sexta-feira, 13 de abril de 2012

Produtores de cana mostram a força do cooperativismo no estado


Em menos de dois anos de fundação, a cooperativa dos produtores de cana (COAF) demonstra viabilidade econômica e ainda se tornou uma espécie de reguladora de preços na área de insumos para o cultivo de cana na região. O desempenho da COAF, que é gerida pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), chamou a atenção do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop-PE). A entidade recém-criada dos produtores já está classificada entre as principais cooperativas pernambucanas no ranking da Sescoop-PE.
De acordo com o presidente da Sescoop-PE, Malaquias Ancelmo, a cooperativa dos produtores de cana apresentou um dos melhores faturamentos das relacionadas no segmento agropecuário do estado. Anualmente, em abril, a Sescoop, que tem 228 cooperativas associadas de nove segmentos econômicos, congregando mais de 150 mil pessoas, apresenta o ranking das melhores cooperativas pernambucanas. “Ainda não fechamos a classificação, mas, seguramente, a COAF está entre as principais do setor no exercício 2011”, diz.
Ele acrescenta dizendo que a cooperativa dos produtores de cana é uma forma moderna na atividade econômica rural. “Ela é sem fins lucrativos, logo, o excedente retorna para os cooperativados, garantindo renda e desenvolvimento social para a região da Zona da Mata”, conta. O dirigente revela ainda que a COAF tem se tornado um regulador de preços dos insumos. “No mínimo ajuda a segurar os preços a favor do pequeno fornecedor”, afirma. A cooperativa compra insumos em grande quantidade nas empresas da área, garantindo um melhor preço e assim, comercializa-os de maneira mais acessíveis aos produtores associados. 
Os produtores de cana, principalmente os pequenos agricultores, começaram também a perceber a força do cooperativismo no segmento através da COAF. “A quantidade de cooperativados aumentou em quase 100% desde quando a entidade foi criada em abril de 2010”, revela o gerente comercial, Hermano Wanderley. Ele informa que cerca de 80% dos associados são de pequenos produtores e eles conseguem uma economia de até 15% na hora da compra de insumos na cooperativa. O crescimento da COAF também foi sentido no respectivo faturamento. Ele quase triplicou de um ano para o outro.
Na avaliação do presidente da COAF, Alexandre Andrade Lima, que também é presidente da AFCP, a mudança no comportamento dos produtores é resultado de muito trabalho no sentido de mostrar que o cooperativismo é uma opção viável e justa. “A união faz a força sempre”, diz, acrescentando que além de oferecer insumos agrícolas, a cooperativa também visa desenvolver tecnologia junto ao fornecedor, oferecendo um diferencial competitivo ao agricultor, respeitando o meio ambiente e introduzindo sempre o conceito de cooperativismo na região. Além de Pernambuco, a COAF já negocia com produtores dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas.
Assessoria de Imprensa da AFCP

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