RENDA Números oficiais mostram aumento de 40% nas matrículas no ensino privado entre 2007 e 2011 em Pernambuco. No mesmo período, houve queda de 11,4% na rede pública
Jornal do Commercio
Nos últimos quatro anos o ensino público no Brasil, principalmente no nível médio, perdeu alunos. Na outra mão, o sistema privado teve um acréscimo no número de estudantes. Em Pernambuco, o fenômeno não é diferente. As escolas públicas dos níveis estadual, federal e municipal registraram uma perda de 2007 para 2011 de mais de 250 mil estudantes, num percentual 11,4% menor de matrículas. O sistema privado, por sua vez, registrou o incremento de mais de 40% neste mesmo período. Os números são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação.
Para a professora do departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tatiane Almeida, há duas explicações para este processo. Uma delas tem a ver com a melhoria de renda da população. O Brasil está crescendo e isso se reflete nas matrículas. Então, as pessoas estão colocando os filhos no ensino médio, principalmente aqueles que deixariam de estudar. Por outro lado, as coisas estão se revertendo. O ensino público não atende todo mundo e essa diminuição de matrículas é um movimento esperado, comenta.
O presidente do Sindicato das Escolas Particulares, José Ricardo Diniz, vê a evolução dos números como um período de estabilidade, depois de longos anos de perdas de alunos. Estamos voltando ao patamar de 2001, quando tínhamos mais de 450 mil alunos matriculados, disse. Na sua visão, a movimentação das matrículas reflete a economia do Estado, que passou a se recuperar a partir da década passada. Pelos números do Inep, as escolas privadas saíram de um total de 331 mil matrículas em 2007, para 473 mil no ano passado. Este movimento é maior nas escolas de subúrbio, mostra a chegada da classe C, define. Segundo Diniz, são 2.400 escolas privadas no Estado e cerca de 80% delas têm mensalidades de até R$ 300.
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