Em visita à Hemobrás, no município de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu seu discurso com uma declaração de reconhecimento ao papel decisivo do senador Humberto Costa (PT) na concretização da fábrica pública de hemoderivados. O chefe do Executivo destacou que, embora tenha dado a autorização para o empreendimento durante seu primeiro mandato, a concepção e a articulação para que Pernambuco sediasse a unidade partiram do então ministro da Saúde. Segundo Lula, Humberto foi quem apresentou o projeto, defendeu a viabilidade técnica e política, e conduziu as negociações necessárias para que o Estado fosse escolhido como sede. A
fala do presidente foi recebida com aplausos de autoridades, funcionários e convidados presentes, reforçando a dimensão simbólica do momento para a história da saúde pública e para o orgulho regional. Lula relembrou que a Hemobrás nasceu de uma visão estratégica de interiorizar investimentos e descentralizar a produção de insumos essenciais ao Sistema Único de Saúde, rompendo com a dependência quase total do Brasil de importações no setor de hemoderivados. Ele citou que, à época, a decisão não foi simples, enfrentando resistências técnicas e políticas, mas que o empenho de Humberto foi determinante para superar entraves e assegurar que a planta fosse instalada em território pernambucano. O presidente frisou que a fábrica não apenas representa soberania tecnológica, mas também gera emprego, renda e oportunidades para a região, atraindo novas cadeias produtivas. Durante o evento, que reuniu ministros, parlamentares e representantes do setor, a lembrança do início da Hemobrás serviu de pano de fundo para a discussão sobre o fortalecimento da indústria nacional da saúde. Lula, com tom emotivo, reforçou que o projeto não foi fruto de improviso, mas de planejamento e vontade política, e que reconhecer a participação de quem idealizou e batalhou por ele é fundamental para compreender o significado da obra. Ao rememorar a trajetória, o presidente deu ênfase à parceria de confiança construída com Humberto Costa, classificando-a como exemplo de como o diálogo e a articulação institucional podem gerar resultados concretos para o país. O discurso reforçou a importância histórica da Hemobrás e reafirmou o papel de Pernambuco como polo estratégico para a saúde pública brasileira.quinta-feira, 14 de agosto de 2025
PRISÃO DE TRÊS SUSPEITOS REACENDE INVESTIGAÇÃO SOBRE O ASSASSINATO DO VEREADOR EZIO GALINDO CORDEIRO EM ALAGOINHA
A manhã desta quinta-feira foi marcada por uma operação de grande repercussão no Agreste pernambucano, conduzida pela Polícia Civil, que resultou na prisão de três homens suspeitos de envolvimento no assassinato do vereador Ezio Galindo Cordeiro (Podemos), conhecido como Ezinho Construção, morto a tiros em abril deste ano. Entre os detidos estão um vereador suplente, um assessor parlamentar e um terceiro homem ainda não identificado oficialmente. Até o momento, a identidade dos presos não foi divulgada pelas autoridades, em respeito ao andamento das investigações e ao sigilo processual.
As prisões ocorreram de forma simultânea em diferentes pontos da região. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município de Alagoinha, cidade onde a vítima exercia o mandato e mantinha forte influência política. Outro mandado foi executado em Venturosa, município vizinho, ampliando o raio de ação da operação. De acordo com os investigadores, a ação de hoje foi resultado de meses de trabalho minucioso, envolvendo análise de imagens, cruzamento de informações e coleta de depoimentos que ajudaram a traçar a possível participação dos suspeitos no crime.
Durante o cumprimento dos mandados, dois dos homens presos foram flagrados em posse de armas de fogo e munições, configurando porte ilegal. Além disso, a polícia apreendeu um veículo com sinais de adulteração, reforçando a suspeita de que ele poderia ter sido utilizado em ações criminosas, possivelmente ligadas ao homicídio do parlamentar. O terceiro preso, embora não estivesse armado no momento da captura, é apontado pelas investigações como peça importante na engrenagem que levou à execução de Ezinho Construção.
