sexta-feira, 24 de maio de 2019

Janaina Paschoal questiona sanidade mental de Bolsonaro antes de deixar grupo de WhatsApp do PSL



Por Débora Álvares

Janaina Paschoal foi a deputada mais votada da historia brasileira, coautora do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff

EBC


EBC

Deputada mais votada da história, Janaina Paschoal tem protagonizado desde domingo (19) uma guerra contra o "bolsonarismo" nas redes sociais que culminou com sua saída do grupo de WhatsApp da bancada do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

"Amigos, vocês estão sendo cegos. Estou saindo do grupo. Vou ver como faço para sair da bancada. Acho que ajudei na eleição, mas preciso pensar no país. Isso tudo é responsabilidade", disse a deputada estadual paulista antes de deixar o grupo.

Apesar de dizer que pretende deixar a bancada, a deputada nega que isso seja um movimento de saída do PSL, menos ainda de oposição ao presidente. "Quando deixamos de apoiar alguém, paramos de tentar melhorar esse alguém. É o contrário. Quero que o governo dê certo. Não pretendo sair do PSL. Os partidos também precisam de alguma pluralidade", afirmou ao Congresso em Foco na noite desta segunda (20).

A saída brusca foi uma reação a um vídeo que Jair Bolsonaro compartilhou em seu Facebook no qual o pastor Steve Kunda apresenta o presidente como escolhido por Deus.

 

 

Janaina criticou a postagem no grupo de WhatsApp antes de deixá-lo e questionou a sanidade mental de Bolsonaro: “Eu peço que vocês assistam e respondam: ‘O senhor, um presidente da República, na plenitude de suas faculdades mentais, publicaria um vídeo desse?’”.

A deputada tem demonstrado incômodo sobre a manifestação do dia 26 convocada pelo governo e estimulada por aliados no Congresso nas redes sociais. "Propositalmente, ele [Bolsonaro] está confundindo discussões democráticas com toma-lá-dá-cá", escreveu Janaina em um dos posts.

Janaina Paschoal

 · 19 de mai de 2019

Respondendo a @JanainaDoBrasil

Muitas pessoas bem intencionadas estão me escrevendo, de todos os cantos do país, pedindo áudios e vídeos, convocando para manifestações no próximo dia 26/05.


Janaina Paschoal

@JanainaDoBrasil

Eu não vou gravar áudios, nem vídeos, por uma razão: essas manifestações não têm RACIONALIDADE. O Presidente foi eleito para GOVERNAR nas regras democráticas, nos termos da Constituição Federal. Propositalmente, ele está confundindo discussões democráticas com toma-lá-dá-cá.

8.166

13:17 - 19 de mai de 2019

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Para ela, não existe um movimento conspiratório contra o presidente, como ele faz crer ao convocar a manifestação. "Quem o está colocando em risco é ele, os filhos dele e alguns assessores que o cercam. Acordem! Dia 26, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá que parar de fazer drama para TRABALHAR! Para ela, "o presidente está gerando o caos".

Janaina Paschoal

 · 19 de mai de 2019

Respondendo a @JanainaDoBrasil

Estão causando um terrorismo onde não há! As pessoas estão apavoradas, escrevendo que nosso presidente está correndo risco. Ele não é amado pela esquerda, pelos formadores de opinião? É verdade.


Janaina Paschoal

@JanainaDoBrasil

Mas quem o está colocando em risco é ele, os filhos dele e alguns assessores que o cercam. Acordem! Dia 26, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá que parar de fazer drama para TRABALHAR!

11,7 mil

13:17 - 19 de mai de 2019

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Lava Jato bloqueia quase R$ 3 bilhões de dois partidos políticos

Decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região atinge parlamentares e executivos de empreiteiras, acusados de improbidade administrativa

Por Redação



Congresso Nacional, em Brasília (Pedro França/Agência Senado)

Tribunal Regional Federal da 4ª Região(TRF4) determinou nesta sexta-feira, 24, o bloqueio de valores e bens de acusados de improbidade administrativa pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Só do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) foram bloqueados quase 3 bilhões de reais, informou o Ministério Público Federal.

Tiveram os bens congelados os parlamentares Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, e Eduardo da Fonte (PP-PE) e do ex-senador Valdir Raupp (MDB-RO). Também foram bloqueados os patrimônios do ex-deputado federal Sérgio Guerra (PSDB) e do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), ambos já falecidos, e das empresas Queiroz Galvão e Vital Engenharia Ambiental.

“O bloqueio foi determinado ao se reconhecer a procedência de recurso contra decisão proferida na ação civil pública de improbidade administrativa movida pela força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) e Petrobras”, informou o MPF.


O TRF4 ressaltou a necessidade de “garantir a efetividade do resultado final da ação – em que apurada a existência de um amplo esquema criminoso, com prejuízos expressivos para toda a sociedade”. O tribunal pontuou a existência de fortes indícios da prática de atos de improbidade por líderes de partidos e agentes públicos em prejuízo ao erário.

A Justiça Federal de Curitiba determinou o bloqueio dos seguintes valores:

1.894.115.049,55 de reais do MDB, de Valdir Raupp, da Vital Engenharia Ambiental, de André Gustavo de Farias Ferreira, de Augusto Amorim Costa, de Othon Zanoide de Moraes Filho, Petrônio Braz Junior e espólio de Ildefonso Colares Filho


816.846.210,75 reais do PSB


258.707.112,76 de reais de Fernando Bezerra Coelho e espólio de Eduardo Campos;


107.781.450,00 de reais do espólio de Sérgio Guerra;


333.344.350,00 de reais de Eduardo da Fonte


200.000,00 de Maria Cleia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha;


162.899.489,88 de reais de Aldo Guedes Álvaro e


3% do faturamento da Queiroz Galvão.


