quinta-feira, 17 de julho de 2025
LULA COMPRA BRIGA E DECIDE VETAR FARRA DE AUMENTO DE NÚMERO DE DEPUTADOS
EDUARDO BOLSONARO TROUXE UMA GUERRA COMERCIAL PARA O BRASIL DIZ AGU
CNN Brasil
O advogado-geral da União, Jorge Messias, responsabilizou, nesta quarta-feira (16), em entrevista à CNN, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela taxação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos na última semana.“O grande responsável pela atribuição de sanções ao país contra o nosso povo, contra os empregos brasileiros é a família Bolsonaro. O Eduardo Bolsonaro foi à Casa Branca conspirar contra o seu país para livrar o pai da cadeia, essa é a grande questão. Ele não pensou nos empregos, não pensou nas empresas, não pensou no seu país. Ele está muito preocupado em resolver o problema da família”, disse o ministro.
“O que ele trouxe foi de fato uma guerra comercial contra o seu país. É lamentável que um parlamentar, ainda que de licença, vá a outro país conspirar contra os interesses nacionais”, continuou
CARRETA DA MULHER LEVA SAÚDE E DIGNIDADE ÀS MULHERES DE RIO FORMOSO COM APOIO DO PREFEITO BERG DE HACKER
DOIS VEÍCULOS ROUBADOS FORAM RECUPERADOS PELA PRF
TRUMP BAGUNÇA A DIREITA BRASILEIRA COM AMEAÇAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS QUE ATINGEM EMPRESÁRIOS E FRAGMENTAM ALIANÇAS PARA 2026
Nos estados, onde a direita articulava um tabuleiro sofisticado para garantir maioria no Senado, o estrago foi ainda mais visível. A estratégia era lançar dois nomes por estado: um mais radical, para agradar à base bolsonarista, e outro mais moderado, que ficaria em débito com Bolsonaro e, teoricamente, alinhado para futuras votações como a de impeachment de ministros do STF. Mas esse plano começou a ruir. No Rio de Janeiro e no Distrito Federal, os arranjos estão emperrados. Claudio Castro (PL), governador fluminense, não conseguiu assegurar a bênção de Bolsonaro para disputar o Senado. Já no DF, Ibaneis Rocha (MDB) enfrenta o mesmo dilema, ao passo que sua vice, Celina Leão (PP), planeja encabeçar uma chapa ao governo. Enquanto isso, Michelle Bolsonaro e Bia Kicis (PL) aparecem como pré-candidatas ao Senado em uma composição paralela, evidenciando a divisão interna.
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas, que até então era uma das principais apostas do bolsonarismo para a disputa presidencial, recebeu sinalizações do empresariado de que sua candidatura só será viável se romper com o campo de Bolsonaro. Ameaçado de perder esse apoio crucial, Tarcísio voltou a considerar disputar a reeleição em 2026, estratégia que exige menos exposição e evita conflitos diretos com as alas mais radicais da direita. Já em Alagoas, as peças estão se mexendo de forma mais sutil, mas não menos significativa. A nomeação de Marluce Caldas, tia do prefeito de Maceió, JHC, para o STJ, sinaliza uma aproximação do governo federal com o grupo de JHC, que deverá deixar o PL e retornar ao PSB. O movimento abre caminho para uma articulação surpreendente com Renan Calheiros (MDB), que pode formar uma dobradinha com JHC para o Senado, enquanto o ministro Renan Filho (Transportes) voltaria a disputar o governo estadual. Uma composição ainda mais ousada colocaria lado a lado Renan Calheiros e Arthur Lira (PP), adversários históricos, em uma chapa conjunta ao Senado.
No meio dessa confusão, a esquerda também começa a agir com mais pragmatismo. A conversa entre PT, PSB e outros aliados nos estados está cada vez mais voltada à ideia de alianças estratégicas, mesmo que envolvam setores conservadores, com o único objetivo de derrotar os candidatos ligados a Bolsonaro. Esse movimento revela que a fragilidade atual da direita está criando uma brecha política a ser explorada, inclusive com possíveis composições improváveis. O impacto das ameaças e medidas de Trump — que incluem investigações comerciais e riscos de sanções econômicas — desestabilizou a base de confiança do bolsonarismo e desencadeou uma reação em cadeia que ainda está longe de acabar. No lugar de fortalecer Bolsonaro e seus aliados, o presidente norte-americano acabou criando uma tempestade interna que embaralha candidaturas, compromete apoios e deixa a direita sem uma estratégia clara para 2026.
