domingo, 13 de julho de 2025

OSÓRIO FILHO VOLTA À CENA POLÍTICA DE PEDRA COM OPOSIÇÃO IMPLACÁVEL AO PREFEITO JÚNIOR VAZ

Desde que reassumiu um posto no Legislativo municipal da Pedra, no Agreste de Pernambuco, o ex-prefeito Osório Filho (PSB) tem se destacado como uma das vozes mais críticas à atual gestão do município, comandada por Júnior Vaz (PV). Eleito vereador em 2024, após ter sido derrotado nas urnas pelo próprio Júnior em 2020, Osório retornou à cena política local com um mandato que carrega a missão clara de fazer oposição firme ao seu antigo adversário. Apesar de ter sido o último a garantir vaga na Câmara, o socialista tem compensado a posição numérica com intensidade de atuação.

Com a experiência de quem já ocupou a cadeira mais alta do Executivo municipal, Osório tem se valido do conhecimento da máquina pública para pontuar falhas, cobrar respostas e expor contradições do governo atual. Em praticamente todas as sessões ordinárias da Câmara, ele utiliza a tribuna para fazer pronunciamentos duros, que vão desde a denúncia da precariedade dos serviços públicos até a crítica à ausência de planejamento administrativo. Sua atuação vem sendo marcada pela regularidade e pela contundência, mesmo diante de uma base governista numericamente superior.

Nos discursos, Osório não poupa palavras ao se referir à gestão Júnior Vaz, que considera desorganizada, omissa e distante das reais necessidades da população. Tem apontado problemas em áreas como saúde, infraestrutura e educação, além de destacar o que, segundo ele, seria uma estagnação no desenvolvimento econômico da cidade. O vereador também tem recorrido a requerimentos, ofícios e pedidos de informação para obter dados oficiais da administração municipal, utilizando essas informações como base para intensificar as críticas.

Mesmo ocupando um espaço de minoria, o ex-prefeito parece ter encontrado na tribuna um palanque político com duplo objetivo: pressionar a atual gestão e manter viva sua liderança local. Seu retorno ao Legislativo, aliás, é visto por muitos como parte de um movimento estratégico para se manter no radar político, com os olhos voltados para as próximas disputas eleitorais. Para seus apoiadores, a postura combativa reforça o perfil de quem não se resigna com a derrota e segue vigilante quanto aos rumos da cidade.

A relação entre Osório e Júnior Vaz, marcada por embates desde o último pleito, parece não ter arrefecido, e o clima na Câmara reflete esse antagonismo. O tom elevado e o enfrentamento direto contrastam com o comportamento mais discreto de outros vereadores, criando uma atmosfera de constante tensão no Legislativo. Se por um lado Júnior governa com a tranquilidade de ter vencido o adversário nas urnas, por outro, precisa lidar com uma oposição técnica, barulhenta e estrategicamente articulada.

Osório, por sua vez, se apoia na lembrança de sua gestão passada para defender que, apesar das críticas, deixou obras e projetos estruturadores que hoje estariam sendo negligenciados. Ele faz questão de lembrar que conhece os caminhos do poder e que, portanto, sabe exatamente onde cobrar. A população acompanha com atenção os duelos verbais entre o ex e o atual prefeito, enquanto os bastidores da política local se movimentam à medida que se aproxima mais uma eleição municipal. Em Pedra, a oposição ganhou novo fôlego — e um rosto conhecido.

FABIANO, DA DUPLA COM CÉSAR MENOTTI, SOFRE ACIDENTE NA BR-040 A CAMINHO DE SHOW NO RIO DE JANEIRO

O cantor sertanejo Fabiano, que faz dupla com César Menotti, viveu momentos de grande tensão na tarde deste domingo (13), após se envolver em um acidente de carro na BR-040, na altura do km 771, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O episódio aconteceu enquanto o artista se deslocava de Belo Horizonte, onde havia realizado um show na noite anterior, em direção ao município de Cordeiro, no interior do Rio de Janeiro, onde tem apresentação marcada ainda neste domingo.

