando outro rumo. O fortalecimento do nome de Ivan Moraes, com apoio silencioso de setores influentes do PSOL nacional, é o indicativo mais claro de que o partido resolveu abrir alas para uma nova aposta, enquanto Dani, mesmo sem ter perdido capital político, parece ter sido colocada no banco de reservas da legenda.