Cidade Forte Novamente

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

AUXÍLIO BOM JARDIM TRANSFORMA BENEFÍCIO SOCIAL EM MOTOR DA ECONOMIA LOCAL

A Prefeitura de Bom Jardim, sob a gestão do prefeito Janjão, colocou em prática uma iniciativa que vai além do assistencialismo tradicional e passa a atuar como um verdadeiro ciclo de desenvolvimento econômico. O Auxílio Bom Jardim nasce com um conceito inovador: ao mesmo tempo em que garante apoio financeiro a trabalhadores do transporte, também fortalece o comércio local, gera empregos e mantém o dinheiro circulando dentro do próprio município.

O programa contempla taxistas, mototaxistas e toytoteiros, categorias que exercem papel fundamental na mobilidade urbana e na rotina da população. O benefício concedido a esses profissionais não é apenas um repasse direto de recursos, mas uma estratégia pensada para estimular a economia da cidade. O valor recebido deve ser obrigatoriamente utilizado em estabelecimentos comerciais credenciados de Bom Jardim, criando um fluxo contínuo de consumo dentro do território municipal.

Na prática, o modelo garante que cada real investido retorne para a cidade em forma de vendas, serviços e movimentação econômica. Comerciantes veem o aumento no fluxo de clientes, trabalhadores do comércio ganham mais estabilidade e novas oportunidades surgem com o aquecimento da economia local. O dinheiro não sai do município: circula, se multiplica e fortalece diferentes setores.

Para os profissionais beneficiados, o Auxílio Bom Jardim representa segurança e reconhecimento. Em um cenário de desafios econômicos, o programa assegura apoio direto a quem vive do transporte diário da população, valorizando o trabalho e garantindo dignidade. Para os lojistas, é a certeza de um comércio mais ativo e confiante, com maior previsibilidade de vendas.

A iniciativa do prefeito Janjão consolida um novo olhar sobre políticas públicas, mostrando que é possível unir benefício social, desenvolvimento econômico e fortalecimento do comércio local em uma única ação. O Auxílio Bom Jardim se estabelece, assim, como um instrumento de geração de renda, emprego e alegria, criando um ambiente mais próspero para trabalhadores, comerciantes e para toda a população do município.

TSE DEVOLVE DIREITOS POLÍTICOS A MANUCA E MUDA O JOGO ELEITORAL EM PERNAMBUCO

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que restabeleceu os direitos políticos do ex-prefeito Manuca representa mais do que um desfecho jurídico: trata-se de um movimento com forte repercussão no cenário político pernambucano. Ao suspender os efeitos que restringiam sua elegibilidade, a Corte recoloca o ex-gestor no centro do debate eleitoral e abre caminho para que ele volte a disputar cargos eletivos, incluindo uma possível candidatura a deputado federal em 2026.

Com o novo entendimento do TSE, Manuca recupera plenamente sua condição de agente político apto, encerrando um período de incertezas que limitava sua atuação e suas articulações. A decisão não apenas lhe devolve o direito de concorrer, como também o reposiciona estrategicamente no tabuleiro partidário, permitindo diálogos e alianças que antes estavam inviabilizadas pela restrição judicial.

Nos bastidores da política, o efeito é imediato. Partidos passam a reavaliar cenários, recalcular chapas e considerar o peso eleitoral que o ex-prefeito pode agregar em uma disputa proporcional de alcance estadual. A reabilitação política de Manuca amplia o leque de possibilidades para as legendas que buscam nomes competitivos e com histórico de votação, especialmente em um contexto de reorganização das forças políticas mirando o pleito de 2026.

A decisão do TSE também reforça o papel central da Justiça Eleitoral na redefinição do jogo político. Ao suspender os impedimentos que recaíam sobre o ex-prefeito, a Corte interfere diretamente na dinâmica eleitoral, influenciando estratégias, alianças e expectativas de diferentes grupos. Em Pernambuco, onde o equilíbrio de forças é constantemente disputado, o retorno de Manuca ao cenário elegível adiciona um novo elemento de imprevisibilidade à corrida eleitoral.

