domingo, 13 de julho de 2025

DIVERSIDADE MUSICAL E ENERGIA MARCAM TERCEIRA NOITE DO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS

A terceira noite do 33º Festival de Inverno de Garanhuns se destacou por uma celebração intensa da diversidade musical brasileira, trazendo para o palco da Praça Mestre Dominguinhos uma programação que abraçou diferentes ritmos e gerações. O público, formado por moradores locais, turistas e amantes da cultura, foi presenteado com um repertório variado que transitou do rap ao samba, do rock ao manguebeat, refletindo a pluralidade que tornou o FIG um dos maiores eventos multiculturais da América Latina.
A abertura ficou por conta da banda Jam 212, um dos nomes emergentes da cena musical de Garanhuns. Com uma mistura criativa entre música romântica e influências do rock britânico, a banda apresentou uma sequência de canções que encantaram pela interpretação sensível e pela sonoridade contemporânea. Entre os destaques da apresentação estavam versões de hits internacionais, como “Wonderwall”, que surpreenderam pela adaptação ao estilo próprio do grupo, e músicas autorais que resgataram a atmosfera afetiva das baladas locais, incluindo “Leviana”, uma homenagem à tradição popular pernambucana.
Logo depois, o cenário mudou com a energia pulsante do rapper Marcelo D2, que subiu ao palco acompanhado da banda Um Punhado de Bamba. A performance trouxe à tona a mistura única entre o samba e o rap, gêneros que dialogam profundamente com as raízes culturais do país. Marcelo D2 apresentou tanto suas composições mais recentes quanto versões reinventadas de clássicos do samba, resgatando a ancestralidade musical de maneira contemporânea e com uma pegada urbana muito marcada. A conexão com a plateia foi imediata, com muitos cantando e acompanhando o ritmo contagiante que mesclava batidas eletrônicas e percussão tradicional.
Em seguida, foi a vez de Zeca Baleiro conduzir o público por uma jornada musical repleta de variações de estilo e sentimento. Reconhecido pela versatilidade e pela capacidade de transitar entre diferentes universos musicais, Baleiro falou da importância do Festival de Inverno de Garanhuns como um espaço que reúne o Brasil em sua diversidade cultural. Suas músicas, que carregam elementos da MPB, do rock e do pop, ganharam interpretações que destacaram tanto a leveza quanto a profundidade das letras, com momentos de introspecção intercalados a outros mais animados. O artista ressaltou que o FIG representa um lugar onde o público tem a oportunidade de experimentar a música sob múltiplas perspectivas, fortalecendo a identidade nacional.
A animação voltou a crescer com o show do rapper Hungria Hip Hop, que trouxe para o festival um repertório que mistura o rap com elementos do forró e do pop. Hits como “Amor e Fé” e “Coração de Aço” embalaram a plateia, que cantava junto e vibrava em cada refrão. O artista destacou em sua performance a importância da fé, do amor e da superação, temas recorrentes em suas canções que dialogam diretamente com os sentimentos do público jovem. Durante o show, o prefeito Sivaldo Albino subiu ao palco para anunciar oficialmente as atrações já confirmadas para a edição de 2026 do festival, confirmando o retorno de Hungria e também da banda Jota Quest, trazendo expectativa para as próximas celebrações culturais.

A noite ganhou ainda mais prestígio com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que prestigiou o evento e concedeu entrevista coletiva no local. O ministro falou sobre os esforços em andamento para modernizar o aeroporto de Garanhuns, com um investimento previsto de até 20 milhões de reais, especialmente focado na viabilização de voos noturnos. Segundo ele, essa iniciativa pretende ampliar a conectividade da cidade, impulsionando o turismo e a economia local, além de integrar Garanhuns ainda mais ao circuito nacional e internacional de eventos culturais.
Para encerrar a noite, a Nação Zumbi subiu ao palco trazendo toda a força do manguebeat, gênero que mistura elementos tradicionais pernambucanos com o rock, o funk e a psicodelia. A banda celebrou os 30 anos do álbum “Da Lama ao Caos”, um marco da música brasileira, e iniciou sua turnê europeia, mostrando a vitalidade e o alcance global da cultura nordestina. Com uma performance eletrizante, a Nação Zumbi agitou o público com clássicos que envolvem ritmos e sonoridades típicas, reafirmando a importância de Garanhuns como palco para manifestações artísticas que são patrimônios culturais do Brasil. A mistura de batidas, guitarras e percussão criou um ambiente de celebração e identidade, fechando a terceira noite do festival com emoção e energia contagiante.