O assassinato do vereador, ocorrido em abril, causou comoção e indignação na população de Alagoinha e cidades vizinhas. Ezio Galindo era conhecido por sua postura ativa na política local e por seu trabalho voltado às demandas comunitárias. A forma como foi morto — alvejado a tiros — gerou forte pressão popular para que as autoridades identificassem e prendessem os responsáveis. Desde então, a Polícia Civil vinha conduzindo diligências constantes para esclarecer as circunstâncias do crime e desvendar suas motivações.
Em nota oficial, a Câmara Municipal de Alagoinha manifestou que acompanha com atenção cada etapa da apuração e reforçou o compromisso de apoiar as autoridades para que o caso seja solucionado. “A resolução e o esclarecimento deste caso são, neste momento, nossa prioridade”, informou o legislativo municipal, ressaltando a importância de que a justiça seja feita em respeito à memória de Ezinho Construção e à expectativa da sociedade por respostas concretas.
As investigações continuam em curso, e novas diligências estão previstas para os próximos dias. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de que outras pessoas estejam envolvidas direta ou indiretamente na trama que resultou na morte do vereador. Com a prisão de figuras politicamente ligadas à região, o caso ganha contornos ainda mais complexos, levantando questionamentos sobre disputas de poder e possíveis motivações políticas por trás do crime. O clima nas ruas de Alagoinha é de apreensão, e a população aguarda atentamente os próximos passos das autoridades.
GARANHUNS E REGIÃO RECEBEM O CREA DESENVOLVE NOS DIAS 22 E 23 DE AGOSTO
PARCERIA ENTRE SEAP E SEDEPE LEVA CURSOS PROFISSIONALIZANTES PARA UNIDADES PRISIONAIS
A parceria já possibilitou a oferta de mais de duas mil vagas no sistema prisional de Pernambuco
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo (Sedepe), está promovendo cursos de qualificação profissional no Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel) e na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), ambos na Região Metropolitana do Recife. Os cursos, ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), iniciaram nesta quarta-feira (13) e vão até o dia 27 de agosto nas duas unidades prisionais. .
No Cotel, o curso de Preparo de Bolos e Tortas conta com a participação de 25 internos. "As formações abordam boas práticas e técnicas específicas voltadas para cada área, garantindo que os participantes adquiram conhecimentos sólidos e atualizados", afirmou o supervisor da educação da unidade, Adelson Ranulfo. Ainda no Cotel, está em andamento o curso de Preparo e Serviço de Coquetéis seguindo até o dia 23 de agosto.
A Colônia Penal Feminina do Recife está recebendo o curso de Unha em Gel beneficiando 25 alunas. A formação combina aulas teóricas e práticas, abordando técnicas de cutilagem, alongamento de unha em gel, preparação e acabamento. Além disso, as participantes aprendem noções de empreendedorismo e precificação de serviços.A parceria entre SEAP e Sedepe foi firmada há cerca de dois anos em reuniões do Juntos pela Segurança. Desde o início da parceria foram oferecidas 2.025 vagas em cursos profissionalizantes em unidades prisionais do estado. Todas as formações oferecem certificação e dão direito à remição de pena.
Fotos: Divulgação/SEAP
JUNIOR MATUTO PROVOCA POLÊMICA NA ALEPE COM DECLARAÇÃO BAIXA E CHOCANTE CONTRA A GOVERNADORA
Em meio a uma sessão acalorada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Junior Matuto (PSB) proferiu nesta quarta-feira (13) uma declaração que rapidamente repercutiu nas redes sociais e na imprensa local. Durante um aparte ao discurso da deputada Dani Portela (PSOL), Matuto disse: “Vocês podem me ver de coca (sic), mas cagando e fazendo merda, nunca. O que nós acabamos de ver é a governadora cagando e fazendo merda através da publicidade”. O teor da frase gerou reação imediata entre parlamentares presentes e chamou atenção pelo tom agressivo e a forma explícita da crítica direcionada à chefe do Executivo estadual.
O presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), determinou que os registros taquigráficos referentes a esse trecho da intervenção fossem apagados, uma decisão que intensificou a discussão sobre a liberdade de expressão e os limites do debate parlamentar. Dani Portela, a quem Matuto interrompeu, acusava o governo do estado de financiar perfis na internet que, segundo ela, tinham o objetivo de denegrir sua honra e imagem, criando um ambiente de tensão política no plenário.
Junior Matuto, figura conhecida por seu linguajar direto e polêmico, possui trajetória política consolidada na Região Metropolitana do Recife. Eleito vereador em 2008, Matuto teve dois mandatos consecutivos como prefeito de Paulista, entre 2013 e 2020, pelo PSB, período em que se destacou por sua presença marcante na política local e por adotar um estilo combativo em debates públicos.
Sua carreira, no entanto, também foi marcada por episódios de controvérsia. Em 21 de julho de 2020, durante seu segundo mandato como prefeito, Matuto foi preso preventivamente na Operação Chorume, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco. A operação investigava um suposto esquema de desvio de recursos públicos e fraudes em contratos relacionados à limpeza urbana e à iluminação pública no município de Paulista.
Além da prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Matuto e a servidores municipais, mobilizando uma força-tarefa significativa do Gaeco. Apesar das acusações, o político negou qualquer irregularidade e manteve sua postura firme diante da investigação, argumentando que se tratava de um processo político. A prisão e os procedimentos subsequentes tiveram repercussão imediata na cidade, gerando debates acalorados sobre ética na administração pública e a responsabilidade de gestores municipais.
O episódio na Alepe, com a declaração contundente de Matuto, evidencia não apenas o estilo combativo do deputado, mas também a tensão crescente entre parlamentares estaduais e o governo do estado. A polêmica envolve questões de conduta, liberdade de expressão e uso da publicidade oficial, levantando discussões sobre limites da crítica política e respeito às instituições. A reação de Álvaro Porto ao apagar os registros reforça o cuidado da mesa diretora em mediar conflitos dentro do plenário, enquanto os parlamentares observam atentamente os desdobramentos e repercussões do episódio nas redes sociais e na mídia local.
Junior Matuto, que retornou à Alepe com o prestígio de ex-prefeito e histórico de articulação política, mantém-se uma figura influente e polêmica, conhecida por não poupar críticas diretas a adversários políticos. Sua intervenção desta quarta-feira reforça a imagem de um político combativo, capaz de gerar debates acalorados e provocar repercussões imediatas tanto dentro quanto fora do plenário. A combinação de seu passado político, marcado por vitórias eleitorais e investigações criminais, com o episódio recente na Alepe, coloca Matuto novamente no centro das atenções do cenário político pernambucano.
O impacto da fala na Assembleia Legislativa evidencia a complexidade da política estadual, em que figuras tradicionais do PSB se confrontam com parlamentares de outras siglas em meio a discussões sobre gestão pública, financiamento de perfis digitais e responsabilidade política. A frase de Matuto, embora apagada dos registros oficiais, permanece no debate público, destacando seu estilo direto e controverso e alimentando a cobertura jornalística sobre a dinâmica política em Pernambuco.
O episódio também levanta questionamentos sobre os limites da crítica política dentro do Legislativo, a ética no uso da publicidade oficial e a influência de discursos inflamados na opinião pública. Matuto, com seu histórico de intervenções polêmicas e postura combativa, segue sendo uma presença marcante e provocadora na política estadual, enquanto deputados e cidadãos acompanham atentamente os desdobramentos de suas declarações e a reação das autoridades competentes.
A atuação do deputado demonstra a intensidade do embate político em Pernambuco, revelando um cenário em que ataques verbais, acusações públicas e polêmicas de gestão caminham lado a lado com debates institucionais e medidas de controle adotadas pela mesa diretora da Alepe. O episódio evidencia a força da comunicação política direta, a sensibilidade em torno da imagem de autoridades estaduais e a influência de parlamentares com trajetória consolidada, mesmo diante de episódios controversos no passado.
