sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Rebelião pode ter causado incêndio em penitenciária de Honduras com 350 mortes

Oficiais fazem, nesta quinta-feira, a remoção de corpos carbonizados da Penitenciária Nacional de Comayagua, onde houve mais de 350 mortes devido a um incêndio que pode ter sido causado em um início de motim.
O governador da província informou que um preso teria queimado um colchão por motivos ainda desconhecidos. Mas, o secretário de Segurança de Honduras, Hector Ivan Mejia, disse à imprensa que um curto-circuito pode ter acarretado o incêndio.
Por outro lado, os ativistas de Direitos Humanos culpam as condições precárias do local para abrigar os detidos, além da superlotação. Com capacidade para 400 pessoas, a prisão estava ocupada por mais de 800.
Sobreviventes afirmaram que os carcereiros não abriram as celas quando o fogo começou. O presidente Porfírio Lobo chegou a demitir na última quarta-feira funcionários do governo responsáveis pela parte prisional, além de garantir uma investigação transparente do incêndio.
O ministro da Segurança de Honduras, Pompello Bonilla, reconhece que por ora há poucas alternativas para realojar os prisioneiros que sobreviveram ao incêndio, uma vez que o sistema penitenciário do país está em colapso.
"Somos um país pobre. E nos últimos anos o crime organizado aumentou. Isso impediu uma resposta cabal ao problema das prisões", disse Bonilla.
Considerado uma das piores tragédias em presídios da história, o incêndio compõe o quadro de acontecimentos tristes do país que tem a maior taxa de homicídios do mundo, de acordo com relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2011.
Com informações da BBC Brasil e da Reuters

Nenhum comentário: