quarta-feira, 22 de outubro de 2025

VIA METROPOLITANA NORTE TRANSFORMA A MOBILIDADE ENTRE OLINDA, PAULISTA E RECIFE

As obras da Via Metropolitana Norte, em Olinda, seguem avançando e já começam a mudar a paisagem urbana de uma das regiões mais movimentadas da Região Metropolitana do Recife. O projeto, executado pelo Governo de Pernambuco por meio da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), representa uma das mais importantes intervenções de mobilidade do estado e promete beneficiar diretamente cerca de 200 mil pessoas.

Localizada às margens do Canal do Fragoso, a nova via tem papel estratégico: criar uma alternativa eficiente de deslocamento entre os municípios de Olinda, Paulista e Recife, conectando a PE-15 à Ponte do Janga (PE-001). Essa ligação facilitará o acesso entre áreas densamente povoadas, reduzindo o tempo de deslocamento e desafogando importantes corredores viários da região.

O empreendimento faz parte de um conjunto de ações voltadas à requalificação urbana e à integração territorial da Região Metropolitana. Ao longo do trajeto, a Via Metropolitana Norte contará com sistema de drenagem, pavimentação moderna, sinalização, iluminação pública e paisagismo, oferecendo mais segurança e conforto para motoristas, ciclistas e pedestres.

Além da mobilidade, o projeto tem impacto direto na qualidade de vida da população. A recuperação das margens do Canal do Fragoso, com obras de contenção e saneamento, contribuirá para o controle de enchentes e melhoria das condições ambientais do entorno. O governo estadual destaca que essa intervenção representa um marco na infraestrutura urbana de Olinda, abrindo espaço para o desenvolvimento econômico e valorização imobiliária das áreas adjacentes.

Com a conclusão das obras, a expectativa é de que a Via Metropolitana Norte se torne uma nova artéria de integração entre o Litoral Norte e a capital pernambucana, conectando importantes eixos residenciais, industriais e turísticos. A iniciativa reforça o compromisso do Governo de Pernambuco com a modernização da malha viária e com a criação de soluções sustentáveis de mobilidade urbana.

A população já observa os avanços do trabalho e projeta melhorias significativas na rotina diária. Para muitos moradores, a nova via simboliza um futuro com mais fluidez, segurança e desenvolvimento. O cenário que antes era de engarrafamentos e alagamentos começa a dar lugar a uma estrutura moderna, planejada e eficiente, que promete redefinir o trânsito e a urbanização da Região Metropolitana do Recife.

CENTRO DO RECIFE: GOVERNADORA EM EXERCÍCIO PRISCILA KRAUSE VISITA OBRAS DE RESTAURAÇÃO DA IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO

Na tarde desta quarta-feira (22), a governadora em exercício Priscila Krause visitou a restauração da Igreja Matriz de Santo Antônio, no Centro do Recife, para acompanhar o avanço das obras no edifício, que tem grande simbolismo histórico e religioso para a capital e para Pernambuco. A obra é executada pela Fundação do Patrimônio Histórico de Pernambuco (Fundarpe) com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no valor de R$ 3,4 milhões.

“Hoje o Estado tem uma política sólida de preservação, com a Fundarpe atuando em sua plena capacidade e liderando 13 obras simultâneas, do Litoral ao Sertão, com o objetivo de conservar, restaurar e devolver patrimônios históricos e materiais à vida das pessoas. São R$ 75 milhões investidos nesse esforço. Temos exemplos aqui no Centro do Recife, como prédio do Diário de Pernambuco, o Liceu de Artes e Ofícios e o Cinema São Luiz, que retomou sua programação e voltou a ser um espaço de convivência e memória afetiva para a população”, destacou a governadora em exercício Priscila Krause.