GILSON MACHADO, ALIADO DE BOLSONARO E AMIGO DE TRUMP, PEDE REVOGAÇÃO DE TARIFA E ALERTA PARA CRISE ENTRE BRASIL E EUA

Gilson Machado, aliado de Bolsonaro e amigo próximo de Trump, critica tarifa de 50% e alerta para agravamento da crise entre Brasil e EUA

Em meio à crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, voltou aos holofotes ao criticar de forma contundente a tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros. Machado, que cumpre prisão domiciliar no Recife por decisão do ministro Alexandre de Moraes, declarou em entrevista exclusiva que a medida adotada por Donald Trump – agora presidente em exercício dos EUA – representa um grave erro estratégico que trará prejuízos bilaterais. “Essa tarifa fere as duas nações. Vai desestimular negócios, travar cadeias produtivas e destruir empregos em ambos os lados. É uma medida desnecessária que precisa ser revogada com urgência”, afirmou.

Gilson, um dos poucos brasileiros a se hospedar na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, tanto antes quanto depois da posse do republicano em janeiro deste ano, disse ainda que o movimento tarifário não reflete os princípios da direita brasileira, tampouco seria uma ideia oriunda do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Estão tentando responsabilizá-lo, mas Bolsonaro é vítima dessa armadilha. O verdadeiro gatilho foi puxado pelo governo Lula, que revogou a dispensa de visto para americanos, sinalizou apoio a regimes como China, Irã e Hamas, e atacou diretamente Trump em várias frentes diplomáticas”, disse.

Segundo o ex-ministro, a decisão de Trump tem peso político e simbólico. Ele comparou o tratamento dado ao Brasil ao que os EUA costumam aplicar a países considerados antidemocráticos. “A tarifa de 50% é a mesma que foi usada contra Cuba, Venezuela e Rússia. Hoje, infelizmente, o Brasil se aproxima desse patamar. Vivemos um momento de censura, perseguição, jornalistas no exílio e prisões arbitrárias. Eu mesmo sou um exemplo disso, estou preso sem processo concluso, sem condenação formal. É um cenário de ruptura com o Estado de Direito”, disparou.

Machado destacou que o atual presidente americano costuma emitir avisos antes de agir com dureza, e lembrou que Trump deu prazo até o dia 1º de agosto para que o Brasil reveja sua postura geopolítica e adote sinais de recuo. “Ele fez o mesmo com o Irã antes de atacar alvos estratégicos. Não é brincadeira. Trump não age por impulso. Ele avisa antes de agir. E esse aviso ao Brasil é sério”, alertou, frisando que, embora não estejamos diante de um conflito bélico, os efeitos das retaliações podem ser devastadores no campo econômico e comercial.

Apesar do tom crítico, Gilson Machado sinalizou que ainda existe margem para negociação. Segundo ele, a carta enviada por Trump ao presidente Lula lista pontos objetivos que, se considerados, podem reverter a decisão tarifária. “Trump tem histórico de dar um passo atrás quando há espaço para diálogo e reciprocidade. O Brasil precisa interpretar corretamente esse recado e agir rápido. A continuidade dessa política pode selar a exclusão do Brasil de mercados-chave nos EUA”, declarou.

Enquanto setores diplomáticos tentam amenizar o clima, Machado continua sendo uma voz influente nos bastidores da relação entre os dois países. Mesmo confinado em sua residência, o ex-ministro articula, envia recados e se apresenta como elo entre o bolsonarismo e a nova fase do trumpismo. Seu posicionamento, alinhado à ala mais conservadora da política internacional, revela não apenas uma preocupação econômica, mas uma leitura política do atual momento: “Não se trata só de comércio. Trata-se de soberania, alinhamento e defesa da liberdade. Trump mostrou isso ao mundo. O Brasil precisa escutar.”

