Arcoverde

Arcoverde -

Arcoverde -

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

CÂMARA DOS DEPUTADOS LIVRA CARLA ZAMBELLI DE CASSAÇÃO

A Câmara dos Deputados decidiu não cassar o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A votação ocorreu nesta quarta-feira (11). Foram 227 votos a favor, 110 contra e 10 abstenções. Para a perda do mandato, eram necessários 257 votos. Com isso, o processo aberto pela Mesa Diretora será arquivado.

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento em invasões de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela está presa na Itália, após fugir do Brasil. O STF aguarda a extradição.

Parecer da CCJ
Na véspera, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou parecer do deputado Claudio Cajado (PP-BA) recomendando a cassação. Ele argumentou que não é possível exercer mandato estando em regime fechado.
O parecer citou decisão anterior do STF, no caso do ex-deputado Nelson Meurer, em 2018.

Condenação
Além da prisão, Zambelli foi condenada a pagar multa e indenização de R$ 2 milhões. Segundo o Ministério Público, ela teria instigado invasões feitas por Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer, presos na Operação Spoofing. Foram inseridos documentos falsos nos sistemas do CNJ, incluindo mandados de prisão e bloqueios de contas.
Defesa
O advogado da deputada, Fábio Pagnozzi, disse que as provas são frágeis e que a condenação se baseou em depoimentos contraditórios de Delgatti. Ele afirmou que Zambelli só busca dignidade e que não deveria ser cassada.
Divergências
O deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), relator inicial, defendeu a manutenção do mandato. Para ele, não há provas diretas contra Zambelli. Já a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que a cassação deveria ter sido automática, sem passar pelo Plenário.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), pediu que a decisão fosse adiada, alegando que a Mesa poderia declarar a perda do mandato por excesso de faltas. A deputada Chris Tonietto (PL-RJ), líder da Minoria, afirmou que a cassação seria uma injustiça.

PREFEITURA DE GOIANA DIVULGA PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO GOIANATAL 2025

Auto de Natal dos Caboclinhos é destaque inédito da festa; espetáculo reúne 60 participantes
A Prefeitura de Goiana divulgou, nesta quinta-feira (11), a programação oficial do GoiaNatal 2025, que neste ano celebra o período natalino com três dias de apresentações culturais no Pátio da Misericórdia, no Centro da cidade. A programação inclui shows, concertos especiais e atividades para todas as idades, mas o grande destaque fica por conta do inédito Auto de Natal dos Caboclinhos, que promete emocionar o público ao unir tradição, música e teatro em um formato nunca antes apresentado no município.

O espetáculo reunirá 60 participantes e contará com a participação especial do Grupo de Teatro do Sesc, ampliando o caráter artístico e cênico da montagem. A trilha sonora original será criada pelo músico Itálio Pay, reforçando a identidade cultural da apresentação e garantindo uma experiência única para o público.

Confira a programação completa:

Sexta-feira – 12 de dezembro
Local: Pátio da Misericórdia – Centro

17h – Baile da Boa Idade com Caçuá de Mangai
19h – Banda Paralelos
20h – Banda da Polícia Militar de Pernambuco


Sábado – 13 de dezembro
Local: Pátio da Misericórdia – Centro

19h – Concerto Natalino da Curica
20h – Auto de Natal dos Caboclinhos
21h – Rodriguinho do Acordeon


Domingo – 14 de dezembro
Local: Pátio da Misericórdia – Centro

17h – KollyKids
18h – Pastoril Viver do Sesc Ler Goiana
19h – Banda de Música do Corpo de Bombeiro los de Pernambuco

Com programação diversa e gratuita, o GoiaNatal 2025 reforça o compromisso da Prefeitura de Goiana em valorizar a cultura local, incentivar as tradições natalinas e oferecer ao público dias de lazer e celebração, no Centro da cidade.

RENAN FILHO CHEGA A PERNAMBUCO PARA DAR PARTIDA AO ARCO METROPOLITANO E PODE ANUNCIAR NOVIDADES DO TRECHO NORTE

A tão aguardada primeira etapa das obras do Arco Metropolitano de Pernambuco ganhará um novo capítulo nesta semana com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, que desembarca no Estado para participar da cerimônia de assinatura que autoriza o início das intervenções. O evento, considerado estratégico para a mobilidade e para o escoamento logístico da Região Metropolitana do Recife, reacende expectativas em torno de um equipamento prometido há décadas por diferentes gestões estaduais e federais.

