Oficiais fazem, nesta quinta-feira, a remoção de corpos carbonizados
da Penitenciária Nacional de Comayagua, onde houve mais de 350 mortes
devido a um incêndio que pode ter sido causado em um início de motim.
O governador da província informou que um preso teria queimado um
colchão por motivos ainda desconhecidos. Mas, o secretário de Segurança
de Honduras, Hector Ivan Mejia, disse à imprensa que um curto-circuito
pode ter acarretado o incêndio.
Por outro lado, os ativistas de Direitos Humanos culpam as condições
precárias do local para abrigar os detidos, além da superlotação. Com
capacidade para 400 pessoas, a prisão estava ocupada por mais de 800.
Sobreviventes afirmaram que os carcereiros não abriram as celas
quando o fogo começou. O presidente Porfírio Lobo chegou a demitir na
última quarta-feira funcionários do governo responsáveis pela parte
prisional, além de garantir uma investigação transparente do incêndio.
O ministro da Segurança de Honduras, Pompello Bonilla, reconhece que
por ora há poucas alternativas para realojar os prisioneiros que
sobreviveram ao incêndio, uma vez que o sistema penitenciário do país
está em colapso.
"Somos um país pobre. E nos últimos anos o crime organizado aumentou.
Isso impediu uma resposta cabal ao problema das prisões", disse
Bonilla.
Considerado uma das piores tragédias em presídios da história, o
incêndio compõe o quadro de acontecimentos tristes do país que tem a
maior taxa de homicídios do mundo, de acordo com relatório da
Organização das Nações Unidas (ONU) de 2011.
Com informações da BBC Brasil e da Reuters
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