Ainda segundo o MPF, em relação aos partidos políticos, a força-tarefa da Lava Jato e Petrobras requereram que o bloqueio não alcance as verbas repassadas por meio do fundo partidário, que são impenhoráveis por força de lei.

Na ação que tramita na Justiça Federal foram descritos dois esquemas que desviaram verbas da Petrobras, um envolvendo contratos vinculados à diretoria de Abastecimento, especialmente contratos firmados com a construtora Queiroz Galvão, individualmente ou por intermédio de consórcios, e outro referente ao pagamento de propina no âmbito da CPI da Petrobras em 2009.

Na peça inicial apresentada pela força-tarefa, as atividades ilícitas foram enquadradas como atos de improbidade, e foram pedidas a aplicação da sanção de ressarcimento ao erário e a condenação à compensação dos danos morais e coletivos, com a agora deferida indisponibilidade de bens dos réus.

Líder do governo no Senado FBC é alvo de bloqueio pela Operação Lava Jato

Relator da reforma administrativa, o senador Bezerra teve um total de 258 milhões de reais bloqueados

Por Clara Cerioni



Fernando Bezerra: o senador é líder do governo na Casa (Jefferson Rudy//Agência Senado)

São Paulo — O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (PSB-PE), é um dos alvos do bloqueio de valores e bens acumulados por partidos anunciado nesta sexta-feira (24) pela Operação Lava Jato.

Relator da reforma administrativa e responsável por intermediar as decisões sobre o Coaf e a Receita Federal, Bezerra teve um total de 258 milhões de reais bloqueados. 


Os bloqueios foram pedidos pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito de uma ação de improbidade administrativa ainda inconclusa que trata de desvios na Petrobras investigados pela Lava Jato.

Além do senador, outros parlamentares e partidos políticos tiveram bens retidos. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) teve 800 milhões de reais bloqueados, já o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), 2 bilhões de reais. [veja lista completa abaixo]


 
Segundo o TRF-4, que autorizou os bloqueios, havia a necessidade de “garantir a efetividade do resultado final da ação – em que apurada a existência de um amplo esquema criminoso, com prejuízos expressivos para toda a sociedade”.

O tribunal pontuou a existência de fortes indícios da prática de atos de improbidade por líderes de partidos e agentes públicos em prejuízo às contas públicas.

Na ação que tramita na Justiça Federal foram descritos dois esquemas que desviaram verbas da Petrobras, um envolvendo contratos vinculados à diretoria de Abastecimento, especialmente contratos firmados com a construtora Queiroz Galvão, individualmente ou por intermédio de consórcios, e outro referente ao pagamento de propina no âmbito da CPI da Petrobras em 2009.


Na peça inicial apresentada pela força-tarefa Lava Jato e Petrobras, as atividades ilícitas foram enquadradas como atos de improbidade, e foram pedidas a aplicação da sanção de ressarcimento ao erário e a condenação à compensação dos danos morais e coletivos, com a agora deferida indisponibilidade de bens dos réus.

Em relação aos partidos políticos, a força-tarefa da Lava Jato e a Petrobras pediram que o bloqueio não alcance as verbas repassadas por meio do fundo partidário que, pela lei, são impenhoráveis.

Veja a lista completa dos políticos com bens bloqueados:

Fernando Bezerra (PSB): R$ 258.707.112,76

Valdir Raupp (MDB): R$ 1.894.115.049,55

Espólio de Sérgio Guerra: R$ 107.781.450,00

Eduardo da Fonte (PP): R$ 333.344.350,00

Maria Cleia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha: R$ 200.000,00

Aldo Guedes Álvaro: R$ 162.899.489,88

Queiroz Galvão: 3% do faturamento

Lava Jato chegando a Pernambuco

Lava Jato chega a Pernambuco: "Amplo esquema criminoso leva Lava Jato a bloquear mais de R$ 3,5 bilhões do PSB, de FBC, do Espólio de Eduardo Campos, Do MDB e de Eduardo da Fonte além de vários empresários


Noélia Brito




Justiça bloqueia R$ 3,57 bilhões em bens e valores de MDB, PSB, políticos e empresas

Decisão é referente a uma ação de improbidade administrativa da Operação Lava Jato, movida pelo MPF e pela Petrobras.

Por Thais Kaniak e Pedro Brodbeck, G1 PR — Curitiba

A Justiça Federal do Paraná bloqueou cerca de R$ 3,57 bilhões do MDB, do PSB, de políticos e de empresas. O bloqueio foi divulgado nesta sexta-feira (24), pelo Ministério Público Federal (MPF).

Essa decisão é referente a uma ação de improbidade administrativa da Operação Lava Jato, movida pelo MPF e pela Petrobras.

Entre os acusados que respondem ao processo, estão os parlamentares Valdir Raupp (MDB-RO), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Fernando Bezerra (MDB-PE) – atualmente líder do governo no Senado. Antes de ingressar no MDB, em 2018, Fernando Bezerra era filiado ao PSB e chegou a ser líder da legenda no Senado.

O bloqueio também atinge os espólios de Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Eduardo Campos (PSB-PE), políticos que já morreram.