Segundo informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, a colisão envolveu dois veículos. Um deles era ocupado por Fabiano Menotti, mas não há confirmação, até o momento, se César, seu parceiro musical, também estava no carro. O impacto da batida foi significativo, mas não resultou em ferimentos graves. De acordo com os militares, que se deslocavam de Juiz de Fora para Belo Horizonte e se depararam com o acidente, Fabiano e outras duas pessoas já estavam fora do veículo no momento da chegada do socorro. Todas as vítimas estavam conscientes e orientadas.

Ainda conforme os Bombeiros, uma das pessoas envolvidas sofreu um corte na mão direita, mas Fabiano saiu ileso, sem qualquer lesão aparente. Os primeiros atendimentos foram prestados no local pela equipe dos Bombeiros que, por coincidência, passava pela BR-040 e pôde agir de forma rápida. A presença de militares no trajeto contribuiu para a agilidade no resgate e para o encaminhamento adequado dos envolvidos.

Fabiano não se pronunciou publicamente até o momento, mas sua equipe confirmou que ele segue com a agenda de compromissos prevista. A próxima apresentação da dupla César Menotti & Fabiano está marcada para quinta-feira, 17 de julho, no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), em Pernambuco. A expectativa do público é grande, especialmente após o susto envolvendo o artista.

O trecho da BR-040 onde ocorreu a colisão é conhecido por registrar tráfego intenso, sobretudo aos finais de semana, e exige atenção redobrada dos motoristas. O veículo que transportava o cantor sofreu avarias significativas, o que evidencia a gravidade do impacto. Ainda assim, a rápida reação das vítimas em saírem do carro e a presença dos Bombeiros ajudaram a evitar consequências mais sérias.

O acidente reforça a importância de protocolos de segurança em viagens por estrada, especialmente em períodos de turnê, quando os artistas enfrentam longas rotas em pouco tempo. A assessoria da dupla ainda não divulgou nota oficial, mas fontes próximas garantem que Fabiano está bem, sob cuidados e determinado a cumprir seus compromissos profissionais. A agenda segue, e os fãs aguardam com carinho e expectativa pelo reencontro no palco.

MICHELLE BOLSONARO ENVIA CARTA PÚBLICA A LULA DURANTE EVENTO NO ACRE E CRITICA ALINHAMENTO INTERNACIONAL DO PRESIDENTE


Durante um evento político no Acre, neste sábado (12), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro surpreendeu o público ao interromper seu discurso para ler uma carta pública endereçada diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A manifestação veio em resposta à recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que reacendeu o debate sobre a política externa do atual governo.

Na leitura, feita em tom firme e visivelmente indignado, Michelle pediu que Lula abandone o que classificou como uma postura “revanchista” e “ideológica”. “Você precisa deixar o seu desejo de vingança de lado. Precisa parar de se juntar aos movimentos terroristas e aos ditadores”, afirmou. A ex-primeira-dama criticou duramente os alinhamentos diplomáticos que, segundo ela, têm isolado o Brasil das grandes potências democráticas e comprometido a imagem do país no cenário internacional.

Michelle também alertou para os impactos econômicos da medida anunciada por Trump, argumentando que sanções comerciais como essa geralmente são reservadas a regimes autoritários e que o Brasil, na visão dela, está sendo “empurrado para esse grupo” por conta das decisões do atual governo. “A imagem de um Brasil pacífico e de progresso está destruída porque você está se juntando a essas pessoas e arrastando o país para o buraco”, enfatizou, sem mencionar diretamente os nomes dos líderes estrangeiros aos quais fazia referência.

O gesto de Michelle foi simbólico em vários aspectos. Não apenas por ter sido feito de forma pública, diante de apoiadores, mas também por ter sido articulado num estado da Região Norte, tradicionalmente estratégico para a disputa de narrativas políticas e eleitorais. O discurso teve forte carga emocional e foi construído com o apelo ao patriotismo, à defesa da soberania nacional e à preservação dos valores democráticos, marcas recorrentes no discurso bolsonarista.

Ainda no texto lido, Michelle apelou ao presidente Lula que “hasteie a bandeira do diálogo e da paz” e assuma uma postura conciliadora diante dos recentes desafios. Segundo ela, o Brasil precisa de estabilidade, segurança jurídica e respeito internacional — e que essas condições estariam sendo comprometidas por escolhas políticas motivadas mais pela revanche do que pela razão de Estado. A ex-primeira-dama não mencionou o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas a crítica ao atual governo soou como uma tentativa de reposicionar sua voz no cenário político nacional, num momento em que se discute seu papel nas próximas eleições.