Mais do que uma vitória pessoal, o desfecho jurídico reposiciona Manuca como ator relevante no debate político estadual. Livre das amarras que limitavam sua participação, ele volta ao radar das articulações e passa a ser visto como peça capaz de influenciar o desenho das chapas e o desempenho eleitoral nos próximos anos. A decisão do TSE, nesse contexto, não apenas reabilita um nome, mas contribui para redesenhar o mapa político de Pernambuco às vésperas de um novo ciclo eleitoral.

COLUNA POLÍTICA | RAQUEL VIRA A CHAVE DA ÁGUA E SANEAMENTO EM PERNAMBUCO| NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

RAQUEL LYRA APERTA O BOTÃO DO SANEAMENTO E MUDA O JOGO EM PERNAMBUCO

UM LANCE DE ALTO RISCO QUE VIROU ATIVO POLÍTICO

Quando a governadora Raquel Lyra desembarcou na Bolsa de Valores de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 18 de dezembro, ela não foi apenas assistir a um leilão. Foi para assumir um risco calculado, daqueles que dividem opiniões, provocam resistência e, ao mesmo tempo, definem legados. Ao bater o martelo da concessão parcial da Compesa, Raquel não comprou apenas um modelo de gestão: comprou tempo político, narrativa administrativa e um lugar definitivo na história recente de Pernambuco.

A cifra de R$ 23,2 bilhões em investimentos não é apenas um número de impacto. É, sobretudo, um divisor de águas — literalmente. Em um Estado marcado por décadas de escassez hídrica, promessas eleitorais vazias e soluções improvisadas, o saneamento sempre foi tratado como discurso, nunca como prioridade real. Raquel decidiu inverter essa lógica. E, ao fazê-lo, colocou seu governo em outro patamar de cobrança e protagonismo.

A CONCESSÃO QUE TIRA O SANEAMENTO DA GAVETA

O modelo desenhado pelo Governo de Pernambuco, com apoio técnico do BNDES, enfrentou resistências históricas. Sindicatos, setores ideológicos e parte do funcionalismo viam na iniciativa privada um fantasma antigo. Ainda assim, a governadora avançou. Costurou o projeto desde os primeiros meses de gestão, promoveu audiências públicas, ouviu municípios, ajustou o desenho institucional e blindou o processo juridicamente.

O resultado foi um leilão disputado, cobiçado por grupos nacionais e internacionais, que garantiu não apenas investimentos robustos, mas também segurança jurídica e previsibilidade. A Compesa permanece responsável pela produção e tratamento de água, enquanto a distribuição e o esgotamento sanitário ficam sob responsabilidade dos concessionários. Um modelo híbrido que tenta equilibrar controle estatal e eficiência privada.

DOIS BLOCOS, UM OBJETIVO: UNIVERSALIZAR

A divisão da concessão em dois blocos não foi casual. Reflete a diversidade territorial e os desafios históricos do Estado. O bloco Região Metropolitana do Recife–Pajeú, com 150 municípios e Fernando de Noronha, ficou com o Consórcio Pernambuco Saneamento (Acciona e BRK), garantindo R$ 15,4 bilhões em investimentos e uma outorga de R$ 3,5 bilhões. Já o bloco Sertão, formado por 24 municípios, será operado pelo Pátria Investimentos, com R$ 2,9 bilhões em aportes e outorga de R$ 720 milhões.

Ao todo, R$ 4,2 bilhões em outorgas irão direto para a universalização do saneamento e infraestrutura hídrica, com prioridade absoluta para ampliar a distribuição de água. A decisão política de não usar esses recursos para tapar buracos fiscais é simbólica: Raquel escolheu investir no básico, no invisível, no que não rende placa imediata, mas transforma a vida das pessoas.

