quarta-feira, 15 de outubro de 2025
APROVADO POR UNANIMIDADE PROJETO DO DEPUTADO EDUARDO DA FONTE QUE CRIA MARCO REGULATÓRIO PARA COMPARTILHAMENTO DE RISCO NO SUS
SENADOR CARLOS VIANA CRITICA DEPUTADO ALFREDO GASPAR POR ATITUDES POLÊMICAS NA CPMI DO INSS
A atitude, que remete a cenas de xerifes em filmes clássicos do faroeste americano, não passou despercebida. Viana, visivelmente incomodado, interrompeu a sessão para alertar o relator sobre seu comportamento. “Você está fazendo o jogo deles”, afirmou o senador, em crítica clara à forma como Gaspar conduzia os trabalhos. Apesar do deputado do União Brasil ter discordado, as palavras de Viana foram ouvidas pelo som ambiente, registrando a tensão na comissão.
Especialistas em comportamento parlamentar ressaltam que, embora os depoentes possam, de fato, estar envolvidos em irregularidades, cabe à Justiça definir culpabilidades, e não a um parlamentar em comissão. A confusão evidencia uma linha tênue entre o papel de um relator e o de um investigador de polícia, mostrando que a condução de uma CPMI exige equilíbrio e cautela.
Gaspar tem conquistado notoriedade entre seguidores da direita e da extrema-direita, especialmente por sua postura combativa e firme em audiência pública. No entanto, críticos apontam que o estilo agressivo pode comprometer a seriedade dos trabalhos e prejudicar a percepção pública da comissão.
A CPMI do INSS tem como missão investigar possíveis irregularidades e fraudes em benefícios previdenciários, inclusive envolvendo altos executivos e servidores públicos. Especialistas lembram que o êxito das investigações depende de uma postura técnica, imparcial e estratégica, principalmente ao lidar com grandes nomes envolvidos em esquemas de corrupção.
Viana, ao se posicionar, reforçou a importância de conduzir as sessões com profissionalismo, evitando ataques pessoais que possam ser confundidos com pré-julgamento. “A comissão precisa de investigação, não de espetáculo”, disse, resumindo o sentimento de muitos parlamentares que acompanham os trabalhos.
O episódio também levanta questionamentos sobre o papel político do relator da CPMI. Gaspar poderá manter o tom combativo em futuras sessões ou optar por uma postura mais diplomática, condizente com a responsabilidade de relatar denúncias de grande magnitude.
Entre aliados, a expectativa é que Gaspar use sua visibilidade para pressionar por resultados concretos, mas sem transformar a CPMI em palco de acusações teatrais. Já para críticos, a situação reforça a necessidade de limites claros entre autoridade parlamentar e atuação investigativa.
Enquanto isso, os debates na comissão seguem, com olhos atentos da sociedade e do Judiciário sobre cada passo do relator. A mensagem de Viana permanece como um alerta: rigor na investigação e respeito à função institucional são indispensáveis para que a CPMI cumpra seu papel.
ALEPE LEVA OFICINA DE CORDEL PARA JOVENS DA FUNASE E INCENTIVA LEITURA COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
ALEPE VOTA HOJE À TARDE PROJETO PIONEIRO CONTRA BEBIDAS ADULTERADAS E COTAS RACIAIS EM CONCURSOS
O projeto sobre o uso indevido do metanol tramita em regime de urgência e é considerado o primeiro do Brasil a tratar do tema de forma abrangente. Ele reúne oito propostas apresentadas por diferentes deputados e estabelece ações preventivas e punitivas para proteger a saúde da população. Entre as medidas previstas estão fiscalização rigorosa, campanhas educativas e punições para quem produzir, vender ou distribuir bebidas adulteradas.
A iniciativa surge em resposta a casos recentes de intoxicação e mortes causadas pelo consumo de bebidas contaminadas, reforçando a necessidade de legislação mais efetiva para proteger os cidadãos. O projeto tem como foco central a prevenção de novos episódios e a segurança sanitária em Pernambuco.
Já o projeto de cotas raciais, de autoria da deputada Dani Portela (PSOL), prevê a reserva de 20% das vagas para candidatos negros em concursos públicos estaduais. A medida, que será votada em segunda discussão, busca reduzir desigualdades históricas e promover maior inclusão racial no serviço público.
Segundo a deputada, políticas de ação afirmativa são fundamentais para garantir representatividade e equidade, especialmente em espaços de poder e decisão. “É uma forma de corrigir injustiças históricas e fortalecer a diversidade no serviço público”, afirmou Portela.