As empresas acusadas na ação são a Queiroz Galvão e a Vital Engenharia Ambiental.

O G1 tenta contato com a defesa dos citados (veja mais detalhes abaixo).

Valores bloqueados:

Os R$ 3,57 bilhões são o resultado da soma dos limites máximo de valores que devem ser bloqueados nas contas dos investigados. Veja o detalhamento.

R$ 1.894.115.049,55 do MDB, de Valdir Raupp, da Vital Engenharia Ambiental, de André Gustavo de Farias Ferreira, de Augusto Amorim Costa, de Othon Zanoide de Moraes Filho, Petrônio Braz Junior e espólio de Ildefonso Colares Filho;
R$ 816.846.210,75 do PSB;
R$ 258.707.112,76 de Fernando Bezerra Coelho e espólio de Eduardo Campos;
R$ 107.781.450,00 do espólio de Sérgio Guerra;
R$ 333.344.350,00 de Eduardo da Fonte;
R$ 200.000,00 de Maria Cleia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha;
R$ 162.899.489,88 de Aldo Guedes Álvaro;
3% do faturamento da Queiroz Galvão.

O MPF havia pedido os bloqueios para a 1ª instância da Justiça, que negou. Então, os promotores recorreram à 2ª instância – o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) –, que autorizou.

Portanto, a Justiça Federal cumpre agora, com o despacho do juiz Friedmann Anderson Wendpap da 1ª Vara Federal de Curitiba, o que foi determinado pelo TRF-4. A decisão da Justiça Federal é de terça-feira (21).

'Amplo esquema criminoso'

De acordo com o TRF-4, há indícios da prática de atos de improbidade por líderes de partidos e agentes públicos em prejuízo ao erário.

Para o tribunal, é necessário "garantir a efetividade do resultado final da ação – em que apurada a existência de um amplo esquema criminoso, com prejuízos expressivos para toda a sociedade".

Dois esquemas que desviaram verbas da Petrobras foram descritos na ação que tramita na Justiça Federal.

Um deles envolve contratos vinculados à diretoria de Abastecimento, de Paulo Roberto Costa. Esses contratos, entre eles os vínculos com a construtora Queiroz Galvão, foram firmados individualmente ou por intermédio de consórcios.

Outro contrato é relacionado ao pagamento de propina no âmbito da CPI da Petrobras, em 2009.

De acordo com o MPF, Fernando Bezerra, que na época era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, solicitou R$ 20 milhões em propina a Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras.

Segundo a força-tarefa, o ex-governador do Pernambuco Eduardo Campos e Fernando Bezerra, ambos na época do PSB, receberam propinas desviadas da construção da Refinaria Abreu e Lima.

O MPF explicou que a força-tarefa da Lava Jato e a Petrobras consideraram as atividades ilícitas como atos de improbidade e, por isso, foram pedidas a sanção de ressarcimento ao erário e a condenação à compensação dos danos morais e coletivos.

O que dizem os citados

O diretório nacional do MDB informou que a notificação se refere ao diretório estadual de Rondônia do partido. Por sua vez, o MDB de Rondônia afirmou que ainda não foi notificado da decisão.

A Construtora Queiroz Galvão informou que não vai comentar a decisão do tribunal.

O G1 entrou em contato com a assessoria do senador Fernando Bezerra, que ainda não comentou a decisão.

A reportagem entrou em contato com o PSB, mas ainda não obteve retorno.


Deputado Fernando Rodolfo decepciona seus eleitores

COAF


FERNANDO RODOLFO AJUDA A DERROTAR SÉRGIO MORO

Por Roberto Almeida

Por: Jonathas William J.W (Garanhuns MINHA Cidade)
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Deputado numa reunião com Moro em fevereiro

Deputado federal Fernando Rodolfo, natural de Garanhuns, votou com o Centrão e os partidos de esquerda para tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), da alçada do Ministro Sérgio Moro (Justiça) para submeter o órgão de fiscalização ao ministro Paulo Guedes (Economia).

Decisão do parlamentar dividiu opiniões na cidade e até pessoas do seu grupo político, como o Coronel Campos (PSL), se revelaram decepcionados. “Eu sairia do partido, mas não votaria contra”, chegou a se pronunciar o militar, convencido, como outros, que enfraquecer Moro é fragilizar o combate à corrupção.

Opinião de Campos tem peso, pois se sabe que é um homem sério.

A derrota de Moro foi também uma derrota do Governo Bolsonaro, o que demonstra a insatisfação da Câmara Federal com o presidente da República.

Estiveram com o Governo e Moro os seguintes partidos: PSL, Podemos, Pros, Novo, Cidadania, PV e PSDB.

Votaram contra a permanência do COAF no Ministério da Justiça parlamentares do PT, PSOL, PC do B, PDT, PTB, PP, PR, PSB, PRB, Solidariedade, Avante e MDB.

Curioso, no caso do deputado Fernando Rodolfo, é que o parlamentar esteve com Sérgio Moro mais de uma vez, desde que assumiu o mandato e se comprometeu a apoiar o ministro em sua cruzada anticorrupção.

A verdade é que os partidos de esquerda votaram contra Moro por ideologia, por considerar o ministro e o governo com tendências fascistas, enquanto o Centrão é fisiológico ou movido a interesses financeiros.

