segunda-feira, 4 de agosto de 2025

COLUNA POLÍTICA | MATA NORTE/LITORAL NORTE | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

DEPUTADO MÁRIO RICARDO CADA VEZ MAIS PERDENDO ESPAÇOS PARA 2026 PODE DESISTIR DA DISPUTA
O deputado estadual Mário Ricardo parece estar cada vez mais distante de um cenário competitivo para as eleições de 2026. Nos bastidores da política pernambucana, o que se ouve é que sua base encolhe numa velocidade preocupante, e seu nome já não representa mais o mesmo peso que outrora teve. Nos corredores dá Assembleia Legislativa de Pernambuco se fala em retirada do time de campo, desistência. De Goiana a Igarassu, passando por Itaquitinga e outras cidades os apoios evaporam, e até mesmo vereadores e ex-vereadores que antes o tratavam com deferência hoje falam — mesmo que em reserva — sobre seu perfil difícil, cheio de arestas e picuinhas. Vamos passar aqui NA LUPA de hoje.

INABILIDADE PARA LHE DAR COM O MEIO POLÍTICO
Segundo relatos obtidos pelo blog, Mário Ricardo se mostra inábil para fazer a política da soma. Ao contrário de tantos outros que entendem que a arte de agregar é o segredo da sobrevivência no meio político, o deputado se especializou em subtrair. Seu comportamento beligerante, especialmente durante campanhas, em que ataca adversários sem medir palavras, lhe rende uma coleção de desafetos. Essa postura, que pode parecer corajosa para alguns, tem custado alianças importantes.

GUILHERME UCHÔA DAR AULAS E MÁRIO NÃO APRENDEU
Um exemplo claro de como se faz o oposto está na figura de Guilherme Uchôa Júnior. O ex-parceiro de dobradinhas de Mário Ricardo se movimenta com inteligência nos bastidores e nos palanques. Enquanto Mário perde espaço, Uchôa articula, aproxima e cresce. Em Itaquitinga, soube mudar de lado e abandonar antigos aliados com habilidade. Em Igarassu, surpreendeu ao se aproximar de César Ramos, seu antigo adversário, para fortalecer alianças futuras. E Uchôa não dá ponto sem nó em nenhuma região do estado. Está matematicamente reeleito. 

UM EXEMPLO SE ARTICULAÇÃO É ESTRATÉGIA 
O contraste entre os dois é gritante. Enquanto Uchôa Júnior conquista novos aliados — como o prefeito de Goiana, Marcílio Régio — e se prepara para uma reeleição tranquila, Mário Ricardo amarga perdas estratégicas. Goiana, cidade que já foi reduto de sua influência, hoje está completamente fora do seu radar. O líder local Eduardo Honório, com capital político consolidado, aguarda o momento oportuno para anunciar sua pré-candidatura a deputado estadual, o que promete desidratar ainda mais qualquer chance de recuperação por parte de Mário.

MÁRIO RICARDO JOGOU PARADO E SAI PERDENDO
 
A movimentação em torno de Honório tende a consolidar uma chapa fortíssima com Guilherme Uchôa Júnior, o que não só solidifica o campo adversário como isola Mário Ricardo. Nas eleições municipais de 2024, o deputado ainda tentou articular, colocando seu filho Miguel Ricardo como candidato com o apoio da esposa de Uchôa como vice. O resultado foi uma derrota amarga para o grupo de César Ramos, selando mais uma fratura em sua base.

DEPUTADOS ESTADUAIS FAZEM PREVISÃO PESSIMISTA
Na Assembleia Legislativa, a avaliação é unânime: Mário Ricardo não reúne mais condições reais de enfrentar as urnas em 2026 com competitividade. Muitos já consideram a sua derrota uma questão de tempo — ou melhor, de confirmação. Isolado, sem estratégia de coalizão, e com seu nome cada vez mais associado à divisão e ao conflito, o deputado pode acabar antecipando sua saída do jogo político antes mesmo da próxima disputa.

HAVERÁ TEMPO PARA REFAZER ROTAS E CAMINHOS ?
Com a política cada vez mais exigente em termos de articulação e inteligência emocional, Mário Ricardo parece estar travado em um modelo que não encontra mais eco nem eficácia. Se não mudar radicalmente sua postura, a pergunta que ronda os bastidores se tornará fato: Mário Ricardo desistirá mesmo da disputa em 2026? Por ora, tudo indica que sim. Uma coisa que faz falta a muito político é uma assessoria ousada e de ponta que possa canalizar caminhos e substituir apoios vencidos. É peça chave para quem é deputado há vários mandatos, saber girar para garantir os espaços e os votos necessários para uma longa permanência na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Substituir bases na velocidade do som é uma alternativa, mas isso não é de graça, e pra ficar tem custos políticos e financeiros. É isso aí.

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