UM GOVERNO QUE DECIDE, MESMO QUANDO INCOMODA

Politicamente, o movimento é ainda mais profundo. A governadora assume o bônus e o ônus da decisão. Reposiciona sua gestão como uma que decide, não apenas administra a escassez. Ao colocar operadores privados na linha de frente da execução, transfere a eles o desafio de transformar metas contratuais em água nas torneiras e esgoto tratado, enquanto mantém para si o discurso do impacto social e da modernização.

É um cálculo fino. Raquel fala para fora — mercado, investidores, federação — como uma gestora confiável, moderna e capaz de estruturar projetos complexos. Para dentro, sinaliza que o governo não ficará refém de agendas corporativas quando o interesse público exigir mudanças estruturais.

O EFEITO METRÔ + SANEAMENTO: UMA VIRADA DE PERCEPÇÃO

O leilão da Compesa não acontece isoladamente. Vem logo após o acordo de cooperação técnica que garantiu R$ 4 bilhões para o Metrô do Recife. Dois gargalos históricos, dois símbolos do atraso administrativo do Estado, começam a ser enfrentados com soluções estruturadas. Juntos, saneamento e mobilidade formam um pacote poderoso de reposicionamento político.

Até pouco tempo, a principal crítica ao governo Raquel Lyra era a falta de entregas visíveis. O cenário muda. Não se trata apenas de obras, mas de decisões que reorganizam forças, constroem alianças e alteram a percepção de rumo. O governo deixa de ser visto como cauteloso demais e passa a ser identificado como estratégico.

O XEQUE-MATE NO TABULEIRO DO DESENVOLVIMENTO

A metáfora do xadrez não é exagero. Após organizar as contas públicas e reestruturar o orçamento estadual, Raquel movimenta agora as peças do desenvolvimento. A concessão da Compesa funciona como um xeque-mate simbólico em um problema secular. Água no Agreste e no Sertão sempre foi promessa. Agora tem contrato, prazo, investimento e fiscalização.

Ao puxar para si a responsabilidade de resolver, a governadora assume o risco máximo — e é exatamente aí que reside a força política do gesto. Resolver é raro. E quem resolve, marca época.

MAIS QUE UM LEILÃO, UM PROJETO DE ESTADO


O que se viu na B3 não foi apenas um evento econômico. Foi a afirmação de um projeto de Estado. Planejamento, diálogo federativo, parceria com o setor privado e foco social se combinaram em uma operação que reposiciona Pernambuco no mapa do saneamento nacional.

Raquel Lyra transforma um contrato técnico em ativo político de longo prazo. O saneamento deixa de ser promessa de campanha e passa a ser política pública estruturada. Água e esgoto tratados deixam de ser exceção e caminham para virar regra. No jogo político, isso não é apenas um lance ousado. É um movimento que muda o tabuleiro.

CRIANÇA MORRE APÓS CAIR EM PISCINA DURANTE CONFRATERNIZAÇÃO ESCOLAR EM INGAZEIRA

Menina participava de evento de uma escola municipal em uma chácara na zona rural.
Por g1 Caruaru
Uma criança de 10 anos morreu na quarta-feira (17) após cair em uma piscina na zona rural de Ingazeira, no Sertão de Pernambuco. O caso aconteceu durante uma confraternização escolar realizada em uma chácara.

A vítima foi identificada como Emilly Gabryelle Amaral da Silva. Ela era estudante do 4º ano do ensino fundamental e participava da confraternização da Escola Municipal Argemiro quando, segundo a Polícia Civil, se sentiu mal e caiu na piscina.

A ocorrência foi registrada na Delegacia de Ingazeira como morte a esclarecer sem indícios de crime. Testemunhas relataram que a criança teria sofrido um mal súbito e, em seguida, caído na piscina da chácara.

Em nota, a Prefeitura de Ingazeira informou que a confraternização foi promovida pela professora da turma, com conhecimento e autorização dos pais dos alunos, e não organizada pelo município. De acordo com o comunicado, Emilly estava sentada na borda da piscina quando teve uma crise convulsiva e caiu na água.