MORRE MÁRCIO LIMESTONE, O “PIOLHO” DA FÓRMULA TRUCK, EM TRÁGICO ACIDENTE NO PARANÁ

A tragédia cortou a noite de sábado na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, levando junto um dos nomes mais queridos da Fórmula Truck. Márcio Limestone, conhecido no meio automobilístico como "Piolho", faleceu em um acidente violento envolvendo dois automóveis – um Chevrolet Camaro e um Renault Clio. A colisão frontal ocorreu por volta das 22h e deixou marcas profundas não apenas no asfalto, mas em toda a comunidade do automobilismo nacional. No Camaro estavam Limestone e um amigo, identificado como Roberto Cardoso. Ambos não resistiram à força do impacto e morreram na hora. O Clio era conduzido por um terceiro envolvido, cujo estado de saúde ainda não foi divulgado pelas autoridades ou pelos hospitais da região.

Márcio Limestone era muito mais que um piloto da Fórmula Truck. Era uma presença constante nos boxes, alguém que ganhava corridas e corações. Natural do Paraná, ele carregava a paixão pelos motores desde a juventude e construiu uma trajetória marcada por dedicação e respeito. Seu apelido “Piolho” era uma herança do tempo de kart, onde começou a mostrar sua habilidade incomum de "grudar" nos adversários em disputas acirradas. Essa intensidade o acompanhou até as pistas dos gigantes caminhões da Truck, onde se destacou com manobras arrojadas e espírito esportivo.

A notícia da morte se espalhou rapidamente pelas redes sociais, mobilizando fãs, colegas de profissão e ex-companheiros de equipe. A comoção tomou conta do meio automobilístico. Pilotos de diversas categorias, incluindo Stock Car, Copa Truck e rally, prestaram homenagens, destacando o carisma e a coragem de Limestone. A organização da Fórmula Truck publicou uma nota emocionada, lembrando do legado deixado por Márcio: “A dor é profunda, mas maior ainda é a gratidão por tudo o que ele representou dentro e fora das pistas. Um competidor aguerrido, um amigo leal e uma figura inesquecível da nossa história.”

A Polícia Rodoviária Estadual isolou a área do acidente e iniciou os primeiros levantamentos para apurar o que teria causado a colisão. Testemunhas relataram que a pista estava molhada devido à chuva do início da noite, o que pode ter contribuído para a perda de controle de um dos veículos. No entanto, somente a perícia poderá confirmar a dinâmica da batida. A velocidade dos veículos, especialmente do Camaro, também está sob investigação. Vídeos captados por câmeras de segurança nas proximidades podem ajudar a esclarecer o caso.

A morte de Limestone acontece em um momento em que ele planejava retornar às pistas após um breve hiato. Nas últimas semanas, havia se dedicado à preparação de um novo caminhão para a temporada 2025, demonstrando entusiasmo com os planos de voltar à ativa com força total. Amigos próximos relataram que ele estava vivendo um bom momento pessoal e profissional, envolvido também em projetos sociais ligados à formação de novos pilotos no Paraná. A perda interrompe sonhos e deixa um vazio no grid da Fórmula Truck e nos corações de quem acompanhava sua trajetória.

A repercussão do acidente levanta, mais uma vez, o debate sobre a segurança nas rodovias estaduais e o comportamento de motoristas ao volante. Márcio Limestone, que tantas vezes arriscou a vida em autódromos com todas as normas de segurança possíveis, teve seu destino selado em uma estrada comum, onde a velocidade e a imprudência muitas vezes se encontram. O velório e sepultamento do piloto estão sendo organizados pela família, que pediu privacidade neste momento de dor. Em Curitiba, faixas com homenagens começaram a ser colocadas nos arredores do autódromo local. O “Piolho” não larga mais o volante da saudade.