Ao colocar em xeque as relações exteriores conduzidas por Lula e ligar diretamente a política diplomática a consequências econômicas concretas — como o tarifaço de Trump —, Michelle buscou unir o campo simbólico ao pragmatismo. O conteúdo da carta, ainda que sem qualquer protocolo institucional, gerou forte repercussão nas redes sociais e já repercute nos bastidores da política em Brasília. O Planalto ainda não comentou oficialmente as declarações.

RAQUEL LYRA MUDA O TOM, PARTE PARA O ENFRENTAMENTO E ASSUME POSTURA DE LIDERANÇA POLÍTICA EM PERNAMBUCO

A governadora Raquel Lyra (PSD) parece ter entrado em uma nova fase de sua gestão à frente do Governo de Pernambuco, marcada por uma mudança significativa de postura: de uma gestora mais reservada e focada em executar ações sem confronto direto com a oposição, para uma líder política mais combativa, com maior apetite por embates discursivos e políticos. A análise desse comportamento pode ser desdobrada em diferentes frentes:

Saída da Defensiva: o abandono da postura “na corda”

Até recentemente, Raquel vinha sendo percebida como alguém que preferia a escuta às respostas diretas. Essa postura, embora coerente com uma linha técnica de governar, vinha sendo interpretada por setores políticos como fraqueza ou desarticulação. Ao assumir uma atitude mais afirmativa e reativa, a governadora parece querer demonstrar que está disposta a disputar não apenas no campo da gestão, mas também no da narrativa política — algo fundamental em tempos de intensa polarização e visibilidade midiática.

Essa transição foi simbolizada claramente por dois episódios:

  • Evento do “Pernambuco Meu País”: aqui, Raquel Lyra vestiu a camisa da cultura e respondeu de forma contundente, embora sem nomear diretamente os adversários, às críticas sobre os investimentos no setor. Sua fala (“nós resistiremos porque temos vocês para resistir”) coloca o governo ao lado dos artistas e produtores culturais, marcando território diante das investidas da oposição, sobretudo as feitas pelo deputado Waldemar Borges (PSB).

  • Filiação de Rodrigo Pinheiro ao PSD: neste ato político, a governadora saiu do tom institucional e assumiu uma postura de franca provocação política, indicando claramente que está atenta às movimentações eleitorais e pronta para rebater ataques. Sua frase — “quem está focado em eleição não cuida do povo” — foi um recado direto a quem tenta antecipar a disputa de 2026.

Discurso com base na comparação com gestões passadas

Raquel também passou a incorporar um argumento comparativo em suas falas públicas. Ao dizer que “os que estiveram lá não fizeram”, ela não apenas se defende das críticas como tenta inverter o jogo: deslegitimar os opositores ao colocá-los no banco dos que tiveram oportunidade e falharam. Esse tipo de construção discursiva visa proteger seu governo de cobranças excessivas ao mesmo tempo em que coloca pressão sobre adversários com histórico político no estado, especialmente o PSB.

Polarização entre o “chão da realidade” e o “palco político”

Outro ponto interessante do novo discurso de Raquel Lyra está na oposição que ela cria entre dois estilos de fazer política: o da “realidade na vida do povo” (associado ao seu governo) e o da “mensagem na internet” e “discurso em cima de palanque” (associado à oposição). Essa dualidade é eficaz na comunicação com o eleitorado mais pragmático, que valoriza resultados concretos e desconfia de politicagem.

A blindagem contra a antecipação do debate eleitoral

Ao afirmar que "2026 se faz agora", Raquel tenta deslocar o foco do debate político futuro para o presente da gestão. Isso é estratégico: ao evitar o discurso sobre sucessão estadual, ela protege sua administração de desgastes prematuros e, ao mesmo tempo, reforça a imagem de uma governadora focada em resultados — especialmente importante diante de um estado com muitos desafios estruturais.

