sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ASSASSINATO DO PROMOTOR - Vídeo de câmara de motel coloca Edmacy na rota do crime

Imagens de câmera de motel na estrada onde Thiago Faria foi morto mostram suspeito passando pelo local da execução



O Jornal do Commercio refez na manhã de ontem o trajeto de 12 quilômetros cumprido pelo promotor Thiago Faria Soares, 36 anos, e sua noiva, Mysheva Martins, na última segunda-feira. A reportagem saiu da residência do casal, em Águas Belas, e foi até a cena do crime, a PE-300, a 20 quilômetros da área central de Itaíba. Imagens da câmera de segurança do motel Gardens, situado a cerca de 5 quilômetros do local do atentado em que morreu Thiago, flagraram a passagem dos veículos da vítima e do executor e foram solicitadas pela Polícia Civil. Elas serão decisivas no inquérito que apura o assassinato.


Os registros de outras câmeras também foram colhidos pela força-tarefa que investiga o caso. Um dos delegados, Alysson Câmara, disse que as imagens colocam o agricultor Edmacy Ubirajara, 47, na cena do crime. Ele teve prisão temporária decretada e está preso no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. A linha de investigação que o aponta como autor dos disparos e o fazendeiro José Maria Pedro Rozendo como mandante do crime continua sendo a principal, embora novos componentes apareçam a cada dia. Zé Maria segue foragido, procurado por mais de 50 policiais.
JORNAL DO COMÉRCIO

Homem é morto dentro de carro na Caxangá, ele seria ex- policial

Um homem foi assassinado dentro de um carro na Avenida Joaquim Ribeiro, bairro da Caxangá, no Recife. Há informações de que duas crianças estariam dentro do veículo no momento do crime.
Testemunhas contaram que o condutor dirigia um Renault Clio quando teria sido abordado por dois homens em uma moto. Após praticar os dispraros, a dupla fugiu do local.
Inicialmente foi informado de que o crime teria acontecido na PE-05, em Camaragibe, mas os dados foram corrigidos pela PM.
Briga de trânsito pode ter motivado assassinato na Caxangá
 09:20
Um homem foi assassinado dentro de um carro na Avenida Joaquim Ribeiro, bairro da Caxangá, no Recife.De acordo com a Polícia Militar, a vítima, ainda não identificada, teria cerca de 50 anos de idade.
Testemunhas contaram que o condutor dirigia um Renault Clio com placa de São Paulo,  quando teria sido abordado por dois homens em uma moto. Após praticar os disparos, a dupla fugiu do local. Populares desconfiam que uma briga de trânsito teria motivado o crime.
 A PM não confirma informações iniciais de que duas crianças estariam dentro do veículo no momento da abordagem. Policiais do 12º Batalhão da PM estão no local, aguardando a chegada de peritos do Instituto de Criminalística (IC).

Briga de trânsito - No dia nove de outubro, um motociclista foi morto com um tiro no peito na Avenida Beberibe, bairro do mesmo nome, zona norte do Recife. Testemunhas contaram à polícia que o garçom José de Miranda Uchôa Neto, de 28 anos, pode ter sido morto após uma briga de trânsito.
O crime aconteceu na noite da quarta-feira passada, quando José parou a moto em um semáforo no cruzamento com a Avenida Coronel Urbano de Sena. O motorista de um veículo Celta de cor prata parou o carro ao lado da moto e atirou no garçom.
O Samu foi acionado, mas já encontrou a vítima sem vida. Após o disparo,o motorista do carro, de identidade desconhecida, fugiu do local. Câmeras de segurança instaladas na via poderão ajudar a polícia a identificar e prender o suspeito.

Homem morto no trânsito é um ex-policial militar
 10:16
Identificado o homem assassinado dentro de um carro na manhã desta sexta-feira na Avenida Joaquim Ribeiro, bairro da Caxangá, no Recife. A vítima é Antônio Alves Moura Filho, de 47 anos, um ex-policial militar, expulso da corporação e que era conhecido como "Abelha".
 O ex-pm dirigia um Renault Clio com placa de São Paulo, quando teria sido abordado por dois homens em uma moto. Após praticar os disparos, a dupla fugiu do local. Populares desconfiam que uma briga de trânsito teria motivado o crime. A polícia não confirma esta hipótese.
A PM também negou informações iniciais de que duas crianças estariam dentro do veículo no momento da abordagem. Policiais do 12º Batalhão da PM foram acionados para a ocorrência. A perícia está sendo realizada pelo Instituto de Criminalística (IC).