AGORA: Protesto contra Bolsonaro acontece no Recife




FONTE: BLOG DO JAMILDO


Como era de se esperar, um pequeno grupo de militantes apareceu na porta do Instituto Ricardo Brennand, onde se realiza a reunião da Sudene com os governadores do Nordeste e o presidente Bolsonaro, para protestar, com faixas e cartazes.

O batalhão de choque foi acionado para reprimir um pequeno início de confronto entre as claques.


No meio dos protestos, havia jovens com camisas com a inscrição Lula Livre.


Não é o único protesto contra o presidente. Contra a reforma da Previdência, a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf/PE) promete levar cerca de dois mil trabalhadores rurais à Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) na manhã desta sexta-feira (23). O grupo participa de audiência pública, articulada pelo deputado estadual João Paulo Lima (PCdoB-PE).

“Essa reforma da previdência, se ela passar como o governo coloca ela, significa dizer o fim da aposentadoria rural. Os trabalhadores não vão ter condições nenhuma de se aposentar”, disse o coordenador da Fetraf/PE, João Santos.

O “desmonte da educação e a retirada de direito dos trabalhadores” ainda estão na pauta da audiência. A data coincide com a vinda de Jair Bolsonaro (PSL) ao Recife, mas, de acordo com Santos, a mobilização já estava programada há mais de dois meses e não tem relação com a visita presidencial.

Visita presidencial

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) já está no Recife para cumprir agenda na manhã desta quinta-feira (24), em sua primeira visita à Região Nordeste após a sua posse.

O pesselista desembarcou do avião presidencial por volta das 9h30, no Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III), e seguiu direto para o helicóptero que o aguardava para ir para o Instituto Ricardo Brennand, no bairro da Várzea.

Apoiadores aguardavam a presença do presidente no local assim como protestantes.

Reunião da Sudene

Em sua primeira visita ao Nordeste, Bolsonaro participa da reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que se encontra para discutir a proposição do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e de um projeto de lei para instituí-lo. Entre outros pontos, segundo a Sudene, o plano aborda alternativas de financiamento na região, incentivando concessões privadas, incluindo Parcerias Público-Privadas, as PPPs.

O projeto fala também em uso combinado das fontes de recursos e em maior acesso aos fundos regionais por empresas sem disponibilidade de garantia real.

Indesejável - Bolsonaro chega ao Recife com protestos marcados e homenagem cancelada

"Exigimos que tire as mãos dos nossos direitos" afirma trecho de carta aberta que deve ser entregue ao presidente

Presidente Jair Bolsonaro cumpre agenda as 10h, no Instituto Ricardo Brennand. Em seguida, ele embarca para Petrolina - Foto: Alan Santos / PR

Mirella Araújo / JC Online

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) vem ao Recife nesta sexta-feira (24). Sua chegada será marcada por protestos de estudantes, técnicos e professores das universidades federais do Estado. A pauta dos manifestantes são os cortes anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) e a proposta da reforma da Previdência defendida pelo Governo Federal, e os estudantes pretendem entregar uma carta aberta ao presidente.

De acordo com os organizadores, dentre eles a União Nacional dos Estudantes (UNE), em Pernambuco, a expectativa é de que 300 pessoas participem do ato, que terá concentração às 9h, na Editora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No evento criado no Facebook, #NoNordesteNão, há mais de 1,7 mil pessoas confirmadas.

"Exigimos que você recue imediatamente e totalmente nos cortes do orçamento da Educação, na sua proposta cruel de reforma da previdência. Somos jovens, idosos, mulheres, negros, LGBTs, estudantes, professores e moradores da periferia. Exigimos que tire as mãos dos nossos direitos", afirma um trecho da carta.

"A carta foi construída tanto pela universidade quanto pela comunidade mais próxima. Estamos falando sobre o quanto as instituições acham isso um retrocesso. Convivemos no dia a dia com a comunidade e sabemos o que a reforma será ruim para eles e para nós no futuro", explica a presidente do Diretório de Pedagogia da UFPE, Débora Silva. O grupo espera que os governadores que estarão presentes durante a apresentação do Plano Regional do Desenvolvimento do Nordeste no Instituto Ricardo Brennand, às 10h, possam apoiar a movimentação. "Eles já vêm se posicionando contra essas pautas do governo, esperamos ser bem recebidos por eles", declarou Ranielle Vital, vice-presidente da UNE. Os estudantes devem ficar do lado de fora do instituto, devido ao acesso controlado.

Há também um clima de desconfiança entre Bolsonaro e os governadores do Nordeste, onde 8 dos 9 são de partidos da oposição. O presidente tem a sua pior avaliação entre os nordestinos. Segundo pesquisa Datafolha divulgada em abril, 39% da população da região considera o seu governo ruim ou péssimo, ante 30% da média nacional. Bolsonaro também foi derrotado nos nove estados do Nordeste, na eleição do ano passado, ficando atrás do então candidato Fernando Haddad (PT).

Homenagem cancelada

Em Petrolina, vereadores retiraram da pauta na manhã desta quinta-feira (23) um projeto que concederia o título de cidadão petrolinense a Bolsonaro, após um grupo de manifestantes ocupar o plenário. Eles carregavam cartazes com a expressão "petrolinense não". Além disso, nesta sexta-feira (24), garimpeiros das cidades de Salgueiro e Serrita devem protestar pela liberação de novas áreas de garimpo na região.

O anúncio da viagem a Pernambuco também gerou reações nas redes sociais. Na última segunda-feira (20), a tag "Nordeste cancela Bolsonaro" chegou ao primeiro lugar mundial nos assuntos mais comentados no Twitter. Horas depois, os apoiadores responderam com a tag "Nordeste com Bolsonaro".