Cálculo político: mais PSD, menos neutralidade

A filiação de Rodrigo Pinheiro ao PSD, partido da governadora, é um dado importante no contexto dessa análise. Demonstra articulação partidária e preocupação com a formação de palanques robustos para o futuro. Ao assumir protagonismo na costura política, Raquel deixa para trás uma neutralidade que, em certos momentos, soava como hesitação. Agora, além de gestora, ela se mostra como líder partidária — uma exigência para qualquer governante que projeta continuidade de seu legado político.

Raquel Lyra assume o protagonismo político que o cargo exige

A governadora de Pernambuco deu um passo importante em sua consolidação como figura de liderança estadual, não apenas na gestão técnica, mas também no embate político. Ao reagir com firmeza às críticas, construir comparações estratégicas com o passado, e reafirmar seu foco no presente da administração, Raquel começa a construir um discurso mais estruturado para defender sua imagem e seu governo — e, indiretamente, já testa o terreno para 2026.

A mudança de tom não significa abandono da moderação, mas sim o início de um novo ciclo político onde a governadora quer ser protagonista — e não apenas alvo — do debate público.

DIVERSIDADE MUSICAL E ENERGIA MARCAM TERCEIRA NOITE DO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS

A terceira noite do 33º Festival de Inverno de Garanhuns se destacou por uma celebração intensa da diversidade musical brasileira, trazendo para o palco da Praça Mestre Dominguinhos uma programação que abraçou diferentes ritmos e gerações. O público, formado por moradores locais, turistas e amantes da cultura, foi presenteado com um repertório variado que transitou do rap ao samba, do rock ao manguebeat, refletindo a pluralidade que tornou o FIG um dos maiores eventos multiculturais da América Latina.
A abertura ficou por conta da banda Jam 212, um dos nomes emergentes da cena musical de Garanhuns. Com uma mistura criativa entre música romântica e influências do rock britânico, a banda apresentou uma sequência de canções que encantaram pela interpretação sensível e pela sonoridade contemporânea. Entre os destaques da apresentação estavam versões de hits internacionais, como “Wonderwall”, que surpreenderam pela adaptação ao estilo próprio do grupo, e músicas autorais que resgataram a atmosfera afetiva das baladas locais, incluindo “Leviana”, uma homenagem à tradição popular pernambucana.
Logo depois, o cenário mudou com a energia pulsante do rapper Marcelo D2, que subiu ao palco acompanhado da banda Um Punhado de Bamba. A performance trouxe à tona a mistura única entre o samba e o rap, gêneros que dialogam profundamente com as raízes culturais do país. Marcelo D2 apresentou tanto suas composições mais recentes quanto versões reinventadas de clássicos do samba, resgatando a ancestralidade musical de maneira contemporânea e com uma pegada urbana muito marcada. A conexão com a plateia foi imediata, com muitos cantando e acompanhando o ritmo contagiante que mesclava batidas eletrônicas e percussão tradicional.
Em seguida, foi a vez de Zeca Baleiro conduzir o público por uma jornada musical repleta de variações de estilo e sentimento. Reconhecido pela versatilidade e pela capacidade de transitar entre diferentes universos musicais, Baleiro falou da importância do Festival de Inverno de Garanhuns como um espaço que reúne o Brasil em sua diversidade cultural. Suas músicas, que carregam elementos da MPB, do rock e do pop, ganharam interpretações que destacaram tanto a leveza quanto a profundidade das letras, com momentos de introspecção intercalados a outros mais animados. O artista ressaltou que o FIG representa um lugar onde o público tem a oportunidade de experimentar a música sob múltiplas perspectivas, fortalecendo a identidade nacional.
A animação voltou a crescer com o show do rapper Hungria Hip Hop, que trouxe para o festival um repertório que mistura o rap com elementos do forró e do pop. Hits como “Amor e Fé” e “Coração de Aço” embalaram a plateia, que cantava junto e vibrava em cada refrão. O artista destacou em sua performance a importância da fé, do amor e da superação, temas recorrentes em suas canções que dialogam diretamente com os sentimentos do público jovem. Durante o show, o prefeito Sivaldo Albino subiu ao palco para anunciar oficialmente as atrações já confirmadas para a edição de 2026 do festival, confirmando o retorno de Hungria e também da banda Jota Quest, trazendo expectativa para as próximas celebrações culturais.