ANDERSON FERREIRA INTENSIFICA ARTICULAÇÕES NO INTERIOR DE PERNAMBUCO E SE COLOCA COMO PRÉ-CANDIDATO COMPETITIVO AO SENADO EM 2026

Anderson Ferreira, presidente estadual do PL em Pernambuco, tem intensificado sua presença no interior do estado, consolidando-se como pré-candidato ao Senado Federal nas eleições de 2026. Com uma postura que ele mesmo define como representante da “direita lúcida”, Anderson busca articular alianças e fortalecer o partido em municípios estratégicos para ampliar sua base eleitoral. Em suas recentes viagens, o dirigente tem se reunido com lideranças políticas locais, demonstrando um esforço coordenado para estruturar um projeto sólido que una forças em torno de sua candidatura majoritária.

Em declarações recentes, Anderson destacou que o PL está conduzindo um movimento nacional ambicioso, cujo objetivo principal é formar uma bancada expressiva de senadores no Congresso. A estratégia envolve um estudo detalhado do cenário político de cada estado, com a decisão de lançar um único nome majoritário para evitar dispersão de votos e garantir maior competitividade. “O PL possui a maior fatia de tempo de televisão, além de contar com quatro deputados federais e cinco deputados estaduais, o que representa uma verdadeira força política. Temos ainda uma significativa inserção no segmento evangélico, que é um eleitorado importante e fiel em Pernambuco. Isso tudo, junto com a densidade eleitoral comprovada nas eleições de 2022, reforça nossa confiança de que podemos agregar bastante numa chapa majoritária”, ressaltou Anderson Ferreira.

Na última sexta-feira (11), o pré-candidato realizou visitas a Pesqueira e Sertânia, cidades onde o PL possui grupos estruturados e atuantes. Em Pesqueira, Anderson se reuniu com lideranças locais, entre elas o ex-vice-prefeito Paulo Campos e o vereador Gel Napoleão, ambos figuras influentes no município. O encontro teve como foco a construção de um projeto político compartilhado para 2026, reforçando a unidade do partido para a disputa eleitoral. Em Sertânia, o cenário também é promissor para o PL, com o apoio do presidente da Câmara Municipal, Wando de Caroá, e do vereador Luiz Abel, que atuam ativamente na articulação política local.

Durante a passagem por Sertânia, Anderson Ferreira participou da 51ª Expocose, a tradicional Exposição de Caprinos e Ovinos do município, evento que atraiu grande público e destacou a força do agronegócio regional. Na ocasião, esteve ao lado da prefeita Polliana Abreu e do deputado federal André Ferreira, que destinou uma emenda parlamentar no valor de R\$ 400 mil para melhorias no município. A presença dos políticos reforça a parceria entre o PL e a gestão local, evidenciando o compromisso com o desenvolvimento regional por meio de investimentos direcionados.

O roteiro de Anderson para o sábado (12) contemplava visitas a Salgueiro, Serrita e São Benedito do Sul, municípios onde o PL busca ampliar sua influência e firmar alianças com lideranças locais. A agenda inclui encontros com gestores e representantes políticos que podem contribuir para a formação de uma base eleitoral sólida e integrada em torno da pré-candidatura de Anderson ao Senado. Em um desses encontros, destacou-se a conversa com o prefeito de São Caetano, que também preside o PRD estadual, demonstrando o esforço para articular um projeto comum que fortaleça a coligação no pleito de 2026.

O trabalho intenso de Anderson Ferreira no interior pernambucano evidencia a estratégia do PL de investir em um projeto de longo prazo, aproveitando a capilaridade do partido em diversas regiões do estado. A combinação de tempo de televisão, bancada parlamentar, influência no segmento evangélico e o engajamento com lideranças municipais configura um cenário favorável para o lançamento de uma candidatura competitiva ao Senado. Assim, Anderson segue construindo sua base política, alinhando objetivos e firmando compromissos que prometem movimentar o tabuleiro eleitoral pernambucano no próximo ciclo eleitoral.

LULA ACUSA EDUARDO BOLSONARO DE ARTICULAR TARIFA DOS EUA CONTRA O BRASIL EM DEFESA DO PAI

Em meio à crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou duras críticas contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, ligando-o diretamente à imposição da tarifa de 50% aplicada por Washington sobre produtos brasileiros. A declaração foi feita durante um evento oficial no Espírito Santo, que marcou o início dos pagamentos do Programa de Transferência de Renda, um dos principais projetos sociais do governo federal. Lula fez questão de apontar o episódio como um ataque coordenado, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio de seu filho, teria articulado uma espécie de chantagem internacional para impedir sua prisão e garantir a continuidade da influência política da família.