Em Catende, filho de vereadora morre após colisão entre carro e ônibus

Filho da Irmã Sonia morreu no local
O filho da vereadora Sônia Otaviana, mais conhecida como Irmã Sônia (PSD-Catende), morreu após uma colisão frontal com um ônibus em Catende, na Zona da Mata de Pernambuco. O acidente aconteceu na noite dessa quinta-feira (17), na rodovia PE-120. A vítima também era filho do ex-vereador Fernando Melo da Silva.
De acordo com a Polícia Civil, Fernando Melo da Silva Júnior, 19 anos, dirigia um Uno Way – de cor branca e placa PER-7972 - quando invadiu a contramão da pista e bateu de frente com um ônibus que transportava alunos de faculdades de Caruaru, no Agreste, para Catende. Segundo a Polícia Militar, antes do acidente, a vítima havia discutido com familiares e logo em seguida saiu de casa com o carro que pertencia ao pai.
O jovem, que morreu no local da colisão, ficou preso às ferragens e foi retirado por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Após a remoção do corpo da vítima, o mesmo foi levado ao Instituto de medicina Legal (IML) em Caruaru.

EXCLUSIVO - Jaime Amorim do MST diz que terras compradas pelo promotor eram indígenas

Leia Já tentou confirmar a informação com o Incra, mas foi informado de que dirigentes "não estavam"


O Movimento Sem Terra (MST) divulgou nesta quinta-feira (17) uma nota em que afirma que a propriedade de Fazenda Nova, supostamente o motivo principal pelo qual o promotor Thiago Faria teria sido assassinado na última segunda (14), seria alvo de uma ação de desapropriação de terras para reforma agrária. Segundo o documento, assinado pelo líder do MST, Jaime Amorim, a propriedade nem poderia ter sido leiloada por se tratar de território indígena.
LeiaJá entrou em contato com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para confirmar a informação, no entanto, tanto o superintentende quando seus substituto não estavam no local de trabalho e nenhum funcionário quis dar declarações sobre o caso.

"A imprensa tem anunciado que os suposto assassino de Thiago Faria  morto  na segunda-feira (14/10), na PE-300, que liga o município de Águas Belas e Itaiba são os donos da fazenda Nova localizado no município de Águas Belas.Confira a nota na íntegra:
o mais esquisito ainda é que a imprensa tem dado conotação para o crime como conflito agrário tendo como origem um leilão de terra  de 25 hectares promovido pela A justiça e arrematado pela noiva do promotor.
Primeiro uma correção: O crime não esta vinculada a questão agrária, pois o conceito de questão agrária é bem mais amplo, mas sim, na disputa de terra entre grandes proprietários da família Martins e o senhor Jose Pedro, ambas as famílias com muita posse e poder político na região.
Tudo poderia esta dentro da conformidade deste processo de disputa de terra se não fosse o fato fundamental que vem sendo esquecido pela imprensa, e pelo secretario de defesa social. A fazenda Nova esta ocupada por um grupo de 60 famílias de trabalhadores rurais. Desde abril de 2004, o INCRA vem tentando desapropriar o imóvel, o órgão já realizou a vistoria e a área foi classificada como grande propriedade improdutiva, portanto passiva de desapropriação para a Reforma Agrária.
Em 2004 as famílias foram violentamente despejadas da Fazenda Nova, por capangas do proprietário, em conjunto com a polícia militar. Durante o despejo o próprio proprietário determinou a prisão de dois dirigentes do MST, que foram levados à delegacia de Águas Belas, sendo transferidos para o presídio de Saloá, onde ficaram presos durante 30 dias.
Na época o proprietário fez questão de dizer publicamente que quem manda em Águas Belas, na prefeitura, no cartório de registro de imóvel, na delegacia de policia, no fórum, enfim é como todos grandes donos de terras se sentem  nos pequenos municípios do interior.
Lembrando que os dois superintendentes do INCRA de Pernambuco são da região: Aberlado Siqueira e Luis Aroldo, atual superintendente, que é de Águas Belas. E por conhecer o problema agrário sempre foram a favor da desapropriação da fazenda Nova, bem como a importância política da desapropriação desse imóvel, para o município e região, o que se tem de mais atrasado na estrutura agrária e na cultura política brasileira.
A Fazenda Nova foi impossibilitada até hoje de sua desapropriação porque, a FUNAI  considera como de interesse dos povos indígenas, portanto esta posição da FUNAI impede qualquer transação do imóvel. Seja desapropriação, compra e venda ou outras formas. Como se explica então que esse processo ocorre de forma legal no âmbito da justiça?
Não é estranho, que a justiça determine o leilão de uma terra que foi constatada como território indígena?
A família de um promotor público ligado a outros proprietários de terras arremata a terra em leilão, e o proprietário descontente com o processo manda assassinar. E ninguém fala  do interesse do INCRA no processo, da forma como INCRA foi impedido (possivelmente o documento da FUNAI determinando o imóvel como terra indígena para impedir a desapropriação também foi comprado por influencia do proprietário)."
Jaime Amorim – Direção estadual do MST