Ainda segundo a prefeitura, a menina foi socorrida imediatamente pela professora e, em seguida, por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo levada para um hospital da região. No local, a criança deu entrada na emergência, passou por tentativas de reanimação, mas não resistiu.


A gestão municipal informou também que não há confirmação oficial sobre a causa da morte. Não é possível afirmar, até o momento, se o óbito ocorreu em decorrência da crise convulsiva ou por afogamento após o episódio. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), e a definição da causa da morte depende do laudo pericial.

De acordo com a prefeitura, Emilly realizava acompanhamento neurológico com neuropediatra no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), no Recife, e tinha histórico de crises convulsivas.

Em nota de pesar divulgada nas redes sociais, a Prefeitura de Ingazeira lamentou a morte da estudante e afirmou que está prestando apoio à família, aos colegas de turma e à professora envolvida. “Neste momento de dor nos solidarizamos com familiares, amigos, colegas e toda a comunidade escolar. Que Deus conceda conforto e forças a todos os que sofrem com essa irreparável perda”, diz o texto.

A prefeitura informou ainda que, após este primeiro momento de acolhimento, será instaurado um procedimento administrativo para apurar os fatos, em colaboração com as autoridades competentes.

O g1 questionou a Polícia Civil sobre a possibilidade de os responsáveis pela escola serem chamados para depor, seja como declarantes ou como investigados. Até a última atualização desta reportagem, não houve retorno aos questionamentos

CERCA DE 20 PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO HOSPITAL REGIONAL DE ARCOVERDE SE FORMAM COMO NOVOS PRECEPTORES

Profissionais do Hospital Regional Ruy de Barros Correia (HRRBC), em Arcoverde, unidade da rede estadual de saúde no Sertão do Moxotó, concluíram nesta quinta-feira(18), o Curso de Atualização em Preceptoria, Integração Ensino, Serviço e Comunidade. Ao todo, 19 profissionais concluíram a formação com foco no exercício da preceptoria em saúde e no fortalecimento da atuação pedagógica no ambiente hospitalar.

A formação é da Escola de Saúde Pública de Pernambuco, executada pela própria instituição e solicitado pelo Hospital Regional, em parceria com a Organização Social de Saúde Hospital do Tricentenário (Htri). Novos preceptores serão importantes com a chegada a partir de 2026 do novo programa de residência em medicina intensiva.

“Esse curso é muito importante porque fortalece o SUS, fortalece o Hospital Regional e prepara os profissionais para ensinar e transmitir valores. Ganha o hospital, ganha o SUS e ganha, principalmente, a população”, destacou a diretora geral do Hospital Regional Ruy de Barros Correia, Ana Kelly Araújo.

A ação integra o conjunto de iniciativas do HRRBC voltadas à qualificação profissional e à melhoria contínua da assistência, refletindo diretamente na formação dos futuros residentes e na qualidade do atendimento prestado à população. Aplicada com metodologias ativas e estratégias de problematização, a formação despertou nos profissionais do hospital um novo olhar sobre o processo de ensino-aprendizagem. “O curso propõe novas metodologias pedagógicas para que os profissionais executem o papel de preceptor em saúde de forma mais próxima da realidade, interagindo e ampliando os espaços de participação dos residentes, que são o grande objetivo dessa formação acontecer aqui no Hospital Regional de Arcoverde”, explicou a professora Elisabete Costa.