A visita do ministro carrega um peso político e técnico relevante. Além de confirmar o início efetivo da etapa inicial do projeto, Renan Filho deve aproveitar a passagem por Pernambuco para tratar de um dos pontos mais sensíveis e aguardados: o edital referente ao trecho norte do Arco Metropolitano. Fontes ligadas ao setor de infraestrutura afirmam que há expectativa de que o ministro apresente novidades ou prazos mais concretos sobre essa parte da obra, considerada decisiva para garantir a plena integração viária entre o litoral, o Agreste e importantes polos industriais.

O Arco Metropolitano, cuja implantação sempre esbarrou em entraves burocráticos, disputas ambientais, revisões de traçado e indefinições orçamentárias, volta ao centro das atenções com a promessa de destravar gargalos históricos. A obra é vista como fundamental para reduzir o fluxo de veículos pesados na BR-101 e em corredores urbanos saturados, além de criar um novo eixo logístico para caminhões que seguem em direção aos portos, zonas industriais e ao interior do Estado.

A assinatura desta semana, portanto, não simboliza apenas o início físico da primeira etapa, mas a retomada de um projeto que transita entre frustrações do passado e a necessidade urgente de modernização da infraestrutura estadual. Para o governo federal, entregar etapas do Arco Metropolitano significa reforçar sua agenda de obras estruturantes; para Pernambuco, significa reacender a esperança de um salto logístico há muito cobrado por empresários, transportadores e gestores municipais.

Com Renan Filho no palanque, o evento deve ganhar desdobramentos não apenas técnicos, mas também políticos. Afinal, cada avanço do Arco Metropolitano mexe com interesses regionais e projeta disputas futuras. Agora, resta saber se o ministro trará, de fato, o anúncio esperado sobre o trecho norte — ponto decisivo para transformar promessas antigas em realidade concreta.

PESQUISA BIG DATA/CNN APONTA CENÁRIOS DE EMPATE TÉCNICO ENTRE SÍLVIO COSTA FILHO, HUMBERTO E MIGUEL NA CORRIDA AO SENADO

A mais nova rodada de pesquisa do instituto Real Big Data/CNN trouxe cenários de empate técnico entre o ministro de Lula, Silvio Costa Filho, o senador Humberto Costa e Miguel Coelho na corrida ao Senado Federal. Segundo o levantamento, no cenário 1, Silvio Costa Filho atinge 19% das intenções de voto, ficando atrás apenas do senador Humberto Costa (PT), que lidera com 24%.  

Logo depois aparecem o ex-prefeito Anderson Ferreira (PL), com 17%, e Eduardo da Fonte (PP), com 15%. Os números mostram ainda 12% de votos brancos ou nulos e 13% de eleitores que não souberam responder. Nesse cenário, Miguel não aparece. A margem de erro da pesquisa é de +/ - 3.0P.P, o que coloca Silvio em empate técnico com o Humberto Costa.

No cenário 3, sem a presença de Costa Filho, Humberto tem 26% e Miguel aparece com 24%, empatados tecnicamente. Nessa amostragem, o ministro Silvio não aparece. Na pesquisa anterior, divulgada em setembro, Humberto Costa tinha 22%, enquanto Silvio registrava 17%. Já num cenário entre Humberto e Miguel, o petista tinha 19% e Miguel pontuava 18%. O índice de confiança da nova pesquisa é de 95%. 

A nova amostragem sinaliza para uma trajetória ascendente e consolida Costa Filho como um dos principais nomes na disputa pelo Senado Federal em 2026. A nova pesquisa, com o avanço de dois pontos percentuais para Silvio Costa Filho, não é apenas estatístico — tem forte significado. Ele reflete, sobretudo, o peso do trabalho que o ministro de Lula vem desempenhando no Ministério dos Portos e Aeroportos, onde tem sido reconhecido por sua capacidade de gestão, entrega de resultados e diálogo com diversos setores do país.

A pesquisa também evidencia a consolidação do projeto liderado pelo presidente Lula em Pernambuco. Silvio Costa Filho é hoje um dos nomes de maior confiança do presidente, e Lula tem trabalhado publicamente para fortalecer o ministro e o senador Humberto Costa, construindo um palanque robusto para 2026 no estado. A presença e o apoio do presidente reforçam o alinhamento político e estratégico que vem sendo articulado, unindo experiência, renovação e lealdade.