O presidente relatou que Eduardo Bolsonaro teria viajado aos Estados Unidos exatamente para solicitar que o então presidente Donald Trump impusesse pressões para impedir sua detenção, mencionando um suposto pedido para que Trump “não deixasse seu pai ser preso”. Lula destacou a covardia dessa atitude e cobrou uma postura de responsabilidade e respeito por parte dos envolvidos, ressaltando a gravidade da interferência política externa em assuntos nacionais. Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro, por meio de suas redes sociais, adotava uma postura diferente, incentivando seus seguidores a agradecerem publicamente Trump pela tarifa imposta, além de aconselhar empresários brasileiros a transferirem seus investimentos para o território norte-americano, alegando que o ambiente de negócios no Brasil estaria complicado.

Durante uma live realizada na quinta-feira (10), o deputado licenciado reforçou sua crítica ao atual governo brasileiro, afirmando que o sistema judicial e o próprio presidente Lula seriam responsáveis pelas medidas protecionistas adotadas por Trump. Eduardo ainda chegou a sugerir que empresários brasileiros encontrariam condições mais favoráveis para empreender nos Estados Unidos, afirmando que o processo que tramita contra ele no Brasil poderia ser agilizado se os investimentos migrassem para o exterior. Essa postura gerou repercussão imediata no cenário político nacional, acirrando o debate sobre as consequências da tarifa para a economia brasileira.

Por sua vez, Lula contestou veementemente as justificativas apresentadas por Trump para a imposição da tarifa. Segundo ele, a alegação de que os Estados Unidos teriam um déficit comercial com o Brasil não passa de uma inverdade, já que, na realidade, o país sul-americano possui déficit na balança comercial com os norte-americanos. Para reforçar seu argumento, o presidente citou dados do comércio exterior de 2024, apontando que as importações brasileiras somaram 40,5 bilhões de dólares, enquanto as exportações ficaram em 40,3 bilhões, configurando, portanto, um saldo negativo para o Brasil. Lula chegou a ironizar a situação, afirmando que, se alguém tivesse que aplicar tarifas, esse deveria ser ele próprio em relação aos produtos norte-americanos.

Além da questão comercial, o presidente criticou os ataques sofridos pelo sistema judiciário brasileiro, que foram associados às justificativas de Trump para a taxação. Lula mencionou que a carta enviada pelo mandatário americano continha “mentiras” e que as informações estavam “mal informadas”. Ele ressaltou que a defesa incondicional do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno a um processo que envolve corrupção e ilegalidades fragiliza a imagem do Brasil no exterior e cria um ambiente desfavorável para as relações diplomáticas e comerciais. O presidente ainda destacou que as tentativas de Bolsonaro e seus aliados de manipular a opinião pública internacional são uma afronta à soberania nacional e ao respeito institucional.

O episódio, que envolve um entrevero entre figuras políticas brasileiras e a administração Trump, revela um cenário de instabilidade nas relações bilaterais, com reflexos diretos para o comércio e a economia brasileira. A tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros tem potencial de afetar diversos setores, especialmente a indústria, o agronegócio e o comércio exterior, criando desafios adicionais para a recuperação econômica do país. Ao mesmo tempo, o uso político do tema por diferentes atores internos expõe a polarização que marca o atual momento político do Brasil, com narrativas conflitantes que se cruzam em meio a interesses econômicos e eleitorais.

Enquanto o governo brasileiro busca formas de responder às medidas americanas, a população acompanha com preocupação os desdobramentos, que podem impactar o preço dos produtos no mercado interno e a geração de empregos. As declarações de Lula, direcionadas à família Bolsonaro, refletem não apenas a disputa política, mas também uma tentativa de fortalecer a narrativa de que o atual governo é vítima de manobras externas articuladas por adversários que tentam desestabilizar sua gestão. Em contraponto, a estratégia de Eduardo Bolsonaro de incentivar a saída de investimentos e criticar o sistema judicial nacional é vista por alguns como uma tentativa de fragilizar ainda mais as instituições brasileiras.