MIRELLA ENTREGA MAIS TRÊS AMBULÂNCIAS DO SAMU PARA OLINDA
A CASA CAIU? STF VÊ “PROVAS FARTAS” CONTRA BOLSONARO EM PROCESSO SOBRE TENTATIVA DE GOLPE
A cúpula do Supremo Tribunal Federal (STF) avalia que há “provas fartas” para a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. A percepção se consolidou após a entrega das alegações finais pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que protocolou um documento de 517 páginas assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet. A peça foi considerada por ministros como minuciosa, meticulosamente articulada e repleta de elementos que sustentam a narrativa apresentada desde o início da investigação. Nos bastidores do STF, integrantes da Corte destacaram a profundidade com que a PGR reconstrói os bastidores do que classificam como uma trama golpista conduzida a partir do Palácio do Planalto nos meses que sucederam a derrota de Bolsonaro nas urnas em 2022. A denúncia aponta para a existência de uma organização criminosa articulada com militares, assessores e aliados do ex-presidente, com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e instaurar um regime autoritário, utilizando mecanismos de força institucional, incluindo a convocação ilegal das Forças Armadas. Os ministros ressaltaram ainda a consistência com que a PGR tratou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e que, apesar de apresentar contradições em alguns trechos, teve suas informações amplamente corroboradas por provas documentais e perícias. Essa combinação entre os depoimentos e os elementos de prova foi descrita como decisiva para blindar a delação de ataques da defesa e dar sustentação à peça acusatória. A narrativa construída pela Procuradoria detalha reuniões, esboços de decretos inconstitucionais e movimentações de bastidores que, segundo o documento, visavam sustentar juridicamente a intervenção militar. O texto também elenca episódios públicos em que Bolsonaro alimentou desinformação sobre o sistema eleitoral, questionou a legitimidade do pleito e incentivou atos antidemocráticos, como os acampamentos em frente a quartéis e o ataque às sedes dos Três Poderes, ocorrido em 8 de janeiro de 2023. Segundo fontes do STF ouvidas pela CNN, o material da PGR não apenas organiza de forma clara o conjunto probatório, mas também demonstra uma linha de comando liderada diretamente por Bolsonaro. Com base nesse entendimento, os ministros consideram que o parecer da Procuradoria fortalece de maneira expressiva a tese da acusação, preparando o terreno para o julgamento de mérito, que será conduzido pela Primeira Turma da Corte. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deve abrir nos próximos dias o prazo de 15 dias para que Mauro Cid apresente suas alegações finais. Em seguida, será a vez da defesa de Bolsonaro e dos demais réus se manifestarem. O julgamento está previsto para ocorrer entre setembro e outubro, num contexto de grande atenção política e institucional. Para os ministros, o processo penal atinge um grau de maturidade que torna improvável a reversão da narrativa construída até o momento. Nos bastidores, há a leitura de que a robustez da peça de Gonet também servirá de base para futuras ações penais envolvendo figuras ligadas ao ex-presidente. A expectativa é de que o julgamento, ao contrário de outros que dividiram o Supremo, encontre maioria sólida e coesa, ao menos entre os integrantes da Primeira Turma.
COLUNA POLÍTICA — NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO
O cenário político de Lajedo, no Agreste pernambucano, sofreu um abalo considerável com o rompimento entre o prefeito Erivaldo Chagas e a vice-prefeita Socorro Duarte, filha do lendário ex-prefeito e ex-deputado Adelmo Duarte, símbolo do grupo dos “boca preta”. A exoneração de Socorro da Secretaria de Assistência Social foi o ponto final de uma relação que já vinha se desgastando nos bastidores. Segundo aliados próximos, que tomaram o poder com Erivaldo a vice vinha se afastando das decisões do governo e até sabotando internamente ações da gestão. Vamos dar uma analisada NA LUPA desta quinta-feira.
Apesar do desgaste, Erivaldo Chagas ainda é visto hoje como a principal liderança política de Lajedo. Sua gestão tem boa aprovação popular, especialmente nas áreas de assistência social, saúde e infraestrutura e limpeza urbana. No entanto, o movimento de romper com Socorro, romper com quem construiu a sua história pode minar sua força nas bases tradicionais. O eleitor de Lajedo é marcado por uma política de lados bem definidos. E cortar o laço com os “boca preta” significa enfrentar um inimigo interno forte, que resiste no tempo em Lajedo.