Foram restaurados e recuperados elementos como o forro, cimalhas, tribunas, portadas, púlpitos, arco cruzeiro, pinturas, retábulos e balaústres (antiga mesa de comunhão que delimita os níveis e espaços no corpo da nave); a capela-mor, com o retábulo do Santíssimo Sacramento, tribunas, cimalhas, forro, revestimentos parietais em talha e pinturas apaineladas; a sacristia da Irmandade do Santíssimo Sacramento, com o nicho de N. Sra. da Soledade; a sacristia da Matriz, com arcaz em jacarandá; e subcoro com forro, capela de N. Sra. da Piedade, pia batismal e painel do Batismo de Cristo.

A secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula ressaltou o trabalho pela manutenção da memória do povo de Pernambuco. “Estamos aqui visitando uma obra que a gente deu ordem de serviço exatamente um ano atrás e, em breve, será uma igreja totalmente restaurada aqui no coração do Recife. É mais um feito do Governo do Estado, que tem feito um trabalho incrível no tocante à restauração e manutenção da nossa memória. Tenho certeza de que a população vai gostar muito do resultado”, afirmou a titular da pasta.

Durante a execução da obra, foram feitas prospecções das camadas pictóricas dos bens integrados, para identificação da camada primitiva, e numa delas foi descoberta uma pintura artística no barrado liso do coro, possivelmente do século XIX, contendo arranjos florais reproduzidos por molde tipo estêncil.

A presidente da Fundarpe, Renata Borba, detalhou os trabalhos realizados para garantir que as ações de conservação e restauro sejam feitas integrando os espaços locais, mantendo viva a história e memória de cada espaço. “Pernambuco é o estado brasileiro com o quarto maior número de bens tombados em nível federal. Isso representa uma grande responsabilidade para o poder público e para todos os cidadãos. O diferencial em alguns patrimônios é que, além de restaurar, estamos dando novos usos, com muito cuidado para que a essência dos locais seja preservada”, explicou.

SOBRE A IGREJA – A Matriz do Santíssimo Sacramento, do bairro de Santo Antônio, localizada no Centro do Recife, é um dos principais exemplares do barroco colonial em Pernambuco. Sua construção iniciou-se em 1753 e foi concluída em 1790, sendo posteriormente enriquecida com pinturas e douramentos do artista Manuel de Jesus Pinto, entre 1790 e 1805. O templo, tombado em nível federal, abriga oito altares, duas capelas laterais, consistório no piso superior, dupla fileira de tribunas e duas sacristias. Por sua dimensão histórica, artística e religiosa, a igreja é considerada o “coração do Recife”, ponto de referência da fé católica e da memória urbana da capital.


Fotos: Hesíodo Góes/Secom

PARANAGUÁ: SILVIO COSTA FILHO COMEMORA LEILÃO DO PRIMEIRO CANAL DE ACESSO A UM PORTO PÚBLICO NO BRASIL

O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD) venceu nesta quarta-feira (22) o leilão realizado na B3, em São Paulo, pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e vai administrar o canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR). Com investimentos de R$ 1,22 bilhão, o consórcio será responsável pela dragagem e ampliação do calado dos atuais 13,5 metros para 15,5 metros, o que vai permitir o acesso de navios de grande porte e ampliação da capacidade operacional do porto, elevando a movimentação de cargas e o escoamento da produção.

A disputa se iniciou com quatro competidores e lances de desconto sobre o valor da tarifa, chegando a 12,63%. Na sequência, a disputa evoluiu para a disputa de viva-voz, com 20 lances realizados sobre o valor da outorga, que chegou a R$ 276 milhões. O CCGD terá que investir R$ 1,22 bilhão nos cinco primeiros anos de concessão, além do valor de outorga pelo prazo de 25 anos. O consórcio CCGD é formado pelas empresas FTSPar e Grupo Deme.

“O sucesso dos leilões de hoje mostra a confiança do investidor no Brasil e no setor portuário”, afirmou o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, depois de bater o martelo, na B3. Ao todo, neste ano, já foram concedidos seis terminais portuários, incluindo carga e passageiros, além do túnel Santos-Guarujá e o canal de acesso de Paranaguá. Outros leilões estão previstos até o fim do ano.