A noite ganhou ainda mais prestígio com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que prestigiou o evento e concedeu entrevista coletiva no local. O ministro falou sobre os esforços em andamento para modernizar o aeroporto de Garanhuns, com um investimento previsto de até 20 milhões de reais, especialmente focado na viabilização de voos noturnos. Segundo ele, essa iniciativa pretende ampliar a conectividade da cidade, impulsionando o turismo e a economia local, além de integrar Garanhuns ainda mais ao circuito nacional e internacional de eventos culturais.
Para encerrar a noite, a Nação Zumbi subiu ao palco trazendo toda a força do manguebeat, gênero que mistura elementos tradicionais pernambucanos com o rock, o funk e a psicodelia. A banda celebrou os 30 anos do álbum “Da Lama ao Caos”, um marco da música brasileira, e iniciou sua turnê europeia, mostrando a vitalidade e o alcance global da cultura nordestina. Com uma performance eletrizante, a Nação Zumbi agitou o público com clássicos que envolvem ritmos e sonoridades típicas, reafirmando a importância de Garanhuns como palco para manifestações artísticas que são patrimônios culturais do Brasil. A mistura de batidas, guitarras e percussão criou um ambiente de celebração e identidade, fechando a terceira noite do festival com emoção e energia contagiante.

GILSON MACHADO, ALIADO DE BOLSONARO E AMIGO DE TRUMP, PEDE REVOGAÇÃO DE TARIFA E ALERTA PARA CRISE ENTRE BRASIL E EUA

Gilson Machado, aliado de Bolsonaro e amigo próximo de Trump, critica tarifa de 50% e alerta para agravamento da crise entre Brasil e EUA

Em meio à crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, voltou aos holofotes ao criticar de forma contundente a tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros. Machado, que cumpre prisão domiciliar no Recife por decisão do ministro Alexandre de Moraes, declarou em entrevista exclusiva que a medida adotada por Donald Trump – agora presidente em exercício dos EUA – representa um grave erro estratégico que trará prejuízos bilaterais. “Essa tarifa fere as duas nações. Vai desestimular negócios, travar cadeias produtivas e destruir empregos em ambos os lados. É uma medida desnecessária que precisa ser revogada com urgência”, afirmou.

Gilson, um dos poucos brasileiros a se hospedar na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, tanto antes quanto depois da posse do republicano em janeiro deste ano, disse ainda que o movimento tarifário não reflete os princípios da direita brasileira, tampouco seria uma ideia oriunda do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Estão tentando responsabilizá-lo, mas Bolsonaro é vítima dessa armadilha. O verdadeiro gatilho foi puxado pelo governo Lula, que revogou a dispensa de visto para americanos, sinalizou apoio a regimes como China, Irã e Hamas, e atacou diretamente Trump em várias frentes diplomáticas”, disse.

Segundo o ex-ministro, a decisão de Trump tem peso político e simbólico. Ele comparou o tratamento dado ao Brasil ao que os EUA costumam aplicar a países considerados antidemocráticos. “A tarifa de 50% é a mesma que foi usada contra Cuba, Venezuela e Rússia. Hoje, infelizmente, o Brasil se aproxima desse patamar. Vivemos um momento de censura, perseguição, jornalistas no exílio e prisões arbitrárias. Eu mesmo sou um exemplo disso, estou preso sem processo concluso, sem condenação formal. É um cenário de ruptura com o Estado de Direito”, disparou.

Machado destacou que o atual presidente americano costuma emitir avisos antes de agir com dureza, e lembrou que Trump deu prazo até o dia 1º de agosto para que o Brasil reveja sua postura geopolítica e adote sinais de recuo. “Ele fez o mesmo com o Irã antes de atacar alvos estratégicos. Não é brincadeira. Trump não age por impulso. Ele avisa antes de agir. E esse aviso ao Brasil é sério”, alertou, frisando que, embora não estejamos diante de um conflito bélico, os efeitos das retaliações podem ser devastadores no campo econômico e comercial.

Apesar do tom crítico, Gilson Machado sinalizou que ainda existe margem para negociação. Segundo ele, a carta enviada por Trump ao presidente Lula lista pontos objetivos que, se considerados, podem reverter a decisão tarifária. “Trump tem histórico de dar um passo atrás quando há espaço para diálogo e reciprocidade. O Brasil precisa interpretar corretamente esse recado e agir rápido. A continuidade dessa política pode selar a exclusão do Brasil de mercados-chave nos EUA”, declarou.