ATOR QUE CHOROU POR PRISÃO DE BOLSONARO INTEGRA ELENCO DE FILME SOBRE EX-PRESIDENTE

O ator Felipe Folgosi, que reagiu a prisão de Jair Bolsonaro com lágrimas nos olhos, está fazendo parte do filme que conta a vida do ex-presidente da república. O ex-global surpreendeu ao surgir ao lado de Jim Caviezel, que está em solo brasileiro para gravar cenas do filme Dark Horse, O Azarão, em português. 

No clique, que foi compartilhado no perfil oficial de Folgosi, ele aparece caracterizado como delegado da Polícia Civil de Minas Gerais e deve fazer parte dos registros que retratam a facada contra Bolsonaro, no ano de 2018, em Juiz de Fora. 

“É uma honra e um privilégio ter trabalhado com você em um projeto tão significativo, Jim Caviezel. Deus abençoe!”, escreveu ele no post ao lado do colega de elenco. 

 Jim Caviezel, que ficou conhecido por interpretar Jesus no filme A Paixão de Cristo (2004), representará o ex-presidente na produção. O roteiro do filme foi escrito pelo ex-ator e deputado federal Mário Frias (PL-SP). 

O longa será gravado em inglês, mas conta com um elenco composto por nomes brasileiros e internacionais.  Marcus Ornellas viverá o senador Flávio Bolsonaro, enquanto o americano Eddie Finlay interpretará o deputado Eduardo Bolsonaro.

O ator Sérgio Barreto também faz parte do elenco e interpretará o vereador Carlos Bolsonaro. A produção acompanha a trajetória política de Jair Bolsonaro, com foco nos episódios que marcaram a disputa eleitoral de 2018

TRE-PE REAFIRMA LEGITIMIDADE E DERRUBA TENTATIVAS DE CASSAÇÃO CONTRA GILVANDRO ESTRELA

O clima político em Belo Jardim voltou a respirar estabilidade após dois julgamentos decisivos realizados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) nesta terça (09) e quarta-feira (10). Em meio a investidas da oposição para tentar cassar o diploma do prefeito Gilvandro Estrela, a Corte Eleitoral foi categórica: nenhuma das acusações se sustentava. O veredito, dado de forma unânime nos dois processos, desmontou todas as narrativas e reafirmou a lisura da eleição e da atual gestão municipal.

No processo nº 0600476-31.2024.6.17.0045, apreciado na terça-feira, o TRE-PE rejeitou integralmente a tese de uso indevido de publicidade institucional. A Corte constatou que não houve qualquer gasto público irregular, tampouco promoção proibida em redes sociais. A acusação de utilização indevida de bens públicos também caiu por terra, após ficar claro que servidoras e servidores envolvidos em atividades externas atuaram voluntariamente e fora do horário de expediente. A falta de provas, destacada pelos magistrados, foi determinante para encerrar mais uma investida jurídica sem fundamento.

Na quarta-feira, o foco foi o processo nº 0600501-44.2024.6.17.0045. A oposição tentou sustentar que teria havido aumento irregular de despesas com pessoal no ano eleitoral, além de suposto inchaço no quadro de servidores. Mais uma vez, o TRE-PE rechaçou todos os argumentos. Em alinhamento com o Tribunal de Contas do Estado, os magistrados verificaram exatamente o oposto: a despesa de pessoal diminuiu, e não houve contratações com desvio de finalidade. A narrativa de abuso caiu por inconsistência, evidenciando que as acusações não resistiram à análise técnica.

A defesa de Gilvandro Estrela, conduzida pelos advogados Paulo Pinto e Renato Beviláqua, celebrou a decisão da Corte e enalteceu a postura correta do gestor ao longo do processo. Para eles, o desfecho reafirma o compromisso do prefeito com a retidão e com os princípios que norteiam a administração pública. “É uma vitória que reforça a história de compromisso de Gilvandro com o que é justo. A vontade das urnas prevaleceu, e a Justiça mais uma vez reconhece sua probidade no trato da coisa pública”, ressaltaram.

Com as decisões consecutivas, o TRE-PE coloca fim a mais um ciclo de acusações infundadas e consolida a imagem de uma gestão que, segundo a própria Justiça Eleitoral, atua de maneira séria, transparente e dentro da legalidade. Para Gilvandro Estrela, o resultado não é apenas jurídico, mas político: confirma a legitimidade de seu mandato e desarma os discursos que tentavam questionar sua condução administrativa.

EDUARDO DA FONTE PRESIDE AUDIÊNCIA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS E COBRA MINISTÉRIO DA SAÚDE POR AMPLIAÇÃO DA REDE NACIONAL DE CUIDADO AO AUTISMO

O deputado federal Eduardo da Fonte presidiu, nesta quarta-feira (10/12), uma audiência pública na Comissão de Saúde para discutir a ampliação do atendimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esta foi a segunda reunião conduzida pelo parlamentar sobre o tema.

