segunda-feira, 4 de julho de 2011

CARTÃO VERMELHO PARA A OBESIDADE

Cartão vermelho para a obesidade

Medicamentos, cirurgia ou re-educação alimentar são as atitudes mais comuns tomadas por quem planeja deixar a obesidade de lado. Embora os dois primeiros tenham sido bastante utilizados ultimamente por quem deseja um resultado mais rápido, a alternativa de redefinir a dieta com restrição calórica associada à atividade física continua sendo a única forma de perder peso de forma saudável. Mas, quais procedimentos são necessários? Que alimentos devem ser levados em consideração? De acordo com a nutricionista Mariana de Sousa, o primeiro passo é procurar acompanhamento nutricional a fim de obter uma dieta individualizada com restrição de calorias e equilibrada em nutrientes. Para que a iniciativa funcione, é essencial somá-la à prática de exercícios. “O tratamento para perda de peso só terá sucesso se for acompanhado de mudanças permanentes de estilo de vida, o que inclui o entendimento de boas escolhas alimentares e do controle das quantidades de alimentos consumidas nas refeições”, afirma. A profissional explica que o exercício físico contribui para o aumento do gasto energético, elevando a perda de gordura e regulando a pressão arterial e o colesterol. “Sugere-se também, a adoção de alguns hábitos tais como não pular refeições, fazer lanches saudáveis nos intervalos das mesmas, usar pratos menores, beber bastante água e mastigar lentamente”, emenda. Quanto à alimentação, Mariana destaca que todos os grupos alimentares são de extrema importância para a saúde. Assim, deve existir uma restrição proporcional de proteínas, gorduras e carboidratos. O primeiro grupo é necessário para construção e reparação dos tecidos do corpo. No entanto, em excesso, as proteínas podem ser convertidas em energia ou gordura. Segundo a nutricionista, o carboidrato é o principal combustível do organismo, já que fornece a energia necessária para o funcionamento das células, inclusive as do cérebro. Ele pode ser encontrado em frutas, hortaliças, cereais integrais, raízes e leguminosas. Os que devem ser evitados são aqueles provenientes dos doces, açúcar branco e alimentos produzidos com farinha refinada, pois contribuem para excesso de peso quando ingeridos em grande quantidade. Já as gorduras ajudam na absorção de vitaminas e produção de hormônios. “As fontes mais interessantes são: azeite de oliva, óleos vegetais, castanhas, semente e óleo de linhaça. Estes são ricos em ômega 3, 6 e 9 e em substâncias antioxidantes como a vitamina E, que ajudam a prevenir eventos cardiovasculares”, pontua. As gorduras prejudiciais são as saturadas e trans, presentes em gordura animal, sorvetes cremosos, biscoitos recheados e frituras. Ainda há as fibras, existentes em frutas, hortaliças, cereais e farelos integrais, como aveia e trigo, que contribuem para a sensação de saciedade e auxiliam no bom funcionamento intestinal. “Prefira carboidratos tais como massas, cereais, pães e biscoitos, na versão integral. Consuma proteínas de carnes de boi magras, peixes e frango sem pele e preparados na forma grelhada, cozida, ensopada ou assada. O leite e seus derivados tais como iogurtes e queijos devem ser consumidos na versão desnatada ou light. Legumes e verduras devem ser ingeridos diariamente na forma de saladas ou incluídos nas preparações dos alimentos”, lista a profissional. Já nos lanches, coma uma fruta ou tome um suco de fruta com adoçante dietético, lembrando de variar nas escolhas para garantir a ingestão de diferentes nutrientes. “Todos os alimentos, mesmo os saudáveis, contêm calorias e devem ser consumidos em quantidades corretas para que contribuam pa­ra a perda de peso“, completa Mariana. Polêmica - Para quem ainda pensa em tratamento com medicamentos, é melhor reavaliar. Embora ele tenha sido realizado em casos mais graves de obesidade, com indicação médica e associado à dieta e ao exercício, a nutricionista alega que países da Europa e os EUA proibiram a venda de substâncias emagrecedoras como sibutramina. “Os estudos da Anvisa mostraram diversos efeitos colaterais já relatados, como psicose, depressão e até suicídio, relacionados ao uso da sibutramina. Além disso, foi comprovado que nenhum paciente consegue perder mais de 10% do seu peso total com o uso do remédio”, informa. Marina comunica que o órgão brasileiro ainda pretende retirar esses medicamentos do mercado. 

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