DEPOIMENTO DA NOIVA - Os últimos instantes de vida do promotor

O promotor de Justiça Thiago Faria Soares, 36 anos, ainda chegou a falar com a noiva Mysheva Freire Ferrão Martins, 30, depois de ter sido atingindo pelo primeiro tiro, na manhã da última segunda-feira, no Agreste do estado. O Diario teve acesso a parte do depoimento da advogada no qual ela relata os últimos momentos vividos pelo promotor antes dele ser baleado outras três vezes e morrer no próprio carro. À polícia, Mysheva relatou que o executor do noivo, o agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, que está preso no Cotel, estava sentado na janela do carro com uma arma apontada para a caminhonete importada do noivo, quando fez o primeiro disparo. Segundo ela, o automóvel onde ela estava, juntamente com o tio, vinha na BR 300 a cerca de 70 km/h. Todas as informações serão confirmadas ou não por meio de uma reprodução simulada da execução, que ainda não tenha data prevista para acontecer.
Ainda segundo o depoimento da advogada, ela e o noivo vinham na estrada conversando sobre a festa de casamento deles, que aconteceria no próximo dia 1º de novembro, quando o veículo com os criminosos se aproximou. Um deles começou a atirar contra o carro onde estavam. “Depois de levar o primeiro tiro, no braço esquerdo, o promotor ainda chegou a chamar o nome da noiva. Ela passou a mão atrás da cabeça para ver se havia sido atingida também. O promotor parou o carro, que chegou a estancar. Nesse momento, Mysheva começou a gritar pedindo para Thiago ligar o carro e acelerar para tentar fugir”, contou um policial que participa das investigações. Enquanto Thiago tentava girar a chave na ignição, Mysheva disse que mexia na marcha para tentar fazer o veículo dar partida. As tentativas foram em vão e os criminosos acabaram se reaproximando do automóvel para concluir a execução.
A advogada disse, ainda, aos delegados que estão à frente do caso, que teria pulado do carro quando percebeu que os criminosos estavam voltando. “Ela disse que se jogou do veículo e se protegeu em uma vala. Na queda, acabou ficando com um ferimento em um dos joelhos. Outra coisa dita por Mysheva foi que enquanto os suspeitos efetuavam vários disparos contra o carro, ela ficou rolando no chão, para não ser atingida. Ela contou ainda que nesse momento já não sabia onde estava o seu tio, que também pulou do carro”, completou o investigador. Mysheva Martins foi orientada a não deixar a cidade, pois poderá ser chamada novamente para prestar depoimento.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO

ASSASSINATO DO PROMOTOR - Ameaças de morte eram constantes, dizem trabalhadores da fazenda onde promotor assassinado morava

DIÁRIO DE PERNAMBUCO
O ódio de Zé Maria por ter perdido as terras da Fazenda Nova para a advogada Misheva Martins, noiva do promotor da Comarca de Itaíba, Thiago Faria, era tamanho que as ameaças se tornaram constantes a ela, aos pais dela, que passaram a viver no local, e ao próprio Thiago. Funcionários da fazenda quebraram o silêncio e relataram que o homem mais procurado do estado declarou, inúmeras vezes, que iria usar uma faca para "rolar o pescoço dela (Misheva) e colocar a cabeça em cima de uma estaca" da fazenda. 

Policiais que investigam o caso contaram, em reserva, que as ameaças entre o suspeito e o promotor eram mútuas. "Desde que Seu Lourinho (pai da advogada) passou a viver aqui na fazenda, Zé Maria vinha ao local para dizer que não iria aceitar isso. Falava que ia matar Misheva. Seu Lourinho mandou cortar as mangueiras da fonte d'água para que não chegassem ao terreno e a água fosse levada por Zé Maria", disse um dos funcionários. A disputa pela fonte d'água foi destacada pela polícia como um dos interesses do suspeito pelas terras.

Zé Maria também não aceitava que o promotor interferisse no caso para beneficiar a noiva, por isso a "rixa" entre os dois. Segundo relatos de policiais, a vítima ia à residência do suspeito e afirmava que ele tomasse cuidado porque era promotor de Justiça. Zé Maria trocava farpas e, até para pessoas próximas, teria jurado vingança.