A votação das duas matérias ocorre hoje à tarde e deve contar com ampla atenção da sociedade, dada a relevância de ambas para a proteção da vida e a promoção da justiça social. A Alepe reforça, assim, seu papel na formulação de políticas públicas inovadoras e inclusivas.
As expectativas são de que o plenário aprove ambos os projetos, colocando Pernambuco na vanguarda em políticas de saúde pública e inclusão racial. O acompanhamento das votações deve movimentar parlamentares, órgãos de fiscalização e entidades de defesa da população.
A tarde desta quarta-feira promete decisões históricas, com impactos diretos na segurança sanitária e na igualdade de oportunidades no Estado. A Alepe reforça seu compromisso em debater e aprovar propostas que transformem a vida da população e estimulem a proteção de direitos essenciais.
EM CARUARU, SETOR PRODUTIVO DESTACA POTENCIAL DA TRANSNORDESTINA PARA FORTALECIMENTO DE CADEIAS ECONÔMICAS DO AGRESTE
CAYO ALBINO PROPÕE PEC PARA GARANTIR INVESTIMENTOS FIXOS NA JUVENTUDE PERNAMBUCANA
De acordo com Cayo Albino, a criação do Orçamento da Juventude representa mais do que um compromisso político — trata-se de uma medida concreta para transformar em realidade as promessas de valorização feitas durante campanhas eleitorais. O parlamentar destacou que é comum ver discursos exaltando os jovens como o futuro da nação, mas que na prática poucos governos transformam essas palavras em políticas efetivas. Ao apresentar a PEC, Cayo busca justamente consolidar a juventude como prioridade permanente do Estado, garantindo que os investimentos em áreas como educação, cultura, esportes, emprego e inovação façam parte de um planejamento contínuo e não apenas de ações pontuais.
O deputado ressalta ainda que os jovens, muitas vezes, não são ouvidos ou considerados em espaços de decisão, sendo frequentemente subestimados pela falta de experiência. Para ele, é hora de romper esse ciclo de invisibilidade e reconhecer o papel ativo que a juventude desempenha na construção do presente e do futuro de Pernambuco. Cayo defende que o novo instrumento orçamentário permitirá a criação de políticas públicas específicas, pensadas a partir da realidade e das demandas dos jovens pernambucanos. Segundo o parlamentar, a juventude quer mais do que discursos; quer oportunidades reais, reconhecimento e participação efetiva na formulação das políticas que impactam seu dia a dia.
Com a PEC do Orçamento da Juventude, Cayo Albino pretende abrir um novo capítulo na política estadual, onde os jovens não apenas serão lembrados em períodos eleitorais, mas terão presença constante nas decisões estratégicas e nos investimentos públicos de Pernambuco.
foto: Thomas Ravelly
O GOLPE DO SEQUESTRO FALSO COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
CÂMARA DO RECIFE INAUGURA BANCO VERMELHO E REFORÇA LUTA CONTRA O FEMINICÍDIO
A iniciativa foi destacada pela vereadora Flávia de Nadegi (PV), que ressaltou a importância de transformar o símbolo em ação concreta. “Vamos garantir que este gesto vá além da simbologia e provoque um compromisso real de todos os vereadores, homens e mulheres, nessa Casa”, enfatizou a parlamentar, que é uma das vozes mais atuantes em pautas de proteção à mulher.
O ato contou ainda com a presença das vereadoras Natália de Menudo (PSB), procuradora da Mulher da Câmara, Ana Lúcia (Republicanos), procuradora adjunta da Mulher, Jô Cavalcanti (PSOL) e Cida Pedrosa (PCdoB), todas engajadas em iniciativas voltadas à promoção de políticas públicas para combater a violência de gênero.
Durante o evento, a vereadora Natália de Menudo fez um alerta contundente sobre a realidade do feminicídio no país. “Na maioria dos casos, os assassinos estão bem próximos. Tiram a vida da vítima e também deixam nas mulheres marcas profundas nos corpos e na mente”, afirmou.
Já a professora e vereadora Ana Lúcia reforçou o papel da Câmara como espaço de escuta, diálogo e respeito mútuo. “O respeito é essencial, inclusive, para trazermos ao plenário as vozes daqueles que nos escolheram. Somos responsáveis pelo que dizemos e fazemos”, destacou.
A instalação do Banco Vermelho no plenário é mais que um monumento: é um convite permanente à reflexão e à ação. O gesto reafirma o compromisso da Câmara do Recife em combater a violência doméstica, apoiar as vítimas e exigir justiça para as mulheres que tiveram suas vidas interrompidas.
Com o Banco Vermelho, o Legislativo recifense se junta a uma corrente global de resistência e empatia, reafirmando que nenhuma mulher deve ser silenciada pelo medo ou pela violência.