Esse cenário de embate político e econômico desenha um quadro complexo, onde as decisões tomadas no âmbito internacional reverberam internamente, ampliando a disputa entre diferentes forças políticas. A questão da tarifa norte-americana passa, assim, a ser muito mais do que uma simples medida comercial: torna-se um elemento central na luta por influência e poder no Brasil, com consequências que vão além do campo econômico e alcançam o terreno das disputas institucionais e eleitorais. A tensão permanece alta, e o desfecho dessa situação é aguardado com atenção por setores empresariais, políticos e pela sociedade em geral, que esperam soluções que minimizem os impactos negativos para o país.

VEREADORA DE PEQUENO MUNICÍPIO EM MATO GROSSO É FLAGRADA FURTANDO LOJAS DE ROUPAS E FOI PRESA APÓS DENÚNCIAS

No município de Vale de São Domingos, em Mato Grosso, a vereadora Carla Andreia Dressler, do PSDB, de 41 anos, tornou-se notícia após ser flagrada furtando duas lojas de roupas em um intervalo inferior a 24 horas. A situação, registrada por câmeras de segurança, gerou grande repercussão local e levou à prisão da parlamentar na terça-feira, dia 8. Após ser detida, Carla prestou depoimento e foi liberada mediante pagamento de fiança. Vale destacar que o município onde Carla atua como vereadora é pequeno, com uma população estimada em torno de três mil habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Natural do Paraná, Carla Dressler foi eleita nas eleições municipais de 2024 com um total de 84 votos, número que representa uma pequena fração do eleitorado local. De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela declarou possuir um patrimônio avaliado em apenas cinco mil reais, enquanto seu salário como vereadora é de aproximadamente quatro mil e quinhentos reais mensais. No registro eleitoral disponível na plataforma DivulgaCand, a parlamentar consta como dona de casa e informa ter completado o ensino médio, sem possuir formação superior.

A série de furtos que motivou a prisão da vereadora aconteceu em estabelecimentos comerciais especializados em roupas para academia. As imagens captadas mostraram Carla retirando peças das lojas, comportamento que causou indignação entre os comerciantes locais, que prontamente denunciaram os atos às autoridades policiais. A ação policial ocorreu após relatos dos empresários, que reconheceram a parlamentar nas imagens de segurança e acionaram a polícia.

Apesar do incidente, a vereadora foi liberada após o pagamento da fiança estipulada pela Justiça. O caso repercutiu amplamente no município e nas redes sociais, trazendo à tona questionamentos sobre a conduta de representantes públicos e o impacto que episódios como esse podem causar na confiança da população local. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre processos administrativos ou ações judiciais adicionais contra Carla Dressler.

O município de Vale de São Domingos, localizado no estado de Mato Grosso, possui uma economia baseada em atividades agropecuárias e comércio local, com uma população pequena e uma política municipal bastante reservada. Nesse contexto, a presença de uma parlamentar envolvida em atos ilícitos gera um desconforto ainda maior para a comunidade, que acompanha os desdobramentos do caso com atenção.

O episódio também chama a atenção para o perfil político da vereadora, que, apesar de ter um baixo número de votos, conseguiu uma cadeira no legislativo municipal. Sua declaração de ser dona de casa e sua ausência de formação superior não são incomuns entre políticos de pequenas cidades, mas o envolvimento em furtos acaba por manchar a imagem pública e pode comprometer sua atuação parlamentar. O salário mensal de R\$ 4.500, valor relevante para os padrões do município, contrasta com o patrimônio declarado, que é bastante modesto.

Após a divulgação do caso, não houve pronunciamento oficial da vereadora ou do partido PSDB local, e também não há informações sobre medidas internas para avaliar a conduta de Carla Dressler. A expectativa agora é para a continuidade das investigações e para o posicionamento das autoridades competentes a respeito do episódio. Enquanto isso, a população de Vale de São Domingos segue acompanhando o desenrolar dos fatos e as possíveis consequências políticas e judiciais para a parlamentar que, até então, representava um pequeno grupo dentro da câmara municipal.