Na primeira audiência, realizada em agosto, o deputado solicitou ao Ministério da Saúde dados sobre os Centros Especializados em Reabilitação (CER) e cobrou um plano de cuidado para crianças autistas no Brasil. Hoje, o CER só atende municípios a partir de 100 mil habitantes, o que deixa de fora a maior parte das cidades brasileiras.

Diante dessa limitação, Eduardo da Fonte voltou a defender que o Programa Casa Azul, criado por ele, seja adotado como complemento ao CER. A Casa Azul já funciona em cidades de Pernambuco por meio da atuação do parlamentar, evitando que famílias precisem viajar até longas distâncias para buscar atendimento em municípios vizinhos.

Durante a audiência, o Ministério da Saúde informou que existem 342 CERs em funcionamento no Brasil. O deputado contestou a suficiência desse número para atender os 5.570 municípios, especialmente considerando que o TEA afeta cerca de 2 milhões de brasileiros, segundo dados da própria pasta.

Eduardo da Fonte reforçou que é inadmissível que crianças autistas não tenham acesso ao cuidado na própria cidade e afirmou que as respostas do governo são insuficientes para solucionar o problema. “Vamos continuar sensibilizando o Ministério da Saúde, os parlamentares desta casa, governadores e prefeitos da importância de um cuidado ampliado. Esta é a nossa função para com as mães atípicas que acreditam no nosso trabalho”, reforçou o deputado. 

Participaram da reunião o deputado federal Lula da Fonte, a presidente da Arena de Pernambuco, Michele Collins, o prefeito de Santa Maria da Boa Vista, George Duarte, e a deputada estadual Roberta Arraes.

GILMAR MENDES VOLTA ATRÁS E SUSPENDE PARTE DE LIMINAR QUE LIMITAVA PEDIDOS DE IMPEACHMENT NO STF

O ministro Gilmar Mendes protagonizou nesta quarta-feira, 10, um dos movimentos mais inesperados e imediatos no tabuleiro jurídico-político de Brasília ao recuar de sua própria decisão e suspender o trecho da liminar que restringia exclusivamente à Procuradoria-Geral da República a iniciativa de apresentar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal. A reviravolta, divulgada poucos dias após a determinação inicial, reabre o debate sobre o alcance da Lei do Impeachment e os limites institucionais entre Judiciário, Senado e Ministério Público.

Na liminar da semana passada, Gilmar havia interrompido a aplicação de dispositivos da legislação que regulam o afastamento de ministros do Supremo, retirando de qualquer cidadão ou entidade a possibilidade de apresentar denúncias e concentrando a prerrogativa nas mãos do PGR, Paulo Gonet. A medida gerou reação imediata entre juristas, parlamentares e setores da sociedade civil, que viram na decisão uma compressão inédita das vias de controle previstas pela Constituição.

Agora, com a suspensão do ponto mais sensível da liminar, volta a valer o rito tradicional: pedidos de impeachment contra ministros podem ser protocolados diretamente no Senado, onde a presidência da Casa é responsável pela análise inicial. Se o pedido for aceito, a abertura do processo depende de maioria simples — 41 votos — para avançar.

A decisão de Gilmar Mendes não apenas restabelece a dinâmica constitucionalmente prevista, como reacende discussões sobre o peso e a velocidade das decisões monocráticas dentro do Supremo. Em meio a um cenário de tensões políticas e crescente vigilância pública sobre a atuação dos Poderes, o movimento do ministro se soma a um conjunto de gestos que evidenciam o quanto as fronteiras institucionais têm sido testadas, reinterpretadas e, muitas vezes, revisitadas em ritmo acelerado.

Nos corredores do Congresso, a reviravolta foi recebida com surpresa, mas também com a leitura de que o gesto pode ter sido uma tentativa de evitar o acirramento das tensões entre o Supremo e o Legislativo. Já entre especialistas em direito constitucional, o episódio se torna mais um capítulo na complexa disputa sobre como — e por quem — a responsabilização de integrantes da mais alta Corte do país pode ser conduzida.

Com a mudança, o debate volta para o campo político, onde cada decisão, cada protocolo e cada silêncio tem peso próprio. E, mais uma vez, o Supremo, o Senado e a PGR são colocados lado a lado em uma disputa silenciosa, mas decisiva, sobre os rumos da democracia brasileira.