"Acreditar no amanhã é a melhor forma de ser feliz. Eu não tenho dúvida que, de maneira coletiva, o poder público, o poder privado, a sociedade civil organizada, cada vez mais vamos sonhar com um Brasil mais justo, mais solidário, mais soberano e, sobretudo, um Brasil dos brasileiros”, complementou Costa Filho.

O secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, afirmou estar realizado pela concessão do primeiro canal de acesso portuário do mundo. “Hoje tenho a sensação do dever cumprido, da contribuição com o setor, com a história da logística nacional e principalmente o grande sentimento que é um privilégio que é poder estar participando disso tudo. É muito bom fazer parte desse importantíssimo momento da história”, ressaltou.

Ratinho Junior, governador do Paraná, reforçou que seu estado está no centro de 70% do PIB da América do Sul, um eixo de 1,8 trilhão de dólares. “O Porto de Paranaguá foi eleito seis vezes o melhor porto do Brasil. Com as novas obras e a dragagem, vamos aumentar em 35% a capacidade e reduzir em 12% o custo aos usuários. Isso é fruto de planejamento e gestão técnica. O nosso planejamento deu certo. Hoje o Paraná está na vanguarda da infraestrutura brasileira, crescendo o dobro do Brasil e alcançando números chineses, acima de 5% ao ano”, mencionou.

Dinâmica do certame
Da disputa, organizada pelo MPor e pela Agencia Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), participaram quatro concorrentes e o leilão seguiu o critério hibrido, com a combinação de menor tarifa e maior valor de outorga. Pela manhã foram leiloados dois terminais: de Maceió, destinado ao transporte de passageiros, e do Rio de Janeiro, para operação offshore de petróleo.
O CEO da FTS participações Societárias, representante da CCGD, Andre Maragliano, comemorou a concessão do canal de acesso do Porto de Paranaguá como um momento histórico para o Brasil e afirmou ser uma honra fazer parte dessa história. "Celebramos a concessão e a confiança do governo na capacidade da iniciativa privada de transformar a infraestrutura nacional. O canal de acesso é o coração do porto e, com essa concessão, garantiremos profundidade, manutenção permanente, modernização da sinalização. Sairemos dos 13,5 m de calado para 15,5, um avanço que vai permitir a entrada de navios maiores, mais cargas movimentadas e mais competitividade”, informou. 

O Porto

Paranaguá é o segundo maior porto do Brasil, depois do porto de Santos. Atualmente, o porto recebe 2.600 navios por ano, com destaque para movimentação de granéis sólidos, como soja e proteína animal, e também carga conteinerizada, granéis líquidos e carga em geral. O Porto de Paranaguá é a principal via de escoamento da safra dos estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e também recebe cargas de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia.

Além de ampliar a movimentação de cargas, ampliar a eficiência e o comércio internacional, a concessão vai impulsionar também o desenvolvimento da região, com reflexos positivos na economia dos municípios próximos e na geração de emprego e renda nas cidades vizinhas e no Estado.

O aprofundamento do canal possibilitará a operação de navios de contêineres de grande porte, de até 366 metros, e de graneleiros com capacidade para 120 mil toneladas. A previsão é de que cada centímetro a mais no calado do canal de acesso corresponde a um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio.

O modelo de leilão de Paranaguá inaugura um novo formato de concessão que servirá de modelo para futuras concessões já previstas para os portos de Santos (SP), Itajaí (SC), Salvador (BA) e Rio Grande (RS).