Enquanto setores diplomáticos tentam amenizar o clima, Machado continua sendo uma voz influente nos bastidores da relação entre os dois países. Mesmo confinado em sua residência, o ex-ministro articula, envia recados e se apresenta como elo entre o bolsonarismo e a nova fase do trumpismo. Seu posicionamento, alinhado à ala mais conservadora da política internacional, revela não apenas uma preocupação econômica, mas uma leitura política do atual momento: “Não se trata só de comércio. Trata-se de soberania, alinhamento e defesa da liberdade. Trump mostrou isso ao mundo. O Brasil precisa escutar.”

MORRE MÁRCIO LIMESTONE, O “PIOLHO” DA FÓRMULA TRUCK, EM TRÁGICO ACIDENTE NO PARANÁ

A tragédia cortou a noite de sábado na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, levando junto um dos nomes mais queridos da Fórmula Truck. Márcio Limestone, conhecido no meio automobilístico como "Piolho", faleceu em um acidente violento envolvendo dois automóveis – um Chevrolet Camaro e um Renault Clio. A colisão frontal ocorreu por volta das 22h e deixou marcas profundas não apenas no asfalto, mas em toda a comunidade do automobilismo nacional. No Camaro estavam Limestone e um amigo, identificado como Roberto Cardoso. Ambos não resistiram à força do impacto e morreram na hora. O Clio era conduzido por um terceiro envolvido, cujo estado de saúde ainda não foi divulgado pelas autoridades ou pelos hospitais da região.

Márcio Limestone era muito mais que um piloto da Fórmula Truck. Era uma presença constante nos boxes, alguém que ganhava corridas e corações. Natural do Paraná, ele carregava a paixão pelos motores desde a juventude e construiu uma trajetória marcada por dedicação e respeito. Seu apelido “Piolho” era uma herança do tempo de kart, onde começou a mostrar sua habilidade incomum de "grudar" nos adversários em disputas acirradas. Essa intensidade o acompanhou até as pistas dos gigantes caminhões da Truck, onde se destacou com manobras arrojadas e espírito esportivo.

A notícia da morte se espalhou rapidamente pelas redes sociais, mobilizando fãs, colegas de profissão e ex-companheiros de equipe. A comoção tomou conta do meio automobilístico. Pilotos de diversas categorias, incluindo Stock Car, Copa Truck e rally, prestaram homenagens, destacando o carisma e a coragem de Limestone. A organização da Fórmula Truck publicou uma nota emocionada, lembrando do legado deixado por Márcio: “A dor é profunda, mas maior ainda é a gratidão por tudo o que ele representou dentro e fora das pistas. Um competidor aguerrido, um amigo leal e uma figura inesquecível da nossa história.”

A Polícia Rodoviária Estadual isolou a área do acidente e iniciou os primeiros levantamentos para apurar o que teria causado a colisão. Testemunhas relataram que a pista estava molhada devido à chuva do início da noite, o que pode ter contribuído para a perda de controle de um dos veículos. No entanto, somente a perícia poderá confirmar a dinâmica da batida. A velocidade dos veículos, especialmente do Camaro, também está sob investigação. Vídeos captados por câmeras de segurança nas proximidades podem ajudar a esclarecer o caso.

A morte de Limestone acontece em um momento em que ele planejava retornar às pistas após um breve hiato. Nas últimas semanas, havia se dedicado à preparação de um novo caminhão para a temporada 2025, demonstrando entusiasmo com os planos de voltar à ativa com força total. Amigos próximos relataram que ele estava vivendo um bom momento pessoal e profissional, envolvido também em projetos sociais ligados à formação de novos pilotos no Paraná. A perda interrompe sonhos e deixa um vazio no grid da Fórmula Truck e nos corações de quem acompanhava sua trajetória.

A repercussão do acidente levanta, mais uma vez, o debate sobre a segurança nas rodovias estaduais e o comportamento de motoristas ao volante. Márcio Limestone, que tantas vezes arriscou a vida em autódromos com todas as normas de segurança possíveis, teve seu destino selado em uma estrada comum, onde a velocidade e a imprudência muitas vezes se encontram. O velório e sepultamento do piloto estão sendo organizados pela família, que pediu privacidade neste momento de dor. Em Curitiba, faixas com homenagens começaram a ser colocadas nos arredores do autódromo local. O “Piolho” não larga mais o volante da saudade.