Assessoria de Comunicação do HRRBC

GOIANA AVANÇA COM OBRAS DE POLICLÍNICA E COMPLEXO DA FEIRA LIVRE, PROMETENDO TRANSFORMAÇÃO NA SAÚDE E INFRAESTRUTURA

Em uma demonstração clara de compromisso com o desenvolvimento urbano e o bem-estar da população, a Prefeitura de Goiana promoveu nesta quinta-feira (18) uma visita técnica às obras da nova Policlínica Nossa Senhora da Vitória e do Complexo da Feira Livre, localizadas na sede do município. A agenda, liderada pelo prefeito Marcílio Régio, contou com a presença da primeira-dama Ana Silveira, da vice-prefeita Lícia Maciel, secretários municipais, vereadores e uma significativa parcela de moradores, que puderam acompanhar de perto os avanços dessas intervenções estruturantes.

O percurso da visita começou pela Policlínica Nossa Senhora da Vitória, obra que se destaca como um marco no fortalecimento da rede de saúde do município. Com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2026, a unidade promete ampliar o atendimento à população, oferecendo mais conforto, tecnologia e eficiência nos serviços de saúde. O prefeito Marcílio Régio ressaltou que a obra representa não apenas um investimento financeiro, mas um compromisso com a dignidade e a qualidade de vida dos goianienses. “Essa policlínica vai ampliar e qualificar o atendimento em saúde, garantindo que cada cidadão receba cuidados com mais rapidez, humanização e eficiência”, afirmou, destacando a importância estratégica da unidade para a cidade.

Em seguida, a comitiva visitou o Complexo da Feira Livre, cuja construção simboliza um marco histórico para os feirantes locais. O espaço, moderno e planejado, foi projetado para oferecer infraestrutura adequada, organizando o comércio e proporcionando melhores condições de trabalho, independentemente das intempéries climáticas. Para os trabalhadores que atuam há décadas na feira, a visita representou a concretização de um sonho antigo. José Carlos da Silva, feirante com mais de 20 anos de experiência, expressou sua emoção ao conhecer o novo espaço. “É a primeira vez que a gente entra aqui e vê tudo de perto. Sempre trabalhamos sem estrutura, na chuva e no sol. Ver esse espaço pronto dá esperança de dias melhores para nós e para nossos clientes”, disse, refletindo o sentimento compartilhado por muitos colegas.

A visita técnica permitiu aos moradores observar de perto o cuidado na execução das obras, o padrão de construção, a organização do espaço e a atenção aos detalhes que impactarão diretamente na experiência de quem utiliza esses serviços diariamente. Além de transformar a rotina dos feirantes e consumidores, o Complexo da Feira Livre promete impulsionar a economia local, ao reunir em um único espaço comércio estruturado, acessível e confortável.

Com estas intervenções, a Prefeitura de Goiana reforça a política de investimentos estratégicos que conectam saúde, infraestrutura urbana e desenvolvimento econômico. As obras da Policlínica Nossa Senhora da Vitória e do Complexo da Feira Livre não só ampliam a oferta de serviços públicos essenciais, mas também promovem dignidade, segurança e conforto para milhares de cidadãos. A entrega prevista para o primeiro semestre de 2026 representa um marco histórico para a cidade, evidenciando o compromisso da gestão com a melhoria da qualidade de vida da população e com o fortalecimento da cidade como um polo de desenvolvimento regional.

SEAP/PE E RECEITA FEDERAL PROMOVEM DIA “D” DA SOLIDARIEDADE COM A DISTRIBUIÇÃO DE ITENS DESCARACTERIZADOS POR INTERNOS DO SISTEMA PRISIONAL


A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (Seap/PE) e a Receita Federal do Brasil (RFB/4ª Região) realizaram, nesta quarta-feira (17/12), o Dia “D” da Solidariedade em todo o estado.

A data foi marcada pela distribuição de cerca de 6.500 itens em 21 instituições do Recife, Região Metropolitana e interior do estado. Os produtos foram apreendidos pela Receita Federal e descaracterizados pelos internos do sistema prisional.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) foi beneficiada com 1.500 produtos, entre cuecas, calçados e camisas. A Secretaria de Assistência Social (SAS) recebeu 900 peças. Também houve entregas em instituições sociais, de saúde, religiosas e esportivas, além de associações e Organizações Não Governamentais (ONGs).