A briga entre famílias seria antiga. Há cerca de 29 anos, o suspeito teria sofrido um atentado supostamente praticado por Seu Lourinho. O relato é do filho de Zé Maria, Leandro Ubirajara. Nesta quinta-feira, a empregada do suspeito, a única pessoa que vive na casa dele, nos últimos dias, conversou com o Diario. Contou que, na segunda-feira pela manhã, o patrão estava tranquilo e seguiu a rotina normalmente. 

"Ele saiu de casa para pagar trabalhadores e almoçou. Depois chegaram pessoas aqui e disseram que ele era suspeito da morte do promotor. Todos ficamos surpresos", relatou. "Ele foi embora só. Não sei se levou malas, dinheiro, nem para onde foi. A mulher teve crise de nervos e foi para Garanhuns. Ele é uma pessoa tranquila, não acredito que fez isso, pois não tinha problema com ninguém". 

Confira cobertura completa sobre o caso na edição desta sexta-feira do Diario de Pernambuco

MPPE nomeia novo promotor para atuar em Itaíba substituindo o Tiago Faria

Depois do assassinato do promotor Tiago Farias, o Ministério Público nomeou ,nesta quinta-feira (17), um novo promotor para atuar em Itaibá, no Agreste.  Marcelo Grenhalgh de Cerqueira Lima e Moraes Penalva Santos foi dispensado da titularidade em São José da Coroa Grande, no Litoral, para trabalhar na região onde o promotor foi executado. 
Procurado pelo Portal LeiaJá, o promotor disse que não poderia falar sobre a mudança. O MPPE ainda designou sete promotores de Justiça para atuarem em conjunto com Marcelo Santos, no inquérito policial referente ao assassinato do Thiago Faria Soares e uma força tarefa para atuar junto com os promotores de Justiça da 5ª Circunscrição Ministerial, com sede em Garanhuns, no Agreste, em todos os processos civis e criminais da região. 


Presidente da Câmara Alves acaba com subcomissão presidida por Jean Wyllys

Acatando um pedido da bancada evangélica, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), extinguiu a subcomissão especial de Cultura, Direitos Humanos e Minorias da Casa. O grupo de trabalho, que atuava de forma não deliberativa desde abril, era ligado à Comissão de Cultura e presidido pelo deputado do PSOL Jean Wyllys (RJ).

O anúncio de Alves foi feito nesta quinta-feira (17), após pressão dos deputados da bancada evangélica para que a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara se pronunciasse sobre a legalidade da subcomissão. O grupo era liderado pelo deputado tucano João Campos (GO), que alegou em um requerimento que o regimento interno não permitia a coexistência de duas comissões tratando do mesmo assunto. Para o tucano, a nova subcomissão se sobrepunha à Comissão Permanente de Direitos Humanos e Minorias, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP), embora o deputado do PSDB admita que até hoje não tenha ocorrido nenhum episódio de sobreposição dos trabalhos. "Eu evoquei o regimento interno e não a Bíblia", afirmou.

Campos negou que a ação seja uma retaliação dos evangélicos aos deputados que abandonaram a comissão por discordar da permanência de Feliciano na presidência. "Procuraram criar um fórum só para eles para fugir do debate? Isso tem viés totalitário", acusou o tucano.

Wyllys disse que a ação foi uma "provocação da bancada fundamentalista" e que a subcomissão ganhou espaço a partir da "perda" de legitimidade da Comissão de Direitos Humanos. "Nenhum defensor de Direitos Humanos procura essa comissão", ressaltou. Em sua opinião, Alves deu uma resposta política aos evangélicos, que saíram derrotados quando a Casa enterrou a proposta chamada de "Cura Gay" após a pressão das manifestações populares de junho. "Desde a redemocratização, nunca um presidente da Casa extinguiu uma subcomissão. Ele feriu a autonomia da Comissão de Cultura", disparou Wyllys. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) que preside a Comissão de Cultura, chegou a criticar em plenário a decisão de Alves e lamentou por não ter sido consultada pelo peemedebista.

Sustentando que técnicos da Casa apontam que a decisão de Alves não tem amparo regimental porque as comissões têm liberdade para criar subcomissões, membros da Comissão de Cultura já recolheram assinaturas de presidentes de outras comissões e vão apresentar na próxima terça-feira, 22, um recurso contra a extinção. "Direitos culturais também são Direitos Humanos", disse o deputado do PSOL.
Fonte: Agência Estado