Bandeiras difusas e racha entre apoiadores podem esvaziar manifestação pró-Bolsonaro


Horizonte de pautas é ampliado para tentar garantir público em atos previstos para 60 municípios

Igor Carvalho e Marcos Hermanson

Brasil de Fato | São Paulo (SP)


Jair Bolsonaro recuou e não comparecerá nas manifestações que pretendem defender a sua governabilidade / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quando Jair Bolsonaro (PSL) divulgou, em grupos do Whatsapp, um texto reclamando de seu isolamento, grupos ligados ao universo bolsonarista começaram a se articular para defender a “governabilidade” do mandatário. Os alvos imediatos dos militantes foram o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, que estariam impedindo o presidente de implementar seus projetos e deveriam sofrer intervenção. Uma manifestação pró-governo foi convocada, então, para o dia 26 de maio.


A reação foi imediata, mas veio de onde não se poderia supor. O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), cabo eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL), quando soube da manifestação e suas motivações, esbravejou no Twitter chamando a convocação dos atos de “antirrepublicanos”.

“A gente não vai defender de forma alguma [protestos contra Congresso e STF]. O problema não está na instituição, está em ações de pessoas que utilizam o poder da instituição para fins pessoais”, afirmou o parlamentar, que rechaçou a possibilidade do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que lidera, participar dos atos que defenderão o presidente. Em entrevista à BBC, o político foi além e disse que “movimento liberal não compactua com o fechamento do Congresso e nem do STF.”

Outro movimento de direita que transita entre os parlamentares que integram a base de Bolsonaro, o Vem Pra Rua (VPR), também divulgou que não estará nas ruas para defender o governo.

De acordo com os ativistas dos dois movimentos, a convocação dos atos partiu do núcleo duro de Bolsonaro, mais especificamente de Olavo de Carvalho e do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente.

Desde então, a convocação dos atos provocou um racha na direita e gerou uma preocupação nos organizadores: o esvaziamento das manifestações. Pensando nisso, os movimentos envolvidos na convocação dos atos ampliaram as pautas, que agora pedem a aprovação da Reforma da Previdência, da Medida Provisória 870 – chamada de reforma administrativa – e do Pacote Anticrime do Ministério da Justiça.

Para Lincoln Secco, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP), há motivos para acreditar que a manifestação tenha baixa adesão.

“É difícil que ele consiga mobilizar os seus apoiadores mais amplos que se manifestaram em 2018. Ao contrário de manifestações de direita anteriores, essa não tem o apoio explícito dos meios de comunicação de massa, especialmente da Rede Globo”, explicou o docente.

Governo pode ficar mais exposto

Apesar do esforço em abraçar outras pautas, o evento da manifestação em São Paulo, por exemplo, tem apenas 1,6 mil presenças confirmadas. Os organizadores são movimentos sem capilaridade política ou social, como Nas Ruas, Movimento Avança Brasil, Juntos pelo Brasil, Direita São Paulo, Patriotas Lobos Brasil e São Paulo Conservador.

A baixa adesão pode expor ainda mais um governo que já enfrenta dificuldades para aprovar medidas, além de baixos índices de popularidade com menos de um semestre de exercício do mandato. Por conta do perigo, setores ligado ao bolsonarismo e a base do governo racharam.

O PSL liberou seus filiados para que decidam se irão às manifestações, mas sem garantir o apoio institucional aos atos. O presidente da legenda, Luciano Bivar, chegou a criticar a movimentação.

“Nós fomos eleitos democraticamente, institucionalmente. Não há crise ética, não há crise moral, estão se resolvendo os problemas das reformas, então eu vejo sem sentido essa manifestação”, afirmou Bivar.

Já deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP), líder do governo no Congresso, criticou as manifestações e a escolha da Câmara dos Deputados e do Senado como alvos.

“Temos um Congresso que está disposto a votar a matéria [Previdência], um grupo de líderes dispostos a seguir com as votações. O que tem que acontecer é uma boa conversa e todo mundo baixar a guarda. Chega de clima beligerante, não se consegue aliados atacando pessoas”, alertou a deputada.

Mais indignada com a proposta do ato estava a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP). A parlamentar chegou a ameaçar sair do partido: “Essas manifestações não tem racionalidade. Pelo amor de Deus, parem as convocações. Não tem sentido quem está com o poder convocar manifestações. Raciocinem. Eu só peço o básico, reflitam.”

Nenhum partido da base do governo aderiu às manifestações, provocando mais uma saia justa para Bolsonaro. A rara defesa veio do deputado Marco Feliciano (PODE-SP), que pediu aos apoiadores do presidente que saim às ruas, mas que moderem na defesa de suas bandeiras.

“O protesto não pode virar bagunça, não pode ter oito tentáculos, você não pode ficar pedindo um milhão de coisas, tem que ser objetivo”, afirmou o parlamentar, que aproveitou para pedir uma pauta a mais aos militantes, “que o Coaf permaneça nas mãos do [ministro] Sérgio Moro.”

Diante da possibilidade de que as manifestações piorem a relação do governo com o Congresso e da falta de apoio, Bolsonaro anunciou que não irá comparecer aos atos, que estão previstos para ocorrer em 60 municípios.

Secco explica o racha no colo da direita.