O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, e a equipe fizeram a entrega na Funase. “Essa ação valoriza o trabalho prisional como ferramenta de transformação social. Objetos que seriam destruídos pela Receita Federal ganham novo significado, beneficiando tanto pessoas privadas de liberdade, por meio do trabalho, quanto quem está fora do sistema prisional e precisa de acolhimento”, destacou Paulo Paes. 

No interior do estado, os produtos descaracterizados foram levados às instituições pelos gestores e policiais penais de sete unidades prisionais localizadas em Caruaru, Arcoverde, Garanhuns, Limoeiro, Vitória de Santo Antão, Pesqueira e Santa Cruz do Capibaribe.

Desde o início da iniciativa, em outubro de 2025, firmada anteriormente por meio do Acordo de Cooperação Técnica entre a Seap e o órgão federal, já foram entregues mais de 16 mil itens em todo o Estado, incluindo os do Dia “D”. As entregas seguirão até a última semana de dezembro. 

Fotos: Divulgação/Seap

LULA ENDURECE O TOM E DIZ QUE NÃO HAVERÁ BLINDAGEM EM ESCÂNDALO DO INSS, NEM MESMO PARA O PRÓPRIO FILHO

Em meio ao avanço das investigações que apuram um amplo esquema de fraudes em aposentadorias e benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou um discurso firme e direto ao comentar, pela primeira vez de forma mais contundente, as citações envolvendo o nome de seu filho, o empresário Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha. Em conversa com jornalistas, durante um café da manhã no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (18), Lula afirmou que não haverá exceções nem proteção pessoal caso as apurações comprovem irregularidades.

O presidente ressaltou que o momento exige responsabilidade institucional e respeito ao trabalho dos órgãos de controle. Segundo ele, parte das informações permanece sob sigilo por se tratar de investigações sensíveis, mas isso não impede que todos os envolvidos sejam devidamente apurados. Lula destacou que já orientou ministros e integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito a conduzirem o processo com seriedade, sem seletividade ou julgamentos precipitados. “Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu envolvido nisso, ele será investigado”, declarou, em uma fala que buscou reforçar o discurso de isenção e compromisso com a legalidade.

O nome de Lulinha surgiu no curso das investigações que ficaram conhecidas como a “Farra do INSS”, um escândalo que envolve suspeitas de desvios milionários, corrupção e atuação de intermediários para fraudar aposentadorias. Em depoimento à CPI, Antonio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, afirmou que teria ocorrido um pagamento de R$ 25 milhões ao empresário e que ele receberia uma suposta mesada de aproximadamente R$ 300 mil. As declarações, ainda sob apuração, ampliaram a repercussão política do caso e colocaram o governo no centro do debate público.

Ao se posicionar, Lula procurou afastar a ideia de interferência política nas investigações e reafirmou que seu governo não compactua com irregularidades, independentemente de quem esteja envolvido. A fala também foi interpretada como um recado claro aos aliados e à própria base governista: o Palácio do Planalto não pretende repetir práticas do passado em que denúncias sensíveis eram tratadas com silêncio ou enfrentamento institucional.

O escândalo do INSS tem potencial para se tornar um dos temas mais explosivos do cenário político nacional, não apenas pelo impacto financeiro aos cofres públicos, mas pelo desgaste institucional que provoca. Ao admitir publicamente a possibilidade de seu próprio filho ser investigado, Lula tenta se antecipar às críticas e reforçar uma narrativa de compromisso com a transparência, em um momento em que a opinião pública acompanha com atenção cada novo desdobramento do caso.

Enquanto a CPI avança e novos depoimentos são aguardados, o episódio passa a testar não só a solidez das investigações, mas também o discurso do governo sobre combate à corrupção e respeito às instituições. O desfecho do caso poderá marcar, de forma decisiva, a relação do Planalto com o Congresso e com a sociedade, em um contexto de forte polarização e vigilância permanente sobre os atos do poder.