Junior Matuto permanece, assim, uma figura que polariza opiniões, desperta atenção da mídia e continua a ocupar posição central no debate político estadual, provocando discussões sobre postura, ética e os limites da crítica no âmbito da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
RELATOR OSSESIO SILVA QUER PUNIÇÃO MAIS RIGOROSA PARA QUEM DESCUMPRIR MEDIDA PROTETIVA DE IDOSO
DIEGO CABRAL E JOÃO DE NADEGI DECLARAM APOIO A SÍLVIO COSTA FILHO PARA O SENADO
BOMBA - A POLÊMICA DO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO: CRÍTICOS TAMBÉM RECEBEM SEUS BENEFÍCIOS
Garanhuns, 14 de agosto de 2025 – A aprovação do projeto de lei que concede auxílio-alimentação ao prefeito, vice-prefeito e secretários municipais de Garanhuns gerou polêmica na cidade. Uma análise detalhada revela que alguns críticos do benefício, incluindo vereadores e figuras públicas, também recebem auxílios semelhantes, gerando questionamentos sobre a coerência de suas posições.
Auxílio-alimentação aprovado pela Câmara
Na sessão realizada ontem, a Câmara de Vereadores aprovou o Projeto de Lei nº 023/2025, instituindo:
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Prefeito: R$ 5.000 de auxílio-alimentação mensais, além do salário de R$ 34.774,64, totalizando cerca de R$ 39.774,64.
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Vice-prefeito, secretários e presidentes de autarquias: R$ 2.500 mensais de auxílio-alimentação, com impacto estimado de até R$ 750 mil por ano nos cofres públicos.
A votação terminou com 14 votos a favor e 3 contrários: os vereadores Ruber Neto, Thiago Paes e Fernando da Iza.
Contradição: vereadores que votaram contra também recebem auxílio
Os três vereadores que votaram contra o projeto também recebem auxílio-alimentação da própria Câmara de Vereadores, além de salários compatíveis com o cargo:
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Ruber Neto: salário superior a R$ 17.000 + auxílio-alimentação de R$ 1.000.
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Thiago Paes: salário superior a R$ 17.000 + auxílio-alimentação de R$ 1.000.
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Fernando da Iza: salário superior a R$ 17.000 + auxílio-alimentação de R$ 1.000.
Ou seja, mesmo criticando a concessão de auxílios a outras autoridades, esses parlamentares recebem benefícios equivalentes pagos pela Câmara Municipal.
Figuras públicas que também recebem auxílio-alimentação
Além dos vereadores, outras figuras públicas criticaram a medida, mas também recebem auxílio-alimentação por suas funções:
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Carlos Eugênio de Oliveira Cavalcanti – jornalista e secretário parlamentar do deputado federal Fernando Rodolfo, ocupa o cargo de Secretário Parlamentar SP07, com auxílio-alimentação de R$ 1.784,42 mensais e salário base de R$ 4.614,92, totalizando aproximadamente R$ 6.399,34 mensais.
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Gerson José de Carvalho Souza Filho (Gersinho Filho) – ex-vereador e secretário parlamentar SP19 no mesmo gabinete, recebe auxílio-alimentação de R$ 1.784,42 mensais e salário base de R$ 11.456,86, totalizando aproximadamente R$ 13.241,28 mensais.
Lei que regulamenta os benefícios
O auxílio-alimentação dos secretários parlamentares está previsto no Regimento Interno da Câmara e regulamentado pela Portaria nº 75/2025, equiparando-se ao Senado Federal e ao Tribunal de Contas da União. O projeto municipal de Garanhuns segue a legislação local, concedendo adicional para prefeitos, vice e secretários, visando custear alimentação e despesas de trabalho.
Fatos e transparência
O Blog do Edney pesquisou e apenas apresenta os fatos, destacando a contrariedade da posição de alguns parlamentares que criticam benefícios que eles mesmos recebem. Como diz o ditado: “Quem vive em telhado de vidro não deve jogar pedra no telhado do vizinho”.
Estamos abertos ao contraditório e publicaremos qualquer esclarecimento que os citados desejem fornecer sobre os fatos apresentados.