COMISSÃO DE SAÚDE APROVA PROJETO DE EDUARDO DA FONTE QUE AMPLIA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DE DOENÇAS RARAS EM RECÉM-NASCIDOS

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (22), o Projeto de Lei nº 3736/2020, de autoria do deputado Eduardo da Fonte (PP/UP), que torna obrigatória a realização de exame que identifica doenças raras em recém-nascidos nas redes pública e privada de saúde, com cobertura pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O objetivo da proposta é garantir o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento, o que pode reduzir complicações e salvar vidas. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 75% das pessoas com doenças raras são crianças, e 30% dos pacientes morrem antes de completar cinco anos de idade.

Eduardo da Fonte, que também é autor da Lei que amplia o Teste do Pezinho, destacou que a detecção na fase pré-sintomática é decisiva para mudar o curso da doença, permitindo que muitas crianças tenham uma vida normal e produtiva. “A triagem neonatal ampliada é um investimento em dignidade, saúde e futuro. Identificar precocemente as doenças raras é dar às famílias a chance de tratamento antes que os sintomas causem danos irreversíveis”, afirmou o deputado.

O parlamentar ressaltou ainda que a medida trará economia a longo prazo para o sistema público de saúde, ao evitar o agravamento de doenças que, sem diagnóstico e tratamento precoces, geram internações recorrentes e altos custos para o SUS.

O projeto já havia sido aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família e segue agora para análise nas Comissões de Comissão de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça.

Foto: Igor Toscano

EM ENCONTRO COM DILMA ROUSSEFF EM XANGAI, GOVERNADORA RAQUEL LYRA DISCUTE PROJETOS FINANCIADOS PELO BANCO DO BRICS

Encerrando seu último compromisso na China para seguir com a missão internacional na Dinamarca, a governadora Raquel Lyra se reuniu, nesta quarta-feira (22), com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, em Xangai. Entre os assuntos tratados, estiveram os investimentos contratados no Banco dos Brics para projetos estruturadores de abastecimento de água e saneamento em Pernambuco.
"No encerramento da nossa primeira parte da missão internacional, na China, encontrei com a presidente do NDB, Dilma Rousseff, para discutir sobre os projetos financiados pelo banco, contratados pela Compesa. Os recursos da ordem de R$ 1,1 bilhão estão sendo investidos na distribuição de água, em saneamento básico e na conclusão de obras de adutoras. Tivemos a oportunidade de apresentar os avanços que temos feito nessa área por meio do Águas de Pernambuco. Agradeço a Dilma Rousseff por receber nossa comitiva e contribuir com o avanço de importantes obras em Pernambuco", destacou Raquel Lyra.
O empréstimo de R$ 1,1 bilhão foi contratado diretamente pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), no mês de julho de 2024. O financiamento ocorreu por meio de articulação do Governo de Pernambuco, com garantias do Estado e da União. O montante está sendo aplicado em obras de saneamento, construção de novas estações de tratamento de água e na ampliação dos sistemas de abastecimento.

DINAMARCA - Nesta quarta-feira (22), a governadora Raquel Lyra segue para a Dinamarca, onde cumprirá agendas em Copenhague e Sønderborg. No país nórdico, a gestora vai fortalecer parcerias nas áreas de energia, sustentabilidade e logística, além de avançar no diálogo com empresas estratégicas para a nova economia e para o desenvolvimento do Porto de Suape.

Participaram da reunião o chefe de gabinete da presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Marco Túlio Mendonça; o assessor do NDB, Alessandro Teixeira e o consultor do banco, Gustavo Rizzo.

O Governo de Pernambuco segue em missão internacional com a comitiva formada pelos secretários André Teixeira Filho (Mobilidade e Infraestrutura), Guilherme Cavalcanti (Desenvolvimento Econômico) e João Salles (Assessoria Especial à Governadora e Relações Internacionais), além das secretárias-executivas Rayane Aguiar (Relações Internacionais) e Daniella Brito (Imprensa).

