sábado, 25 de outubro de 2025
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ARTIGO - NENHUMA CULTURA ESTÁ ACIMA DA LEI
Por Edney Souto
A recente apreensão de uma grande plantação de maconha no território indígena Xukuru, em Pesqueira, reacendeu um debate necessário e delicado: até que ponto a identidade ou a cultura de um povo pode ser utilizada para justificar ou relativizar crimes? O fato de o território ser indígena não pode — e não deve — servir como escudo para práticas ilegais. A lei é universal e deve ser aplicada com o mesmo rigor a todos, sem exceções.O povo Xukuru tem uma história de luta e resistência legítima, marcada por décadas de perseguição e conquistas pela demarcação de suas terras. Essa trajetória merece respeito e reconhecimento. No entanto, quando se trata de delitos como o cultivo e tráfico de drogas, é fundamental separar a identidade cultural da responsabilidade criminal. O erro aconteceu, e é preciso que os responsáveis arquem com as consequências legais, independentemente de quem sejam ou de onde estejam.
O episódio em Pesqueira mostrou que o Estado precisa agir com equilíbrio: combater o crime, mas também garantir que não haja preconceito ou generalização contra toda uma comunidade indígena. A grande maioria dos Xukurus é composta por cidadãos trabalhadores, comprometidos com suas tradições e com o desenvolvimento local. O crime cometido em parte do território não representa o coletivo — mas tampouco pode ser silenciado em nome da “defesa cultural”.
É perigoso quando o discurso político tenta transformar a denúncia de um crime em ataque à cultura. O combate à criminalidade não fere a identidade de um povo; pelo contrário, preserva a dignidade daqueles que lutam por justiça e honestidade dentro de suas comunidades. O que está em jogo aqui é a integridade de um território que deve ser protegido — não usado por criminosos, sejam eles indígenas ou não.
As autoridades precisam investigar, punir e, acima de tudo, dialogar. É inaceitável que áreas protegidas por lei sejam usadas para fins ilícitos. A impunidade não fortalece as causas indígenas — apenas as enfraquece diante da opinião pública. A justiça, quando aplicada com transparência e respeito, é o que garante o verdadeiro reconhecimento e a autonomia dos povos originários.
Ser índio não é, e nunca foi, sinônimo de ser vítima permanente. É ser guardião de uma história rica, de uma cultura viva e de direitos inegociáveis. Mas esses direitos caminham lado a lado com deveres e responsabilidades. E quando há crime, o caminho da lei é o único possível.
Pernambuco precisa olhar para este caso sem preconceito, mas também sem complacência. A verdade deve prevalecer — e com ela, a certeza de que nenhum cidadão, instituição ou povo está acima da lei.
Edney Souto
Jornalista e editor do Blog do Edney
GOVERNADOR EM EXERCÍCIO RICARDO PAES BARRETO VISITA OBRAS EM RODOVIAS DA MATA SUL
MIGUEL COELHO RECEBE APOIO DE LIDERANÇAS DO ARARIPE E REFORÇA CAMPANHA AO SENADO
O evento, considerado um dos mais importantes para o setor produtivo da região, reuniu empresários, produtores e autoridades locais. Na ocasião, Miguel Coelho recebeu manifestações de apoio da prefeita de Trindade, Helbinha, do prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, e do ex-prefeito de Ouricuri, Ricardo Ramos, figuras influentes no cenário político do Araripe.
“As manifestações de apoio refletem nosso trabalho consistente e a nossa capacidade de ouvir e dialogar com a população. Estou pronto e preparado para inaugurar um novo tempo no Senado, com mandatos que representem Pernambuco em Brasília e não o contrário”, afirmou Miguel Coelho, durante encontro com lideranças locais.
Em entrevista à Rádio Ouricuri, Ricardo Ramos anunciou sua pré-candidatura a deputado estadual, destacando a importância de fortalecer a presença do Sertão do Araripe na Assembleia Legislativa. “Nossa região merece e pode ocupar uma vaga na ALEPE. Estaremos ao lado de Miguel nesta caminhada, trabalhando de forma intensa para conquistar esse mandato”, declarou o ex-prefeito.
Miguel Coelho reforçou a importância do aliado para a política estadual, destacando sua experiência administrativa, conhecimento da realidade sertaneja e histórico de serviços prestados à população. “Tenho certeza de que Ricardo será um grande deputado, contribuindo para a construção de um Pernambuco mais justo e próspero”, afirmou o pré-candidato ao Senado.
Durante a visita à região, Miguel também dialogou com empresários, produtores e lideranças comunitárias sobre os desafios e oportunidades do Sertão, incluindo investimentos em infraestrutura, educação, saúde e desenvolvimento econômico. A estratégia é fortalecer a presença política local, consolidar apoios e ampliar o diálogo com a população antes do início oficial da campanha.
A presença de Fernando Filho, deputado federal com atuação destacada no Sertão, reforçou a articulação política da pré-candidatura de Miguel Coelho, evidenciando união do grupo e capacidade de mobilização regional.
A agenda ainda incluiu encontros com lideranças jovens, representantes de associações rurais e lideranças comunitárias, com o objetivo de ouvir demandas específicas e construir propostas concretas para a região do Araripe.
Para Miguel Coelho, o apoio de figuras como Helbinha, Evilásio Mateus e Ricardo Ramos não apenas fortalece sua pré-candidatura, mas também sinaliza a intenção de uma representação senatorial alinhada às necessidades do Sertão.
Com o reforço político e as articulações estratégicas, Miguel Coelho se consolida como um dos nomes mais fortes do União Brasil para a disputa ao Senado, apostando na credibilidade, experiência e conexão com a população sertaneja para obter sucesso nas urnas.
TRUMP ADMITE QUE VAI SE ENCONTRAR COM LULA E TAMBÉM POSSIBILIDADE DE BAIXAR TARIFAS
Trump afirmou que está disposto a reduzir as tarifas impostas ao Brasil, que atualmente chegam a 50% em alguns produtos, mas condicionou a decisão a “circunstâncias certas”, sem detalhar quais seriam essas exigências. Essa é a primeira vez que o líder norte-americano admite a possibilidade de fazer concessões comerciais ao Brasil desde o início das tensões econômicas entre os dois países.
“Acredito que vamos nos reunir, sim. Sob as circunstâncias certas, seguramente”, disse Trump durante a entrevista aérea, cujo áudio foi divulgado pela Casa Branca. Ele também recordou a conversa breve que teve com Lula nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em setembro, indicando que o diálogo entre os dois governos vem se aproximando gradualmente.
Poucas horas depois, o presidente Lula confirmou a intenção do encontro, mas afirmou que o Brasil ainda não recebeu nenhuma exigência formal da Casa Branca para discutir a retirada ou redução das tarifas. “Estamos abertos ao diálogo, mas ainda não há proposta concreta”, destacou o presidente brasileiro.
A eventual reunião entre os dois líderes pode marcar um recomeço nas relações comerciais entre Brasília e Washington, que enfrentaram tensões recentes por causa de barreiras econômicas e divergências em acordos internacionais. A expectativa é de que o encontro ocorra durante a agenda multilateral que reunirá chefes de Estado asiáticos e ocidentais.
Caso o entendimento avance, o gesto de Trump poderá abrir novos caminhos para exportadores brasileiros, especialmente nos setores de aço, alumínio e produtos agrícolas, duramente atingidos pelas sanções. Observadores internacionais avaliam que a reunião pode representar um passo decisivo na reconstrução do diálogo político e econômico entre Brasil e Estados Unidos.