BOLSONARISTAS RECONHECEM DESGASTE DE BOLSONARO COM TARIFA DE 50% DOS EUA E CRÍTICAS INTERNAS NO AGRONEGÓCIO

O anúncio da imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desencadeou uma série de reações dentro do cenário político brasileiro, principalmente entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora nas redes sociais o grupo bolsonarista busque atribuir ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade pela medida, bastidores revelam um clima distinto, marcado por descontentamento e críticas internas que colocam em xeque a base de apoio de Bolsonaro, especialmente no setor do agronegócio.

Fontes próximas ao ex-presidente relatam que tanto Jair Bolsonaro quanto seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), têm sido alvo de questionamentos em grupos privados de WhatsApp, onde parlamentares e representantes do agronegócio expressam preocupação diante do impacto que a tarifa americana poderá causar na economia brasileira. A medida de Trump, vista por muitos desses interlocutores como um golpe contra os interesses do Brasil, é encarada como uma decisão que fere diretamente a cadeia produtiva e a competitividade do país nos mercados internacionais.

O sentimento predominante entre esses aliados é de que o ex-presidente não conseguiu estabelecer uma postura efetiva de defesa dos setores prejudicados pela nova tarifa, refletindo uma suposta falta de sensibilidade e empatia com os produtores rurais, que são diretamente afetados pela medida. Essa percepção tem provocado um esfriamento no apoio dentro de um segmento que historicamente foi um dos pilares da base bolsonarista, minando a força política do ex-mandatário junto a esse público específico.

Parlamentares alinhados à direita e com forte ligação ao agronegócio avaliam que a reação de Bolsonaro diante da situação não correspondeu à expectativa dos ruralistas, que esperavam posicionamentos mais firmes e articulados para evitar ou mitigar os efeitos das barreiras tarifárias impostas pelo governo norte-americano. O cenário, portanto, revela uma certa fragmentação interna, com o ex-presidente lidando com críticas que se intensificam conforme o impacto da tarifa começa a se refletir no cotidiano dos produtores.

A medida anunciada por Trump representa um revés econômico que vai além do simples aumento de custos para exportadores brasileiros, pois interfere na competitividade do Brasil em setores estratégicos, o que gera apreensão em toda a cadeia produtiva, desde os agricultores até as indústrias ligadas à exportação. A imposição das tarifas eleva o custo dos produtos brasileiros no mercado americano, um dos principais destinos das exportações agropecuárias do país, e pode acarretar uma perda significativa de participação, prejudicando a balança comercial.

Além das preocupações econômicas, o episódio expõe uma fragilidade política na articulação do bolsonarismo junto aos segmentos produtivos, principalmente em um momento delicado para o país, em que o agronegócio enfrenta pressões para manter a estabilidade dos mercados internacionais e proteger seus interesses comerciais. A falta de reação contundente por parte de Bolsonaro, em contraste com a reação esperada, demonstra um desgaste que pode impactar sua capacidade de mobilização e apoio futuro entre esses grupos.

Enquanto a narrativa oficial nas redes sociais tenta responsabilizar o atual governo pela imposição das tarifas, o que prevalece nos bastidores é o reconhecimento de que a decisão partiu do governo americano e que a gestão Bolsonaro não adotou medidas preventivas ou de interlocução eficazes para evitar a imposição da penalidade. Essa desconexão entre o discurso público e as análises internas revela uma crise de comunicação e estratégia dentro do bolsonarismo.

Diante do quadro, o apoio dos ruralistas a Bolsonaro torna-se mais restrito, configurando uma base minoritária que não reflete a força política anteriormente atribuída ao ex-presidente junto ao agronegócio. Essa situação pode acarretar repercussões importantes para a estratégia política de Bolsonaro, uma vez que o setor rural sempre foi fundamental para sua eleição e sustentação política.

O descontentamento não se limita aos bastidores do agronegócio, mas também reverbera em setores ligados à direita que avaliam que a postura de Bolsonaro careceu de uma leitura mais aprofundada da conjuntura internacional, assim como de ações mais articuladas para defender os interesses nacionais diante de medidas comerciais restritivas impostas por países parceiros. A falta de um posicionamento proativo tem sido apontada como um fator que contribui para a fragilidade do discurso bolsonarista em temas econômicos sensíveis.