“Esses políticos jovens, de direita, que se estabeleceram no DEM, no PSDB e mesmo no PSL, aderiram perfeitamente ao liberalismo conservador tradicional. E as práticas confusas do bolsonarismo no governo – especialmente na área externa, na educação e na relação com o Congresso – atrapalham a efetivação da agenda liberal conservadora”, explica o historiador, lembrando que “não há uma divergência de fundo ou de essência, o que existe é uma divergência de método”.

Militares e Fiesp

Na última segunda-feira (20), o Clube Militar, entidade que reúne agentes do Exército, Marinha e Aeronáutica, da ativa ou reserva, convidou seus 60 mil sócios a saírem às ruas para apoiar “o governo federal na implementação das reformas necessárias à governabilidade. Participem em sua cidade.”

O contraditório foi dado pelo general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, para quem “não é a melhor hora para manifestações”. A declaração foi dada à Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo.

Em outubro de 2018, antes da eleição, Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) declarou apoio à candidatura de Jair Bolsonaro à presidência. Agora, com o protesto em apoio ao presidente marcado para a avenida Paulista, a 100 metros da sede da entidade, a Fiesp decidiu não apoiar as manifestações.

Sobrou para o folclórico Luciano Hang, dono da Havan, representar o empresariado e convocar a população para os atos. O empresário tem utilizado suas redes sociais para chamar seus seguidores para que compareçam às manifestações e ofereceu uma das suas lojas para que sirva de concentração para quem for participar.

Caminhoneiros

Os caminhoneiros, que paralisaram o país em maio de 2018 e fizeram campanha para Bolsonaro nas eleições, também estão divididos. Lideranças forjadas nos grupos de Whatsapp convocaram a categoria para comparecer nas ruas e defender o governo.

Por outro lado, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logísticas (CNTTL), que representa aproximadamente 700 mil caminhoneiros, não irá aderir às manifestações.

Edição: Aline Carrijo

A lei da contrariedade

Moro traído – As contradições dos políticos entre a campanha e o mandato são de deixar qualquer cidadão de queixo caído. É o caso do deputado Fernando Rodolfo (PR), que para se eleger usou a imagem de Sérgio Moro e votou pela transferência do Coaf para a Economia.

Oito Homicídios em Pernambuco nas últimas 24 horas

Morre no HRA homem baleado em Gravatá ao tentar proteger filho de assassinos


Por Helenivaldo Pereira


Foto: Izaias Rodrigues/Rádio Liberdade

Registrados oito homicídios nas últimas 24 horas em Pernambuco. Com estas mortes, sobe para 1.379 o número de homicídios este ano no Estado.


Em Caruaru, morreu no Hospital Regional do Agreste (HRA) um homem baleado na noite de quarta-feira, na cidade de Gravatá. Sebastião Carlos da Silva, 48 anos, se armou com uma foice e tentou proteger o filho de assassinos.

O adolescente identificado por Vinícius, 16 anos, foi morto a tiros por dois homens em uma motocicleta. Segundo a polícia, o crime pode ter ligação com o tráfico de drogas.

Em Taquaritinga do Norte, no Agreste, uma mulher grávida de seis meses foi assassinada a tiros na estrada de acesso ao Sítio de Mateus Vieira, zona rural do município. O corpo de Eliane Ferreira da Silva, 25 anos, foi localizado dentro de um carro, em um matagal, na manhã desta quinta-feira (23).

A vítima residia na Vila do Socorro, também na zona rural do município, e estava desaparecida desde a noite de quarta-feira (22). A Polícia Civil investiga autoria e motivação do crime.

Bolsonaro participa de inauguração de casas feitas por Dilma na tarde dessa sexta em Petrolina




Petrolina e Recife são as únicas cidades pernambucanas na agenda do presidente Jair Bolsonaro durante sua visita ao Nordeste nesse fim de semana. Bolsonaro chegará em Petrolina na tarde dessa sexta-feira, 24, onde participa da inauguração do Residencial Morada Nova, no bairro Antônio Cassimiro. Também pretende visitar uma fazenda de frutas nos perímetros irrigados do município.

De acordo com o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, a passagem do presidente pela cidade é importante para definir investimentos estratégicos no fortalecimento da região. Aqui em Petrolina, Bolsonaro poderá ver o Sertão que dá certo e se desenvolve, mas é claro que vamos reivindicar recursos para dar continuidade ao grande plano de investimentos que estamos tocando para melhorar a infraestrutura, saúde e educação de nossa cidade”, afirma o gestor municipal.

Antes de viajar para Petrolina, Bolsonaro cumprirá compromisso no período da manhã em Recife. Na oportunidade, anunciará um incremento de R$ 2,1 bilhões no Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, que deve ser usado em obras de infraestrutura na região.

PE: Homens foram obrigados a cavar covas antes de serem mortos; suspeito é preso



Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, Jeferson Xavier da Silva, mais conhecido como Manolo, é integrante da facção criminosa Trem Bala

Por: Portal FolhaPE 

Jeferson Xavier da Silva, mais conhecido como ManoloFoto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco


Um integrante da facção criminosa Trem Bala, conhecida por dominar o tráfico no Litoral Sul do Estado, foi preso por suspeita de torturar dois homens com golpes de enxada e foice, obrigá-los a cavar as próprias covas, executar as vítimas com disparos de arma de fogo e enterrá-los em um canavial localizado na cidade de Sirinhaém. 