Fotos: Divulgação

ROSSINE DEMONSTRA ESTRANHEZA NA PLANTAÇÃO DE MACONHA DE PESQUEIRA

Na manhã de terça-feira (21), a Polícia Militar destruiu um plantio de maconha em terreno indígena na Aldeia Lagoa, em Pesqueira (PE).  
A operação foi realizada pela 8ª Companhia Independente da PM após investigações apontarem cultivo em cerca de dois hectares.  

No local, os policiais encontraram aproximadamente 12 mil pés de maconha em fase de cultivo.  
Também foram apreendidos 92 quilos da droga já colhida e acondicionada em onze sacos plásticos.  
Ao aproximarem-se da roça, os agentes foram recebidos a tiros por homens que faziam a segurança do local.  

Houve troca de tiros; os suspeitos fugiram pela vegetação e não foram capturados.  
A plantação foi incinerada na própria terra; apenas uma pequena amostra foi preservada para perícia e registro na Delegacia.  

Em vídeo publicado nas redes sociais, o delegado Rossine, líder político de oposição em Pesqueira, manifestou surpresa com a descoberta.  
Rossine ressaltou que a plantação ficava exatamente ao lado da casa do cacique da aldeia, local apontado como sede da lavoura.  

O delegado destacou ainda que o cacique é, simultaneamente, prefeito da cidade, informação que ele considera relevante para a investigação.  
Segundo Rossine, o cultivo de maconha exige quase um ano até a colheita, o que indica a necessidade de controle contínuo da área.  

Por esse motivo, o delegado afirmou que quem comanda o território costuma responder pela atividade, levantando dúvidas sobre quem fiscalizava a região.  
A Polícia Militar informou que as apurações continuam para identificar e prender os responsáveis pela roça.  

A Delegacia de Polícia Civil recebeu a amostra preservada e deve encaminhá-la para perícia técnica.  
Entre os crimes a serem investigados estão tráfico de drogas e porte ilegal de arma.  
Moradores locais demonstraram apreensão e cobraram reforço no policiamento das comunidades rurais e indígenas.  

O episódio reacende o debate sobre a proteção de terras indígenas e a vulnerabilidade dessas áreas a atividades ilícitas.  
Especialistas em segurança pública lembram que locais isolados facilitam a ocultação e manutenção de plantações ilegais.  

A destruição de 12 mil pés e a apreensão de 92 quilos representam um golpe relevante ao comércio ilícito regional.  
Organizações indígenas e órgãos de defesa dos direitos humanos podem ser acionados para acompanhar as investigações.  

Autoridades locais ainda não confirmaram se haverá investigação específica sobre participação de membros da aldeia ou do poder municipal.  
A população de Pesqueira aguarda desdobramentos e possíveis prisões anunciadas pela Polícia Civil e pela PM.  

Novas informações deverão ser divulgadas pelas instituições responsáveis à medida que as apurações avancem.  
Enquanto isso, o caso alimenta controvérsias políticas e exige respostas transparentes das autoridades.  
Fique atento: atualizaremos este espaço assim que surgirem novas informações oficiais.

OPINIÃO: FAZER SUCESSOR NOS DIAS ATUAIS É SUICÍDIO POLÍTICO



Por Greovário Nicollas.
No cenário político contemporâneo, especialmente no interior do Brasil, fazer um sucessor tornou-se um verdadeiro “suicídio político”. A máxima que antes simbolizava continuidade e força passou a representar ruptura, ingratidão e destruição de legados. No Agreste Meridional e em tantas outras regiões do país, prefeitos que decidem “bancar” um nome para a própria sucessão acabam assistindo à metamorfose do aliado fiel em principal adversário — e, não raro, em algoz político.

A política municipal tem uma lógica simples e cruel: quem tem a caneta, manda; quem não tem, quer pegá-la. A situação governa, a oposição combate. Até aí, nada novo. O problema surge quando o criador fabrica a criatura — e esta, uma vez sentada na cadeira do poder, esquece quem a colocou lá. O prefeito que ousa fazer um sucessor descobre, cedo demais, que o poder é um território sem gratidão.

