Morte em deslizamento de terra no bairro dos Estados, município de Camaragibe Ter, 03 de Maio de 2011 10:17
Uma morte por deslizamento de barreira e várias famílias desabrigadas e em estado de risco iminente. Esse foi o saldo deixado pelas chuvas que assolaram o Recife e Região Metropolitana durante as primeiras 24 horas de ontem. Somado a isso, vários pontos das cidades ficaram alagados e com semáforos quebrados devido às precipitações. As primeiras ocorrências do dia aconteceram no Vasco da Gama, Recife; e no bairro dos Estados, em Camaragibe. Em ambos os lugares, o deslizamento de barreiras deixou moradores ilhados, desabrigados, revoltados e com medo das futuras chuvas. No bairro dos Estados, na Travessa do Paraná, um desabamento de barreira, por volta das 2h30, findou com a vida da jovem Lídia Taymara Almeida da Silva, 21. Na residência de número 166, onde a garota residia, após o incidente, era possível ver apenas restos de objetos que se destruíram entre os escombros e alguns animais da família que sobreviveram à tragédia. Lá, somado a muralha de barro que caiu, uma árvore bambu, de grandes proporções, despencou sobre a casa, fazendo com que todos os compartimentos fossem destruídos.
Segundo o irmão da vítima, Alef Felipe Almeida da Silva, 15, os momentos que se sucederam após o desmoronamento foi assustador. “Em casa todos estavam dormindo, quando, de madrugada, eu escutei uns estrondos. Quando me acordei já tinha entulho em cima de mim e minha irmã, no quarto detrás, estava gritando. Meu pai, eu e meu irmão fomos até o quarto e ela estava soterrada. Os vizinhos vieram e nos ajudaram a retirá-la do local ainda respirando”, informou o jovem, que dormia no cômodo do meio e teve pequenas escoriações. Após o resgate da menina dos escombros, ela chegou a ser levada pela equipe do Corpo de Bombeiros (CB) para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Caxangá, no Recife, mas já deu entrada sem vida.
Em meio aos prantos e entre o consolo dos vizinhos estava a mãe da vítima, a dona de casa Marta Soares de Almeida. Para ela, o que mais torna o fato doloroso é que os órgãos públicos competentes foram acionados, mas não se preocuparam. “Nós já tínhamos comunicado à Defesa Civil sobre o risco que a barreira oferecia. Pedimos para eles, várias vezes, virem aqui para retirar a árvore e colocar lonas, mas não vieram. Precisei perder uma filha para que eles (Defesa Civil) pudessem vir aqui? Ligaram para mim (prefeitura) para oferecer auxílio funeral”, informou Marta, ainda muito emocionada e revoltada com o fato.
O outro saldo negativo aconteceu também no Vasco da Gama, no Recife. Lá, uma barreira desmoronou sobre duas residências, deixando famílias sem ter como sair de casa e preocupadas. “Eu estava trabalhando quando a minha esposa, que estava com a minha sogra e minha filha, ligou dizendo que a barreira tinha caído. Saí do trabalho e vim logo. Quando cheguei a área de serviço estava cheia de lama”, comentou o garçom César Chaves de Almeida, 33. Ainda nas proximidades, na rua Piritana, o desmoronamento da encosta destruiu a escadaria de acesso a outras residências. Nesse local, moradores tiveram que driblar as dificuldades para passar. “Para sair de casa tive que pular o muro do vizinho”, comentou o soldado militar Álvaro Santos Pereira, 42, que, agora, terá que enfrentar um buraco que se formou na frente de sua casa.
Um comentário:
isso é fato deploravel, alem do mais a prefeitura só pronucia depois de um acidente, ligando pra familia depois que ocorre o pior, JOÃO LEMOS TOMA VERGONHA NESSA SUA CARA, HOJE EU TENHO VERGONHA DE DIZER QUE VOTEI DUAS VEZES EM UM PREFEITO QUE HOJE FAZ VERGONHA PRA NOSSA CIDADE CAMARAGIBE, DEPOIS DE SEGUNDO MANDATO TEM SE ESQUECIDO DA POPULAÇÃO!!!!
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