Jeferson Xavier da Silva, mais conhecido como Manolo, tinha dois mandados de prisão preventiva por homicídio em aberto. As ordens judiciais foram cumpridas nessa quarta-feira (22) no distrito de Camela, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O crime, aponta a Polícia Civil de Pernambuco, que apresentou a prisão nesta quinta-feira (23), ocorreu no dia 2 de junho de 2018. 

Segundo o titular da Delegacia de Ipojuca, o delegado Ney Luiz, os homens formavam um casal e foram mortos por vender drogas na região sem a autorização da quadrilha de traficantes. "Ele [Jeferson] juntamente com outros quatro ou cinco indivíduos mataram esse casal", detalhou o delegado. Os demais envolvidos no crime ainda não foram localizados pela polícia.

Denúncias ligadas ao suspeito apontam que ele também estaria envolvido com invasão de residências de moradores da área. "Ele invadia as casas, expulsava os moradores e utilizava as casas como pontos de tráfico de drogas. Assim como revendia pra terceiros", acrescentou Ney Luiz. 

No momento da prisão, os policiais encontraram na residência de Jeferson vários móveis e eletrodomésticos como geladeira, fogão e microondas. "Não conseguimos identificar de quem são os bens porque foram embora de Camela". Após todos os procedimentos locais, o preso foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na RMR.

De mãos vazias; Bolsonaro vem a Pernambuco somente receber protestos

Bolsonaro chega ao Recife com promessa de protestos


Os estudantes devem se concentrar em frente ao Instituto Ricardo Brennand com carro de som, cartazes e leitura de carta aberta ao presidente



Presidente Jair Bolsonaro cumpre agenda as 10h, no Instituto Ricardo Brennand. Em seguida, ele embarca para Petrolina
Foto: Norberto Duarte/AFP

A chegada do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao Recife, nesta sexta-feira (24), será marcada por protestos de estudantes, técnicos e professores das universidades federais do Estado. Insatisfeitos com os cortes anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) e a proposta da reforma da Previdência defendida pelo Governo Federal, os estudantes pretendem entregar uma carta aberta ao presidente. De acordo com os organizadores, dentre eles a União Nacional dos Estudantes (UNE), em Pernambuco, a expectativa é de que 300 pessoas participem do ato, com concentração marcada às 9h, na Editora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), embora no Facebook já havia 1,7 mil pessoas confirmadas no evento #NoNordesteNão.


Além disso, há um clima de desconfiança entre Bolsonaro e os governadores da região - onde 8 dos 9 são de partidos da oposição. O Nordeste é a região na qual o presidente tem a sua pior avaliação. Segundo pesquisa Datafolha divulgada em abril, 39% dos nordestinos consideram o seu governo ruim ou péssimo ante 30% da média nacional. Bolsonaro também foi derrotado nos nove estados da região na eleição do ano passado, ficando atrás do então candidato Fernando Haddad (PT).

"Exigimos que você recue imediatamente e totalmente nos cortes do orçamento da Educação, na sua proposta cruel de reforma da previdência. Somos jovens, idosos, mulheres, negros, LGBTs, estudantes, professores e moradores da periferia. Exigimos que tire as mãos dos nossos direitos", afirma um trecho do documento.

"A carta foi construída tanto pela universidade quanto pela comunidade mais próxima. Estamos falando sobre o quanto as instituições acham isso um retrocesso. Convivemos no dia a dia com a comunidade e sabemos o que a reforma será ruim para eles e para nós no futuro", explica a presidente do Diretório de Pedagogia da UFPE, Débora Silva. O grupo espera que os governadores que estarão presentes durante a apresentação do Plano Regional do Desenvolvimento do Nordeste no Instituto Ricardo Brennand, às 10h, possam apoiar a movimentação. "Eles já vêm se posicionando contra essas pautas do governo, esperamos ser bem recebidos por eles", declarou Ranielle Vital, vice-presidente da UNE. Os estudantes devem ficar do lado de fora do instituto devido ao acesso controlado.

Para o senador Humberto Costa (PT), esse ato contra o presidente é um movimento natural. "Ele é mal avaliado na região e não trouxe até agora nenhuma política efetiva para o Nordeste", comentou. O presidente estadual da sigla petista, Glaucus Lima, endossa que a falta de políticas para a Educação tem inflamado ainda mais essa onda de protesto e esclarece que o partido não está a frente de nenhuma manifestação realizada nesta sexta-feira (24). "O presidente precisa ver que não pode mais discriminar o Nordeste. Ele precisa vir ao menos para conhecer a região e perceber que o povo nordestino não quer nenhum cala boca", cravou.  Procurada pela reportagem do JC, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) não havia programada ação alguma para esta manhã.

DIREITA

Os movimentos Direita Pernambuco, MBL e Vem pra Rua, também afirmaram que não tinham atos programados para recepcionar o presidente Jair Bolsonaro. "Não vamos ter nenhuma ação para o dia, sabemos que ele não teria disposição por ser uma visita institucional. Mas vemos como um resultado bom ele estar vindo fazer diálogo com os governadores, lançar um programa em Petrolina e aumentar investimentos na região", avalia Mateus Henrique, presidente do Direita Pernambuco.

Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) voltou a defender que a região é prioridade para o presidente, apesar dessa ser a primeira visita em cinco meses de gestão. "É muito importante essa primeira visita do presidente Bolsonaro à Região Nordeste, promovendo o encontro com todos os governadores da Região para poder discutir o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que vem sendo articulado pelo ministro do Desenvolvimento Regional Gustavo Canuto e que será a retomada do planejamento para desenvolvimento do Nordeste", declarou.