ANDERSON FERREIRA INTENSIFICA ARTICULAÇÕES NO INTERIOR DE PERNAMBUCO E SE COLOCA COMO PRÉ-CANDIDATO COMPETITIVO AO SENADO EM 2026

Anderson Ferreira, presidente estadual do PL em Pernambuco, tem intensificado sua presença no interior do estado, consolidando-se como pré-candidato ao Senado Federal nas eleições de 2026. Com uma postura que ele mesmo define como representante da “direita lúcida”, Anderson busca articular alianças e fortalecer o partido em municípios estratégicos para ampliar sua base eleitoral. Em suas recentes viagens, o dirigente tem se reunido com lideranças políticas locais, demonstrando um esforço coordenado para estruturar um projeto sólido que una forças em torno de sua candidatura majoritária.

Em declarações recentes, Anderson destacou que o PL está conduzindo um movimento nacional ambicioso, cujo objetivo principal é formar uma bancada expressiva de senadores no Congresso. A estratégia envolve um estudo detalhado do cenário político de cada estado, com a decisão de lançar um único nome majoritário para evitar dispersão de votos e garantir maior competitividade. “O PL possui a maior fatia de tempo de televisão, além de contar com quatro deputados federais e cinco deputados estaduais, o que representa uma verdadeira força política. Temos ainda uma significativa inserção no segmento evangélico, que é um eleitorado importante e fiel em Pernambuco. Isso tudo, junto com a densidade eleitoral comprovada nas eleições de 2022, reforça nossa confiança de que podemos agregar bastante numa chapa majoritária”, ressaltou Anderson Ferreira.

Na última sexta-feira (11), o pré-candidato realizou visitas a Pesqueira e Sertânia, cidades onde o PL possui grupos estruturados e atuantes. Em Pesqueira, Anderson se reuniu com lideranças locais, entre elas o ex-vice-prefeito Paulo Campos e o vereador Gel Napoleão, ambos figuras influentes no município. O encontro teve como foco a construção de um projeto político compartilhado para 2026, reforçando a unidade do partido para a disputa eleitoral. Em Sertânia, o cenário também é promissor para o PL, com o apoio do presidente da Câmara Municipal, Wando de Caroá, e do vereador Luiz Abel, que atuam ativamente na articulação política local.

Durante a passagem por Sertânia, Anderson Ferreira participou da 51ª Expocose, a tradicional Exposição de Caprinos e Ovinos do município, evento que atraiu grande público e destacou a força do agronegócio regional. Na ocasião, esteve ao lado da prefeita Polliana Abreu e do deputado federal André Ferreira, que destinou uma emenda parlamentar no valor de R\$ 400 mil para melhorias no município. A presença dos políticos reforça a parceria entre o PL e a gestão local, evidenciando o compromisso com o desenvolvimento regional por meio de investimentos direcionados.

O roteiro de Anderson para o sábado (12) contemplava visitas a Salgueiro, Serrita e São Benedito do Sul, municípios onde o PL busca ampliar sua influência e firmar alianças com lideranças locais. A agenda inclui encontros com gestores e representantes políticos que podem contribuir para a formação de uma base eleitoral sólida e integrada em torno da pré-candidatura de Anderson ao Senado. Em um desses encontros, destacou-se a conversa com o prefeito de São Caetano, que também preside o PRD estadual, demonstrando o esforço para articular um projeto comum que fortaleça a coligação no pleito de 2026.

O trabalho intenso de Anderson Ferreira no interior pernambucano evidencia a estratégia do PL de investir em um projeto de longo prazo, aproveitando a capilaridade do partido em diversas regiões do estado. A combinação de tempo de televisão, bancada parlamentar, influência no segmento evangélico e o engajamento com lideranças municipais configura um cenário favorável para o lançamento de uma candidatura competitiva ao Senado. Assim, Anderson segue construindo sua base política, alinhando objetivos e firmando compromissos que prometem movimentar o tabuleiro eleitoral pernambucano no próximo ciclo eleitoral.