Ao mesmo tempo, a imposição da tarifa expõe desafios para o Brasil em sua inserção no comércio global, especialmente em um contexto de disputas comerciais e tensões geopolíticas que exigem uma atuação diplomática e econômica coordenada. A medida de Trump, além de impactar diretamente o agronegócio, reflete uma estratégia mais ampla dos Estados Unidos para proteger seus mercados e setores produtivos, o que coloca o Brasil em uma posição vulnerável se não houver resposta articulada e consistente.

Esse cenário de desgaste político para Bolsonaro, especialmente dentro do agronegócio, reforça a complexidade da situação e a necessidade de ajustes na estratégia de comunicação e articulação política do ex-presidente. Com o aumento das críticas e a percepção de enfraquecimento, o bolsonarismo enfrenta um momento delicado em que terá que lidar com a perda de apoio em segmentos que foram fundamentais para sua ascensão.

A imposição da tarifa americana e a reação interna dos bolsonaristas revelam, assim, um momento de tensão e desconforto na base do ex-presidente, que precisa ser entendido como parte das transformações e desafios atuais no campo político e econômico brasileiro, sobretudo em relação ao relacionamento comercial com os Estados Unidos e o impacto disso no futuro político do bolsonarismo.

PERNAMBUCANO SUPERDOTADO PARTICIPA DO PEQUENOS GÊNIOS, DO DOMINGÃO COM HUCK


Com memória afiada, raciocínio rápido e inteligência acima da média, o pernambucano João Gabriel Severien, de 11 anos, será o único representante do estado na nova temporada do quadro Pequenos Gênios, do programa Domingão com Huck, da TV Globo. Estudante do Colégio GGE, ele integra o time Iluminados, ao lado de Lara, da Bahia, e Dante, do Amazonas, representando as regiões Norte e Nordeste na competição. A participação da equipe vai ao ar neste domingo (13).

João Gabriel foi diagnosticado como superdotado aos 8 anos, após passar por uma avaliação neuropsicológica que incluiu o teste WISC-IV, utilizado para medir o QI em crianças. O resultado apontou QI 142. De acordo com a Associação Mensa Brasil, afiliada brasileira da Mensa Internacional, sociedade britânica fundada em 1946 que reúne pessoas de alto QI no mundo, resultados acima de 130 já são considerados indicativos de superdotação. O laudo foi encaminhado à Mensa, da qual João é associado há quatro anos. Ele também integra o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS), do Recife.

A mãe do estudante, a servidora pública Gabrielle Severien, conta que os sinais de altas habilidades apareceram desde muito cedo. “Ele sempre teve um vocabulário muito avançado para a idade. Com menos de um ano, já brincava com jogos de encaixe no tablet. Aos três anos, fazia cálculos simples, como 5 + 5. Aos oito, levamos a uma neuropsicóloga, que aplicou os testes. O laudo tinha 18 páginas e foi aceito pela Mensa. João foi a segunda criança de Pernambuco a ser aceita pela organização”, conta.

Para participar do programa, João passou por uma seletiva nacional em que apenas 24 crianças foram selecionadas para formar as equipes da atração. “Fiquei muito feliz e animado com a oportunidade de ser representante de Pernambuco nesta edição. Também me sinto honrado por representar o Norte e o Nordeste. Juntos, vamos mostrar a força, a fé e a inteligência do nosso povo. Conto com a torcida e as orações de todo mundo”, afirma.

O quadro Pequenos Gênios reúne crianças de 8 a 13 anos em uma disputa de conhecimento em quatro etapas. No GPS Humano, elas precisam identificar países, capitais e oceanos, respondendo perguntas ligadas ao mapa-múndi. No Triturador de Números, resolvem equações com raciocínio rápido e cálculos mentais. Já no Odnartelos, o desafio é identificar e soletrar palavras ao contrário. A fase final, chamada Córtex, reúne desafios de memória, lógica e raciocínio em rodadas cronometradas.