Sobre os protestos previsto para esta manhã, o deputado federal Pastor Eurico (PHS), acredita que já é esperado tendo em vista que o Estado "é vitimizado pela esquerdopatia". "A visita do presidente é muito boa e ele está cumprindo com seu papel de estar no Estado", pontuou.

PETROLINA

Em Petrolina, vereadores retiraram da pauta na manhã desta quinta-feira (23) um projeto que concederia o título de cidadão petrolinense a Bolsonaro após um grupo de manifestantes ocupar o plenário. Eles carregavam cartazes com a expressão "petrolinense não". Além disso, na sexta-feira, garimpeiros das cidades de Salgueiro e Serrita devem protestar pela liberação de novas áreas de garimpo na região.

O anúncio da viagem a Pernambuco também gerou reações nas redes sociais. Na última segunda-feira (20), a tag "Nordeste cancela Bolsonaro" chegou ao primeiro lugar mundial nos assuntos mais comentados no Twitter. Horas depois, os apoiadores responderam com a tag "Nordeste com Bolsonaro".

Bolsonaro em Pernambuco, o povo não chega nem perto

Bolsonaro em Pernambuco: viagem reforça blindagem do presidente

Chefe do Executivo Federal se reúne com governadores do Nordeste no Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, onde manifestantes não devem conseguir acesso

Vinda de Bolsonaro a Pernambuco é a primeira agenda no Nordeste desde que ele assumiu a Presidência da República. Foto: Vladimir Platonow/Agência Brasil

Após uma esvaziada reunião com a bancada do Nordeste no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pisa nesta sexta-feira (24) em solo pernambucano para anunciar casas populares e verbas de infraestrutura cinco meses após tomar posse. Mas, na contramão da figura de “mito” populista que se desenhava durante a campanha, a passagem do capitão da reserva pelo Recife será longe da população.

Num estado governado por um partido de oposição e com fortes laços com o ex-presidente Lula (PT), a agenda de Bolsonaro, ao que parece, foi pensada para blindar o presidente de protestos marcados contra ele. Tudo começa com a escolha do local para o anúncio de recursos e fortalecimento de órgãos regionais.

Situado numa área de 77.603 m² e rodeado por mata atlântica, o Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, não foi por acaso. Para chegar ao local, há um portão com controle de acesso e, depois, ainda é preciso percorrer uma estrada que a pé demora cerca de 15 minutos.

Manifestantes não devem conseguir passar do portão do Instituto Ricardo Brenannd e ter acesso ao presidente. Foto: Reprodução/Google Maps

Do lado de fora, estudantes das universidades e institutos federais que sofreram bloqueios orçamentários preparam um protesto com direito a carro e bicicleta de som, carta aberta e queima de um caixão em referência ao chefe do executivo federal. Os manifestantes farão ainda um cortejo com saída da editora da UFPE até a porta do instituto Ricardo Brennand.

Já do lado de dentro do instituto, o clima com os nove governadores da região, a maioria de oposição ao governo federal, deve ser meramente diplomático e formal. Na reunião do conselho deliberativo da Sudene, o presidente lança o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e libera R$ 2,1 bilhões para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FDNE), numa tentativa de construir uma boa relação com a região.

Nas redes sociais, a expectativa para a agenda de Bolsonaro é grande. Chovem memes e críticas. No Facebook, um evento intitulado como “Levantar muro para Bolsonaro não entrar em Recife” conta com a confirmação de presença ou de interesse de 14,7 mil pessoas. O nome faz referência à ordem assinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para construir uma barreira contra imigrantes na fronteira com o México.

Proposta para conceder homenagem a Bolsonaro iria ser votada nesta quinta-feira (23), mas foi retirada de pauta. Foto: Reprodução/Lizandra Martins

Em Petrolina, onde também cumpre agenda, o presidente não receberá mais o título de cidadão petrolinense. A proposta para conceder a homenagem seria votada nesta quinta-feira (23), mas foi retirada de pauta após pressão de alguns vereadores e populares. O projeto de decreto legislativo foi apresentado pelo vereador Elias Passos Jardim (PHS), que alegou ser justa a homenagem pelo esforço do presidente de retirar o brasil da crise.

No entanto, segundo o vereador Gilmar Santos (PT), não é possível fazer a homenagem a Bolsonaro. “O regimento da Casa diz que um título de cidadão petrolinense deve ser concedido a quem tenha atividades prestadas a Petrolina em serviço e que tenha projeção na área educacional, política e científica”, disse o legislador.

Os atos de apoio a Bolsonaro acontecem no domingo (26), na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A concentração será a partir das 14h, em frente à Padaria Boa Viagem. Depois, os manifestantes seguem em caminhada em direção ao Segundo Jardim com carros de som e trios elétricos.

Bom dia...

Bom dia!

Sexta-feira, 24 de maio de 2019. Hoje é Dia de São Vicente de Lerins, do Datilógrafo, Telegrafista, da Infantaria, do Vestibulando e Nacional do Milho. Vivemos o Outono brasileiro.

Na história:

Em 1780, durante a escravidão, Dom Pedro II alforria 70 filhos de escravas da fazenda imperial.

Em 1941, os alemães afundaram um cruzeiro britânico durante a Segunda Guerra Mundial, matando cerca de 1.300 pessoas.

Em 1978, os artistas tinham regulamentada a profissão.