Hoje, quem consegue eleger o sucessor raramente consegue manter influência sobre ele. Ao contrário, o novo gestor tende a se afastar do antecessor, romper politicamente e, em muitos casos, transformar o ex-prefeito em seu maior inimigo. O resultado é devastador: aquele que um dia liderou o grupo político, agora precisa enfrentar dois oponentes — o antigo adversário e o novo “afilhado” político, agora fortalecido pela máquina pública.

Essa dinâmica explica por que tantos prefeitos, estrategicamente, preferem perder a eleição a colocar um sucessor no poder. Lançar um nome fraco, sem chances reais de vitória, tem se tornado a tática para manter-se como “plano B” da cidade — a reserva moral e política que pode voltar no futuro sem enfrentar a força destrutiva da ingratidão.

Um exemplo recente e emblemático vem de Capoeiras, no Agreste Meridional. O atual prefeito Nego do Mercado, que jamais teria conquistado o cargo sem o apoio decisivo dos ex-prefeitos Neném e Neide Reino, rompeu com seus criadores assim que consolidou o poder. Hoje, faz questão de apagar qualquer vínculo político com quem o ajudou a chegar lá. O casal, que já teve forte influência na cidade, agora precisará retornar às urnas para tentar manter viva sua trajetória política — enfrentando não só antigos adversários, mas também aquele que um dia chamaram de aliado.

O caso de Capoeiras é apenas um retrato local de uma realidade nacional: a política brasileira tornou-se um campo onde lealdade é artigo raro e poder é sinônimo de sobrevivência.

Fazer um sucessor, nos dias atuais, é um ato de coragem — ou de ingenuidade. Porque, em tempos de vaidades e ambições desmedidas, quem cria sucessor, muitas vezes, cria o próprio fim político.

*Greovário Nicollas é Articulista, Periodista e Colaborador do Blog do Edney.*

STF PUBLICA PENA QUE CONDENOU BOLSONARO

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou, nesta quarta-feira (22/10), a decisão que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por tentativa de golpe de EstadoO chamado acórdão tem 1991 páginas, reúne todos os votos dos ministros e serve como base para os recursos dos advogados de defesa. As defesas dos réus terão cinco dias para apresentarem os recursos contra as condenações.

Os réus foram condenados em 11 de setembro e integram o Núcleo 1 da tentativa de golpe, conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Além da prisão, foram estabelecidas multas para sete  réus. Todos também foram condenados a pagar, de forma solidária, uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. O valor foi imposto a todos os condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Veja como foram as penas:

  • Mauro Cid (réu-colaborador), tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro: Dois anos de reclusão em regime aberto; restituição de bens e valores; extensão de benefícios da colaboração para pai, esposa e filha maior; e ações da Polícia Federal para garantir segurança do colaborador e familiares. A pena foi estabelecida no acordo de colaboração premiada. 
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República: 27 anos e três meses de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e 124 dias-multa (cada dia-multa no valor de dois salários mínimos à época dos fatos). 
  • Walter Braga Netto, general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa: 26 anos de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e 100 dias-multa (cada dia-multa no valor de um salário mínimo à época dos fatos). 
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF: 24 anos de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e 100 dias-multa (cada dia-multa no valor de um salário mínimo à época dos fatos). 
  • Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha: 24 anos de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e 100 dias-multa (cada dia-multa no valor de um salário mínimo à época dos fatos). 
  • Augusto Heleno, general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): 21 anos de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e 84 dias-multa (cada dia-multa no valor de um salário mínimo à época dos fatos). 
  • Paulo Sérgio Nogueira, general da reserva e ex-ministro da Defesa: 19 anos de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e 84 dias-multa (cada dia-multa no valor de um salário mínimo à época dos fatos). 
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin): 16 anos, um mês e 15 dias de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e 50 dias-multa (cada dia-multa no valor de um salário mínimo à época dos fatos).